quarta-feira, 11 de setembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/09/2019

ANO C


Lc 6,20-26

Comentário do Evangelho

Jesus promete o Reino de Deus

Depois da escolha dos Doze entre os discípulos, Jesus desce da montanha e para num lugar plano, em que numerosa multidão de discípulos, judeus e pagãos o esperam, pois foram para ouvi-lo e ser curados por ele. É o cenário da universalidade da missão da Igreja.
O nosso texto de hoje é o início do “Sermão da planície” (6,20-49). As quatro bem-aventuranças são acompanhadas de quatro lamentações. De certo modo, todo o sermão da planície é um desdobramento do discurso programático de Jesus, na Sinagoga de Nazaré (4,16-30).
O que é prometido nesta introdução do sermão é a transformação da realidade terrena e passageira. O Reino de Deus é objeto desta promessa. Os “pobres” (v. 20) aqui tem um duplo significado: são os que passam fome e os que choram por causa de seus sofrimentos, mas também os discípulos perseguidos por causa de sua fé em Jesus Cristo. As lamentações estão em paralelo com as bem-aventuranças: os ricos são os que levam uma vida confortável sem se preocupar com os outros (vv. 24-25; ver Lc 16,19-31). Jesus não promete resolver os dramas socioeconômicos do povo, nem livrar os discípulos da perseguição. Promete o Reino de Deus, que através de seus valores vividos são capazes de transformar o coração do ser humano e a realidade.
A recompensa de quem, por amor, vive a fidelidade no seguimento de Jesus Cristo é o próprio Deus e a participação na vida divina.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oracão
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
Fonte: Paulinas em 11/09/2013

Vivendo a Palavra

O ‘Sermão da Planície’ é a versão que Lucas apresenta do ‘Sermão da Montanha’, em Mateus. Mais didático, Lucas contrapõe aos ‘felizes’, os ricos e aqueles que são bem aceitos pelo mundo – os dois caminhos que nós temos pela frente, para fazermos nossa opção radical de vida. Qual deles é o nosso?
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2013

Vivendo a PalavrA

O texto é parte do ‘Sermão da Planície’ – versão que Lucas apresenta do ‘Sermão da Montanha’, narrado por Mateus. Mais didático, Lucas contrapõe aos ‘felizes’ (os pobres, por exemplo), os ricos e aqueles que são bem aceitos pelo mundo. São dois caminhos que nós temos pela frente, para fazer nossa opção de vida. Qual deles é o nosso?

Reflexão

O mundo nos prega valores que não são do Reino de Deus. Se formos viver de acordo com os valores do mundo, seremos egoístas e buscaremos unicamente a nossa própria satisfação. Porém, se quisermos viver de acordo com os valores do Reino de Deus, deveremos ser capazes de amar e, em nome do amor, buscar a felicidade, a satisfação e o bem-estar de todos, e denunciar com coragem profética todos os que vivem e pregam os valores que não são do Reino de Deus. As conseqüências dessas posturas são que os que vivem de acordo com os valores do mundo, terão a consolação do mundo, e os que vivem de acordo com os valores do Reino, terão a consolação do Reino.
Fonte: CNBB em 11/09/2013

Reflexão

Jesus oferece aos discípulos um panorama do Reino de Deus que ele está implantando. As bem-aventuranças e as “mal-aventuranças” são realidades que vão se verificar já ao longo desta vida. Os pobres são pessoas que sofrem privações graves. No setor econômico: os que têm fome. No plano afetivo: os que choram. No plano social: os que são odiados e rejeitados pela sociedade injusta que recusa o projeto de Jesus. Ao lado das bem-aventuranças, Lucas apresenta as “mal-aventuranças”. Não se trata de condições sociais ou destinos humanos diferentes. O Reino de Deus é um divisor de águas. De um lado, encontram-se os que aceitam Jesus e a prática do amor. Do outro, os que rejeitam Jesus e sua proposta de vida e liberdade para todos. Cada um arca com as consequências da própria escolha.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

O que se faz em sua comunidade em favor dos pobres, dos que passam fome? - Como é praticada a justiça em seu meio? - Conhece alguém que é rico e sabe usar seus bens em favor dos mais necessitados? - Por quem seremos saciados? Dê exemplo de alguém que é pobre mas sente-se feliz.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/09/2013

Meditando o evangelho

O ANÚNCIO DA BOA NOVA

Na sinagoga de Nazaré, Jesus afirmara, com base num texto do profeta Isaías, ter vindo para proclamar a Boa Nova aos pobres. Este aspecto de sua missão foi concretizado no sermão das bem-aventuranças. Nele os pobres foram declarados senhores do Reino de Deus. Em outras palavras, são os preferidos do Pai, tendo um lugar especial no seu coração. É impossível pensar em notícia melhor!
A pobreza tem muitas faces. Ela pode ser material, caracterizada como carência de recursos, até mesmo para comer. Mas se expressa, também, na falta de motivo para se alegrar, como quando alguém é vítima da maldade alheia; na situação em que é odiado, desterrado, injuriado, declarado maldito por causa da opção pelo Reino. São todas situações em que o ser humano vê totalmente desrespeitada a sua dignidade.
O anúncio feito por Jesus está em perfeita consonância com o modo de agir de Deus, ao longo de toda a história da salvação. Desde o êxodo, quando tomara a defesa de seu povo oprimido no Egito, Deus havia se manifestado como quem toma o partido dos pobres e indefesos, fazendo jus à sua condição de Pai justo e fiel, que está presente na história humana, para fazer justiça aos excluídos.
A Boa Nova dos pobres, por conseguinte, consistia em saber que têm Deus a seu favor.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE  e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de solidariedade com os pobres, faze-me imitar a misericórdia do Pai, que toma partido dos excluídos, e se manifesta solidário com eles.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Os Bem-Aventurados
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem é rico e quem é pobre diante de Deus? Certamente que essa pobreza e essa riqueza citada no evangelho., não é a simples posse ou não, de bens materiais. O que Lucas coloca como eixo temático desse evangelho é a nossa relação com Deus e a nossa relação com os bens materiais. Em nossas comunidades há pobres egoístas, mas há também ricos generosos. Se alguém é pobre no sentido material, mas se apega egoisticamente ao pouco que tem, nesse evangelho ele é considerado rico.
Que Deus está acima de qualquer riqueza, disso não deve haver a menor dúvida para nós cristãos, mas há um porém, a nossa conduta e o nosso procedimento, muitas vezes não condiz com essa verdade na qual cremos. Isso porque, o capitalismo nos apresenta outra verdade, só é feliz quem TEM patrimônio e uma gorda conta bancária. A riqueza está sempre de mãos dadas com o Poder, o prestígio e o sucesso, e nessa condição de todo poderoso, o homem começa a sentir coceira de poder fazer tudo e o que quiser, ocupando então o lugar que é de Deus, é esse o grande problema pois diante de Deus, seremos eternamente necessitados e dependentes, sejamos ricos ou pobres no sentido material, pois a posse de bens materiais cria no coração e na mente do homem a ilusão de um Poder que vai além....É por isso que o Ser humano comete tantas atrocidades, porque acha que tudo pode.
Os Bem-Aventurados citados por Jesus são os que souberam fazer a escolha certa, anseiam por um mundo melhor onde o Homem possa ser feliz por aquilo que ele é, não pelo que tem. ser pobre nesse sentido é colocar somente em Deus toda confiança, haverá fome e choro, porque o Reino desejado no fundo da alma ainda está em gestação, já chegou com Jesus, mas terá que ser construído no dia a dia.
Os Bem-Aventurados devem sempre estar preparados para o confronto, pois tudo o que contraria a Felicidade terrena, ditada pela Pós Modernidade, será repelido, rejeitado e até perseguido. Ser discípulo é navegar continuamente contra a correnteza... O prazer e a alegria serão muito maiores...

2. Jesus olha para os seus discípulos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

As bem-aventuranças encontram-se em toda a Bíblia. Elas proclamam quem é verdadeiramente feliz aos olhos de Deus. No Sermão da Montanha, em São Mateus, Jesus proclama nove bem-aventuranças. No Sermão da Planície em São Lucas, são quatro as bem-aventuranças proclamadas por Jesus. Felizes são os pobres, os famintos e os que choram, sem restrição; e felizes são também os perseguidos por causa de sua fé em Jesus. No Evangelho de Lucas, em contraposição às bem-aventuranças estão quatro mal aventuranças. As bem-aventuranças são “bem-dições” ou bênçãos; as mal aventuranças são “mal-dições”. São confrontados os pobres e os ricos, os famintos e os saciados, os que choram e os que riem os cristãos perseguidos e os cristãos sempre elogiados. Não se trata de uma troca de lugares. Hoje eu sou pobre, amanhã será você. Trata-se de rever valores e modificar a situação presente. O sistema gerador de miséria precisa ser revisto e modificado.

Liturgia comentada

O Senhor é fiel... (Sl 145 [144])
Hoje, cedo o espaço a Santo Agostinho, que comentou longamente todo o saltério. Ele reflete sobre a fidelidade de Deus.
“Fiel é o Senhor em todas as suas promessas, e santo em todas as suas obras. Fiel é o Senhor em todas as suas promessas. Pois, o que prometeu e não deu? Existem algumas coisas que prometeu e ainda não deu; mas acredite-se nele, tendo em vista o que já deu. Fiel é o Senhor em todas as suas promessas. Poderíamos acreditar somente em suas palavras. Mas não quis que confiássemos apenas no que dizia, quis obrigar-se por sua Escritura. Seria algo como se dissesses a alguém a quem prometesses algo: ‘Não acreditas em mim, escrevo para ti’. Na verdade, uma vez que uma geração vai, e outra geração vem, e assim transcorrem estes séculos, enquanto os mortais dão lugar aos que são seus sucessores, devia permanecer a Escritura de Deus, e certo documento de Deus, que pudessem ler todos os que passassem e retivessem a garantia de sua promessa.”
 adjetivo “fiel” – que expressa um traço da natureza divina – está ligado ao verbo “confiar”. Quem é fiel merece confiança, aquela aposta que fazemos nele. Se Deus é fiel, posso fiar-me nele, ainda quando isto parece um interminável balé sobre o cabo estendido no abismo. Curiosamente, estamos sempre apostando a vida: a noiva confia no noivo; os passageiros do avião confiam no piloto; os pacientes confiam no médico. E são simples mortais, sujeitos a erros e enganos. E quanto a Deus?...
Santo Agostinho prossegue: “Os homens duvidam, não querem confiar nele a respeito da ressurreição dos mortos e do século futuro, as únicas coisas que ainda faltam ser cumpridas. Quando, se ele acertar as contas com os infiéis, eles se envergonharão? Se Deus te disser: ‘Tens o meu título; prometi o juízo, a separação entre bons e maus, o reino eterno aos fiéis, e não queres acreditar? Lê no meu documento o que prometi, acerta comigo; certamente, ao menos computando o que paguei, podes acreditar que hei de pagar o que ainda devo’”.
Na tradução francesa, um dos livros de Hans Urs von Balthasar foi intitulado “Só quem ama merece confiança”. Por isso mesmo, o Autor traduz um pouco diferente a passagem da 1ª Carta de São João: “Reconhecemos o amor de Deus por nós e, então, pudemos crer”. (1Jo 4,16) Ora, o Deus que nos fez promessas é o mesmo Deus que morreu por nós. Basta isto para apostar nele a nossa vida?
Orai sem cessar: “Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo!(Is 12,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 11/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos

Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos, pois passamos a entender que tudo aqui é passageiro, tudo é momentâneo.

“Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus” (Cl 3,1).

A Palavra do Senhor está nos convidando a olharmos para as coisas do alto, a aspirarmos as coisas do céu, buscarmos as coisas que dão sentido eterno à nossa vida.
Meus irmãos, nós caminhamos preocupados com tantas coisas, parece que estamos construindo a eternidade aqui na Terra. Por mais que sejamos pessoas de fé, de confiança em Deus, por mais que creiamos n’Ele, o nosso coração se encontra preso pelas coisas terrenas. Assim, não voltamos nosso olhar, nossa direção para a eternidade. Quando fazemos isso, qualquer sofrimento, qualquer perda, qualquer situação que passemos aqui nessa terra, assume um outro sentido e um outro significado.
Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos, pois passamos a entender que tudo aqui é passageiro, tudo é momentâneo, que tudo que vivemos é para esse período longo ou curto de vida na terra, porque nós nascemos para a eternidade, nascemos para sermos de Deus.
As bem-aventuranças proclamadas no Evangelho de Lucas (cf. Lc 6,20-26) chama a atenção para os pobres, para aqueles que têm fome e choram, para aqueles que são odiados pelos homens, porque estes sim serão saciados, consolados, terão em Deus a verdadeira e a única riqueza.
Que não deixemos as nossas ocupações de lado, não deixemos de trabalhar, de cumprir nossos deveres, assumir as nossas responsabilidades, mas façamos bem o nosso trabalho, sem nos esquecer que nós somos do céu e fomos feitos para ele. Que nós tenhamos plena responsabilidade da missão que nos é confiada e busquemos os valores eternos. Que façamos da nossa vida uma condição evangélica de viver.
Não nos esqueçamos, em nenhum momento, daquele que deu a Sua vida por nós, daquele que é o nosso Senhor e Salvador, que é o sentido da nossa vida. Um dia todos nós estaremos com Ele na glória.
Para que isso aconteça, despojemo-nos já do homem velho, corrompido pela mentira, pelo pecado, por todos os desejos que o mundo desperta em nós; e possamos nascer para a vida nova em Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/09/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda a tua Igreja a escolher o caminho do teu Reino, o caminho da felicidade. Que nós vençamos as tentações do mundo – vida fácil e cheia de prazeres egoísticos – para exercermos a compaixão para o próximo, o cuidado com os companheiros caídos pelas estradas da vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2013

Oração FinaL
Pai Santo, ajuda a tua Igreja a escolher o caminho do Reino, a estrada da felicidade. Que nós vençamos as tentações do mundo: vida fácil, recheada de prazeres e de egoísmo, para exercer a compaixão ao próximo e o cuidado com os companheiros caídos pelas estradas da vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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