ANO C

Jo 6,22-29
Comentário do Evangelho
É preciso procurar o Senhor pelo Senhor
A multidão, saciada de pão, procura ansiosamente
Jesus. No entanto, Jesus revela sua verdadeira motivação, pois não é a ele
propriamente que procuram, mas o que ele pode dar: “... estais me procurando
não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados” (v. 26).
É preciso procurar o Senhor pelo Senhor. A vida do ser humano não pode se
reduzir ao material, ao que perece, mas deve ser sustentada pelo alimento não
perecível, que introduz na vida eterna e que é dom do Filho. O Filho é, por assim
dizer, autenticado pelo Pai (cf. v. 27). Daí que a “obra de Deus”, o desejo de
Deus, é a fé em Jesus, que ele enviou por amor ao mundo.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, leva-me a buscar sempre o alimento
imperecível – teu Filho Jesus – que me dá vida eterna e verdadeira e me abre
para o amor e a solidariedade.
Fonte: Paulinas em 15/04/2013
Vivendo a Palavra
A presença ou ausência de Jesus deixava curiosa a
multidão, que se fixava na materialidade dos sinais que Ele realizava. Mas o
Mestre deseja que seus discípulos mergulhem mais fundo e descubram para onde
apontam os sinais: para que creiam que Ele, Jesus de Nazaré, é o Cristo – o
Enviado do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/04/2013
VIVENDO A PALAVRA
A presença ou ausência de Jesus deixava curiosa
a multidão, que se fixava na materialidade dos sinais que Ele realizava. Mas o
Mestre deseja que seus discípulos mergulhem mais fundo e descubram para onde
apontam os sinais: para que creiam que Ele, Jesus de Nazaré, é o Cristo – o
Enviado do Pai para a salvação da humanidade.
Reflexão
Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a
pessoa de Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de
todos nós uma postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que
estão além da materialidade. As pessoas que só buscam a saciedade material e
procuram Jesus apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes
de buscar o alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é
aquele que o Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver
que Jesus é o enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.
Fonte: CNBB em 15/04/2013
Reflexão
Há intenso movimento de multidões em busca de
Jesus, depois que ele saciou a fome dos cinco mil homens. Finalmente o
encontram. Então Jesus os faz refletir: Por que realmente estão indo atrás
dele? Só por benefícios materiais? Todo o esforço de Jesus consiste em fazer as
pessoas descobrirem o verdadeiro sentido espiritual dos sinais que ele realiza.
Ele não é um milagreiro, mas é o Filho de Deus que entrega a si mesmo para
saciar a humanidade que procura mais vida. Quando as pessoas perguntam a Jesus
quais são as obras que agradam a Deus, certamente estão pensando nos inúmeros
preceitos e tradições que os doutores da Lei e os fariseus impunham sobre o
povo. O mais importante é acolher a pessoa de Jesus com seu ensinamento. A
única obra é acreditar naquele que o Pai enviou.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
A FÉ EM JESUS
Não foi fácil para Jesus levar o povo a estabelecer com ele um
relacionamento correto. Muitas vezes, seus gestos poderosos despertavam
sentimentos inoportunos, com os quais não ele estava de acordo. Jamais o Mestre
se deixava aliciar!
A multiplicação dos pães prestou-se para mal-entendidos. Depois de ter
sido alimentada, a multidão foi, novamente, ao encalço de Jesus. Não por
reconhecer sua qualidade de enviado do Pai, mas por ter comido e se saciado,
interessada na repetição do milagre.
No entanto, não interessava a Jesus ser procurado na qualidade de
milagreiro. Ele esperava ser reconhecido como Filho do Homem, portador de um
alimento especial para a humanidade, penhor de vida divina. O seu era um pão
diferente: ele próprio.
A apropriação deste pão dar-se-ia por meio da fé, ou seja, da adesão a
Jesus. Ao aderir a ele, o discípulo afasta de si tudo quanto gera morte, e
assimila o dinamismo vital que o animava, cuja fonte era o próprio Pai.
Jesus estava interessado em saciar, em primeiro lugar, não a fome física, mas
uma outra muito mais fundamental. Saciado com o pão do céu, o discípulo estaria
apto para promover a partilha do pão material que sacia a fome do povo.
A fé em Jesus não se expressa num intimismo estéril. Pelo contrário, ela deve
ser expressa através de gestos, à semelhança daqueles realizados por Jesus.
Também o discípulo é chamado a multiplicar os pães.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor
em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a
cada mês)
Oração
Espírito de adesão, transforma minha fé numa assimilação sincera da vida
do Ressuscitado, que me leve a transmitir esta mesma vida a quem está faminto
de Deus.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jesus: Esperança de Vida Nova
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim
– SP)
A multiplicação dos pães teve uma grande repercussão. A
popularidade crescia com a fama de Jesus e os seus discípulos. Um Deus que
supre as necessidades do ser humano, inclusive a fome, é único e verdadeiro.
Por essa razão, aonde vai Jesus e seus discípulos a multidão de famintos e
necessitados vai atrás. É o que ocorre nesse evangelho refletido junto as
comunidades Joaninas, oitenta a noventa anos após a morte-ressurreição de
Jesus.
Que olhar de Esperança temos para com Jesus? A perspectiva de
uma Vida Nova que vem pela Salvação que Ele realiza, ou nossa esperança Nele se
limita as necessidades desta Vidinha Terrena que um dia vai terminar?
O Evangelista convida suas comunidades a mudar o enfoque, e a
reflexão é para todos nós, que muitas vezes somos Cristãos atrelados as coisas
da Terra e temos pouca ou nenhuma expectativa para com as coisas do Céu. O
próprio Jesus procura orientar seus seguidores e o povão que o procurava nessa
circunstância. As pessoas não querem ir direto ao assunto, e em vez de
indagarem se ele vai fazer ali um daqueles milagres espetaculares, como as
multiplicações do pão preferem perguntar quando foi que ele chegou ali.
Jesus não faz rodeios e vai direto ao assunto “Vocês me
procuram, não porque viram os milagres, mas porque comeram o pão e ficaram
saciados”.
Ver os milagres, no evangelho de João, significa ver o “Sinal” e
aderir a Jesus, o que ele tem a oferecer é infinitamente superior a qualquer
milagre. Em outras palavras Jesus está dizendo que aquelas pessoas não sabem
quem é ele e o que tem a oferecer, pois ficaram parados no milagre da
multiplicação dos pães, e acham que isso é suficiente para acreditarem Nele e o
seguirem. Não compreendem que o discipulado significa comprometimento com o seu
evangelho e com a edificação do Reino Novo que ele inaugurou em meio a
humanidade. Isso é bem típico do Cristianismo sem compromisso, religiãozinha
que os espertalhões da pós Modernidade inventaram, para atender as necessidades
do Homem que vê na Divindade um Posto de Autoatendimento, á serviço do homem,
um Cristo do Consumismo, vendido em vitrines de luxo na grande Mídia onde o Céu
é aqui mesmo, como sinônimo de riqueza, prosperidade, Felicidade terrena.
E acontece o mesmo que nesse evangelho, um Cristo assim atrai
multidões...
2. Foram procurar Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn.
Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no
Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
São João não relata a instituição da Eucaristia. Em compensação,
ele nos dá de presente um capítulo inteiro, o capítulo sexto, sobre o Pão da
Vida. Jesus é o Pão da Vida, que alimenta a humanidade e que alimenta, de modo
muito particular, com o Pão e o Vinho da Eucaristia, aqueles que nele creem. A
multidão que seguia Jesus percebeu que ele tinha chegado em Cafarnaum sem ter
entrado no barco dos discípulos. Alguma coisa extraordinária tinha acontecido.
Jesus já tinha feito sinais que indicavam quem ele era e o que viera fazer
neste mundo. As pessoas viam os sinais, mas não percebiam o seu alcance. Eram
imediatistas e bem materialistas. Jesus tinha multiplicado os pães e os peixes,
mas eles não perceberam a importância da partilha. Quiseram fazê-lo rei para
terem pão sem muito esforço. Queriam pão para comer.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
abril 15th, 2013
Toda pessoa sabe que se não comer morre. Há um
ditado popular que diz: “Saco vazio não para em pé”. Sabe também que quem come
muito pouco ou passa fome fica desnutrido, fraco e muito mais propenso às
doenças e até à morte. Comer o pão e beber o vinho é, em primeiro lugar, viver.
É fácil perceber o que o Senhor quis nos ensinar ao usar este símbolo: Assim
como sem comida, até o mais forte dos corpos definha e morre, assim também até
o maior dos santos, sem a Eucaristia, não consegue se sustentar.
Durante todo o Evangelho, podemos perceber a
importância que Cristo dá às refeições. Várias vezes, Ele come com os fariseus,
com os publicanos, com os pecadores.
Durante as refeições, o Senhor ensinava,
exortava. Por isso, nada mais natural do que escolher uma refeição para nela
instituir a Eucaristia (Jo 13,2). A palavra “Koinonia” significa “comunhão”.
São pessoas que estão juntas, partilhando, comungando da mesma refeição.
Na família, o momento da refeição é de reunião,
de troca, de colocar os assuntos em dia; nesses momentos, a união da família se
solidifica. Quando queremos nos confraternizar numa festa, sempre existe
refeição para se partilhar. Quando queremos aumentar nossa intimidade com
alguém, nós os convidamos para comer juntos. Se isto tudo é verdadeiro para
simples refeições diárias, quanto mais será para a refeição eucarística
compartilhada! É nessa mesa do Pão vivo que se opera a unidade real e
misteriosa da Igreja. (cf. ICor 10,16-17).
A Eucaristia é o sacramento da unidade. Ela une a
Igreja em torno de Cristo, de Seu sacrifício. A Igreja “comunga” com Ele,
torna-se o corpo de Cristo, unindo-se como células que recebem o mesmo alimento
e são purificadas pelo mesmo sangue. Assim como o pulmão é diferente na sua
anatomia e função do intestino, mas ambos são essenciais e pertencentes ao
mesmo corpo, nós também, embora sendo diferentes uns dos outros, somos partes
de Cristo pelo batismo. Uma só fé, um só batismo, um só Espírito. Esta é a
essência da unidade, operada e mantida pela comunhão do corpo e sangue de
Cristo.
Pelo conhecimento que o Senhor nos dá do valor da
Eucaristia, puro dom de Deus para a nossa salvação, possamos participar dela
com novo ânimo de maneira a sermos curados, libertos e restaurados. E, assim
comprometidos, partilhá-la com os nossos irmãos.
Por tudo quanto disse, posso concluir e afirmar –
sem medo de errar – que a Eucaristia é vida e compromisso. É partilha e
serviço.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 15/04/2013
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a perceber que a tua
Presença amorosa em nós se manifesta nas coisas simples do cotidiano. Que
jamais busquemos sinais extraordinários, mas que vejamos na vida e na fé que
nos proporcionas os sinais de teu Amor de Pai que também é Mãe. Por Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a
perceber que a tua Presença amorosa em nós se manifesta nas coisas simples do
cotidiano. Que jamais busquemos sinais extraordinários, mas que vejamos na vida
e na fé que nos proporcionas, os sinais de teu Amor de Pai que também é Mãe.
Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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