quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Santa Margarida de Cortona - 22 de Fevereiro


Santa Margarida de Cortona
1247-1297
A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.
Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.
Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.
Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.
Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.
Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas.
Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.
FONTE: paulinas em 2013


Santa Margarida de Cortona

A Santa de hoje é uma grande testemunha de fé e santidade para todos nós. Órfã de mãe, era uma linda jovem que conquistou o coração de um rico homem, com quem viveu amasiado por nove anos. Aconteceu que o rico jovem foi assassinado e por isto ela ao ver o seu corpo em decomposição Margarida para pensar nas futilidades de sua vida. Ao ir para Cortona Margarida enfrentou o sacramento da Reconciliação e repousou nos braços do Pai. A partir da conversão, a vida de Margarida foi uma luta constante para a santidade através dos exercícios de penitência, ao ponte de fazer de uma pedra o seu travesseiro, o chão de cama e como alimento apenas pão e água. Diante de uma vida intensa e nova na santidade , viveu da oração e sacrifício, isto mesmo na dor, provações e sofrimentos. Purificada e liberta do domínio do pecado Santa Margarida de Cortona entrou no Céu em 1297.
FONTE: catolicanet em 2013

Santa Margarida de Cortona



Comemoração Litúrgica:  22 de fevereiro.

Também nesta data - Santo Abílio, São Lineu e São Maximiliano

Santa Margarida, natural de Alviano na Toscana, tem o sobrenome de Cortona, cidade onde passou grande parte da vida e morreu. Menina de 8 anos, apenas, perde a mãe, que a tinha educado com todo o cuidado. A perda da mãe foi o princípio da infelicidade da pobre órfã. Não havendo quem lhe guiasse os passos e de certo modo substituísse o cuidado e a vigilância materna, Margarida viu-se em breve rodeada de elementos que pessimamente a influíram na formação do caráter. Bonita, atraente, de temperamento jovial e expansivo, deu ouvidos às vãs lisonjas e fúteis amabilidades, e abriu as portas do coração à vaidade.
Em vão o pai avisou-a do perigo que corria. Esses bons conselhos foram dados a ouvidos surdos. Dezesseis anos contava Margarida, quando abandonou secretamente a casa paterna, procurando a companhia de um jovem fidalgo, com quem viveu ilícita e criminosamente pelo espaço de nove anos, em Montepulciano. Deus, que permitira esta triste queda, não perdeu de vista a ovelhinha desgarrada. A consciência não deixou de fazer-lhe reclamos, com insistência cada vez mais acentuada.
Debalde, Margarida não se animava a deixar a vida, que a algemava aos prazeres ilícitos. Deu-se então um fato que lhe abriu os olhos e a chamou ao bom caminho. O amante tendo empreendido longa viagem de negócio, foi em caminho assaltado e assassinado. O cadáver esteve dois dias e duas noites no lugar do crime, ficando-lhe ao lado o cão, que tinha acompanhado o dono. No terceiro dia apareceu o fiel animal na casa de Margarida e pelo latido plangente, deu sinal de um acontecimento extraordinário.
Como, porém, Margarida não desse atenção, o cão puxou-a pelo vestido, como se quisesse convidá-la a acompanhá-lo. Margarida então atendeu e o cão conduziu-a ao lugar onde se achava o corpo do assassinado, já em estado de decomposição bem adiantada, enchendo o ambiente de cheiro insuportável.
Margarida, diante do espetáculo que se lhe apresentava ante os olhos, impressionou-se profundamente e o primeiro pensamento que lhe veio, foi: “Onde estará sua alma?” Que momento de horror para Margarida! Mas também era a hora da graça e da salvação que se aproximava!
A porta do coração, tanto tempo fechada aos convites de Deus, abriu-se ao Bom Pastor. Jesus, que tinha andado tantos anos atrás desta ovelha tresmalhada achou-a enfim e, pondo-a sobre os ombros, levou-a ao aprisco. Lágrimas de arrependimento borbulhavam dos olhos de Margarida; uma dor profunda e sincera feria-lhe o coração; mas, animada por uma confiança ilimitada na misericórdia de Deus, dizia de si para si: “Deus quer salvar-me. Porque teve tanta paciência comigo? É seu amor, que me deu tanto tempo para fazer penitência; é seu amor que me mandou este tremendo aviso, quem sabe? Talvez o último”.
Profundamente abalada, no seu interior, voltou para casa, resolvida a dizer adeus ao pecado e começar uma nova vida, vida de penitência. Fez o voto de dedicar o resto da vida à mais severa penitência. Caiu-lhe na alma, como um peso enorme, o modo ingrato com que tratara o pai e parecia-lhe ouvir os gemidos de dor, que durante nove anos, seu procedimento tinha arrancado do coração do seu maior benfeitor.
Resolutamente se pôs a caminho, à procura do pai. Embora compenetrada da gravidade da culpa, embora dizendo-se indigna do paternal perdão, resolvida estava a fazer tudo, para reparar a falta e reabilitar-se na amizade do pai. Margarida contava então 25 anos.
Chegando a Alviano, em altos soluços, prostrou-se aos pés do pai, pedindo a recebesse outra vez em sua casa, pois que estava resolvida a mudar de vida. O pai comoveu-se diante do pedido da filha e recebeu-a com todo amor; não assim, porém, a madrasta, que não viu de bons olhos a permanência da pecadora em sua casa. Assim, exposta de novo ao perigo, Margarida, renovou o protesto de antes morrer de fome, do que voltar à vida anterior. Elevando os olhos ao céu, exclamou: “Meu Senhor e Salvador de minha alma, quereis que ela se perca? Ela vos custou tanto como a de Madalena. O’ vós que me remistes, pelo preço de vosso sangue, não me desampareis no meu mísero estado! Tende compaixão de mim!” Deus ouviu a oração da pobre pecadora. Esta, cedendo a um impulso interior, dirigiu-se a Cortona, para lá se confessar e receber do confessor a diretiva de uma nova vida. Fez a confissão geral, com muita contrição, na Igreja dos Padres Franciscanos. O pedido de Margarida de ser aceita entre as penitentes da Ordem Terceira pôde ser atendido, só depois dela ter dado prova suficiente de sua constância.
A partir da conversão, a vida de Margarida foi uma série contínua de práticas de virtudes, principalmente da mortificação, penitência, humildade e paciência. Tinha por alimento só pão e água; por leito o soalho e de travesseiro servia-lhe uma pedra. A maior parte da noite passava em oração e em práticas de penitência. Para castigar e mortificar o corpo sujeitou-o à disciplina diária. A meditação da Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo não só lhe despertou no coração terno amor ao divino Salvador, mas também fez crescer-lhe cada vez mais o desejo de sofrer com ele e por ele. Os sofrimentos, que Deus lhe enviava aceitava-os com a maior paciência e o desprezo que recebia do mundo, causava-lhe prazer. O pesar de ter ofendido a Deus era tão grande, que não só chorava amargamente as infidelidades passadas, mas chegava até a desmaiar.
Vinte e três anos passou Margarida penitenciando-se por seus pecados. Alguns anos depois da conversão lhe sobrevieram tentações as mais terríveis. O inimigo tudo fazia, para convencê-la da insuficiência das obras penitenciais. Surgiram na mente veleidades de abrandar a mortificação, sair de Cortona. Parecia-lhe que as penitências deviam ter já alcançado o completo perdão dos seus pecados e tinha a obrigação de conservar a vida, para poder servir a Deus muito tempo ainda. O bom senso, porém, e mais ainda a graça divina fizeram-lhe conhecer em tudo isto uma tentação diabólica.
Numa ocasião, em que as tentações sobremodo a atormentaram, Margarida prostrou-se aos pés do Crucifixo, clamando a Deus que a socorresse. Cristo se dignou de aparecer a sua serva e disse-lhe: “Tem ânimo, minha filha! Estou contigo, no meio das tentações. Com apoio da minha graça, vencerás todas. Segue em tudo o conselho do teu confessor”. Não foi esta a única aparição que Margarida teve. Distinguiram-na com seus colóquios a SS. Virgem, vários Santos e principalmente o Anjo da Guarda.
Este lhe deu certeza do completo perdão dos seus pecados. Apareciam-lhe também as almas do purgatório em particular aquelas que foram remidas pelas suas orações e penitências.
A visão porém, mais consoladora que Cristo lhe concedeu, foi uma, pouco antes do feliz trânsito, em que Jesus, anunciando-lhe a proximidade da morte, assegurou-lhe a completa remissão dos pecados passados e que sua alma iria para o céu, acompanhada de todas as almas do Purgatório, que deviam a libertação às suas orações e boas obras. Com santa impaciência aguardou Margarida a chegada desta feliz data. Era o dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida contava 48 anos. O corpo foi, em grande solenidade, enterrado na Igreja da Ordem de São Francisco, onde até hoje é conservado intacto. Muitos milagres têm provado a santidade da serva de Deus. Bento XIII inseriu-a solenemente no catálogo dos Santos, em 1728.
Reflexões:
Depois de longos anos vividos em pecados, Margarida de Cortona recebeu a graça de converter-se dos seus erros. O companheiro dos seus desvarios morreu assassinado, sem ter dado, um sinal sequer de arrependimento. Arcanos da Providência Divina! – Quantos motivos não tens para agradecer a Deus sua misericórdia e bondade, pois se tivesse te tratado como a justiça o exigia, qual teria sido tua sorte e onde agora estarias?
Uma vez convertida, Margarida não mais tergiversou, mas castigou o corpo com jejuns e penitências. A penitência e o jejum em particular são necessários para justos e pecadores. Para os justos, que assim se defendem contra o mal, que ao pecado; para os pecadores, que devem dar uma satisfação à divina justiça. – Margarida não recaiu mais em pecado e tendo confessado a culpa, não procurou mais ocasiões de pecado. Assim devem fazer todos que, tendo-se deixado levar pela fraqueza da carne, depois voltaram a Deus com sincera penitência. O pecador que volta à pratica do mal, põe em grande perigo a salvação de sua alma. A penitência e conversão sincera, porém, causam alegria a Deus e aos santos Anjos.

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