terça-feira, 3 de janeiro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 03/01/2023

ANO A



Jo 1,29-34

Comentário do Evangelho

O Cordeiro de Deus

O testemunho de João Batista é situado no tempo: "no dia seguinte" (v. 29). A história é o lugar aberto ao testemunho. Há uma tríplice afirmação sobre Jesus: ele é o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (v. 29), aquele sobre quem o Espírito permanece (cf.vv. 32-33), ele é o Filho de Deus (v. 34). A expressão "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" aparece uma única vez no Novo Testamento. Rica de significado, ela é um título cristológico. Pode evocar tanto o servo sofredor de Is 53,7 quanto o cordeiro imolado de Ap 14,10; 17,14, ou ainda o cordeiro pascal(cf. Jo 19,14), sem defeito, de quem nenhum osso foi quebrado (cf. Jo 19,31-36)
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos introduzir no Reino da fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo e fazer-me seguidor dele.
Fonte: Paulinas em 03/01/2013

Vivendo a Palavra

João Batista e Jesus de Nazaré vivem a plenitude dos tempos e a Aliança Antiga se concretiza, transformada na Segunda e Eterna Aliança. E desde então nós nos lembramos desse encontro cada vez que aproximando da mesa Eucarística ouvimos o convite: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...”
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

João Batista e Jesus de Nazaré vivem a plenitude dos tempos. A Aliança Antiga se concretiza, transformada na Segunda e Eterna Aliança. E desde então nós nos lembramos desse encontro cada vez que, aproximando-nos da mesa Eucarística, ouvimos a proclamação: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo…"
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2019

Reflexão

João Batista é o único profeta que profetizou o Messias, manifestou a sua presença no meio dos homens e falou sobre a sua missão de tirar o pecado do mundo. É ele quem batiza o autor do próprio batismo e presencia a vinda do Espírito Santo sobre Jesus. Por fim, o evangelho conclui com o testemunho maior de João Batista a respeito de Jesus: "Este é o Filho de Deus". A vida e a missão de João Batista só podem ser entendidas tendo como centro o Messias, nos mostrando a centralidade que Jesus deve ter nas nossas vidas e no nosso trabalho evangelizador.
Fonte: CNBB em 03/01/2013

Reflexão

João Batista não se contenta em anunciar a vinda do Messias. Colhe a ocasião para apontá-lo aos seus discípulos e ao povo. E o faz apresentando três características de Jesus: 1ª Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Os judeus podiam entender o que significava ser “cordeiro”, visto que eles ofereciam cordeiros em sacrifício para implorar o perdão de Deus. Jesus vai sacrificar-se a si mesmo por nós; não haverá mais necessidade de oferecer animais em sacrifício. Jesus é o verdadeiro Cordeiro que substitui o cordeiro pascal; 2ª Jesus batiza não só com água, como João, mas batiza com o Espírito Santo. É o Espírito quem concede vida nova; 3ª Jesus é o Filho de Deus, aquele que revela o projeto do Pai.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/01/2019

Reflexão

João Batista passa a conhecer Jesus quando este se apresenta para ser batizado. A partir desse encontro, João tem certeza de que vem cumprindo bem sua missão: preparar o terreno para a manifestação do Messias. Para isso, João batizava com água, sinal de purificação. O Messias, entretanto, batizará com o Espírito Santo, a força do alto que infunde vida nova e dá sentido aos novos tempos.  Realizada a experiência do encontro com Jesus, o Batista pode com segurança apresentá-lo ao povo como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Ele, por sua morte, libertará o povo do sistema injusto, sistema de morte. É a ele que se deve seguir doravante, pois ele é “o Filho de Deus”. É o Messias que ultrapassa as expectativas messiânicas da época.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Meditação

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” Cordeiro era a vítima que mais se oferecia a Deus nos sacrifícios antigos. João apresenta Jesus como o Cordeiro escolhido por Deus para nossa redenção. Nós vemos Jesus, o Filho de Deus Encarnado, como aquele que com seu poder divino pode livrar-nos da morte do pecado, e transformar nosso coração para o amor, a justiça e a bondade. Sem Ele não existe libertação para nós. Ele é verdadeiramente o Cordeiro imolado para nossa redenção.
Oração
Ó Deus, quisestes que a humanidade do vosso Filho, nascendo da Virgem Maria, não fosse submetida à humilhação do homem decaído. Concedei que, participando desta nova criação, sejamos libertados da antiga culpa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

EIS O CORDEIRO DE DEUS!

A proclamação de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus” sublinha a função salvadora de Jesus, presente desde o início de seu ministério. Como pano de fundo desta imagem de Jesus-Cordeiro de Deus está a tradição do êxodo, suporte de toda a teologia bíblica.
Dois textos do evangelho joanino aludem à imagem enunciada pelo Batista. O primeiro é o discurso eucarístico no qual, ao falar em “comer a minha carne e beber o meu sangue”, Jesus referia-se a si mesmo como o cordeiro imolado na cruz, à semelhança do cordeiro sacrificado por ocasião da Páscoa. Na ceia pascal, os judeus comem a carne do cordeiro, recordando a libertação do Egito. No passado, o sangue do cordeiro, aspergido nos frontais das casas, indicava pertença ao povo eleito, e o livrava do castigo divino. O que o cordeiro pascal representou para o antigo Israel, Jesus representa para o verdadeiro Israel, cuja origem foi seu serviço obediente ao Pai.
O segundo corresponde à cena da cruz, quando Jesus foi traspassado pela lança. O evangelista recorda ter sido a tarde do dia em que se faziam os preparativos para a Páscoa o momento em que, com um golpe de lança, um soldado traspassou o peito de Jesus, sem lhe quebrar nenhum osso. Ou seja, na hora da imolação do cordeiro para a celebração da páscoa nas famílias, seguindo o rito como o cordeiro deveria ser sacrificado. Portanto, imolado na cruz, Jesus cumpriu o papel de Cordeiro de Deus “que tira o pecado do mundo”.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu possa a acolher a salvação realizada por teu Filho Jesus, o qual veio abolir todo pecado deste mundo. Que o meu pecado também seja abolido!
Fonte: Dom Total em 03/01/2019

Comentário ao Evangelho

O MESSIAS RECONHECIDO

A atividade frenética do Batista, às margens do Jordão, não o fez perder a consciência de sua missão. No afluxo de penitentes à procura do batismo, ele se deu conta da presença do Messias Jesus. Por isso, advertiu a multidão para a presença do Cordeiro de Deus, enviado para abolir o pecado do mundo.
A situação do batismo de Jesus estava carregada de evocações. Sua exclamação lembrava o cordeiro pascal. As águas do Jordão recordavam o mar Vermelho. A eliminação do pecado do mundo aproximava Jesus de Moisés, condutor do povo de Israel para a terra prometida. Tudo isso servia para alertar a multidão acerca da presença do Messias.
João só reconheceu Jesus, porque movido pelo Pai, uma vez que já tinha declarado, por duas vezes, não ter um conhecimento prévio do Messias. Para não se enganar na identificação do Messias, João colocou-se numa atitude de contínuo discernimento. Teria sido desastroso um falso reconhecimento e a consequente atribuição do título de Cordeiro de Deus à pessoa indevida. João, ao contrário, não titubeou quando viu Jesus diante de si. Seu testemunho foi firme, pois estava certo de não ter sido induzido ao erro. Diante dele, estava, realmente, o Filho de Deus. Foi o Pai quem lhe revelara a identidade do Filho, e o movera a reconhecê-lo publicamente.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O FRÁGIL CORDEIRO DE DEUS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Houve um tempo na minha infância, em que os Reis do Ringue influenciavam nossas brincadeiras e disputava-se em duplas, fazendo do campinho de final de rua, nosso ringue improvisado. Havia um garoto novo, mas muito encorpado, e além do mais com uma agilidade incrível para lutar, quem lutava ao seu lado, saia-se vencedor. Nós éramos franzinos e ele era sempre o destaque, considerado forte, sempre com pose de campeão.
Quando as lutas eram com algum menino de outro bairro, para intimidar o adversário, o apontávamos como o grande campeão e vencedor nato, e assim, por muito tempo foi considerado o melhor lutador da região, ninguém ousava enfrentá-lo.
João Batista aponta aos discípulos e demais seguidores, o grande Messias, o esperado por todos, o Ungido de Deus e revestido de todo poder, mas o título que lhe confere deve ter provocado risos em alguns mais céticos: Cordeiro de Deus!
Poderia utilizar-se de um título mais condizente com o poder do Messias, quem sabe Leão ou até mesmo Urso, animal forte e poderoso entre os demais, com força descomunal.
Mas Cordeiro era motivo até para chacota, pois o cordeiro é frágil, indefeso, incapaz de qualquer reação diante dos que atentam contra sua vida. Quanto á sua ação de “tirar o pecado do mundo”, esperava-se alguém que acabasse definitivamente com os maus, premiasse os bons e eliminasse todas as forças do mal, não muito diferente de hoje, quando diante do quadro triste de um mundo marcado por tanto pecado, muitos nutrem no coração, a falsa esperança de que Jesus venha nas nuvens para desmascarar o Mal e fazer triunfar o Bem. Seria assim a vingança dos bons e justos, ver os maus serem esmagados e aniquilados por Jesus triunfante e glorioso. Acredita-se que o traidor Judas, no fundo pensava em uma “virada” na situação e por isso entregou Jesus aos seus inimigos, para deliciar-se ao ver a reação der Jesus na hora “H”. Esse pensamento equivocado prevaleceu até na hora derradeira quando entre outros insultos se dizia “Se és de fato o Messias, desce da cruz agora...”
Não é errado pensarmos desse modo, diante do Poder e Perfeição de Deus, e de nossas fragilidades, até João Batista tinha uma compreensão messiânica rigorosa e severa, vivia falando em fogo que devora, em palha que iria ser queimada quando o Reino se instalasse, para que os maus tremessem na base e se convertessem.
Mas no evangelho de hoje, parece que “caiu a ficha” de João, duas vezes ele declara que não conhecia Jesus, e que chegou a esse conhecimento porque Aquele que o tinha enviado para Batizar, o revelara.
Não se compreende as coisas de Deus, o seu pensamento e seu agir, a partir da lógica humana, mas pode-se ver os sinais que ele realiza, e João VIU , logicamente esse Ver Teológico, transcende a nossa limitada visão carnal, ver os sinais que Deus realiza, só é possível com os olhos da Fé, em outras palavras, quem vive na Fé, começa a ver os acontecimentos e as pessoas com um olhar diferente e o quadro inverte-se: aquilo que é Forte e poderoso se tornará em ruína, aquilo que é fraco, indefeso, insignificante, irá realizar a salvação completa, não só dos Israelitas, mas de toda humanidade.
Na primeira Leitura o Profeta, que é a Boca de Deus, já havia dito sobre o Servo de Javé, que ele seria a Luz das Nações, e aqui, o servo de Javé é aplicado ao povo, que estava cativo na Babilônia, totalmente derrotado e massacrado, sem pátria e sem identidade, aliás, nas duas leituras, não é homem que se sente forte e preparado, para algo grandioso, mas é Deus que chama através da Vocação, o apóstolo Paulo apresenta-se desse modo á comunidade, e Deus nunca chama os arrogantes, os prepotentes, os mais fortes, e que tem panca de vencedor, como o meu amigo de infância, a quem me referi no início e que nós chamávamos de “Homem Montanha”, ao contrário, Deus se alia aos pobres, fracos, desprezados, por isso o título “Cordeiro de Deus” evoca realmente quem é Jesus, o Deus Todo Poderoso encarnado na fragilidade humana para vencer em definitivo as forças do mal e tirar o pecado do mundo.
O Cordeiro de Deus, o Deus imortal, Criador de todas as coisas, Onipotente, Onipresente e Onisciente, vem como Cordeiro indefeso diante da violência humana, vai para o matadouro mudo, sem reclamar, sem praguejar contra o Pai, sem maldizer a própria sorte. Porque somente assim realizará sua Missão de Salvar os homens, só o amor salva, e só DEUS É AMOR.
Aprofundar no conhecimento de Deus e poder dar testemunho como João Batista, requer de cada cristão esse VER constante no dia a dia, os atos de mais puro amor que Deus vai realizando, mas é sempre preciso ter em mente esse modo de agir Divino, que sempre engana os homens que se julgam sábios e espertalhões.
Olhemos para a Eucaristia, ponto convergente da Igreja e cume da Liturgia, o Sacerdote ergue uma hóstia frágil, que cabe na palma da nossa mão, e que até um ventilador ligado pode fazê-la sair voando... Entretanto, ali está escondido e oculto aos olhos dos que não crêem o maior e mais valioso de todos os tesouros da terra.
A graça de Deus em forma de pão que alimenta e restaura as nossas forças, ajudando-nos a atravessar o deserto da Vida terrena, como aquele Maná descido do céu ajudou o povo na travessia do deserto, milhares de vezes ao dia esse gesto se repete, a hóstia é apresentada repetindo-se as palavras de João: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo...
Como diz São Paulo, Jesus Cristo é o mesmo ontem, Hoje e sempre, e ainda prefere ocultar todo o seu Poder, graça, Glória e Salvação, em algo frágil.
Que a exemplo de João Batista, possamos também VER , e dar testemunho de que naquele pedacinho de pão está o Filho de Deus, Cristo Jesus, nosso Deus e Senhor, aquele que criou o céu e a terra, e salva e santifica a todos os que Nele crêem, em meio a toda humanidade.

2. O Batista recebeu de Deus uma grande missão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Continuamos ouvindo o testemunho do Batista sobre o Menino que acaba de nascer. A leitura é litúrgica. Transportamos o testemunho de João para o Tempo do Natal. Olhamos para o recém-nascido e ouvimos João dizendo: “Este é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. E ainda: “Ele existia antes de mim”. Os cordeiros imolados no Templo eram apenas sinal do único Cordeiro que tinha poder para tirar do mundo o pecado. Aí está ele, o Menino recém-nascido. João veio antes para torná-lo conhecido pelo povo de Israel. Estamos no segundo dia do testemunho de João. Foi ele quem viu o Espírito Santo descer sobre Jesus no dia do seu batismo. E João testemunha: “Ele é o Filho de Deus. É ele quem batiza com o Espírito Santo”. O Batista recebeu de Deus uma grande missão, acompanhada de importante sinal. Batizando com água, João viu o Espírito Santo descer como pomba e permanecer sobre Jesus. Era o sinal indicativo daquele que, ao chegar agora, já existia antes. O Verbo que agora se fez homem já existia no princípio, antes de todas as coisas. Grande é o mistério da divina encarnação.
Fonte: NPD Brasil em 03/01/2019

HOMILIA DIÁRIA

Eis o Cordeiro de Deus!

Postado por: homilia
janeiro 3rd, 2013

O amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficar triste ou viver amargurado se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Cordeiro de Deus – em latim – é “Agnus Dei”, uma expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado como o Salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, onde João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era frequente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus, teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais – o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução.
A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como Filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para a humanidade.
João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi tão marcante que o tornou conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com frequência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene com a prática da justiça que fortalece a vida.
Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo possível de justiça e paz.
Interpelado estou eu – e está você também – a ser este “dedo” nos nossos dias. Hoje e agora, eu e você devemos ser a voz que clama e o dedo que aponta para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 03/01/2013

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos ser justos uns com os outros

É tempo de buscarmos o que é justo, de sermos justos uns com os outros, reparar as injustiças que estão ao nosso lado

“Já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele” (1João 2,29).

Estamos vivendo o tempo do Natal! Neste tempo, refletimos a presença de Deus dentro de nós. A Palavra está nos dizendo que Ele é justo, e permanece n’Ele aquele que pratica a justiça, aquele que nasceu d’Ele como Ele nasceu no meio de nós e nos trouxe a justiça. Quem nasce d’Ele se torna também uma pessoa justa.
Se formos refletir, de fato, a vida humana, com toda a beleza que podemos encontrar nela, temos de reconhecer que vivemos num mundo injusto, que a vida humana é cercada de muitas injustiças para todos os lados, sejam as mais conhecidas e descabidas injustiças sociais que levam uns a viverem o extremo de uma vida recheada de conceitos avarentos – em que desperdiçam dinheiro e tudo o que têm, gastam de forma extravagante –, a outros que vivem uma extrema pobreza.
É possível ver, no mundo em que vivemos, uma pessoa gastar, numa noite, o que filhos de Deus, muitas vezes, não conseguem ter a vida inteira. É o extremo da injustiça humana. É possível ver festas, como vimos agora no fim de ano, em que se comia e bebia de tudo, depois, muitas coisas foram para o lixo; enquanto outros filhos de Deus vivendo a extrema pobreza e a profunda miséria.
As injustiças não são só de ordem social, mas nas relações humanas. Há muitas coisas desonestas, há muitas corrupções na forma de agir e falar no meio de nós. Não me volto apenas para as grandes injustiças e corrupções, mas também as que são vividas e praticadas no meio de nós.
Não há nada mais injusto do que falar mal dos outros, difamar o nome do outro, caluniar, perseguir o outro, querer ser mais do que o outro e diminuir a pessoa do outro. Há a grande injustiça dos homens em não reconhecer Deus como Senhor e Salvador. Há grandes injustiças penetradas nos nossos comportamentos e na nossa forma de agir com o outro.
Podemos ter nos decepcionado com alguém, mas isso não nos dá o direito de diminuirmos aquela pessoa para os outros, porque a decepção foi nossa, não significa que todos irão se decepcionar com aquela pessoa.
Quem nasceu de Deus precisa ser justo. Vivemos num mundo onde todos queremos justiça, mas a nossa justiça vem do nosso ser justiceiro, não vem daquela justiça de ser justo, honesto, correto e, ao mesmo tempo, provinda de uma verdade que é alicerçada na humildade que vem do coração de Deus.
É tempo que buscarmos o que é justo, sermos justos uns com os outros, repararmos as injustiças que estão ao nosso lado e fazermos a nossa parte para não tornar o mundo e a vida mais injustiça, mas dar o melhor de nós para dizer: Eu semeie a justiça, pratiquei a justiça e vivi uma vida justa na presença de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/01/2019

Oração Final
Pai Santo, faze-nos testemunhas do Reino de Amor. Dá-nos força e coragem para anunciar ao mundo – com o testemunho de nossa vida e pelo anúncio da Palavra – que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Verbo que se fez carne e se tornou nosso Irmão, viveu fazendo o Bem, morreu por nós, mas Tu o ressuscitaste e agora contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos mensageiros do Reino de Amor. Dá-nos força e coragem para anunciar ao mundo – com o testemunho de nossa vida e pela força da nossa Palavra – que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Verbo que se fez carne e se tornou nosso Irmão, viveu fazendo o Bem e morreu por nós, mas Tu o ressuscitaste. Agora vivo, contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2019


QUE O MENINO JESUS NASÇA,


TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.


Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar sonhos e preservar as coisas boas.


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