ANO C

Mt 4,12-17.23-25
Comentário do Evangelho
Convertei-vos e crede no Evangelho
Depois da notícia da prisão de João Batista, o texto apresenta um sumário da atividade de Jesus, que foi morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia. É como se, teologicamente falando, entrássemos numa nova fase da história. O apelo inicial da pregação de Jesus é a conversão. Se tomarmos Marcos como modelo, a conversão é crer no evangelho: "Convertei-vos e crede no evangelho" (Mc 1,15). "Crer no evangelho" pode ter, aqui, um duplo significado: é confiança na pessoa de Jesus que é, ele mesmo, a boa notícia de Deus para a humanidade e, ainda, fé na palavra que ele anuncia. Sem essa adesão não é possível a transformação da pessoa a partir do coração nem de sua dimensão ética. O nosso texto ressalta, ainda, dois aspectos fundamentais do ministério de Jesus: Ele ensina e proclama a Boa-Nova e ele cura. O v. 25apresenta numa frase o sucesso inicial do ministério de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me beneficiário do Reino anunciado por Jesus, e dá-me, de novo, a alegria de viver e de empenhar-me pelo advento de um mundo melhor e mais fraterno.
Fonte: Paulinas em 07/01/2013
Vivendo a Palavra
Mateus narra com solenidade a verdadeira hora de virada da história: João preso e Jesus começando a pregar. Em que tempo nós nos colocamos hoje? Estamos ainda na Primeira Aliança, seguindo a Lei de Moisés, ou aceitamos Jesus Cristo, nosso Salvador, esforçando-nos para cumprir a Lei do Amor?
Fonte: Arquidiocese BH em 07/01/2013
VIVENDO A PALAVRA
Mateus narra com solenidade a verdadeira hora de virada da história: João preso e Jesus começando a pregar. Em que tempo nós nos colocamos hoje? Estamos ainda na Primeira Aliança, seguindo a Lei de Moisés, ou aceitamos Jesus Cristo, nosso Salvador, esforçando-nos para cumprir a Lei do Amor?
Reflexão
O evangelho de hoje nos mostra o início da missão de Jesus, sendo que dois elementos dessa missão se tornam mais evidentes: Jesus como luz e o teor da sua pregação. Jesus, luz que ilumina todo homem que vem a esse mundo, vai na direção de todos os que se encontram nas trevas do erro, do pecado e da morte para os exortar à conversão, a fim de que possam entrar no Reino de Deus. A partir disso, entendemos melhor a nossa missão evangelizadora: devemos ser transmissores da luz de Jesus para que todas as pessoas possam aderir à proposta do evangelho, se converter e assumir os valores do Reino de Deus que Jesus mostrou para todos nós.
Fonte: CNBB em 07/01/2013
Reflexão
Por sua franqueza e coerência com a verdade, João Batista atrai a indignação e a fúria das autoridades, que mantinham a injustiça, deixando o povo na miséria e escravidão. Rapidamente é encarcerado. Cessam seus passos, sua voz já não ecoa. Ecoa, no entanto, a voz sonora e firme de Jesus de Nazaré: “Convertam-se porque o Reino de Deus está próximo”. É o momento da implantação do reinado de justiça, paz e fraternidade. Deus vem reinar sobre a terra. Essa implantação se dá não só com palavras retumbantes, mas também com ações concretas. De fato, Jesus percorria toda a região “pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo”. As multidões chegam de todas as partes e se põem a seguir Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
O REINO ESTÁ PRÓXIMO
O início do ministério de Jesus consistiu num largo giro por toda a região da Galiléia, proclamando o Evangelho da conversão e da adesão ao Reino.
A escolha da Galiléia como palco dos primeiros passos do Messias missionário foi proposital. Os galileus sofriam o desprezo dos judeus, que os tinham na conta de pagãos. Este preconceito sintetizava-se num dito popular, que será, depois, aplicado a Jesus: “De Nazaré pode sair coisa boa?” A este povo oprimido e marginalizado, era preciso apresentar uma alternativa. Este foi o propósito do ministério de Jesus.
Suas atividades foram desenvolvidas em três frentes. “Ensinava nas sinagogas” da região a mensagem do Reino, servindo-se das Escrituras. Seus ouvintes eram pessoas adeptas de uma religião que se tornara sem perspectiva, incapaz de alimentar grandes ideais. “Proclamava a boa-nova do Reino” ao grande público, anunciando a proximidade do Reino e convocando todo o povo a prestar-lhe adesão. Sua pregação descortinava um novo ideal religioso e de relações sociais, centrado na idéia de filiação divina e de fraternidade. “Curava todas as doenças e enfermidades do povo” demonstrando, claramente, de que o Reino é portador de vida, e recupera o ser humano em sua totalidade. Sua misericórdia estendia-se, indistintamente, a todos quantos lhe eram apresentados. E ele os curava a todos, pelo poder recebido do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, torna-se beneficiário do Reino anunciado por Jesus, e dá-me, de novo, a alegria de viver e de empenhar-me pelo advento de um mundo melhor e mais fraterno.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Discípulos Missionários
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
João Batista carregava em si toda a esperança do Povo de Israel e sua pregação trazia algo novo para todos. Ele era apenas o Precursor daquele que devia vir e que já estava entre eles. Seu anúncio jamais apontou para si mesmo, mas para o Messias a quem um dia ele apontou a seus discípulos dizendo “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. O evangelho de hoje começa narrando que Jesus ficou sabendo que João havia sido preso.
Mais um pregador que deu em nada, mais uma voz que os poderosos fizeram calar. Jesus deixa sua cidade Nazaré e retira-se para a Galiléia, em um Vilarejo de pescadores chamado Cafarnaum, á margem dos lagos, nos confins de Zabulon e Neftali. Do jeito que Mateus narra, esse lugarzinho parece ser no fim do mundo dando-se a impressão que Jesus desistira da missão.
Entretanto, contrariando a expectativa dos poderosos, nesse lugar prá lá do fim do mundo, talvez hoje diríamos, lá onde Judas perdeu as botas, Jesus começa a sua missão de pregador itinerante e prega a necessidade de se fazer penitência, pois o Reino dos Céus está próximo.
E assim, lá na Galiléia dos pagãos, onde havia um povo “Sem eira nem beira” o Messianismo de Jesus aflora com toda força, em seus ensinamentos, curando doenças e enfermidades no meio do povo. Seus ensinamentos e obras coincidem com a Profecias de Isaias, e a Salvação torna-se universal rompendo-se assim com um tradicionalismo Judaico do Povo da Antiga Aliança. A gentalha da Galiléia não fazia parte do Sistema religioso daquele tempo, mas eles também estavam no coração de Deus, e entre eles Jesus anuncia o Reino e o confirma com seus prodígios.
A fama de Jesus se espalha por toda a síria e eles lhe trazem os enfermos, os aleijados e coxos, os possessos e lunáticos, e todos recuperam a saúde física e mental e a partir daí grandes multidões começaram a acompanhá-lo. O resultado da missão é um sucesso total, as pessoas sentem-se atraídas por Jesus. A nossa Igreja não pode deixar-se “engolir” pelas grandes Metrópoles, alinhando-se ao lado dos poderosos, para atrair multidões e dar Ibope.
O Reino de Deus continua a fazer sucesso em meio a massa de miseráveis, em certos lugares onde já não há nenhuma esperança, onde parece que o sistema esqueceu-se das pessoas, é aí precisamente, que a nossa Igreja deve estar presente, anunciando, libertando, curando e promovendo entre elas o valor da Vida. Há uma Galiléia imensa bem á frente de todos nós cristãos, a espera do anúncio e dos sinais da presença do Reino. Como Discípulos missionários, essa é a nossa missão. E que nenhum de nós fuja da “raia”.
2. O Reino de Deus chegou. Jesus chegou.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
João tinha sido preso, e para que o espaço deixado por ele não ficasse vazio, Jesus não vai a Jerusalém, mas para a Galileia, porta aberta para o mundo. Ele sai de Nazaré e vai morar em Cafarnaum, no território de Zabulon e Neftali, onde, no passado, o povo experimentara o peso da bota do invasor assírio. Isaías tinha visto uma luz de esperança brilhar naquelas paragens. Esta luz, dirá São Mateus, é Jesus. A profecia de Isaías se realiza quando Jesus sai de Nazaré e vai para Cafarnaum. Aí está a luz que brilha numa terra de trevas e morte. O Reino de Deus chegou. Jesus chegou. Doentes são curados, possessos são libertados. Convertam-se todos e sintam a alegria da luz do Senhor que dissipa as trevas da morte!
HOMILIA DIÁRIA
Convertei-vos!
Postado por: homilia
janeiro 7th, 2013
Jesus inicia a sua missão fazendo um apelo e convite ao mesmo tempo à conversão, passando pelas ruas dos nossos bairros, nossas cidades, nos estados, províncias e países. Assim como nas regiões descritas deste Evangelho, Suas palavras continuam a ressoar não só no mundo, mas em cada coração humano, pois sua Palavra é verdade eterna: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Este convite à conversão constitui a conclusão vital do anúncio feito pelos apóstolos depois de Pentecostes. Nele, o objeto do anúncio fica totalmente explícito: já não é genericamente o “Reino”, mas sim a obra mesma de Jesus, integrada no plano divino predito pelos profetas. Ao anúncio do que teve lugar com o Jesus Cristo morto, ressuscitado e vivo na glória do Pai, segue-lhe o premente convite à “conversão”, a que está ligada o perdão dos pecados.
Tudo isto aparece claramente no discurso que Pedro pronuncia no pórtico de Salomão: “Deus deu cumprimento deste modo ao que tinha anunciado por boca de todos os profetas: que seu Cristo padeceria. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados” (At 3,18-19). Este perdão dos pecados, no Antigo Testamento, foi prometido por Deus no contexto da “Nova Aliança”, que Ele estabelecerá com seu povo (cf. Jr 31,31-34).
Deus escreverá a Lei no coração. Nesta perspectiva, a conversão é um requisito da aliança definitiva com Deus e ao mesmo tempo uma atitude permanente daquele que, acolhendo as palavras do anúncio evangélico, passa a formar parte do Reino de Deus em seu dinamismo histórico e escatológico.
Os destinatários da mensagem de Jesus são todos os que se abrem à Palavra, para escutá-la com sinceridade, e alcançam a paz, a salvação e a vida. Ele continua a revelar-se para nossa humanidade, quando fazemos o esforço necessário para nossa conversão.
Após receber o batismo de João, Jesus inicia uma nova fase em sua vida. Deixa a sua cidade de origem, Nazaré, onde morava com sua família, e vai morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia.
Jesus percorre a Galileia, onde se encontravam gentios e judeus. O grande número de doentes e enfermos era a expressão das precárias condições de vida do povo oprimido, com o qual Jesus se relacionava e comungava. A Ele acorrem, também, as multidões provenientes das regiões exclusivamente gentílicas, vizinhas da Galileia. Fica bem em evidência o caráter universal do anúncio de Jesus, visando à libertação de toda opressão e ao favorecimento da vida.
A vinda de Cristo exige uma contínua conversão, um mudar de caminho.
É a partir de cada um de nós que começa o mundo novo. É a partir do coração novo de cada um, que o mundo poderá ter um novo coração!
Deixemos, pois, que Ele aja em nossa vida para que tenhamos Vida e Vida em plenitude.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 07/01/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos sempre conscientes de que nossa conversão não é apenas um fato acontecido em hora e dia determinados, mas um processo que se estende por toda nossa vida. E nos dá a força da perseverança para seguirmos o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina pelos séculos, em unidade com o Espírito Santo.

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