segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/01/2019

ANO C



EPIFANIA DO SENHOR

Ano C - Branco

“Em Jesus, a salvação é oferecida a todos.”

Mt 2,1-12

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A festa da Epifania é a grande convocação que Deus faz, a fim de que todas as nações e raças encontrem forças para tornar humano e fraterno o nosso mundo. E em Jesus Cristo essa expectativa toma corpo e alma, aparecendo como proposta oferecida a todos. Respeitando, ainda, o clima de Natal, celebramos então a manifestação do Senhor e de sua luz que ilumina todos os povos do universo, lembrando o dom da graça e da ternura de Deus que se manifestam em todas as nações e culturas, simbolizadas pela visita dos três reis magos. Tendo celebrado à dias o nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo, somo convocados a vivenciar, na Solenidade de hoje, sua manifestação ao mundo! A Epifania do Senhor expressa o grande mistério do Deus que historicamente se revela: vem à nós e convoca-nos a segui-lo. Nossa resposta é a conversão, pois quem encontra Jesus, à exemplo dos magos do oriente, muda de caminho!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Tendo celebrado à dias o nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo, somo convocados a vivenciar, na Solenidade de hoje, sua manifestação ao mundo! A Epifania do Senhor expressa o grande mistério do Deus que historicamente se revela: vem à nós e convoca-nos a segui-lo. Nossa resposta é a conversão, pois quem encontra Jesus, à exemplo dos magos do oriente, muda de caminho!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, nós celebramos hoje a manifestação de Jesus a todos os povos, representados pelos magos provenientes de terras distantes. Eles seguiram a estrela até Belém, onde encontraram o Menino Deus e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Nesta celebração, em profunda adoração ao Pai, com os magos e com todos os que reconhecem e adoram o Senhor, ofereçamos também nossos dons, que agora não serão mais ouro, incenso e mira, mas o próprio Jesus Cristo, imolado e recebido em comunhão no seu Corpo e Sangue.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A festa de hoje, que popularmente chamamos de "dia de Reis", é chamada pela liturgia de "Epifania" do Senhor. Epifania é uma palavra grega e significa Manifestação da Divindade, e que passou para a liturgia latina por influxo da Igreja Oriental. A manifestação da salvação de Deus em Jesus Cristo é, portanto, a ideia central que hoje celebramos. Por isso, a festa de hoje é a grande convocação que Deus faz, a fim de que todas as nações e raças encontrem forças para tornar humano e fraterno o nosso mundo. Essa é, no fundo, a expectativa de Deus que transparece em toda a Bíblia. Mas é em Jesus que ela toma corpo e forma, aparecendo como proposta oferecida a todos. Superada, portanto, a etapa dos intermediários, Deus teve por bem se revelar a nós por seu próprio Filho em pessoa. Cristo se manifestou ao mundo inteiro, quando acolheu a visita dos Magos do Oriente. Consequentemente, celebramos também a vocação missionária da Igreja, que deve anunciar a salvação a todos os povos. A Igreja é chamada a difundir a Boa Nova e suscitar a fé, que gera a obediência ao amor de Deus. Que neste Ano da Fé nos deixemos plasmar pelo dom de crer e professemos com entusiasmo o que cremos, para que nosso testemunho seja verdadeiro. Deus hoje revela seu Filho às nações, guiando-as pela estrela e concede a todos nós, seus servos e servas que já o cnhece pela fé, a certeza de um dia poder comtemplá-Lo face a face no céu, junto a Jesus Cristo. Esta Unidade nos permite sentir aqui na terra, um pouco da felicidade que teremos junto ao Pai, na casa que Ele preparou para nós.

O CRISTO SE MANIFESTOU...

Epifania significa manifestação. Manifestação de Deus que se revela no Menino, e do seio da Sagrada Família faz brilhar a Luz que vem iluminar todos os povos.
Na primeira leitura nos deparamos com um poema do Terceiro Isaías referindo-se à cidade de Jerusalém. No pós-exílio, diante de uma terra destruída e devastada, a palavra do profeta surge para renovar a esperança do povo. Jerusalém, a Cidade da Paz, será também a Cidade-Luz, pois o Senhor cuida de sua herança e não deixará de restaurar a glória de seu povo escolhido, dissipando as trevas. O texto, com fortes contornos universalistas, indica que a Cidade de Sião será também centro de convergência onde muitos povos reconhecerão a glória do Senhor.
No Evangelho, com uma sensibilidade ímpar, Mateus faz ver que a as palavras do profeta Miquéias acerca de Belém se cumprem com o nascimento de Jesus. Ele é o verdadeiro Rei de Israel, e a estrala é o sinal de Deus que dá testemunho desses fatos. Guiados pela verdade, os magos-astrólogos buscam encontrar aquele que nasceu para renderem-lhe tributo. Suas ofertas são simbólicas: o ouro faz referência à sua realeza, o incenso manifesta a fé de que este menino traz em si a força da divindade, e a mirra é uma referência clara à humanidade assumida que enfrentará, no momento certo, a Paixão. Não à medida do poder opressor de Herodes, mas revestida de humildade, é a realeza de Jesus, que manifesta uma autoridade que se estenderá a todos os povos.
O texto da Carta aos Efésios serve para nós como um arremate. O mistério de Deus a que Paulo se refere é a constituição de um novo povo onde não existem mais fronteiras. Abraçar o Evangelho como verdade é a condição para ser membro do Corpo e participar da Herança. A Igreja é o novo povo de Deus, que em todos os cantos do mundo manifesta a fé em um mesmo Senhor. É a glória de Deus que se manifesta a todos os povos.
Texto: Equipe Diocesana - Diocese de Apucarana - PR

ATRAÍDOS PELA ESTRELA

Mesmo que hoje se fale mais dos “Reis Magos”, o centro da festa da Epifania não são eles, mas é Jesus Cristo. Os Magos representam os povos e as raças, atraídos por Jesus Cristo. Ele é “o Rei, que acaba de nascer”, a quem os três sábios procuraram desde o Oriente, “atraídos pela estrela”.
Seguindo a estrela, eles chegaram ao palácio do rei Herodes, em Jerusalém, achando que era lá que tinha nascido o “rei dos Judeus”. Porém viram que não era Herodes a “luz verdadeira, que guia todo homem que vem a este mundo”. Continuaram, pois, a seguir a estrela e acabaram chegando a Belém e encontraram o menino Jesus. Prostraram-se diante dele e o adoraram, reconhecendo que era a Ele que procuravam. E a estrela que os conduziu até lá, então desapareceu. Daí por diante, eles já não precisavam mais dessa luz, preciosa mas ainda fraca, pois estavam diante do “sol da justiça”, daquele que é verdadeira luz do mundo.
O Papa Bento XVI explicou, de maneira bonita, a esse propósito, que a estrela seguida pelos “Reis Magos” é a luz de Deus que resplandece na consciência das pessoas e as orienta na vida para seguirem a verdade, realizarem o bem e alcançarem a meta da vida, que é o próprio Deus. A estrela dos “Reis Magos”, portanto, também brilha na consciência e se manifesta na vida de cada pessoa. Seguindo essa estrela, cada um também será capaz de chegar Àquele que é a verdadeira luz do mundo.
A festa da Epifania nos fala da grande “manifestação da salvação” a todos os povos. O Salvador não veio somente para um grupo, ou um povo: veio para todas as pessoas e para a humanidade inteira. Por isso, podemos dizer que a Epifania também manifesta a dimensão missionária do Natal e do Evangelho: a Boa-nova da salvação deve chegar a todos os povos! Por esse motivo, o Papa Francisco está conclamando a Igreja inteira a ser mais missionária e a ser uma “Igreja em saída missionária”.
Este também é o propósito do nosso sínodo arquidiocesano: promover uma verdadeira conversão missionária” na nossa Igreja em São Paulo. O Evangelho da salvação não vale apenas para nós, que já cremos e temos a graça de participar da vida da Igreja. Vale para todos e somos chamados a ser as “testemunhas de Deus” na cidade de São Paulo.
Que o Espírito Santo nos ajude a levar adiante com fruto os trabalhos deste 2º ano do nosso sínodo arquidiocesano. Que possamos ajudar as pessoas a se sentirem atraídas pela “estrela” e a encontrarem Aquele, que é a “luz do mundo” Jesus Cristo nosso Salvador!
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

Universalidade da salvação

Com o domingo da Epifania termina o tempo do Natal. A solenidade da Epifania do Senhor é a festa da universalidade da salvação oferecida como dom de Deus a toda a humanidade. Desde todo o sempre Deus quis que todos os povos fossem iluminados. Na vigília do Natal, nós já tínhamos ouvido: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. Sobre aqueles que habitavam a terra da sombra uma luz resplandeceu". O texto de Isaías deste domingo é ainda mais claro: "As nações caminharão à tua luz, os reis,ao brilho do teu esplendor" (Is 60, 3). A cada uma das nações da terra é dirigido este apelo: "Deixa-te iluminar". Todos, judeus e pagãos, são beneficiários da mesma promessa, herdeiros da mesma riqueza da graça de Deus, em Cristo Jesus. No Verbo encarnado todas as fronteiras são rompidas e Deus visita todas as pessoas indistintamente. O texto de Nm 24,17 é portador da seguinte profecia: um dia "se levantará de Jacó uma estrela". Essa profecia, os judeus do primeiro século da nossa era aplicavam à vinda do Messias. Os magos, símbolo das "nações", vindos do Oriente para adorarem o Senhor, trazem os seus presentes, isto é, fazem sua profissão de fé naquele que, por amor de Deus, assumiu a nossa humanidade. Os presentes oferecidos afirmam simbolicamente a divindade, a realeza e o sacerdócio do menino nascido em Belém. De todos nós que nos reunimos para celebrar a solenidade da Epifania do Senhor é exigido o engajamento próprio da fé. O presente a ser oferecido Àquele que assumiu a nossa humanidade é a nossa própria vida, ela mesma dom de Deus. É este engajamento que nos faz sentir a "grande alegria" anunciada aos pastores (Lc 2,10) e que os magos puderam experimentar(cf. Mt 2,10), alegria da salvação, alegria de Deus que nenhuma situação da existência humana pode tirar nem ninguém subtrair.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a teu Filho.
Fonte: Paulinas em 06/01/2013

Vivendo a Palavra

Nós somos os ‘magos’ de hoje. A estrela brilhou, nós a vimos e nos pusemos a caminho em direção à gruta. Que presentes levamos para o Deus-Menino? A mirra da nossa condição humana, assumida com gratidão e verdade, o ouro com que reconhecemos sua Realeza, e o incenso com que O adoramos como Filho de Deus?
Fonte: Arquidiocese BH em 06/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nós somos os ‘magos’ de hoje. A estrela brilhou, nós a vimos e nos pusemos a caminho em direção a Belém. Que presentes levamos para o Deus-Menino? A mirra da nossa condição humana, assumida com gratidão e verdade; o ouro com que reconhecemos sua Realeza e o incenso com que O adoramos como Filho de Deus?

Reflexão

EPIFANIA DO SENHOR

UMA LUZ QUE ILUMINA A TODOS

A visita dos reis magos a Jesus no evangelho de hoje não deve ser interpretada como matéria jornalística nem como página de livro de história. A narrativa faz parte do chamado “Evangelho da Infância” de Jesus. Diz respeito ao seu nascimento e aos seus primeiros anos. Apenas os evangelistas Mateus e Lucas, nos dois primeiros capítulos de seus relatos, ocupam-se de contar sobre esse momento da vida do Filho de Deus.
Afirmar que o “Evangelho da Infância” não é relato histórico não significa dizer que se trata de pura fantasia. A preocupação não é a exatidão histórica, mas catequética, ou seja, busca-se transmitir um ensinamento. Por isso os relatos de um são diferentes dos do outro, visto que cada comunidade tinha suas próprias necessidades de compreensão do sentido da fé. O objetivo, portanto, é anunciar a boa-nova de Jesus. Ele é o enviado do Pai. Por meio dele todas as profecias chegaram à plenitude da revelação e da realização.
Daí que, no caso específico do relato de hoje (Mt 2,1-12), o evangelista se utiliza da figura dos reis magos. Mateus quer afirmar ao seu público – em sua grande maioria vindo do judaísmo – que em Jesus os pagãos também têm acesso à salvação, estão nos projetos e promessas do Senhor.
Desse modo, os reis magos representam os “de fora”, os povos estrangeiros de que fala a primeira leitura (Is 60,1-6). Povo que se põe a caminho de Jerusalém com as suas riquezas para encontrar a luz verdadeira. Jesus é a luz. No entanto, a comunidade para quem veio a luz resiste a acolhê-la. Por isso Mateus reforça: se, por um lado, o “povo eleito” rejeita Jesus, por outro, os “estrangeiros” o adoram. Se Herodes e Jerusalém “ficam perturbados” diante do anúncio do nascimento do menino e planejam a sua morte, os pagãos, por sua vez, sentem grande alegria. E, mais que apenas sentir alegria, reconhecem em Jesus o seu salvador.
Em Cristo, portanto, chegou a salvação definitiva. Esta já não é exclusivamente prêmio destinado a um grupo seleto, mas oferta a todos os povos da terra, sem exceção (Ef 3,2-3.5-6). Cabe à comunidade cristã hoje avaliar suas atitudes, se realmente é acolhedora, fraterna, do Senhor nos ajude a manifestá-lo ao mundo com nosso testemunho de vida.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Fonte: Paulus em 06/01/2013

Reflexão

A Epifania é a festa da manifestação ou revelação de Deus a todos os povos. Nascido do seio de Maria, Jesus é essa revelação e a concretização dos anseios do Antigo Testamento. Na Igreja primitiva, essa festa foi considerada muito importante, pois a partir dela é que Jesus será conhecido por todos os povos: do Ocidente e do Oriente, símbolos da universalidade. Mateus, depois de apresentar o nascimento de Jesus em Belém, é o único evangelista a relatar a visita dos magos, considerados pagãos e itinerantes, que, movidos pela estrela, respondem positivamente às ações de Deus. Enquanto eles se alegram com a Boa Notícia, Herodes e as autoridades de Jerusalém perturbam-se. Para esses foi uma má notícia. Ao longo de sua vida, Jesus encontrará rejeição de muitos, indiferença de outros e acolhida dos que buscam o Reino de Deus. A assembleia reunida e celebrante, com a pluralidade e diversidade de pessoas, reflete a universalidade da salvação proposta pela festa de hoje. Em cada celebração dominical, somos envolvidos pela alegria e esperança dos magos ao ver a estrela que os orientava e conduzia. Procuremos nos deixar sempre conduzir e iluminar pela Estrela-Jesus que nunca se apaga.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

GUIADOS PELA ESTRELA!

A intenção dos magos era muito simples. Guiados pela estrela, procuravam o “rei dos judeus”, com a objetivo de prestar-lhe homenagem. Tratava-se de astrólogos orientais que misturavam seus conhecimentos dos astros com a predição do futuro, o qual, segundo eles, os próprios astros comunicavam. Este foi o motivo que os levou à cidade santa de Jerusalém. Entretanto, o desfecho de sua busca foi encontrar o Messias de Israel, salvador da humanidade.
Um texto do Antigo Testamento afirmava: “Surgirá um astro de Jacó e se levantará um cetro em Israel”. A partir disto, passou-se a relacionar o Messias e com a estrela. Tanto assim que um dos muitos pretendentes ao título de Messias ficou conhecido, em Israel, com o apelido de “Filho da Estrela”. Portanto, a estrela apontava para o recém-nascido Messias Jesus, e guiou os magos até o lugar onde ele se encontrava.
As lideranças religiosas de Jerusalém, seguras com a sabedoria que possuíam, não chegavam a perceber o que para os pagãos parecia visível: a presença da salvação na história humana. Quiçá a segurança religiosa que julgavam possuir os tornava pouco atentos aos verdadeiros desígnios de Deus. Os pagãos demonstraram mais sensibilidade. Por isso, foram recompensados com a graça de serem de fato os primeiros a reconhecer o Messias Jesus, mesmo não sendo este o motivo primeiro de sua viagem. Sua busca, portanto, foi recompensa muito além de suas expectativas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a teu Filho.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. VIMOS A SUA ESTRELA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na Liturgia da igreja, ainda dentro das festividades do natal celebra-se nesse domingo a Festa da Epifania que significa Manifestação de Deus. Há quem pense de maneira bem equivocada, que o cristianismo é um grupo fechado para o qual Jesus se manifestou e se revelou com exclusividade e por conta desse pensamento muitos há que se apossam da salvação como se esta também fosse particular. Há outros ainda mais ousados que tendo séria dificuldade para ser seguidor fiel de Cristo e do seu santo evangelho, procuram adaptá-lo de acordo com suas conveniências ou interesses.
No passado realmente Deus escolheu o povo de Israel em particular para revelar-se porém, chegando a plenitude dos tempos, enviou–nos seu Filho Jesus Cristo que veio trazer a Salvação a toda humanidade e não mais a uma pessoa ou a um grupo em particular.
No evangelho desse domingo, uns magos do oriente, sobre os quais há muitas histórias, viram no céu um sinal e seguindo a estrela chegaram até Jesus na manjedoura. Não conheciam as profecias, eram de outra cultura religiosa, mas assim que viram a estrela no céu, puseram-se a caminho.
Não é de hoje que a humanidade sonha com uma Paz que reúna os homens do mundo inteiro, em uma unidade que não exclua a diversidade, afinal a humanidade tem algo em comum, somos todos filhos e filhas de Deus, irmanados em Jesus, de diferente nacionalidade, cultura, contexto histórico, social e político, mas somos iguais porque Jesus veio para todos.
Ser igual não significa necessariamente um mesmo jeito de rezar, de se relacionar com Deus, um mesmo rito e uma mesma maneira de manifestar a fé, se fosse assim, os magos do oriente não teriam jamais visto o sinal no céu. Quando pensamos na unidade de todos os povos e nações diante de Deus, estaríamos sendo ingênuos se desejássemos uma uniformidade, Deus não nos criou em série, mas temos cada um a nossa identidade própria, em uma diversidade, que longe de ser obstáculo para a unidade, é fator que enriquece e que solidifica a unidade.
O que faz a diferença é a fé, através da qual nos abrimos para Deus na medida em que o buscamos. Deus se manifesta a todos mas a reação de cada homem é diferente. Os poderosos e prepotentes como o Rei Herodes, embora tenham o conhecimento sobre a manifestação de Deus, em vez de se alegrarem, se sentem perturbados com esta manifestação divina, que os levará a rever seus princípios e ideologias. Mas em todos os tempos da nossa história sempre houve pessoas como os magos, que ao menor sinal de Deus, se põe a caminho e ao encontrá-lo na simplicidade da vida, não hesitam em adorá-lo e reconhecê-lo como único Deus e Senhor.
Abrir os cofres significa abrir o coração e a mente para uma compreensão clara de quem é Jesus, pois ouro, incenso e mirra significam a divindade, a realeza e a humanidade de Jesus. Deus é muito simples e está sempre ao alcance de todos, nós é que às vezes complicamos demais, quando queremos inventar fórmulas mirabolantes para se experimentar Jesus em nossa vida.
Os Magos na viagem de volta mudaram o percurso, iluminados pela luz da fé, todo aquele que conhece Jesus e o aceita como Salvador e Senhor, começa a percorrer um outro caminho, que não passa pela ambição dos poderosos e auto suficientes, mas sim pelo sonho dos que acreditam e lutam por um mundo novo, onde embora diferentes, todos os homens se reconheçam como irmãos e irmãs em Jesus, Filhos e Filhas de um mesmo Pai, que os criou para viverem na plenitude do amor.
A Jerusalém envolta em luz e que atrai a si todos os homens de todas as nações, não significa apenas um templo, mas sim uma grande assembléia na qual se insere todos os homens e mulheres de boa vontade, inclusive os pagãos, que como nos ensina o apóstolo Paulo, na graça santificante reconheceram a presença de Deus em Jesus Cristo.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Visita dos Magos do Oriente
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

[...] Mateus é o único evangelista que narra a visita dos Reis Magos à Sagrada Família ainda em Belém. Com isso, ele quis dizer que este Menino, que entra tão discretamente na história humana, oculto numa gruta e numa pequena casa em Belém, cercado de pobres pastores judeus, é o Deus do universo, Senhor de todos os povos. É a luz que sai de Israel para iluminar todas as nações. É até mesmo mais do que o Messias prometido. Conhecemos a história. Sábios do Oriente viram uma estrela e a seguiram. Chegando em Jerusalém, perguntaram onde estava o rei dos judeus que tinha acabado de nascer. E contaram que viram a sua estrela no Oriente. Não viram uma estrela, mas a “sua” estrela, o que significa que eles tinham informações de que uma estrela anunciaria o nascimento de um rei dos judeus. Não seria também o nascimento de qualquer rei. Muitos reis tinham nascido em Israel. Por que agora este rei recém-nascido chamou a atenção destes homens do Oriente levando-os a se deslocarem até Jerusalém?
Se Mateus estiver relatando um fato acontecido, estes homens do Oriente, que chamamos de Reis Magos, conheciam as profecias, e certamente a profecia de Balaão, que foi um profeta pagão, chamado a profetizar contra Israel no deserto. Podemos ler a história de Balaão no Livro dos Números, nos capítulos 22 a 24. Foi ele quem disse: “Como são formosas as tuas tendas, ó Jacó! E as tuas moradas, ó Israel!… Um herói surge na sua descendência e domina sobre muitos povos … Eu o vejo, mas não agora, eu o contemplo, mas não de perto: Um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel”. O astro é a estrela vista no Oriente, o cetro indica o rei que está nascendo.
Mateus pode também estar fazendo uma exegese criativa, à maneira dos judeus, uma interpretação chamada midrash . Ele ilumina o nascimento de Jesus com profecias antigas. O profeta Isaías viu uma luz toda especial, que é a luz do próprio Deus, iluminando Jerusalém, enquanto a terra toda estava no escuro. A claridade desta luz ilumina os caminhos de reis pagãos que, alegres, se dirigem a Jerusalém em camelos e dromedários, com ouro e incenso, proclamando os louvores do Senhor.

REFLEXÕES DE HOJE


06 DE JANEIRO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

A Epifania do Senhor, Luz do mundo

Postado por: homilia
janeiro 6th, 2013

A Epifania do Senhor é uma festa religiosa cristã celebrada no dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o Natal. Para nós cristãos, a Solenidade da Epifania representa a assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a conhecer ao Mundo. Na narração bíblica, Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém, o mundo cristão celebra como epifanias três eventos: a Epifania propriamente dita perante os magos do Oriente (como está relatado em Mateus 2,1-12) e que é celebrada no dia 6 de Janeiro; a Epifania a João Batista no Rio Jordão; e a Epifania a Seus discípulos e início de Sua vida pública com o milagre de Caná, quando começa o Seu ministério.
No sentido literário, a “epifania” é um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou incidente que “ilumina” a vida do personagem.
O ‘Dia de Reis’, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo, recém-nascido, recebe a visita de “uns magos” que, segundo o hagiológio, foram três Reis Magos, e que a visita ocorrera no dia 6 de janeiro.
A data marca, para nós católicos, o dia da adoração dos Reis, a qual a tradição, surgida no século VIII, converteu nos santos Belchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se os festejos natalinos – sendo o dia em que são desarmados os presépios e, por conseguinte, são retirados todos os enfeites natalinos.
O tema da luz domina a solenidade do Natal e da Epifania, que, antigamente e ainda hoje no Oriente, estavam unidas numa só grande “festa das luzes”. No sugestivo clima da Noite Santa, apareceu a luz; nasceu Cristo “luz dos povos”. É Ele o “sol que surge do alto” (cf. Lc, 1,78). Sol vindo ao mundo para dissipar as trevas do mal e inundá-lo com o esplendor do amor divino. Escreve o evangelista João: “O Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9).
“Deus é luz”, recorda sempre São João, sintetizando não uma teoria gnóstica, mas “a mensagem que recebemos dele (1 Jo 1, 5), isto é, de Jesus. No Evangelho, ele lembra de novo a expressão recolhida dos lábios do Mestre: “Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).
Encarnando, o Filho de Deus manifestou-se como luz. Luz não só para o exterior, na história do mundo, mas também para o interior do homem, na sua história pessoal. Fez-se um de nós dando sentido e valor renovado à nossa existência terrena. Deste modo, no pleno respeito pela liberdade humana, Cristo tornou-se ” lux mundi”, ou seja, a luz do mundo. “Luz que brilha nas trevas” (Jo 1, 5).
Hoje, na Solenidade da “Epifania” – que significa “Manifestação” – volta com vigor o tema da luz. Hoje, o Messias, que em Belém se manifestou a humildes pastores da região, continua a revelar-se luz dos povos de todos os tempos e de todos os lugares. Para os magos, vindos do Oriente para adorá-Lo, a luz do “Rei dos judeus que acaba de nascer” (Mt 2, 2) assume a forma de um astro celeste, muito brilhante, a ponto de atrair o seu olhar e os guiar até Jerusalém. Põe-nos, assim, nas pegadas da antigas profecias messiânicas: “Uma estrela sai de Jacó e um cetro flamejante surge do seio de Israel…” (Nm 24, 17).
Como é sugestivo o símbolo da estrela que se repete em toda a iconografia do Natal e Epifania!
Ainda hoje, evoca profundos sentimentos, mesmo se, como tantos outros sinais do sagrado, corre o risco de se tornar banalizada pelo uso consumista que dela é feito. Todavia, recolocada no seu contexto original, a estrela que contemplamos no presépio fala ao espírito e ao coração do homem do terceiro milênio.
Fala ao homem secularizado, despertando nele a nostalgia da sua condição de viajante à procura da Verdade e desejoso do Absoluto. A própria etimologia do verbo “desejar” evoca a experiência dos navegantes, que se orientam durante a noite observando os astros, que em latim se chamam “sidera”.
Quem não sente a necessidade de uma “estrela” que o guie no seu caminho sobre a Terra? Sentem esta necessidade tanto os indivíduos como as nações. Para vir ao encontro deste desejo de salvação universal, o Senhor escolheu para si um povo, que fosse estrela orientadora para “todas as famílias da terra” (Gn 12, 3). Com a Encarnação de seu Filho, Deus alargou, depois, a eleição a todos os outros povos, sem distinção de raça e cultura. Assim nasceu a Igreja, formada por homens e mulheres que, “unidos em Cristo, são dirigidos pelo Espírito Santo na sua peregrinação para o Reino do Pai e receberam uma mensagem de salvação, que devem comunicar a todos” (Gs 1).
Ressoa, portanto, para toda a Comunidade Eclesial o oráculo do profeta Isaías, que escutamos na Primeira Leitura: “Levanta-te e resplandece, chegou a tua luz; a glória do Senhor levanta-se sobre ti!… As nações caminharão à tua luz, os reis, ao resplendor da tua aurora” (Is 60, 1.3).
Acolhendo Jesus, nossa Luz, sejamos como estrelas que O apontem para a humanidade ou levem a humanidade até Ele, para que O conheça e O adore, e O tenha como a Luz de sua vida. O ouro aponta Jesus como o Rei universal; o incenso, como Deus. Mas Ele é Rei e Deus pelo amor e serviço sem reservas nem medidas, até o extremo da morte, lembrada pela mirra.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/01/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que a Encarnação não é história que se realizou no passado, mas realidade que acontece hoje e sempre. Que a nossa gratidão não se mostre apenas em palavras, mas no seguimento do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a consciência de que a Encarnação não é história que se realizou no passado, mas realidade que acontece hoje e sempre. Que a nossa gratidão não se mostre apenas em palavras, mas no seguimento do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.


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