São
Basílio Magno, luminário da Capadócia
Era um testemunho reconhecido, uma autoridade não só pela Igreja, mas pela vida.
Hoje, recordamos três nomes e três amigos em Cristo Jesus. Reconhecidos como luminários da Capadócia, região da Turquia, são eles: Gregório, seu irmão de sangue, São Basílio Magno e o amigo São Gregório Nazianzeno. Dois irmãos de sangue, três grandes amigos em Cristo Jesus.
São Basílio Magno nasceu no ano 4 d.C, em Cesaréia, dentro de uma família santa que buscava testemunhar, na própria vida e na formação dos filhos, o grande amor por Cristo e pela Igreja. Foi assim que, ajudado pelo pai, São Basílio Magno recebeu a primeira formação. Depois, passou por Constantinopla, chegando a estudar em Atenas e formar-se em retórica. A essa altura, mesmo tendo um coração bem semeado pelo Evangelho, ele começou a buscar glórias humanas. É importante percebermos isso na história dos santos. Eles não nasceram santos e não foram obrigados a ser santos; aceitaram este desafio, mesmo que houvesse, em algum período, um desvio. Mas a misericórdia do Senhor sempre nos dará uma nova change. Foi o que aconteceu com São Basílico.
Ao conhecer o amigo São Gregório Nazianzeno, São Basílio conheceu Cristo mais profundamente e retomou a amizade com Jesus. Ele, que já era muito culto, direcionou todo o seu potencial para Aquele que é a verdade, o Logus, o Verbo que se fez carne, Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador. Retirou-se por um tempo dali e pôde viver uma vida de muita oração e penitência. Depois, foi inspirado a se aprofundar na vida eremítica e também na vida monástica. Visitou o Egito, Síria, Palestina e estudou ao ponto de, com seu amigo Nazianzeno, começar uma comunidade monástica.
Aconteceu que, diante da realidade na qual o Arianismo – heresia que afirmava que Jesus Cristo não é Deus – confundia muito as pessoas e ainda era apoida pelo imperador do Oriente chamado Valente. Enfim, que confusão doutrinal! Nesta altura, em Cesaréia, São Basílio, em 370 d.C. foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos. Homem de caridade e de testemunho, ele pôde combater e ver a verdade vencendo o Arianismo. O imperador não colocava medo nesse homem cheio do Espírito Santo. São Basílio também tinha muitas obras, não era apenas um homem de palavras; cidades de caridade surgiram por meio dele.
Ainda padre, ele já era um testemunho reconhecido, uma autoridade não só pela Igreja, mas pela vida. São Basílio Magno deixou uma riqueza de escritos e, principalmente, a certeza de que amigo de Jesus, felizes nós seremos. Em 379 d.C., ele partiu para o céu e intercede por nós.
São Basílio Magno, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2014
Santos Basílio Magno e Gregório de Nazianzeno
Bispos e Doutores da Igreja
Origens
A Igreja alegra-se com a memória conjunta destes grandes Santos doutores: Santos Basílio Magno e Gregório de Nazianzeno.
São Basílio Magno, bispo e doutor da Igreja
Origens
Basílio nasceu em Cesareia, no ano 329. Nasceu de uma família santa que buscava testemunhar, na própria vida e na formação dos filhos, o grande amor por Cristo e pela Igreja. Foi assim que, ajudado pelo pai, Basílio recebeu a primeira formação.
O encontro com São Gregório
Depois, passou por Constantinopla, chegando a estudar em Atenas e formar-se em retórica. A essa altura, mesmo tendo um coração bem semeado pelo Evangelho, ele começou a buscar glórias humanas, mas, ao conhecer o amigo São Gregório Nazianzeno, conheceu Cristo mais profundamente e retomou a amizade com Jesus.
A direção do seu conhecimento: Jesus Cristo
Ele, que já era muito culto, direcionou todo o seu potencial para Aquele que é a verdade, o Logus, o Verbo que se fez carne, Jesus Cristo, Nosso Senhor e salvador. Retirou-se por um tempo dali e pôde viver uma vida de muita oração e penitência. Depois, foi inspirado a aprofundar-se na vida eremítica e também na vida monástica. Visitou o Egito, Síria, Palestina e estudou a ponto de, com seu amigo Nazianzeno, começar uma comunidade monástica.
Eleito Bispo
Aconteceu que, diante da realidade na qual o Arianismo — heresia que afirmava que Jesus Cristo não é Deus —, confundia muito as pessoas e ainda era apoiada pelo imperador do Oriente chamado Valente. Nessa altura, em Cesareia, São Basílio, em 370 d.C., foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos. Homem de caridade e de testemunho, ele pôde combater e ver a verdade vencendo o Arianismo. O imperador não colocava medo nesse homem cheio do Espírito Santo. São Basílio também tinha muitas obras, não era apenas um homem de palavras; cidades de caridade surgiram por meio dele.
Páscoa
Ainda padre, ele já era um testemunho reconhecido, uma autoridade não só pela Igreja, mas pela vida. São Basílio Magno deixou uma riqueza de escritos e, principalmente, a certeza de que amigo de Jesus, felizes nós seremos. Em 379 d.C., ele partiu para o céu e intercede por nós.
Uma verdadeira amizade que levou até Cristo
São Gregório Nazianzo, doutor da Igreja
Origens
São Gregório Nazianzo nasceu no mesmo ano que Basílio (329). Seu pai era Gregório, o Velho, que depois foi Bispo de Nazianzo. Estudou em Atenas, onde conheceu Basílio, ao qual teve um forte elo de amizade e com quem conviveu no eremitério da Capadócia. Homem de estudo e poeta, recebeu a alcunha de teólogo em decorrência de sua excelente doutrina e inflamada eloquência.
Forte combatente de Heresias
Foi enviado pelo imperador Teodósio a Constantinopla para combater a difusão da heresia ariana, mas assim que chegou foi atacado por pedradas, sendo obrigado a permanecer fora dos muros de Constantinopla. Graças a seu exemplo de vida, Gregório reconduziu a cidade à ortodoxia. Não conseguiu ser Bispo de Constantinopla, como o povo desejava, pois foi hostilizado por uma facção de opositores. Despediu-se e retornou para a sua terra natal.
Obras e sua Páscoa
Retirou-se no silêncio, onde continuou a falar com Deus e com os homens. Escreveu cerca de 240 cartas de grande importância teológica e moral, além de belíssimas pela forma literária. Morreu no ano 390.
Minha oração
“Sabemos que a amizade é um dom, graça divina, por isso, a pedimos Jesus. Queremos amizades verdadeiras e queremos ser bons amigos. Que as pessoas, que nos circundem, nos levem para mais perto de Deus. Amém.”
Santos Basílio Magno e Gregório de Nazianzeno, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 2 de janeiro
- Em Roma, São Telésforo, papa, que, segundo o testemunho de Santo Ireneu, foi o sétimo bispo sucessor dos Apóstolos e sofreu glorioso martírio. († c. 136)
- No território de Córi, a trinta milhas da cidade de Roma, os santos Argeu, Narciso e Marcelino, mártires. († s. IV)
- Em Marselha, cidade da Provença, na actual França, São Teodoro, bispo. († 594)
- No mosteiro de Bóbbio, na Emília, atual Emília-Romanha, região da Itália, São Bladolfo, presbítero e monge. († c. 630)
- Em Milão, na Lombardia, também na Itália, São João Bom, bispo. († c. 660)
- No território de Tulle, na Aquitânia, na atual França, São Vicenciano, eremita. († 672)
- Em Limerick, na Irlanda, São Mainquino, que é venerado como bispo. († s. VII)
- No mosteiro de Corbie, na Gália Ambianense, hoje território de Amiens, atualmente na França, Santo Adalardo, abade. († 826)
- Em Maurienne, na Sabóia, atualmente também na França, Santo Airaldo, bispo. († 1146)
- Em Troína, na Sicília, região da Itália, São Silvestre, abade, que seguiu a disciplina dos Padres orientais. († s. XII)
- Em Forli, na Emília, hoje Emília-Romanha, na Itália, o Beato Marcolino Ammáni, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1397)
- Em Soncino, na Lombardia, também na Itália, a Beata Estefânia Quinzáni, virgem, irmã da Ordem Terceira de São Domingos. († 1530)
- Em Angers, na França, os beatos Guilherme Repin e Lourenço Batard, presbíteros e mártires. († 1794)
- Em Lachine, cidade do Quebec, província do Canadá, a Beata Maria Ana Soureau-Blondin, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Ana. († 1890)
Fonte:
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
- Vatican.va
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Santo
Basílio
Santo Basílio (Magno)
329-379
Basílio nasceu em Cesaréia da Turquia, antiga
Capadócia, no ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir
na perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A
irmã, cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus
irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo
São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja.
Basílio estudou em Atenas e Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o
levou para a vida religiosa. Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas
progrediam muito em santidade. Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os
monges do deserto este modo de viver em solidão. Voltou, se consagrou monge e
escreveu suas famosas "Constituições", a primeira Regra de vida
espiritual destinada aos religiosos. Neste livro se basearam os mais famosos
fundadores de comunidades ao redigir os Regulamentos de suas Congregações.
Basílio foi eleito bispo de Cesaréia, e nesta época o representante do Império
tentou fazer com que ele renegasse a Fé, mas ele não o fez. Mesmo tendo a saúde
muito frágil, Basílio o enfrentou com um discurso tão eloqüente, que este
representante desistiu de castigá-lo, percebendo sua admirável santidade e
porque já era venerado pelo povo.
Por sua oratória maravilhosa, seus admiráveis escritos e suas inúmeras obras de assistência, que fez em favor do povo, foi chamado "Basílio Magno". Era amado por cristãos, judeus e pagãos. Além de sua arrebatadora eloqüência, Basílio mantinha uma intensa atividade em favor dos pobres. Doava tudo o que ganhava à eles. Foi o primeiro bispo a fundar um hospital para aos carentes e depois criou asilos e orfanatos.
Muito culto e profundo conhecedor de teologia, filosofia e literatura, seus sermões são repletos de citações da Sagrada Escritura. Escreveu seus textos de maneira agradável, clara, profunda e convincente, dentre os quais, cerca de quatrocentas cartas de rara beleza e de proveitosa leitura para a alma.
Seu pensamento era: depois do amor à Deus, ajudar, e fazer os outros ajudarem, os pobres e marginalizados.Trabalhava e escrevia sem cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não podia se alimentar, a ponto de sua pele tocar os ossos.
Morreu em 1o. de janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos e foi sepultado no dia seguinte, seguido por uma multidão como nunca acontecera naquela região. Seu amigo de vida e de fé, São Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data; disse no dia do enterro: "Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá pregando sempre com seus escritos admiráveis".
A Igreja autorizou o seu culto, que foi mantido conforme a tradição, no dia 2 de janeiro, dia em que foi sepultado.
Por sua oratória maravilhosa, seus admiráveis escritos e suas inúmeras obras de assistência, que fez em favor do povo, foi chamado "Basílio Magno". Era amado por cristãos, judeus e pagãos. Além de sua arrebatadora eloqüência, Basílio mantinha uma intensa atividade em favor dos pobres. Doava tudo o que ganhava à eles. Foi o primeiro bispo a fundar um hospital para aos carentes e depois criou asilos e orfanatos.
Muito culto e profundo conhecedor de teologia, filosofia e literatura, seus sermões são repletos de citações da Sagrada Escritura. Escreveu seus textos de maneira agradável, clara, profunda e convincente, dentre os quais, cerca de quatrocentas cartas de rara beleza e de proveitosa leitura para a alma.
Seu pensamento era: depois do amor à Deus, ajudar, e fazer os outros ajudarem, os pobres e marginalizados.Trabalhava e escrevia sem cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não podia se alimentar, a ponto de sua pele tocar os ossos.
Morreu em 1o. de janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos e foi sepultado no dia seguinte, seguido por uma multidão como nunca acontecera naquela região. Seu amigo de vida e de fé, São Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data; disse no dia do enterro: "Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá pregando sempre com seus escritos admiráveis".
A Igreja autorizou o seu culto, que foi mantido conforme a tradição, no dia 2 de janeiro, dia em que foi sepultado.
Fonte: Paulinas em 2014
Santos Basílio Magno e Gregório azianzeno
São Basílio Magno nasceu
em Cesaréia, na Capadócia, no ano 330. Seu avô morreu martirizado e sua mãe e
irmã foram veneradas por sua santidade, vindo, portanto de uma família cristã.
O Grande como também é conhecido, começou sua caminhada como orador. É chamado
Magno em virtude de sua intensa atividade pastoral, de seus sermões e escritos
em defesa da religião.
Ele criou na cidade de Cesaréia uma verdadeira cruzada de serviço aos pobres, fundando hospitais, asilos, casas de repousos, escolas de artesanato etc. Escrevia "A quem fiz justiça conservando o que é meu? Diga-me, sinceramente, o que lhe pertence? De quem recebeu? Se cada um se contentasse com o necessário e desse aos pobres o supérfluo, não haveria nem ricos nem pobres".
Basílio Magno também ficou conhecido como Basílio de Cesaréia, ele faleceu aos 50 anos no dia 01 de Janeiro de 379.
Ele criou na cidade de Cesaréia uma verdadeira cruzada de serviço aos pobres, fundando hospitais, asilos, casas de repousos, escolas de artesanato etc. Escrevia "A quem fiz justiça conservando o que é meu? Diga-me, sinceramente, o que lhe pertence? De quem recebeu? Se cada um se contentasse com o necessário e desse aos pobres o supérfluo, não haveria nem ricos nem pobres".
Basílio Magno também ficou conhecido como Basílio de Cesaréia, ele faleceu aos 50 anos no dia 01 de Janeiro de 379.
Fonte: Catolicanet, em 2012
São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno
São Basílio se consagrou ao
serviço como Arcebispo de Cesárea, Doutor da Igreja e Patriarca dos Monges do
Oriente. Nasceu em Cesárea, capital da Capadócia, no ano de 329. Entre seus
nove irmãos figuraram: São Gregório de Nissa, Santa Macrina a jovem e São Pedro
de Sevaste. Seu pai era São Basílio o velho, e sua mãe, Santa Emélia. Iniciou
sua educação em Constantinopla e a completou em Atenas. Lá teve como
companheiro de estudo São Gregório Nazianzeno, que se tornou seu amigo
inseparável. Quando Basílio recebeu o batismo, teve a determinação de servir a
Deus dentro da pobreza evangélica.
Começou visitando os mosteiros do Egito, Palestina Síria e
Mesopotâmia, com o propósito de observar e estudar a vida religiosa.
Estabeleceu-se em uma estalagem agreste na região do Ponto, separado de Annesi,
pelo rio Íris. Naquele retiro solitário entregou-se à oração e ao estudo.
Formou o primeiro mosteiro da Ásia Menor, organizou a existência dos religiosos
e enunciou os princípios que se conservaram através dos séculos e até o
presente governam a vida dos monges na Igreja do oriente. São Basílio praticou
a vida monástica propriamente dita durante cinco anos apenas, mas na história
do monacal cristã tem tanta importância como o próprio São Bento.
Naquela época, a heresia ariana estava em seu apogeu e os
imperadores hereges perseguiam os ortodoxos. Em 363, Basílio foi ordenado
diácono e sacerdote na Cesárea, mas para evitar gerar certos conflitos com o
arcebispo Eusébio, decidiu retirar-se secretamente ao Ponto. Entretanto, a
Cesárea necessitava dele e reclamou sua presença. Dois anos mais tarde, São
Gregório Nazianzeno, em nome da ortodoxia, tirou Basílio de seu retiro para que
o ajudasse na defesa da fé do clero e da Igreja. Em 370, ano em que morreu
Eusébio, Basílio foi eleito para ocupar a sede arcebispal vacante. Tempo depois,
a morte de Santo Anastácio deixou Basílio como único paladino da ortodoxia no
oriente, e este lutou para fortalecer e unificar a todos os católicos que,
sufocados pela tirania ariana e descompostos pelos cismas e as dissensões entre
si, pareciam extinguir-se. O santo morreu em 1o de janeiro de 379, à idade de
49 anos.
São Basílio Magno, bispo e doutor da Igreja
São Basílio é o legislador das regras da Ordem
Comemoração litúrgica: 2 de janeiro
Também nesta data: São Gregório Nazianzeno e Santo Argeu
São Basílio, este grande doutor da Igreja, nasceu em 330, na cidade de Cesaréia, na Capadócia, como o mais velho de quatro irmãos, dos quais três alcançaram a dignidade episcopal. De cinco irmãs, a mais velha, Macrina, dedicou a sua vida a Deus.
Os pais do nosso Santo, Basílio e Emélia, eram ricos e gozavam de grande estima. Criança ainda, Basílio foi acometido de grave doença, da qual a oração do pai maravilhosamente o curou. Entregue aos cuidados de sua avó, Macrina, recebeu Basílio as primeiras instruções na prática cristã. Mais tarde, começou os estudos em Cesaréia, contemplando o curso em Constantinopla onde se ligou a São Gregório Nazianzeno em íntima amizade. Quando voltou a Cesaréia, estava morto já o pai. O exemplo e as palavras animadoras da avó Macrina, confirmaram-lhe o desejo de abandonar o mundo e levar uma vida de penitência e abnegação. Neste intuito, visitou diversos eremitas no Egito, Síria, Palestina e Mesopotâmia, voltando para cesaréia com disposição ainda maior de realizar esse plano. O bispo Diânio, conferiu-lhe o leitorado. Diânio, embora fiel à Religião Católica, por umas declarações feitas nos concílios de Antioquia e Sárdica, fez com que a ortodoxia fosse posta em dúvida. Basílio, profundamente entristecido com esse fato e para não se expor e perder a fé, com grande pesar se separou do bispo, a quem dedicava grande amizade, e dirigiu-se para Ponto, onde a santa mãe e uma irmã tinham fundado um convento para donzelas cristãs.
Basílio, imitando o exemplo, tornou-se fundador de um convento para homens, cuja direção foi, mais tarde, entregue a seu irmão, São Pedro de Sebaste. A essas duas fundações, seguiram-se outras e cresceu consideravelmente o número de conventos no Ponto. Foi nesta época, em que Basílio escreveu obras belíssimas sobre a vida religiosa, compôs a regra da vida monástica, que até hoje é observada pelos monges da Igreja Oriental.
São Basílio assim se tornou o pai do monaquismo na Igreja Oriental.
A vida de São Basílio era regida por uma austeridade, que causava admiração a todos. Ele, fundador da Ordem, era a regra viva, dando a todos os religiosos o exemplo de todas as virtudes monásticas. Era tão magro que parecia só pele e osso. Aos 49 anos já era velho. Entretanto, fraco de corpo, era um herói de espírito.
O bispo Diânio, estando gravemente enfermo, mandou chamar para perto de si o santo amigo. Sucedeu-lhe no bispado Eusébio, de quem Basílio recebeu o presbiterato, com a ordem de pregar. Basílio continuou a vida austera, como se estivesse no meio dos confrades. Como, porém, a fama de santIdade e sabedoria do santo servo de Deus, começasse a incomodar e irritar ao bispo Eusébio, Basílio retirou-se para a solidão. Não podiam ficar desapercebidos os sentimentos rancorosos de Eusébio, o qual, intimado pelas reclamações e ameaças do povo, tratou de reabilitar o suposto êmulo. A insistente propaganda do Arianismo, a calamidade pública, provocada por uma grande carestia, a direção de diversos conventos de ambos os sexos, tornaram necessária e imprescindível a presença de Basílio em Cesaréia.
Os serviços que naquela ocasião prestou à população, quer como pregador, quer como confessor e esmoler, foram tantos que o próprio bispo, de desafeto que era, se lhe tornou um dedicado amigo e nada fazia, sem antes se aconselhar com Basílio.
Eusébio morreu em 370 e teve por sucessor Basílio, o qual, como arcebispo de Cesaréia, veio a ser um astro luminoso da Igreja Oriental. Cumpridor dos deveres episcopais, modelo exemplaríssimo em todas as virtudes, era Basílio um baluarte fortíssimo do catolicismo contra os contínuos e rudes ataques da heresia ariana, cujos defensores mais ardentes e poderosos se achavam nas imediações do imperador Valente, o qual, por sua vez, era adepto fanático da seita. Valente não podia de bons olhos, observar o desenvolvimento grandioso que a arquidiocese de Cesaréia tomava, sob a direção do santo pastor. Uma comissão imperial, chefiada pelo valente capitão Modesto, seguiu com ordens especiais para Cesaréia, para por um paradeiro à atividade apostólica de Basílio.
O êxito dessa missão foi tão humilhante para os emissários, que maior não podia ser. Com todas as instruções de que eram portadores, com todas as lisonjas e ameaças, com todas as argumentações sutis e sofísticas, não puderam impedir que o espírito, a inteligência, a coragem e a intrepidez do santo arcebispo, se mostrassem de uma superioridade admirável. Em três audiências, para as quais convidaram Basílio, este respondeu com tanta mansidão, clareza e energia, que no relatório que apresentaram ao imperador, confessaram redondamente a derrota.
Valente, em conseqüência desse fracasso, não mais importunou os católicos. Por ocasião da festa da Epifania foi ele mesmo a Cesaréia assistir ao Santo Sacrifício celebrado por Basílio. Tão admirado ficou da majestade e esplendor da santa função que, embora não se atrevesse a receber a Santa Comunhão das mãos do arcebispo, foi com os fiéis fazer oferenda, a qual, aceita por Basílio que, por motivos de prudência, julgou conveniente dispensar, por esta vez, o rigor das leis disciplinares da Igreja. Valente caiu em si e começou a tratar os católicos com mais clemência e tolerância.
Não estavam com isto de acordo alguns palacianos, os quais lançando mão de todos os meios, conseguiram, por fim, um decreto que ordenava a expatriação de Basílio. No dia em que devia ser executada a iníqua sentença, caiu gravemente enfermo o único filho do imperador, e no estado de saúde da imperatriz se deram manifestações alarmantes de perturbações sérias. Entre dores e desesperos, dizia ela ao imperador que não havia dúvida tratar-se de um justo castigo de Deus.
Basílio foi reabilitado e com grandes honras recebido no palácio imperial. Valente prometeu ao arcebispo a educação do príncipe herdeiro na religião Católica, se lhe alcançasse Deus o restabelecimento do mesmo. De fato, o príncipe sarou, mas o imperador, não cumprindo depois a palavra, teve o desgosto de perder o filho. Recomeçaram, então, as maquinações contra Basílio. Estava lavrada a ata, que ordenava o exílio do arcebispo. Três vezes, o imperador se dispôs a dar-lhe assinatura e três vezes, quebrou-se-lhe a pena. Assustado com este fato, Valente tomou do papel e, com a mão trêmula, rasgou o documento. Nunca mais se abriu campanha contra o santo.
Modesto fez as pazes com Basílio. Um outro oficial, Eusébio, que tinha dado ordem de prisão ao bispo, retirou-a diante da atitude ameaçadora do povo, em defesa de seu pastor.
À tempestade, seguiu a bonança. Basílio pôde com tranqüilidade e paz, dedicar-se aos trabalho do apostolado. O ano de 379 trouxe-lhe a recompensa do céu. As últimas palavras que disse, foram: “Senhor, em vossas mãos restituo minha alma”. Morreu com 49 anos de idade. Figura entre os quatro grandes doutores da Igreja do Oriente.
Reflexões
São Basílio não hesitou em abandonar o próprio bispo Diânio, quando este começou a travar relações com os hereges. “No meio de maus e perversos, será mau e perverso igualmente” (II Re 22-27). Quantos exemplos não provam a verdade desta palavra do Espírito Santo. Referimos apenas dois: Salomão, o monarca mais sábio do seu tempo, afastou-se do caminho de Deus, fazendo-o rodear de mulheres pagãs, cujas divindades chegou a adorar. Dina, impedida pela curiosidade, foi ter com as filhas de Cana (idólatras) e voltou desonrada, causando esta desonra a morte de muita gente. Que diz a experiência dos nossos dias? Não são muitos os católicos que perderam a fé, devido à relações que tiveram com seitas estranhas e ímpios? Quantas donzelas, quantos jovens choram amargamente a perda da inocência, resultado da liberdade que se permitiram, com pessoas do outro sexo? Que foi que perverteu o moço, filho de família honrada, a ponto de ser objeto de desprezo de todos que o conhecem? Unicamente a má companhia. Que levou o esposo, antes exemplar, a atentar contra a santidade do matrimônio, senão a companhia de maus elementos?
Fonte: Página Oriente em 2014
São Basílio Magno | |
Nascimento | No ano de 330 d.C. |
Local nascimento | Pontus (Ásia) |
Ordem | Fundador da Ordem dos Basilianos |
Local vida | Ásia |
Espiritualidade | São Basílio viveu em uma época em que a cristandade se encontrava perturbada, dividida. Nascido de uma família muito especial- pois sua avó, mãe e dois irmãos também tornaram-se santos - recebeu excelente educação nas cidades de Cesárea, Constantinopla e Atenas. Homem de mente brilhante, tinha avançados conhecimentos de retórica, filosofia, astronomia, geometria e medicina, inclusive foi professor. Inicialmente sua intelectualidade lhe fazia vaidoso, mas como tinha tido uma excelente formação, voltou-se para Deus, reconhecendo o seu "nada" diante daquele que é tudo em todos os que O buscam com amor e fidelidade. Após inúmeras visitas em mosteiros no Egito, Palestina, Mesopotâmia, foi ordenado sacerdote porém junto a seu amigo (são Gregório) fundou uma casa em Pontus, sua cidade natal. No ano 370, tornou-se bispo, jamais deixando de lado a caridade e a simplicidade. Construiu uma imponente instituição para cuidar de pessoas doentes, dementes e sem teto, oferecendo também treinamento aos que desejavam aprender um ofício. São Basílio Magno é um grande exemplo a ser seguido. |
Local morte | Ásia |
Morte | No ano de 379, aos 49 anos de idade |
Fonte informação | O livro dos Santos |
Oração | Deus, nosso Pai, enriquecestes a Igreja e deste-nos em São Basílio um exemplo de que a vossa Palavra é vida e luz para nossos corações. Que ela frutifique também em nós obras agradáveis aos vossos olhos; o serviço sincero e gratuito aos necessitados. Por sua intercessão, sejamos dignos da vocação a que fomos chamados, e tudo façamos para que o vosso Reino de justiça se dilate no meio dos homens. E, assim, os que virem nossas boas obras possam louvar e confessar o vosso santo Nome. Permaneçamos sempre abertos ao Espírito para cumprir a vossa vontade agora e sempre. Amém! |
Devoção | À Deus que lhe deu a reconhecer o seu nada, mesmo com tantos títulos e fama |
Padroeiro | Dos humildes |
Outros Santos do dia | Nossa Senhora do Pilar; Gregório Nazianzeno (bispo e Doutor); Isídoro, Martíniano, Siridão (bispo); Macário (abade); Ageu, Narciso, Marcelino (mártires; Abelardo (Adelardo, Abade); São Casimiro (padroeiro das costureiras e alfaiates). Fonte: ASJ em 2014 |
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