domingo, 16 de fevereiro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/02/2025

ANO C


6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!” Lc 6,21

“Os dois caminhos.”

Lc 6,17.20-26

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Deus transmitiu à humanidade sua Lei para, assim, ajudá-la alcançar a perfeição. Jesus veio esclarecer todo entendimento humano, nos ensinando mais uma vez, que a vida traz suas consequências dependendo do sentido que vamos dando às nossas decisões.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/corrigido-16-02-2025-6-dom-tc.pdf

Comentário do Evangelho

As Bem-Aventuranças: O Caminho da Verdadeira Felicidade


As bem-aventuranças revelam a essência daqueles que confiam plenamente no Senhor e permitem ser transformados por Ele. Afinal, não basta ser chamado, é necessário trilhar um caminho de santidade, sustentado pela Palavra viva de Deus. Além disso, perseverar com a força do Cristo ressuscitado torna-se essencial para todo discípulo.
Na primeira leitura, a profecia de Jeremias, em tom sapiencial, destaca dois caminhos: o da bênção e o da maldição. Aquele que confia apenas no ser humano e se afasta de Deus cava a própria ruína. Foi o que ocorreu com os reis de Israel, que experimentaram a destruição de Jerusalém e o exílio, vivenciando a desolação comparada à aridez do deserto. Por outro lado, confiar no Senhor é como estar junto a águas abundantes que geram vida e frutos.
Para os cristãos, a esperança no Senhor alcança sua plenitude na fé em Jesus ressuscitado. Especialmente em tempos de provação, quando muitos enfrentam perdas, é fundamental crer que todos, um dia, experimentarão a ressurreição. Assim, sofrimento e morte nunca terão a última palavra; a vida plena prevalecerá.
Após a escolha dos Doze na montanha, o Evangelho de Lucas apresenta o discurso das bem-aventuranças na planície. Diferente de Mateus, Lucas retrata um ambiente onde uma grande multidão, incluindo pessoas de regiões pagãs, se reúne para ouvir Jesus. O Mestre se dirige aos discípulos, mas sua mensagem alcança principalmente os “pobres”, os anawin, ou seja, os famintos, aflitos e perseguidos — aqueles que não têm segurança material.
No contexto dos profetas e dos escritos sapienciais, Jesus contrapõe os “bem-aventurados”, que são felizes e sustentados pelo Senhor, aos “ricos”, que encontram sua consolação nas coisas passageiras deste mundo. Contudo, essa oposição não representa uma luta de classes, mas um chamado à confiança em Deus e à vivência de sua misericórdia. Afinal, Ele age em favor dos necessitados, fazendo justiça e trazendo esperança aos que sofrem.
Os que se bastam a si mesmos acabam se fechando à graça divina. Em contrapartida, os bem-aventurados testemunham a plenitude do amor de Deus e vivem uma alegria autêntica. Dessa forma, eles já experimentam o Reino de Deus, superando sofrimentos, perseguições e lágrimas. Isso porque sua maior riqueza está em viver plenamente em Deus.
https://catequisar.com.br/liturgia/as-bem-aventurancas-o-caminho-da-verdadeira-felicidade/

Reflexão

Descendo da montanha, Jesus proclama o “Sermão da planície”. Nesse texto, temos as “bem-aventuranças” e as “mal-aventuranças” do Evangelho de Lucas. Na planície, Jesus defronta-se com numerosos discípulos e grande multidão das cidades vizinhas e, então, inicia o discurso numa linguagem direta e olhando de frente a realidade do povo sofrido e ansioso por uma Boa Notícia. Jesus proclama felizes os pobres, os famintos, os que choram, os perseguidos por causa da fé. Em contrapartida, proclama os “ais” contra os ricos, os saciados, os que riem e os elogiados. As bem-aventuranças não são um apelo ao conformismo. Ao contrário, conclamam os pobres e famintos a levantarem a cabeça, na certeza de que, no empenho pela justiça, sua situação haverá de mudar. Os pobres não são felizes por causa de sua pobreza e miséria, mas porque Deus está com eles. Jesus não condena os ricos, mas os chama a ser solidários e partilhar do muito que têm com os que nada ou pouco possuem.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-domingo-7/

Reflexão

«Folgai nesse dia, exultai»

Rev. D. Enric RIBAS i Baciana
(Barcelona, Espanha)

Hoje voltamos a viver as bem-aventuranças e as “mal-aventuranças”: «Bem-aventurados sóis vós...», sim agora sofres em meu nome; «Ai de vós...», se agora ris. A fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho faz com que sejamos rejeitados, escarnecidos nos medos de comunicação, odiados, como Cristo foi odiado e crucificado. Há quem pensa que isso se deve à falta de fé de alguns, mas talvez—bem visto— é devido à falta de razão. O mundo não quer pensar nem ser livre; vive imerso desejando a riqueza, do consumo, do doutrinamento libertário que se enche de palavras vãs, vazias onde se escurece o valor da pessoa e se burla dos ensinamentos de Cristo e da Igreja, uma vez que —hoje por hoje— é o único pensamento que certamente vai contra a correnteza. Apesar de tudo, o Senhor Jesus nos infunde coragem: «Felizes de vocês se os homens os odeiam, se os expulsam, os insultam e amaldiçoam o nome de vocês, por causa do Filho do Homem. ( )... Alegrem-se nesse dia, pulem de alegria, pois será grande a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas» (Lc 6, 22.23).
João Paulo II, na encíclica Fides et Ratio, disse: «A fé move a razão ao sair de seu isolamento e ao apostar, de bom agrado, por aquilo que é belo, bom e verdadeiro». A experiência cristã em seus santos nos mostra a verdade do Evangelho e destas palavras do Santo Padre. Ante um mundo que se satisfaz no vicio e no egoísmo como fonte de felicidade, Jesus mostra outro caminho: a felicidade do Reino do Deus, que o mundo não pode entender, e que odeia e rejeita. O cristão, entre as tentações que lhe oferece a “vida fácil”, sabe que o caminho é o do amor que Cristo nos mostrou na cruz, o caminho da fidelidade ao Pai. Sabemos que entre as dificuldades não podemos desanimar-nos. Se procuramos de verdade o Senhor, alegrem-se nesse dia, pulem de alegria, pois será grande a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas (cf. Lc 6,23).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A Misericórdia quer que sejas misericordioso, a Justiça deseja que sejas justo, pois o Criador quer verse refletido na sua criação, e Deus quer ver reproduzida à sua imagem no espelho do coração humano» (São Leão Magno)

- «O Sermão da montanha está dirigido a todo o mundo, no presente e no futuro, e só se pode entender e viver seguindo Jesus, caminhando com Ele» (Bento XVI)

- «A bem-aventurança prometida coloca-nos perante as opções morais decisivas. Convida-nos a purificar o nosso coração dos seus maus instintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.723)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-02-16

Reflexão

As “Bem-aventuranças”, paradoxos do cristão

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus chama muitas vezes “felizes” aos seus discípulos. As “Bem-aventuranças” são palavras de promessa, que servem ao mesmo tempo como orientação moral. Cada “bem-aventurança” descreve, por assim dizer, a situação fática dos discípulos de Cristo: São pobres, estão famintos, choram, são odiados, perseguidos... São “qualificações” práticas, mas, também indicações teológico-morais.
Apesar da situação de ameaça na que Jesus vê os seus, esta se converte em promessa quando a enxerga com a luz que vem do Pai. Para o discípulo, as “Bem-aventuranças” são um paradoxo: Invertem-se os critérios do mundo apenas se enxergam as coisas desde a escala de valores de Deus. As “Bem-aventuranças” são promessas nas que resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura e, nas que "se invertem os valores".
—Quando “enxergo” através de ti, Senhor, então vivo com novos critérios, começo a “tocar” algo do que está por vir (o Céu) e entra a alegria na tribulação.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-02-16

Comentário sobre o Evangelho

O sermão da montanha: As Bem-aventuranças


Hoje assistimos ao “Sermão da Montanha”. Jesus nos dá coragem: Ele permanece sempre ao nosso lado, especialmente nas dificuldades (pobreza, tristeza, incompreensão…). Em realidade é um perigo “andar sozinho” pela vida: saciados, rindo, louvado pelos demais…
—Jesus é realista (há dificuldades!) e, ao mesmo tempo, otimista (Ele me acompanha). Caminhando com Deus nosso andar é alegre, mesmo que encontremos a dor como companheira de viagem.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-02-16

Homilia

A PALAVRA DE DEUS: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

O mundo com seus bens temporais e passageiros não nos satisfaz. Ele e seus bens aqui ficam, e nós, um dia, saímos dele e batemos às portas da eternidade. E Jesus é nosso modelo de quem soube viver bem aqui. E, hoje, Ele nos propõe esse seu caminho de vitória: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!”.
Ele foi “pobre” a começar de si mesmo: como ninguém renunciou a si, para se encher de Deus, da vida do Pai, mesmo ao preço de sofrimentos e até da morte. Aqui passou fome, chorou, foi odiado, expulso, insultado, amaldiçoado. Mas, ressuscitado pelo Pai, hoje é eternamente bem-aventurado.
Quem, mesmo pagando o mesmo preço, por causa dele, lhe seguir os passos, esse será bem-aventurado, terá grande recompensa no céu. Assim foram tratados os profetas, hoje, felizes no céu. É a ressurreição, essa resposta do Pai à fidelíssima vida e missão de Jesus aqui na terra, que deu sentido à sua passagem pelo mundo.
“Maldito”, realmente infeliz, é quem vive exclusivamente neste e para este mundo, quem busca só a consolação do mundo, quem “agora” tem fartura, “agora” ri, e é elogiado por todos: assim tratavam os falsos profetas. Ao terminar esse “agora”, passará fome, terá luto e lágrimas, pois irá só, e de mãos vazias baterá às portas da eternidade. Os bens em que confiaram aqui ficarão!
Sim, “se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão”. E, “se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor”; mas, Ele “ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram”, abriu seu caminho de eternidade feliz a seus seguidores. Ele passou por aqui; não foi nem é daqui!
Então, “maldito”, infeliz é “o homem que confia no homem” e nos bens, com o coração longe do Senhor, como que vegetando no deserto sem nada frutificar. Ao contrário, “bendito”, bem-aventurado é “o homem que confia no Senhor”, é como árvore junto às águas “que nunca deixa de dar frutos”.
Bem-aventurado é quem, o mais semelhante a Jesus, unido a Ele, tendo-o como “videira” na qual vive enxertado como “ramo”, produz frutos de vida, de esperança a seus irmãos, e vive já aqui a eterna vida de Deus, que é Amor, doação; é e existe-para-o-outro. Outra promessa de Jesus: se frutificarmos aqui em favor dos necessitados, estes um dia nos abrirão as portas da eternidade no céu.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F02%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, que prometeis permanecer nos corações retos e sinceros, concedei-nos por vossa graça viver de tal maneira que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F02%2F2025&leitura=meditacao

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