ANO C
Lc 9,22-25
Comentário do Evangelho
Condições do seguimento
Antes de iniciar a subida para Jerusalém, Lucas nos oferece esta prolepse da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que tem por finalidade, nos evangelhos, prevenir os discípulos contra o escândalo da paixão e morte de Jesus, e dispô-los, como também o eleitor, a não desanimarem diante da paixão e morte, mas permanecerem firmes com o Senhor até o fim, para experimentarem a alegria e a força da sua ressurreição. Este anúncio é a oportunidade de alertar os discípulos sobre as condições do seguimento: o caminho é o mesmo que o Senhor vai percorrer, por isso é preciso uma profunda liberdade diante da própria vida (renunciar a si mesmo), para atualizar a entrega de Jesus Cristo. A vida verdadeira não está na defesa das seguranças pessoais, mas na disposição da própria vida: "Quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará".
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
Fonte: Paulinas em 14/02/2013
Comentário do Evangelho
O caminho dos discípulos não pode ser outro que o do Mestre.
Nosso texto de hoje está situado um pouco antes do início da seção central do terceiro evangelho, denominada “subida para Jerusalém”. O anúncio da paixão, morte e ressurreição tem por finalidade preparar os discípulos, como também o leitor, para entrarem no mistério pascal sem esmorecer e preveni-los contra o escândalo da paixão e morte de Jesus. Essa prolepse informa os discípulos acerca das condições do seguimento de Jesus Cristo. O caminho dos discípulos não pode ser outro que o do Mestre. Por essa razão, é preciso liberdade diante da própria vida. A decisão livre de seguir o Senhor deve ser acompanhada da atitude que caracteriza o seguimento: “Renunciar a si mesmo”. Trata-se do desafio de não permitir que seus projetos pessoais se anteponham à vontade de Deus, e exige uma atitude positiva de entregar a própria vida. A vida recebida como dom de Deus não está garantida na defesa das seguranças e privilégios pessoais, mas na disposição da própria vida em favor do “evangelho de Jesus Cristo” (cf. Mc 1,15). Nós não seremos plenamente livres enquanto persistir o medo da morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
Fonte: Paulinas em 06/03/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Carregue cada dia sua cruz e siga‑me
A Quaresma nos prepara para participarmos da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Ele anunciou aos seus discípulos que devia sofrer, ser rejeitado, morto e ressuscitar no terceiro dia. E convidou-os a segui-lo renunciando a si mesmos e, cada dia, carregando a própria cruz. Deu-lhes a garantia de que salvaria a própria vida quem estivesse disposto a perdê-la por causa dele. Por fim, para que pensassem, fez a pergunta: “De que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo?”. A parte dele já foi feita. Sofreu, morreu, ressuscitou.
Resta-nos a nossa parte, que também já foi feita pelos que nos antecederam. Quanta gente decidida e de valor renunciou a si mesma, tomou sua cruz e seguiu os passos de Jesus! Hoje somos nós a tomar a cruz a cada dia, não só em momentos extraordinários de perseguição e martírio, mas também no cotidiano da vida comum, mostrando nossa fidelidade a Cristo e a seu Evangelho. Renunciando a nós mesmos, alargamos os horizontes da nossa existência e enxergamos muito mais do que a nós mesmos. Enxergamos os outros, inseridos em seu contexto, e nos dispomos a perder a própria vida, como fez Jesus, para o bem de todos. O bem de todos será a vitória da vida sobre a morte, na ressurreição.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 15/02/2024
Vivendo a Palavra
Apresentando o testemunho de sua própria vida, o Mestre lembra a seus discípulos que a porta é estreita e o caminho áspero, mas são eles que levam à salvação. Quem quiser segui-lo deve aceitar sua cruz, isto é, como Ele entregar a vida em proveito dos irmãos da caminhada.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/02/2013
Vivendo a Palavra
Perder a nossa vida por causa do Cristo significa nos esforçarmos para viver como Jesus viveu: fazendo o bem a todos, lutando pela justiça e a fraternidade, trazendo alívio para quem sofre e consolo para quem chora. Em resumo: esquecidos da nossa própria cruz, ajudando o irmão a carregar a sua.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2014
VIVENDO A PALAVRA
Seguir Jesus não é se amoldar docilmente aos critérios da sociedade egoísta em que vivemos, mas buscar modificá-la fazendo com que nela apareçam os sinais do Reino de Deus. Isto não acontecerá sem que nós, os discípulos do Mestre, soframos perseguições e condenações.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/02/2018
VIVENDO A PALAVRA
O Evangelho afirma que a última palavra será ‘Ressurreição’, mas o caminho passa pela rejeição, a dor e a morte. Nas ocasiões em que eu julgar a minha cruz injustamente pesada, devo pensar em Jesus que, depois de passar pelo mundo fazendo o bem, ainda assim carregou sobre os ombros nossos pecados para abrir-nos o caminho da libertação.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/03/2019
VIVENDO A PALAVRA
‘Perder’ a nossa vida por causa do Cristo significa nos esforçarmos para viver como Jesus de Nazaré viveu: fazendo o bem a todos, lutando pela justiça, testemunhando a fraternidade, trazendo alívio para quem sofre e consolo para quem chora. Em resumo: esquecidos da nossa própria cruz, ajudando os irmãos a carregarem as deles.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2020
VIVENDO A PALAVRA
Seguir a Jesus não é se amoldar docilmente aos critérios da sociedade egoísta em que vivemos, mas é buscar cristianizá-la, fazendo com que nela germinem e apareçam os sinais do Reino de Deus. Isto não acontecerá sem que nós, discípulos do Mestre, soframos perseguições e condenações. Essa é a nossa Cruz, que devemos assumir e carregar pela vida afora, seguindo a Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2021
Reflexão
O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que vive como o próprio Jesus e faz dele o modelo de sua vida. Jesus nunca viveu para si, mas sempre viveu para o Pai e para os seus irmãos e irmãs, fazendo do seu dia a dia um serviço a Deus e ao próximo. A exemplo de Jesus, nós devemos passar por esse mundo não para buscar a satisfação dos nossos interesses e necessidades, mas para deixar de lado tudo o que nos impede de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que precisam de nós, da nossa presença e do nosso serviço, e que também nos impede de ir ao encontro do próprio Deus para vivermos com ele a sua vida.
Fonte: CNBB em 14/02/2013 e 06/03/2014
Reflexão
Jesus se confronta com as autoridades civis e religiosas e será condenado à morte. Essa é a realidade reservada ao Mestre; esse é o itinerário que todo cristão deverá percorrer: “Quem quiser salvar a própria vida, a perderá. Mas quem perder a própria vida por causa de mim, a salvará”. Morrer para viver. Parece atitude absurda, mas a nossa salvação é fruto do extremo sacrifício de Jesus. “Alguém pagou preço alto pelo resgate de vocês” (1Cor 6,20). Essa era a catequese ensinada aos primeiros cristãos: “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para as nações” (1Cor 1,23). Aos discípulos de Jesus cabe trilhar o caminho percorrido por ele. Quais são os meus projetos pessoais? Quais são os projetos de Jesus para mim?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 15/02/2018
Reflexão
Contrariamente à mentalidade da época, Jesus não veio implantar um reinado com base em violência, guerra e expulsão dos ocupantes estrangeiros. Veio para entregar sua vida por amor. Com linguagem dura, porém realista, Jesus fala de sua morte, em Jerusalém, pelas mãos dos chefes do povo. Obediente aos planos do Pai, ele seguirá até o fim, sem fugir nem esmorecer. E exige que o acompanhemos nesse itinerário. Isso implica tomar a cruz de cada dia. Não se trata de buscar o sofrimento, como se Deus tivesse prazer em nos ver sofrer. Trata-se, isto sim, de cumprir a missão que assumimos como seguidores de Jesus Cristo. Desse modo, daremos testemunho de nossa fé, mesmo que tenhamos de enfrentar adversidades, para “salvar a própria vida”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 07/03/2019
Reflexão
Jesus se confronta com as autoridades civis e religiosas e será condenado à morte. Essa é a realidade reservada ao Mestre; este é o itinerário que todo cristão deverá percorrer: “Quem quiser salvar a própria vida, a perderá. Mas quem perder a própria vida por causa de mim, a salvará”. Morrer para viver. Parece atitude absurda, mas a nossa salvação é fruto do extremo sacrifício de Jesus. “Alguém pagou preço alto pelo resgate de vocês” (1Cor 6,20). Essa era a catequese ensinada aos primeiros cristãos: “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para as nações” (1Cor 1,23). Aos discípulos de Jesus cabe trilhar o caminho percorrido por ele. Quais são os meus projetos pessoais? Quais são os projetos de Jesus para mim?
Oração
Divino Mestre, tu nos revelas o fim trágico que te espera em Jerusalém: serás capturado, condenado e morto pelas mãos dos dirigentes do povo. Mas acrescentas que, no terceiro dia, ressuscitarás. Dá-nos, Senhor, a graça de compreender e viver intensamente os momentos finais de tua vida na terra. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 27/02/2020
Reflexão
Já no início da Quaresma, a Igreja, por meio do Evangelho de hoje, nos alerta sobre o fim trágico de Jesus e desafia quem estiver disposto a segui-lo. O Mestre não quer enganar ninguém, prometendo “mundos e fundos”, mas fala claramente qual seu destino e apresenta as exigências para segui-lo na fidelidade. O caminho do cristão é seguir a Cristo até as últimas consequências. Não é fácil seguir alguém que não propõe sucesso e aplausos. Também não é fácil assumir a própria cruz diariamente. Por outro lado, Jesus não nos propõe algo impossível, embora possa trazer incompreensões e até perseguições. O discípulo sabe também que a derrota do Mestre não é definitiva, mas aponta para algo glorioso, sua ressurreição. Quaresma é tempo de renovar o compromisso com o projeto de Jesus.
ORAÇÃO
Divino Mestre, tu nos revelas o fim trágico que te espera em Jerusalém: serás capturado, condenado e morto pelas mãos dos dirigentes do povo. Mas acrescentas que, no terceiro dia, ressuscitarás. Dá-nos, Senhor, a graça de compreender e viver intensamente os momentos finais de tua vida na terra. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 18/02/2021
Reflexão
Jesus, em sua missão, nos revela quem é o Pai e lança as sementes do Reino de Deus. Por causa da coerência de suas palavras e de seus gestos, Jesus sofrerá, será rejeitado e morto; contudo, a morte será vencida, pois Jesus ressuscitará. A trajetória de Jesus é, sem dúvida, exemplar para aqueles que, em qualquer tempo, se decidem por segui-lo. O sofrimento, a rejeição e a morte são realidades que não se desejam, mas, quando abraçamos a causa do Reino, precisamos estar preparados para dores, incompreensões e a própria morte, como ocorreu com o Mestre e muitos cristãos ao longo da história e ocorre ainda hoje. Embora pareça contraditório e de difícil entendimento, nossa vida é para Deus, e se não a colocamos a serviço, ela perde seu sentido e sua fecundidade.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 03/03/2022
Reflexão
Contrariamente à mentalidade da época, Jesus não veio implantar um reinado com base em violência, guerra e expulsão dos ocupantes estrangeiros. Veio para entregar sua vida por amor. Com linguagem dura, porém realista, Jesus fala de sua morte, em Jerusalém, pelas mãos dos chefes do povo. Obediente aos planos do Pai, ele seguirá até o fim, sem fugir nem esmorecer. E exige que o acompanhemos nesse itinerário. Isso implica tomar a cruz de cada dia. Não se trata de buscar o sofrimento, como se Deus tivesse prazer em nos ver sofrer. Trata-se, isto sim, de cumprir a missão que assumimos como seguidores de Jesus Cristo. Desse modo, daremos testemunho de nossa fé, mesmo que tenhamos de enfrentar adversidades, para “salvar a própria vida”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 23/02/2023
Reflexão
Jesus confronta as autoridades civis e religiosas e será condenado à morte. Essa é a realidade reservada ao Mestre; este é o itinerário que todo cristão deverá percorrer: “Quem quiser salvar a própria vida, a perderá. Mas quem perder a própria vida por causa de mim, a salvará”. Morrer para viver. Parece atitude absurda, mas nossa salvação é fruto do extremo sacrifício de Jesus. “Alguém pagou preço alto pelo resgate de vocês” (1Cor 6,20). Essa era a catequese ensinada aos primeiros cristãos: “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para as nações” (1Cor 1,23). Aos discípulos de Jesus cabe trilhar o caminho percorrido por ele. Quais são os meus projetos pessoais? Quais são os projetos de Jesus para mim?
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 15/02/2024
Reflexão
«Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje é a primeira quinta-feira da Quaresma. Ainda temos fresca as cinzas que a Igreja nos punha ontem sobre a testa, e que nos introduzia neste tempo santo, que é uma trajetória de quarenta dias. Jesus, no Evangelho, nos ensina duas rotas: o Via Crucis que Ele deve recorrer, e nosso caminho em seu seguimento.
Sua senda é o Caminho da Cruz e da morte, mas também o de sua glorificação: «E acrescentou: «O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia» (Lc 9,22). Nossa senda, não é essencialmente diferente da de Jesus, e nos assinala qual é a maneira de segui-lo: «Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (Lc 9,23).
Abraçado a sua Cruz, Jesus seguia a Vontade do Pai; nós, carregando a nossa sobre os ombros, o acompanhamos em sua Via Crucis.
O caminho de Jesus se resume em três palavras: sofrimento, morte, ressurreição. Nosso Sendero também é constituído por três aspectos (duas atitudes e a essência da vocação cristã): negarmos a nós mesmos, tomar cada dia a cruz e acompanhar a Jesus.
Se alguém não se nega a si mesmo e não toma a cruz, quer afirmar-se e ser o mesmo, quer «salvar sua vida», como diz Jesus. Mas, querendo salvá-la, a perderá. Em compensação, quem não se esforça por evitar o sofrimento e a cruz, por causa de Jesus, salvará sua vida. É o paradoxo do seguimento de Jesus: «De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?» (Lc 9,25).
Esta palavra do Senhor, que encerra o Evangelho de hoje, agitou o coração de Santo Inácio e provocou sua conversão: «Que aconteceria se eu fizesse o que fez São Francisco e isso que fez Santo Domingo?». Tomara que nesta Quaresma a mesma palavra nos ajude também a converter-nos!
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Fixemos com atenção o nosso olhar no sangue de Cristo e reconheçamos quão preciosa foi aos olhos de Deus, seu Pai, pois, derramada pela nossa salvação, alcançou a graça da penitencia para todo o mundo» (S. Clemente Romano)
- «Não podemos pensar na vida cristã fora deste caminho que Ele percorreu primeiro. É o caminho da humildade. O estilo cristão sem cruz não é, de forma alguma, cristão e se a cruz é uma cruz sem Jesus, não é cristã» (Francisco)
- «A conversão realiza-se na vida quotidiana por gestos de reconciliação, pelo cuidado dos pobres, o exercício e a defesa da justiça e do direito, (...) a aceitação dos sofrimentos, a coragem de suportar a perseguição por amor da justiça. Tomar a sua cruz todos os dias e seguir Jesus é o caminho mais seguro da penitência» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.435)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 23/02/2023 e 15/02/2024
Reflexão
O primeiro anúncio da Paixão. O caminho da cruz
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, começada a Quaresma, Jesus Cristo anuncia-nos o destino do caminho que empreendemos com Ele: a sua paixão e a sua ressureição. Este anúncio escandalizou Simão Pedro que acabava de reconhecê-lo como Messias. Mas, justamente, segui-lo com o sinal da cruz será o nosso caminho, o qual se explica de um modo antropológico: é o caminho do “perder-se a si próprio”, sem o qual se torna impossível encontrar-se a si mesmo.
Para amar é necessário perder-se! Os cristãos devem ser instruídos continuamente, ao longo dos séculos, pelo Senhor, para que estejam sempre conscientes que o seu caminho não é o da gloria ou do poder temporal mas o “caminho da cruz”. Também hoje, os cristãos tomam à parte o Senhor para lhe dizer: “Isso não te pode acontecer”!
—Jesus tem que nos dizer de novo: Sai da minha frente, Satanás!”. Toda a cena mostra uma inquietante atualidade, pois, em definitiva, seguimos pensando segundo “a carne e o sangue” e não segundo a revelação que podemos receber pela fé.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 15/02/2024
Recadinho
Jesus é claro ao questionar-nos: Que adianta ganhar o mundo inteiro? - Para que serve tanta ganância na busca dos bens deste mundo se não tiverem um fim social? - Renunciar! Tomar a cruz! Que experiência tenho de cruzes em minha vida? - Aceito minhas cruzes espelhando-me na caminhada do crucificado? - Faço com que a fé me sustente ao carregar as cruzes da vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/03/2014
Meditação
Fomos criados por amor, para sermos felizes agora e sempre na participação da vida de Deus. Fora de Deus e fora de nós, nada e ninguém nos pode dar felicidade. Pode apenas ajudar nossa caminhada e nosso amadurecimento. Ou pode atrapalhar e até impedir, se colocarmos nossa felicidade nas pessoas, nas coisas, nas posições, no mundo que engloba tudo fora de nós e fora de Deus. Abandonar Deus é a maior tristeza para a humanidade.
Oração
Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 23/02/2023
Meditação
Segundo os evangelistas, Jesus sabia o que o esperava em Jerusalém. Não que se tratasse de uma imposição do Pai, que o quisesse crucificado e morto. Mesmo como homem, Ele podia prever até onde chegaria a oposição dos adversários. Porém, não recuou, não entrou em compromissos, foi plenamente coerente e fiel ao que nos ensinara sobre a vida e nosso relacionamento com o Pai.
Oração
NÓS VOS PEDIMOS, SENHOR, inspirai as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 15/02/2024
Comentário sobre o Evangelho
O Sermão da Montanha: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me»
Hoje Jesus nos explica sua missão: o Filho de Deus veio a este mundo para salvar-nos. Quis fazer desde um lugar incômodo, muito doloroso: a Cruz, nos arredores de Jerusalém. Sim, Jesus Cristo está aí, sem se chatear, oferecendo esse sacrifício ao Pai pelo perdão de nossas faltas. É um Amor insuperável!
—«Se alguém quiser vir em meu favor tome sua cruz cada dia, e siga-me». No amor não há atalhos!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 15/02/2024
Meditando o evangelho
O CAMINHO DO MESTRE
Quem se propõe a seguir Jesus, não pode escusar-se de refazer o caminho do Mestre. Este caminho tem uma dinâmica bem definida. Jesus começa recusando-se a se apegar à sua igualdade com Deus, e, por consequência, dispondo-se a assumir, plenamente, a condição humana. Passa pelo testemunho radical do Pai e de seu Reino, sem se importar com a opinião de quem o critica. E se consuma na morte de cruz, como desfecho natural de uma vida de total renúncia de si mesmo.
Também do seguidor de Jesus exige-se a disposição de abrir mão de seus projetos pessoais, escolhendo somente os que são compatíveis com o Reino, sem poupar-se ou estabelecer limites, quando se trata de executá-los. Põe em risco a própria salvação, quem se deixa levar pela prudência humana, e procura salvaguardar certas dimensões de sua vida, temendo colocá-las em jogo.
À imitação de Jesus, seu seguidor tem um coração desapegado, livre dos ideais mesquinhos de ganhar o mundo inteiro, ao preço da própria condenação. Esta liberdade capacita-o a trilhar o caminho de Jesus, embora tendo de enfrentar a cruz, com seu componente de rejeição e de morte.
O seguimento exige disposição e coragem para não nos determos na metade do caminho. Como seguidores do Mestre, somos desafiados a concluir, com ele e como ele, a sua mesma caminhada.
Fonte: Dom Total em 06/03/2014, 15/02/2018, 27/02/2020 e 23/02/2023
Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Torna-me, Espírito Santo, capaz de renunciar aos meus projetos pessoais e colocar-me, corajosamente, no seguimento de Jesus, até a cruz.
Fonte: Dom Total em 06/03/2014, 15/02/2018 e 27/02/2020
Oração
Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizemos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 06/03/2014
Meditando o evangelho
A PERDA É SALVAÇÃO
A conclusão da caminhada terrena de Jesus escondia um sentido dificilmente compreensível pelos discípulos. O horizonte messiânico no qual se moviam e com o qual interpretavam a pessoa do Mestre impedia-os de compreender, em profundidade, o que o fato requeria. Para ser entendida, em sintonia com o pensar de Jesus, era preciso fazer uma violenta inversão de valores. O esquema tradicional era insuficiente para explicá-la.
Na lógica de Jesus, ou seja, na lógica do Reino, a perda é penhor de salvação, ao passo que a salvação, entendida à maneira do mundo, é fator de perda. Daí ser possível esperar que, da humilhação de Jesus resulte exaltação, do abandono por parte dos amigos e conhecidos provenha a solidariedade do Pai, do sofrimento redunde a mais plena alegria, e a morte seja superada pela ressurreição.
O contraste entre o projeto de Jesus e a mentalidade de seus discípulos era flagrante. Não lhes passava pela cabeça a possibilidade de existir um Messias cuja glória fosse alcançada em meio a sofrimentos e, muito menos, num contexto de morte violenta.
Só a fé na ressurreição pode nos levar a dar crédito às palavras de Jesus. Com ela, o Pai deu seu aval às palavras do Filho, assegurando-lhe sua veracidade. Jesus provou ser impossível experimentar a misericórdia do Pai sem abrir mão das ambições mundanas. Só quem é capaz de renunciar-se a si mesmo como ele, experimentará a salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
Fonte: Dom Total em 07/03/2019 e 18/02/2021
Meditando o evangelho
O FILHO DO HOMEM
Jesus identifica-se com o "Filho do homem", que significa a sua simples condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte. há uma referência à "necessidade" deste sofrimento e morte. O termo "necessidade" não indica um determinismo cego, mas as implicações inevitáveis decorrentes do compromisso libertador assumido por Jesus. Quem assume o anúncio e a luta libertadora despertará, necessariamente, a ira dos poderes opressores constituídos, que, sentindo-se ameaçados em seus privilégios e em suas riquezas, procurarão destruí-lo.
Porém, Jesus revela que ao "humano" foi dada, por Deus, a vida eterna. Salvar sua vida, segundo os critérios da sociedade subjugada pela ideologia do poder, é inserir-se no sistema, adquirir status, riqueza e prestígio, ganhar o mundo. Contudo, quem quiser unir-se ao destino de Jesus, renuncie ao sucesso e à glória do status social e econômico.
Perder sua vida é ser para o outro, não de uma maneira de convívio entre privilegiados, mas principalmente estar a serviço dos mais necessitados e excluídos. O ser para o outro é viver o amor, é encontrar sua vida inserida na eternidade, participando da vida divina.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Prece
Espírito de conformidade com Jesus, disponha-me a partilhar a missão do Mestre, fazendo-me como ele, fiel até o fim, ao projeto do Pai.
Fonte: Dom Total em 03/03/2022
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Quem perder sua vida por causa de mim a salvará
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
A Quaresma nos prepara para participarmos da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Ele anunciou aos seus discípulos que devia sofrer, ser rejeitado, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. E convidou-os a segui-lo renunciando a si mesmos e, cada dia, carregando a própria cruz. Deu-lhes a garantia de que salvaria a sua vida quem estivesse disposto a perdê-la por causa dele. Por fim, para que pensassem, fez a pergunta: “De que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo?”. A parte dele já foi feita. Sofreu, morreu, ressuscitou. Resta-nos a nossa parte, que também já foi feita pelos que nos antecederam. Quanta gente decidida e de valor renunciou a si mesma, tomou sua cruz e seguiu os passos de Jesus! Hoje somos nós a tomar a cruz cada dia, não só em momentos extraordinários de perseguição e martírio, mas também no cotidiano da vida comum, mostrando nossa fidelidade a Cristo e a seu Evangelho. Renunciando a nós mesmos, alargamos os horizontes da nossa existência e enxergamos muito mais do que a nós mesmos. Enxergamos os outros, inseridos em seu contexto, e nos dispomos a perder a própria vida, como fez Jesus, para o bem de todos. O bem de todos será a vitória da vida sobre a morte na ressurreição.
Fonte: NPD Brasil em 15/02/2018
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Tome sua cruz, cada dia, e siga-me
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus anuncia que, em Jerusalém, deverá sofrer e morrer, e depois ressuscitar. Anúncio difícil de ser compreendido pelos seus seguidores, que esperavam um Messias glorioso, restaurador do reino de Davi. O anúncio que Jesus faz de sua paixão e morte prepara os discípulos para as horas difíceis que vêm pela frente, e ao mesmo tempo corrige a imagem equivocada que se formou em muitos deles. “Se querem seguir-me, renunciem a si mesmos e tomem a sua cruz”, lhes dirá Jesus. Salvará a sua vida quem a perder por causa de Cristo, mas a perderá quem quiser apenas salvá-la. Do que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a si mesmo? O ser humano, porém, está sempre em busca de poder e glória. O demônio infiltra centelhas de glória e poder até em nossas melhores intenções. Elas ofuscam a realidade. A verdadeira glória está em Jesus ressuscitado. Jesus ressuscitará e entrará na glória do Pai, não, porém, sem antes ter deixado à disposição, fixa na terra, uma ponte de passagem. A fixação dessa ponte não se fez sem esforço, sem sacrifício, sem derramamento de sangue, sem a entrega da própria vida. Mas valeu a pena. Enquanto o mundo gira, a cruz está firme, à disposição de quem quiser por ela passar deste mundo para a verdadeira glória na casa do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 07/03/2019
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. De que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo? - Lc 9,22-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus sofreu fisicamente e foi rejeitado. A rejeição é certamente mais dolorosa do que a dor física, e deixa mágoas. Se a sua cruz está pesada, renuncie a si mesmo e será mais fácil carregá-la. Deixe de ser o centro das preocupações, esqueça um pouco de si mesmo e coloque sua causa nas mãos do Pai. Dizia o Irmãozinho Arturo Paoli que as palavras de Jesus: “Quem quiser salvar a sua alma, deve perdê-la” é um conselho radical. “Quer livrar-se da angústia? Perca a sua alma, assim a angústia não saberá onde pousar”. Jesus sofreu, por isso compreende a nossa dor. Entre na dor de alguém que lhe é próximo, ou de alguém que está distante, e “sinta como é belo viver quando se ama, quando a vida não é mais nossa”, concluía Arturo. “Que adianta ganhar o mundo inteiro e acabar se perdendo?” A vida é cheia de contrariedades. Deixe, por um instante, de ser o personagem contrariado e viva o momento presente como ele é. “Quem perder a vida por causa de mim, a salvará”. Perder a vida pode significar ser morto por causa de Cristo e de seu Evangelho. É a sorte dos mártires. Pode também significar a libertação dos pensamentos que povoam a mente e tornam a cruz mais pesada. Comprometa-se já com a vida sem se deixar abater pelos aborrecimentos e pelas aflições.
Fonte: NPD Brasil em 27/02/2020
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Perder é preciso...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nos dias de hoje inventaram um CRISTIANISMO sem cruz e sem calvário, criaram um atalho para se chegar à ressurreição, sem que seja preciso passar pelos tropeços e vergonhosa humilhação de se carregar a cruz. Diante de uma sociedade que apregoa e incentiva a busca desenfreada de todos os prazeres, era mesmo necessário se criar um Cristo mais "folgado" e menos exigente, para se ostentar a fachada de um Cristianismo milenar, mas adaptado as conveniências humanas.
Nosso Deus não é masoquista, Jesus, o Filho de Deus, nunca buscou o sofrimento físico ou moral, ao contrário, veio para nos dar Vida Plena, isso significa alegria, felicidade e realização humana na vocação do amor. O sofrimento veio como consequência da sua postura séria e da sua fidelidade aos Desígnios Divino.
Ser cristão é saber perder e morrer a cada dia, como é que isso pode ser aceito e compreendido em uma sociedade tão competitiva onde somos sempre impelidos a vencer e a dominar? Que morte é essa e que perdas são essas que fala esse evangelho?
A resposta vem da comunidade, melhor lugar para se exemplificar esse ensinamento. Dona Maria - Ministra dos enfermos e das exéquias, já tinha trabalhado arduamente naquela semana, dois velórios na quinta, visita a quatro enfermos na sexta, e no sábado ainda cuidou de uma vizinha enferma que estava acamada e precisava tomar banho não tendo quem o fizesse. No domingo o esposo e os filhos haviam programado um passeio a chácara da Família para um merecido descanso, pois também o esposo e os filhos atuavam na comunidade em trabalhos pastorais… Entretanto..
Justo naquele domingo o Padre convocou os agentes de pastorais para um retiro espiritual e formação, a presença era obrigatória - avisou a coordenadora. Tristeza e desânimo naquela manhã de domingo, cheia de sol e de vida, a família guardou os apetrechos de lazer, roupas de banho para a piscina, varas de pescar, pois na chácara tinha um riozinho que dava bons peixes, a carne do churrasco, e seguiram para a comunidade logo cedo, onde o almoço foi um lanche comunitário em lugar do churrasco. Foi uma perda e tanto, algo morreu dentro deles naquele domingo... O amor pela comunidade e pela Igreja falou mais alto que suas necessidades de lazer, que ficaram para uma próxima oportunidade.
Essa renúncia e desapego, esse esvaziamento de si mesmo e aniquilamento, são as marcas características do Senhor, e que torna autêntica toda e qualquer ação dessa natureza. Essa linguagem e essa conduta, o mundo jamais compreenderá! Não tiremos a cruz de nossa vida, senão não haverá ressurreição…
2. De que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo? - Lc 9,22-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
“Tome sua cruz e siga-me.” Estamos começando a Quaresma e queremos chegar à Páscoa da Ressurreição. Para seguir e continuar até o fim é preciso boa disposição e não ter muito peso para carregar. A visão da ressurreição ilumina e dá sentido ao que hoje não é tão claro. É até obscuro e cheio de porquês. Por que tem que ser assim? Por que Deus permite que isso aconteça? Por que para os outros sim e para mim não? Diminua a bagagem, e a caminhada se tornará ágil. Renuncie a si mesmo e caminhe com leveza. Perder a vida por causa de Cristo é salvar-se. É Quaresma, tempo exigente até para compreender o que se espera de nós. Sabemos, porém, pela experiência dos outros, pessoas de heroica virtude, que a oração, a esmola e o jejum aliviam o peso da vida. Somos pó agora e colocamos sobre os ombros cargas pesadas que serão reduzidas a pó. Na semana das Cinzas fica na memória que somos pó e pó nos tornaremos. A vantagem do pó é ser leve e levantar-se com o sopro do vento. Contamos com o Vento e o seu sopro, desde já e depois também. Leves e ressuscitados nos levantaremos na Páscoa da Ressurreição. Salve a sua vida agora e não a perca. Os fortes caminham dia após dia com a cruz às costas. Movidos pelo Amor, que é o mesmo Vento, amam a caminhada.
Fonte: NPD Brasil em 18/02/2021
HOMILIA
A VITÓRIA DA VIDA SOBRE A MORTE
Para Lucas, a morte de Jesus é a garantia da Sua ressurreição. Porque ele vê no anúncio a certeza deste falto. Pela confiança que ele próprio deposita nas palavras de Mestre: O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
Portanto, narra a morte de Jesus como vitória sobre o sofrimento e, sobretudo sobre os poderes da morte ,e a de descer aos infernos e lutar com a morte, era uma ideia bem conhecida no oriente e no ocidente. Faz parte da mitologia de muitos povos que a aplicavam aos seus heróis. Esta ideia penetrou no judaísmo tardio e dali passou para o Novo Testamento. Nesta mesma perspectiva, também Cristo tem vencido os poderes da perdição. Ele conquistou a salvação descendo ao reino dos mortos, libertando os que aí estavam presos, desde Adão até o último homem.
“A concepção é de que Cristo, na hora de sua morte, desce até ali e derrota – numa luta – o príncipe dos demônios. No Novo Testamento encontram-se vestígios desta visão mítica. Em Mt 27,51-53 se narra que no momento da morte de Jesus a terra tremeu e se abriu, muitos mortos saíram de suas sepulturas e entraram na cidade. Assim Jesus, pela sua morte liberta os mortos que lá estavam presos. Com esta visão mítica, personifica-se o poder que age sobre a morte. O diabo, a morte e as forças do mal se confundem. A morte de Jesus assim é vista como resgate e a destruição deste poder. Pela sua morte Jesus destruiu a morte (1Cor 15,24.26; 2Ts 2,8; 2Tm 1,10; Hb 2,14). “Assim, pois, já que os filhos têm em comum o sangue e a carne, também Ele participou igualmente da mesma condição, a fim de, por sua morte, reduzir à impotência daquele que detinha o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2,14).
Através de sua morte, Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre. Mas, antes da Ressurreição existe a cruz. E Ele quer advertir os seus para que fiquem preparados para ela. Como aos apóstolos também cada um de nós está sendo convidado a segui-lo, passando por tudo o que Ele passou, a fim de que no final possamos ressuscitar com Ele para a eternidade.
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/03/2014
REFLEXÕES DE HOJE
QUINTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/03/2014
HOMILIA DIÁRIA
Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre
Postado por: homilia
fevereiro 14th, 2013
Os evangelistas, cada um à sua maneira, referem-se à questão da identidade de Jesus. A interpretação dominante, entre os discípulos oriundos do Judaísmo, era que Jesus seria o Messias davídico esperado conforme a tradição antiga do Primeiro Testamento. Jesus rejeita ser identificado como este Messias (“Cristo”) restaurador do reinado de Davi. É o momento de deixar isto claro.
A partir da interrogação sobre quem Ele é, Jesus identifica-se como o “Filho do Homem”. Esta expressão, muito frequente no livro de Ezequiel, refere-se à comum condição humana, humilde e frágil. Enquanto “humano”, Jesus é vulnerável ao sofrimento e à morte. A “necessidade” deste sofrimento não significa um determinismo, mas as implicações inevitáveis decorrentes do compromisso libertador assumido por Jesus.
Os poderes constituídos necessariamente vão reagir contra a prática salvífica de Jesus e de seus discípulos e procurarão destruí-los. Porém, Jesus revela que ao “humano” foi dada, por Deus, a vida eterna. Perder a vida de sucesso oferecida por este mundo e consagrar-se ao seguimento de Jesus significa a comunhão com o Pai em sua vida divina e eterna.
Para Lucas, o que conta é a ressurreição, não a morte. Mesmo ao descrever a morte com traços vivos, destacando a inocência de Jesus, seu caráter martirial, Lucas não lhe dá o sentido soteriológico. Se, de fato, Lucas é um grego, então se pode ver nisto um motivo para não apelar para a morte expiatória e vicária, pois esta era teologia judaica. No contexto grego de Lucas é muito mais importante ressaltar a ressurreição, pois a morte para os gregos é loucura (1Cor 1,23).
“O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado” (Lc 9,22).
A morte de Jesus como vitória sobre o sofrimento, e sobretudo sobre os poderes da morte – e a de descer aos infernos e lutar com a morte – era uma ideia bem conhecida no Oriente e no Ocidente. Faz parte da mitologia de muitos povos que a aplicavam aos seus heróis. Esta ideia penetrou no Judaísmo tardio e dali passou para o Novo Testamento. Nesta mesma perspectiva, também Cristo tem vencido os poderes da perdição (pecado). Ele conquistou a salvação descendo ao reino dos mortos, libertando os que aí estavam presos desde de Adão até o último homem.
“A concepção é de que Cristo, na hora de sua morte, desce até ali e derrota – numa luta – o príncipe dos demônios. No Novo Testamento encontram-se vestígios desta visão mítica. Em Mt 27,51-53 se narra que no momento da morte de Jesus “a terra tremeu e se fendeu, muitos mortos saíram de suas sepulturas e entraram na cidade”. Assim Jesus, pela sua morte, liberta os mortos que lá estavam presos. Com esta visão mítica, personifica-se o poder que age sobre a morte.
O diabo, a morte e as forças do mal se confundem. A morte de Jesus assim é vista como resgate e a destruição deste poder. Pela sua morte Jesus destruiu a morte (1Cor 15,24.26; 2Ts 2,8; 2Tm 1,10; Hb 2,14). “Assim, pois, já que os filhos têm em comum o sangue e a carne, também ele participou igualmente da mesma condição, a fim de, por sua morte, reduzir à impotência aquele que detinha o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2,14).
Através de sua morte Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre. Mas antes da Ressurreição existe a cruz. E Ele quer advertir os seus a que fiquem preparados para ela. E diz: “Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?”
Neste tempo quaresmal, cada um de nós está sendo convidado a segui-Lo passando por tudo o que Ele passou, a fim de que no final possamos ressuscitar com Ele para a eternidade.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 14/02/2013
HOMILIA DIÁRIA
Uma vida plena em Jesus é feita de renúncias diárias
Quando nós sabemos renunciar à nossa vontade e abraçamos a nossa cruz de cada dia, a nossa vida passa a ter um outro sentido!
”Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me.” (Lc 9,23)
Seguir Jesus significa ir atrás dos Seus passos, fazer aquilo que Ele fez. Seguir Jesus não é simplesmente imitá-Lo, copiá-Lo, mas é ir na mesma direção, no caminho da vida, no sentido da vida. E por isso que o Senhor não só ensina o caminho, mas Ele mesmo faz e é o caminho, Ele mesmo desce ao nosso meio e se faz um de nós e caminha para o céu, nos chamando para irmos atrás d’Ele.
Para irmos atrás do Senhor, antes de passarmos pela porta do céu, precisaremos passar por “Jerusalém” como o Senhor mesmo fez. Ali o Senhor viveu a vida no meio de nós, primeiro renunciando a si mesmo: renunciou a Sua condição divina, renunciou aos títulos, às honrarias humanas para viver o projeto do Reino de Deus. E tomou a Sua cruz, a cruz da rejeição, a cruz do peso dos nossos pecados, a cruz da não aceitação e se entregou inteiramente ao Pai.
Quem quiser segui-Lo precisa tomar a mesma atitude: renunciar a si mesmo. Sim, ser capaz de renunciar ao próprio “eu”, muitas vezes, aos afetos, ao desejo de agradar e viver a vida conforme o projeto de Deus para nós.
Como é difícil renunciar a nós mesmos, porque somos tão orgulhosos, egoístas, queremos ver o mundo do nosso jeito, da nossa maneira! Quando sabemos ceder, quando, mesmo nos achando certos, somos capazes de abaixar a nossa cabeça, conseguimos viver renúncias em nossa vida. Renúncia à vontade de ter isso ou aquilo, renuncia a afetos que gostaríamos de viver com mais intensidade e não é possível os viver. Tudo isso devemos fazer como oblação, como entrega, como oferta a Deus.
Quando nós, então fazemos isso tudo, nós pegamos a nossa cruz e vamos atrás de Jesus, mas essa cruz é a mais pesada: a cruz dos nossos dramas pessoais, familiares, a cruz da doença, da enfermidade, dos pequenos sofrimentos, dos aborrecimentos que vivemos em nossa vida, em nosso corpo, em nossa mente. Vivemos tudo isso em um espírito de entrega e oblação a Deus quando nós sabemos renunciar à nossa vontade e abraçamos a nossa cruz de cada dia; dessa forma a nossa vida passa a ter um outro sentido! Não é que deixamos de viver, ao contrário, a nossa vida se torna mais plena, ela passa ter um sentido de eternidade, ela passa a caminhar na direção do céu.
Que nós possamos, em vez de imaginar que estamos perdendo a vida, tomar consciência de que seguir Jesus é perder a vida neste mundo para ganhá-la aqui e para sempre com um sentido mais pleno.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/03/2014
HOMILIA DIÁRIA
Devemos obedecer os mandamentos da lei do Senhor nosso Deus
O Senhor nos ensina que precisamos ser conduzidos pelo seu amor
“Se obedeceres aos preceitos do Senhor Teu Deus, que eu hoje te ordeno, amando ao Senhor teu Deus, seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos, suas leis e seus decretos, viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que vais entrar, para possuí-la.” (Dt 30, 15-20)
A verdade é uma só: para viver o caminho da vida e não o caminho da morte, é preciso caminhar na obediência: aos mandamentos, às leis e aos decretos do Senhor, nosso Deus.
Quantas vezes nos perguntamos, para que mandamentos, leis e decretos, se só existem morte e mal no mundo, se o mundo não vive nem as ordens naturais do respeito ao próximo, do respeito à natureza.
Quem é que não sabe que o rio não deve ser poluído? Mas poluem, sujam e o estragam. E as leis de trânsito? Não teríamos uma morte se quer, ou o mínimo de mortes, se as leis de trânsito fossem obedecidas.
A graça de Deus é plena em nós quando guardamos os mandamentos, as leis do Senhor, do nosso Deus, mas, por favor, como homens e mulheres de Deus nós não podemos ter uma hipocrisia religiosa. Dizer: “eu sou religioso; vou à missa todo domingo; faço jejum; observo a Quaresma”. Porém, eu não obedeço às coisas mínimas da vida, a começar pelas leis de trânsito e das coisas mais simples e corretas que precisam ser obedecidas, mas, o princípio fundamental é ter um coração colado na lei do Senhor, nosso Deus.
Devemos ter o coração preso ao Senhor, nosso Deus, e ouvi-Lo, amá-Lo e adorá-Lo. O nosso coração, tantas vezes, foi deixado levar-se por outros sentimentos que não são de Deus.
Nós somos absorvidos por impulsos, sentimentos, guerras e disputas, que estão no mundo e nos guiam, conduzem; e somos levados “para lá e para cá”, levados e direcionados. É hora de abandonar tudo isso: sair dessas porcarias que estamos, como as redes sociais, mandando coisas “para lá e para cá”, com postagens disso e daquilo. É preciso centrar o foco no amor que Deus tem por nós.
Se queremos uma vida renovada, transformada, curada e abençoada, tenhamos em Deus a direção da nossa vida. Coloquemo-nos em Deus, de joelhos dobrados, diante da presença d’Ele, que é a benção que nós precisamos para viver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/devemos-obedecer-os-mandamentos-da-lei-senhor-nosso-deus/?sDia=15&sMes=2&sAno=2018 (15/02/2018)
HOMILIA DIÁRIA
Para seguir a Jesus é preciso renunciar a si mesmo e abraçar a sua cruz
Sigamos a Jesus com todo o nosso amor e de todo coração
“Jesus disse a todos: ‘Se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-Me’.” (Lucas 9,23)
Jesus está dizendo para todos que quiserem seguir-Lo que é preciso entrar na disciplina do Evangelho. E seguir Jesus significa ir mesmo atrás d’Ele, tornar-se verdadeiramente Seu discípulo. E ser discípulo d’Ele é exigente, não basta dizer que foi batizado, ir à Missa aos domingos, carregar uma cruz no peito, ter uma medalha de Nossa Senhora, porque esses são apenas adereços.
Para seguir Jesus é preciso entrar na disciplina do Evangelho. A primeira é a capacidade de renunciar, mas renunciar a si mesmo. Porque somos muito cheios de nós: nossa vontade, nosso desejo, nosso orgulho e egoísmo. Geralmente é no singular “a minha” vontade; o que “eu” quero.
Os dissabores da vida humana, do relacionamento familiar, conjugal, entre amigos, dos relacionamentos na casa de Deus, acontecem por causa do dissabor do “eu”, por estar sempre à frente do nós.
Para seguir Jesus a escola não é só para um, a escola é para todos os filhos de Deus. Então, se não sou capaz de vencer o meu egoísmo, a minha tendência ao individualismo, não conseguirei seguir a Jesus de todo o meu coração.
“Quem quiser Me seguir, precisa tomar a sua cruz a cada dia”. Jesus carregou a cruz d’Ele e nós carregamos a nossa . Eu carrego a minha cruz de cada dia, você carrega a sua de cada dia.
E a vida é uma cruz, uma via crucis, e precisamos purificar a compreensão do sentido da cruz. Cristo carregou a Sua cruz, o Seu madeiro que, para uns, representava a maldição, mas ela nos salvou. Abraçar a minha cruz de cada dia, é abraçar a minha salvação.
Tem horas que a cruz pesa e não temos força. Jesus teve ajuda para carregar a cruz e, também, precisamos de ajuda e de ajudar uns aos outros. O que não podemos é abandonar e renegar a nossa cruz, amaldiçoá-la.
Precisamos, muitas vezes, lidar com os nossos próprios limites da condição humana, da saúde, financeiros, limites de situações adversas. Lide com tudo isso e com espírito evangélico. Quando tiver pesado e não tiver dando conta, não se isole. Fique irmanado com Deus e com a graça d’Ele, como irmãos que precisam ajudar uns aos outros a carregarem a sua cruz de cada dia.
Mas siga a Jesus de todo coração e com todo amor. Não se deixe enganar por falsos caminhos, pois Ele é o nosso Mestre. Renunciando a nós, abraçando a nossa cruz, iremos atrás do nosso Divino Salvador.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/03/2019
HOMILIA DIÁRIA
Renunciar é, acima de tudo, esvaziar a alma
“E Jesus disse: ‘se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e siga-Me'.” (Lc 9,23)
O convite do mestre Jesus é para segui-Lo, mas todo seguimento exige condições; e para seguir a Jesus não é diferente. Muitos querem segui-Lo e não dão conta, outros começam a segui-Lo, porém, O abandonam, porque os caminhos do mundo parecem mais fáceis e atrativos. Porém, para seguir a Jesus, primeiro, é preciso renunciar a si mesmo.
A palavra “renúncia” parece muito pesada, mas, acima de tudo, ela é abandono, esvaziamento. Nós somos muito “cheios de nós”, “cheios de vontade própria”, “cheios de querer”; e como nós nos “enchemos muito”, nos tornamos incapazes de nos esvaziarmos.
Renunciar é, acima de tudo, esvaziar a alma, a vontade, os pensamentos, os sentimentos, para que, assim, possamos nos encher dos sentimentos de Deus e para que eles estejam em nós! Por isso, trabalhemos a renúncia em cada dia de nossa vida.
Renunciemos as pequenas coisas. Renunciemos a essa vontade que temos de aparecer, a essas discussões que travamos em casa, com a família, nas redes sociais; renunciemos a essas vaidades que nos cercam a cada dia; renunciemos a nossa petulância, o nosso orgulho, nossa soberba; renunciemos o ressentimento, o rancor, a mágoa; renunciemos a esse sentimento de vingança que alimentamos dentro de nós; renunciemos a maldade que está na alma. É necessário renunciar para poder avançar e crescer na intimidade, na espiritualidade e na nossa relação com Deus.
A palavra “renúncia” parece muito pesada, mas, acima de tudo, ela é abandono
Então, a primeira necessidade para seguir a Jesus é a disposição de renunciar; depois, tome e abrace a sua cruz, porque não adianta só a tomar e dizer: “Ai que cruz pesada”, também é preciso abraçá-la. Abraçar a cruz como a salvação da própria vida é dar sentido à própria vida e existência. Em vez de ficar reclamando das circunstâncias da vida, da dor, da enfermidade; das situações que enfrentamos: o casamento que não está tão bem ou está, mas não do jeito que queríamos ou da família que enfrenta “essa ou aquela” situação, abrace a essa cruz. Aquilo que você reclama, rejeita, que não toma para si: você não o abraçou, não amou. Cruz é para ser amada; Cristo abraçou a cruz e a carregou com todo o Seu coração.
Nós somos convidados a vivermos a espiritualidade do Crucificado, é mais do que carregar uma cruz no peito, é abraçar a cruz da vida, da existência com todas as suas circunstâncias e transforma-la pela luz do Evangelho, pela luz de Cristo Jesus. Sem cruz ninguém segue a Jesus.
Sejamos discípulos do mestre, renunciando, a cada dia, o nosso ego e abraçando as cruzes que estão ao longo da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 27/02/2020
HOMILIA DIÁRIA
Renunciemos a nós mesmos e tomemos a nossa cruz
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me.” (Lucas 9,23)
Jesus está nos chamando para segui-Lo. Ele chama, mas precisamos querer segui-Lo. Seguir alguém – sobretudo seguir o Mestre Jesus – é exigente. Sei que segui-Lo é o caminho da vida, o caminho da salvação; e em nenhum outro caminho encontro vida, em nenhum outro caminho encontro a salvação, pois é seguindo os passos de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que o encontramos.
Sejamos conscientes do que consiste o seguimento de Jesus, das exigências que Ele mesmo coloca para nós, para que não nos iludamos nem nos enganemos, mas, ao mesmo tempo, não estejamos parados quando o nosso objetivo é segui-Lo.
A primeira exigência para segui-Lo é renunciar a si mesmo. Egoístas como somos, individualistas como a mentalidade mundana nos forma, a necessidade de renunciar a si mesmo é uma exigência para cada dia da nossa vida. Renunciar a si mesmo é não nos prendermos às nossas vontades, aos nossos gostos nem ao que queremos.
Renunciar a si mesmo é ter a capacidade de ceder para saber ouvir, ouvir Deus, ouvir o outro. Renunciar a si mesmo é refletir as suas próprias ideias, concepções, pensamentos e ideologias. Renunciar a si mesmo é deixar de lado as crenças adquiridas ao longo da vida, as convicções que formamos de nós mesmos, para aprender as convicções do Evangelho.
Tomar a cruz significa abraçar a vida como ela é e com as suas exigências próprias
Renunciar a si mesmo é a capacidade de abrir mão do seu discurso, da sua retórica para poder ouvir Cristo acima de tudo. Renunciar a si mesmo é saber silenciar para poder escutar. Renunciar a si mesmo é deixar Deus ser o primeiro sempre em tudo aquilo que faz e realiza.
A segunda exigência é tomar a cruz de cada dia. Tomar a cruz significa abraçar a vida como ela é e com as suas exigências próprias. A vida não é fácil para ninguém, ela tem suas incongruências, tem as situações que, muitas vezes, não compreendemos, mas precisamos abraçar.
A vida, muitas vezes, impõe-nos sofrimentos. Muitas vezes, trazemos sofrimento para nossa vida, e precisamos lidar com essas situações e não fugir dos compromissos, das responsabilidades e da nossa cruz de cada dia.
Não estamos no tempo da glória; a glória espera no corpo quem carrega a sua cruz de cada dia, quem carrega os sofrimentos, o peso da existência. E permita-me tirar o sentido negativo de cruz: quando se fala em carregar a sua cruz, a pessoa logo pensa que cruz é aquela coisa dolorosa, é só aquela coisa que nos faz ter penúria. Mas cruz é vida e salvação.
O casamento é uma cruz. Que cruz abençoada! Ter filhos é cruz, é exigente, mas que bênção é criar filhos, cuidar deles! A vida é uma cruz, por isso a vida é uma bênção, desde que saibamos assumi-la e carregá-la com a graça de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 18/02/2021
HOMILIA DIÁRIA
O projeto da vida de Jesus está diante dos seus olhos
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia’.” (Lucas 9,22)
Seguir um vencedor, seguir um campeão é maravilhoso, é muito bom; mas seguir um rejeitado é muito difícil! E olha: o projeto de Jesus está aqui, o projeto da vida de Jesus está diante dos nossos olhos, nessas palavras do Evangelho. Veja qual é o projeto de Jesus: sofrimento, rejeição, morte e ressurreição.
O projeto abarca toda a vida de Jesus, toda a Sua existência terrena e também o momento da Sua glorificação. Por isso, é importante, na nossa vida cristã, não rejeitarmos nada, porque seguimos os passos de Jesus, demos a nossa vida para Ele, queremos segui-Lo de perto, queremos ser discípulos, não somos multidão. Então, também nós somos chamados a percorrer essa via de ascese. Por isso, as escolhas na vida de Cristo sempre comportaram um “caminhar e nadar contra a correnteza”, porque Jesus sempre foi sinal de contradição, já estava na profecia quando Ele foi apresentado ao templo.
As escolhas de Jesus comportaram sempre essa contradição. Na nossa vida também não vai ser diferente a escolha por Jesus, querer imitá-Lo vai comportar, na minha vida, essas contradições. Elas podem estar muito perto de você, pode estar dentro da sua casa, da sua família, pode estar no seu ambiente de trabalho, pode estar num grupo muito restrito de pessoas perto de você.
O projeto abarca toda a vida de Jesus, toda a Sua existência terrena e também o momento da sua glorificação
Tem uma literatura muito conhecida de todos nós, um livro chamado: “A imitação de Cristo”, ele é de Tomás de Kempis do século XVI. Esse livro é um compêndio, na verdade, de vida espiritual, cujo conteúdo, o principal empenho é: meditar sobre a vida de Cristo, livres da cegueira do coração; assim é o começo do livro.
Porque o nosso coração pode viver cego, não querer sofrimento, não querer rejeição, não querer passar pelos mesmos passos de Nosso Senhor. Às vezes, queremos pular etapas, quando o sofrimento bate à nossa porta: “Vamos pular essa etapa?”, “Vamos já para a ressurreição?”, “Vamos já para a glória?”, porque o sofrimento e a aprovação é muito doloroso, mas na imitação de Cristo não dá para pular etapas.
Precisamos percorrer o itinerário que fez nosso Senhor, porque é um itinerário completamente seguro. Para que nós cheguemos à ressurreição com Jesus, precisamos passar por todas essas etapas. “Então, o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado, morto e ressuscitar no terceiro dia”, esse é o projeto de Jesus.
Você quer participar desse projeto? Isso aqui não é masoquismo, isso aqui não é aderir ao sofrimento de uma forma banal ou inconsequente. Não! Isso é vida cristã, isso é querer assimilar a nossa vida à vida de Jesus. Se o sofrimento bater à sua porta, não importa, porque o Mestre vai estar te tomando nos braços, para que você passe com Ele essa etapa e chegue à ressurreição.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/o-projeto-da-vida-de-jesus-esta-diante-dos-seus-olhos/ (03/03/2022)
HOMILIA DIÁRIA
Retire do seu coração todo sentimento de egoísmo
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia’. Depois, Jesus disse a todos: ‘Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?’” (Lucas 9,22-25)
O tempo da Quaresma é um tempo para tornarmos uma firme decisão em renunciar a si mesmo, aceitando a nossa cruz diária. Renunciar a si mesmo é deixar as nossas próprias vontades que, em sua maioria, são vontades egoístas, que visam somente os nossos interesses pessoais, o nosso bem-estar e o nosso comodismo.
O egoísmo é essa atitude que nos faz pensar somente em nós próprios, tornando-se a fonte e a raiz de muitos outros pecados. E renunciar a si mesmo e tomar essa firme decisão de deixar esse amor exagerado aos próprios interesses para amar concretamente a Jesus Cristo e ao próximo é a proposta de Jesus no dia de hoje.
O egoísmo é esse desequilíbrio do amor de si mesmo ao desprezo do próximo
O egoísmo é a desordem do amor. A pessoa egoísta vive um exagero do amor a si mesmo, a ponto de desprezar a Deus e ao próximo. O que mais importa para o egoísta é o seu ego, por isso ele não é capaz de doar-se aos outros, e não se doando aos outros, o egoísta não assume a sua própria cruz.
O egoísta fará de tudo para conservar a sua própria vida, ele fará de tudo para fugir do sofrimento, ainda que seja necessário desprezar a vida do outro. Jesus, ao contrário, nos ensina que para segui-Lo é preciso deixar toda desordem do amor a si mesmo, do amor a si próprio para segui-Lo e amar o próximo, deixando toda a forma de egoísmo, todo o pensar em si mesmo para se doar ao próximo.
Jesus viveu o oposto do egoísmo; se o egoísmo é esse desequilíbrio do amor de si mesmo ao desprezo do próximo, Jesus viveu a perfeição do amor ao próximo, no desprezo e esquecimento de si mesmo, dando-se por inteiro na cruz.
Neste tempo quaresmal, meus irmãos, tomemos a firme decisão de abandonar toda forma de egoísmo na firme esperança dessa promessa de que aqueles que perdem a sua vida por causa de Jesus Cristo ganharão a vida eterna.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/02/2023
HOMILIA DIÁRIA
Assuma, com coragem, a sua cruz e siga os caminhos de Jesus
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de Mim, esse a salvará. Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?” (Lucas 9,23-25)
Um dos principais propósitos deste tempo quaresmal é nos fazer retomar o nosso caminho de santidade, redescobrir a santidade da qual todos nós somos chamados: a santidade que dá sabor à nossa vida, que dá sentido até aos nossos sofrimentos e sacrifícios.
Quando buscamos a santidade redescobrimos o sentido de assumir a nossa cruz, de tomar a nossa cruz e, a cada dia, seguir a Jesus. Um caminho de santidade que só se faz neste seguimento: no seguimento d’Aquele que veio a esse mundo para renovar todas as coisas.
Se quisermos ser santos, se quisermos alcançar a glória do Céu, não existe outro caminho senão assumir a nossa cruz e seguir a Jesus.
Estamos no tempo favorável, o tempo de escolher seguir a Jesus e assumir a nossa cruz
Seguir a Jesus é exigente! É renunciar às nossas vontades para querer a vontade de Deus; exige assumir a cruz com coragem, o sacrifício que nos vem. Alguns sacrifícios chegam na nossa vida sem buscarmos, mas precisamos aprender a assumi-lo, porque o sacrifício tem sempre em vista um prêmio, que é a vida eterna.
O que este mundo nos promete é passageiro, passará, será momentânea. As alegrias, os prazeres deste mundo, é tudo momentâneo. Podemos até ganhar o mundo inteiro, ou seja, podemos ter tudo o que este mundo tem de melhor para nos oferecer, o que tem de mais prazeroso, mas tudo isso não servirá de nada, se não tivermos a vida eterna.
O tempo para fazermos a escolha é agora! Estamos no tempo favorável, o tempo de escolher seguir a Jesus e assumir a nossa cruz. Ou seguimos o caminho das conquistas das coisas deste mundo — que passarão —, ou seguimos o caminho da eternidade. Não dá para fazer os dois caminhos, é apenas um!
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 15/02/2024
Oração Final
Pai Santo, no Reino de Amor em que viveu o teu Filho Unigênito, não há lugar para comodismo, apego ou egoísmo. Faze-nos discípulos solidários, generosos, compassivos e gentis para com todos os teus filhos, especialmente os discriminados pela sociedade dos homens. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/02/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos grandeza de alma para compartilhar com os irmãos as suas dores. Que sejamos para cada um deles uma fonte de esperança, exemplo de alegria, de fé e de gratidão pelos dons que nos dás – muito especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos coragem para escolher o caminho da Vida. Ajuda-nos a fazer a opção pelo seguimento de Jesus, mesmo conscientes dos obstáculos que serão colocados à nossa frente. Faze-nos, Pai amado, testemunhas do teu Reino de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/02/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, livra-nos da nossa pretensão de contabilizar virtudes e sofrimentos. Diante do apelo dos prazeres fáceis do mundo, aviva a nossa certeza de que a verdadeira bênção se encontra na fraternidade, na solidariedade e no Amor ao nosso próximo, à natureza e a Ti, amado Pai. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/03/2019
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos grandeza d’alma para compartilhar com os irmãos as suas dores e angústias. Que sejamos para cada um deles uma fonte de esperança, exemplo de alegria, de fé e de gratidão pelos dons que nos ofereces – muito especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2020
ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto amamos, nós confiamos em Ti! Dá-nos sabedoria e coragem para escolher o caminho da Vida. Ajuda-nos a fazer a opção pelo seguimento a Jesus, o Mestre de Nazaré, mesmo conscientes dos obstáculos que serão colocados à nossa frente. Faze-nos, amado Pai, testemunhas fiéis do teu Reinado de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2021
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