domingo, 16 de março de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/03/2025

ANO C


2º DOMINGO DA QUARESMA

Ano C - Roxo

“Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!” Lc 9,35

“Ouvir o Filho amado de Deus, para transfigurar o coração.”

Lc 9,28b-36

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Somente em contato com Deus pela oração, nos tornamos de fato seguidores de Jesus, a quem buscamos escutar no profundo de nosso ser. O diálogo íntimo com o Senhor transforma a existência, transfigurando nossas vidas marcadas pelo pecado e pelo erro.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/16-MARCO-2025---2-domingo-da-quaresma[_converted.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, estamos no segundo domingo de nosso caminho quaresmal rumo à Páscoa. Assim como Jesus chamou seus discípulos para o monte Tabor, para ali ser transfigurado, hoje somos nós os chamados: este lugar sagrado em que nos reunimos torna-se um espaço da manifestação da glória do Senhor, da qual participamos sacramentalmente pelo Batismo, sinal antecipado de nossa Páscoa.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-21-2o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf

CONFIANÇA E CORAGEM PARA SEGUI-LO

Durante as seis semanas que precedem a Páscoa, somos convidados a refletir sobre nossa relação com Deus e a revitalizar nossa fé. Este período representa uma oportunidade para reacender a confiança nas promessas divinas, permitindo que a entrega total a Deus nos transforme e fortaleça em nossa jornada espiritual.
Um aspecto importante dessa reflexão quaresmal é o exemplo de fé inabalável de Abraão. Reconhecido como o "pai da fé", Abraão simboliza uma confiança radical em Deus, motivado pelas promessas de uma grande descendência e de uma terra prometida, mesmo diante das dificuldades. Sua fé não se baseava em garantias humanas, mas em uma entrega total ao plano divino, servindo como modelo para cultivarmos uma fé semelhante, mesmo em tempos desafiadores.
No Evangelho de Lucas, a Transfiguração de Jesus destaca-se como um momento significativo, quando Ele leva Pedro, Tiago e João a um alto monte para orar. Nesse local, Jesus se transforma diante deles, com Seu rosto irradiando luz e Suas vestes brilhando intensamente. Este evento é acompanhado pela aparição de Moisés e Elias, que representam a Lei e os Profetas, conversando sobre a partida de Jesus para Jerusalém, onde Ele enfrentaria Sua paixão.
A voz do céu declara: "Este é o meu Filho, o Escolhido. Ouçam o que Ele diz!", enfatizando a importância de ouvir e seguir os ensinamentos de Jesus. Esse acontecimento não apenas revela a glória divina de Cristo, mas também prepara espiritualmente os discípulos para os desafios que estão por vir, incluindo a crucificação de seu Mestre. Essa preparação alicerça a expectativa da gloriosa ressurreição, relembrando aos discípulos que a morte não é o fim, mas o prelúdio para uma nova vida.
Jesus convida Seus discípulos a confiar e ter coragem para segui-Lo, mesmo diante das dores e desafios que a jornada pode envolver. A mensagem da Transfiguração fortalece a fé nas promessas de Deus: mesmo em meio ao sofrimento, a ressurreição e uma nova vida nos esperam. Esse evento deixa claro que a confiança nas promessas de um Deus fiel é essencial para a caminhada cristã.
São Paulo, na carta aos Filipenses, pede aos cristãos que não se limitem a uma vivência religiosa feita de práticas externas e de gestos vazios. Os crentes verdadeiros são aqueles que vivem de olhos postos no Senhor Jesus, aquele que “transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso”. Os filipenses e os cristãos de todas as épocas e lugares, devem caminhar para Ele sem hesitação, firmes na fé e guiados pela Boa Nova da salvação.
Este período quaresmal nos convoca à introspecção e à autenticidade na prática da fé, lembrando-nos que uma vida transformada por Deus é alcançada por meio da entrega total a Ele, seguindo o exemplo de Abraão e as orientações de Jesus.
Dom Carlos Silva, OFMCap
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Brasilândia
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-21-2o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf

Comentário do Evangelho

Transfiguração de Jesus: “Este é meu filho, o escolhido”


No 2º domingo da Quaresma, somos convidados a nos encontrar com Deus em um lugar de paz e revelações profundas, representado pela montanha. Este cenário, que ao longo da história de Israel foi palco de grandes manifestações divinas, nos chama para uma maior intimidade com o Senhor e para o fortalecimento de nossa aliança com Ele.
Antes mesmo de formalizar Sua aliança com Israel, ao libertá-lo do Egito, Deus se revelou a Abrão (primeira leitura). Já avançado em idade, sem filhos e sem uma terra para chamar de sua, Abrão confiou nas promessas divinas. Deus se revelou a ele através de uma visão, passando por animais cortados, um ritual que simbolizava a aliança. Abrão, no entanto, caiu em um sono profundo, simbolizando sua total entrega e confiança na fidelidade do Senhor.
Deus também se revela a Paulo, não apenas na glória da ressurreição, mas por meio da ação contínua do Espírito Santo, que lhe dá certeza sobre o caminho a seguir. A certeza de que, ao vencer a morte, Jesus transformará seus seguidores. Assim, é essencial permanecer firme em Cristo (segunda leitura).
Mesmo antes do mistério pascal, Jesus já revelou sua glória futura aos três discípulos mais próximos: Pedro, Tiago e João. A transfiguração de Jesus durante sua oração é comparável à glória de Moisés no Sinai. Elias, também presente, simboliza os profetas, e ambos conversam com Jesus sobre o sofrimento e a morte que Ele enfrentaria, como também enfrentaram provações durante sua missão.
Os discípulos, ao verem essa manifestação, desejam permanecer nela e sugerem construir tendas para Jesus, Moisés e Elias. No entanto, uma nuvem, símbolo da presença de Deus, cobre a cena, e a voz divina declara a missão do Filho, pedindo que os discípulos o ouçam e sigam. Assim, após a experiência, eles ficam sozinhos com Jesus e devem continuar sua jornada, confiantes em Sua Palavra.
Este é o convite para todos nós: buscar o Senhor com perseverança e permitir que Ele nos transfigure a cada dia.
https://catequisar.com.br/liturgia/transfiguracao-de-jesus-este-e-meu-filho-o-escolhido/

Reflexão

Jesus e três discípulos sobem a montanha para rezar e lá acontece a transfiguração de Jesus. Enquanto dialoga com Moisés e Elias, representantes do Antigo Testamento, os três discípulos dormem e não escutam a voz que fala do êxodo (morte) do Mestre. A transfiguração mostra que a paixão e a morte fazem parte do projeto de Jesus. Depois de acordarem, os discípulos contemplam a glória de Jesus e, fascinados pela beleza, sugerem eternizar essa realidade, construindo moradias. Mas uma voz vem da nuvem e pede que escutem e sigam o que o Filho determina. A voz do Mestre nos desinstala e nos leva a descer a montanha, onde realizamos nossa missão de tornar presente o Reino de Deus. Não podemos ficar acomodados no alto da montanha e ficar eternamente contemplando a glória do Filho. A glória de Jesus ilumina e transfigura nossa vida, para transformar a realidade do mundo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-domingo-8/

Reflexão

«Jesus subiu à montanha para orar»

Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós
(Barcelona, Espanha)

Hoje, segundo Domingo da Quaresma, a liturgia da palavra traz-nos invariavelmente o episódio evangélico da Transfiguração do Senhor. Este ano, com os matizes próprios de São Lucas.
O terceiro evangelista é quem mais salienta o Jesus orante, o Filho que está permanentemente unido ao Pai através da oração pessoal, às vezes íntima, escondida, outras vezes na presença dos Seus discípulos, cheia da alegria do Espírito Santo.
Consideremos, então, que Lucas é o único dos sinópticos que começa a narração deste relato assim: «Jesus (...) subiu à montanha para orar» (Lc 9,28), e que, portanto, também é o que especifica que a transfiguração do Mestre se produziu «Enquanto orava» (Lc 9,29). Este não é um fato de importância secundária.
A oração é apresentada como o contexto, natural, para a visão da glória de Cristo: quando Pedro, João e Tiago acordaram, «viram a glória de Jesus» (Lc 9,32). Não só a glória dele, mas também a glória que Deus já manifestara na Lei e nos Profetas; estes —diz o evangelista— «Apareceram revestidos de glória» (Lc 9,31). Efetivamente, também eles encontram o próprio esplendor quando o Filho fala ao Pai no amor do Espírito. Assim, no coração da Trindade, a Páscoa de Jesus, «a saída deste mundo que Jesus iria consumar em Jerusalém» (Lc 9,31) é o sinal que manifesta o desígnio de Deus desde sempre, levado a cabo no seio da história de Israel, até ao seu cumprimento definitivo na plenitude dos tempos, na morte e ressurreição de Jesus, o Filho encarnado.
Convém-nos recordar, nesta Quaresma e sempre, que só deixando aflorar o Espírito de piedade na nossa vida, estabelecendo com o Senhor uma relação familiar, inseparável, poderemos gozar a contemplação da sua glória. É urgente deixarmo-nos impressionar pela visão do rosto do Transfigurado. À nossa vivência cristã, talvez sobrem palavras e falte espanto, aquele que fez de Pedro e dos seus companheiros testemunhas autênticas do Cristo vivo.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Que ninguém se envergonhe da cruz de Cristo, graças à qual o mundo foi remido. O Senhor lançou sobre si toda a fraqueza da nossa condição e, se permanecermos no seu amor, venceremos o que ele venceu e receberemos o que ele prometeu» (São Leão Magno)

- «Jesus decide mostrar a Pedro, Tiago e João uma antecipação da sua glória, aquela que terá depois da Ressurreição, para os confirmar na fé e encorajá-los a segui-lo no caminho da prova, no caminho da Cruz» (Francisco)

- «Por um momento, Jesus mostra a sua glória divina, confirmando assim a confissão de Pedro. Mostra também que, para ‘entrar na sua glória’ (Lc 24, 26), tem de passar pela cruz em Jerusalém. Moisés e Elias tinham visto a glória de Deus sobre a montanha; a Lei e os Profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias. A paixão de Jesus é da vontade do Pai: o Filho age como Servo de Deus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 555)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-03-16

Reflexão

A Transfiguração: "Jesus sozinho" é quanto deve ser suficiente para o caminho

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o rosto de Jesus muda e a sua veste que se torna cândida e resplandecente, na presença de Moisés e Elias, símbolo da Lei e dos Profetas.
Os três discípulos que assistem ao acontecimento estão oprimidos pelo sono. Só a luta contra o torpor que se apodera deles permite que Pedro, Tiago e João "vejam" a glória de Jesus. Então o ritmo torna-se premente... Pedro fala e, enquanto está a falar, uma nuvem cobre a ele e aos outros discípulos. Os olhos já não podem ver, mas os ouvidos podem ouvir a voz que sai da nuvem: "Este é o Meu Filho dileto, escutai-O".
—Os discípulos já não estão diante de um rosto transfigurado, nem de uma veste cândida, nem de uma nuvem que revela a presença divina. Diante dos seus olhos está "Jesus sozinho": é quanto é dado aos discípulos e à Igreja em cada época; é quanto deve ser suficiente para o caminho. É ele a única voz que deve ser ouvida.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-16

Comentário sobre o Evangelho

A Transfiguração: Moisés e Elias aparecem sob uma forma gloriosa e falam com Jesus


Hoje, em uma cena espetacular, encontramos Jesus —transfigurado— falando com Moisés e Elias. Sobre o que falam? Da morte do Senhor, para o qual apenas faltavam uns dias.
—Pedro, Santiago e João sofrerão com a prisão do Senhor. Por isso Jesus lhes mostra o prêmio..., o que é prêmio ao amor.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-03-16

Meditação

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

Também pelos discípulos, Pedro professa a fé em Jesus, “o Cristo de Deus”, o Messias prometido. E Jesus lhes revela como realizará sua missão messiânica: o Filho do Homem sofrerá muito, será rejeitado pelas autoridades religiosas, morto, mas ressuscitará no terceiro dia. E oferece à multidão, a todos, essa salvação: se alguém quiser segui-lo, renuncie a si mesmo, tome diariamente sua cruz, perca a vida por causa dele e como Ele, pois “quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la” (Mt 16,25). E quem se envergonhar dele e dessa salvação, Ele também se envergonhará dessa pessoa em sua glória, na glória do Pai e dos santos anjos.
Certamente Jesus causou impacto na fé da multidão e mesmo na dos discípulos. Em seu amor, porém, nos quer só o bem no seu seguimento. Então, vai encorajar a todos a segui-lo, por mais difícil que seja; é a transfiguração.
Às três testemunhas (Pedro, João e Tiago) mostra-se revestido da divina glória na face e no muito branco e brilhante da roupa. Também e já revestidos da glória, Moisés e Elias conversam com Ele “sobre a morte” que “iria sofrer em Jerusalém”. A morte, sua máxima expressão messiânica, — de fato, a ela se refere a voz do Pai: “Este é o meu Filho, o Escolhido” — era seu caminho para essa glória tão cativante para eles, a ponto de quererem perpetuá-la no tempo.
Mas a voz ainda dizia: “Escutai o que Ele diz!”; não tenham medo de seu seguimento. Deus garante êxito absoluto a seus seguidores. Sim, trata-se de Deus, do Pai, aquele da Aliança com Abrão. Aquele que garante ao patriarca realizar sua promessa de dar-lhe descendência e terra. No símbolo do “braseiro fumegante” e “tocha de fogo”, passa por entre as metades dos três animais que Abrão matara, e cujas partes dispusera uma em frente da outra. Sangue é símbolo da vida. E Deus passando, como que pisando o sangue dos animais, em seu próprio sangue, se o tivesse, ao preço de sua própria vida, comprometia-se com Abrão de dar-lhe o que prometera. Deus, com quem podemos infalivelmente contar!
Paulo ama os filipenses como “irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade”. Nesse amor, não se impõe limites neste forte alerta a alguns deles; que já havia dito e agora repetia chorando: “Há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas. Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas” (Fl 3,18-21). Acolhamos o alerta, se o merecemos!
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F03%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, que nos mandastes ouvir o vosso Filho amado, alimentai-nos com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F03%2F2025&leitura=meditacao

Nenhum comentário:

Postar um comentário