

A Arquidiocese do México, em um artigo sobre a festa
de Halloween no semanário “Desde la Fe”, disse que “se procuramos ser fiéis à
nossa fé e aos valores do Evangelho, teríamos que concluir que a atual festa do
Hallowen não só não tem nada a ver com a celebração que deu origem, mas também
é nociva e contrária à fé e a vida cristã”.
(acidigital.com 29/10/2007). A Arquidiocese considera que o
Halloween “rende honra a uma cultura da morte, que é produto da mescla de
costumes pagãos” e o mais grave “é que a festividade foi se identificando com
grupos neopagãos e celebrações satânicas e ocultistas”.
No texto intitulado “Perguntas frequentes sobre o
Halloween”, o Arcebispado afirma que essa celebração dista muito do que devem
celebrar os cristãos, por isso exortou aos fiéis a não celebrar o Halloween.
Afirma ainda que em alguns países como México, Irlanda e Estados Unidos são
realizadas, durante esta festa, missas negras, cultos esotéricos e outras
reuniões relacionadas com o mal e o ocultismo”.
O artigo também questiona o costume, principalmente
entre crianças, de disfarçarem-se de bruxas, vampiros, fantasmas e monstros, e
convida os pais a, no dia 1º de novembro, disfarçarem seus filhos de
personagens bíblicos ou alguma pessoa que “saibam que foi boa e que, portanto,
certamente estará no céu”.
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e na
Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro, mas é de origem pagã. A comemoração
veio dos antigos Celtas, um povo que habitava a Grã-Bretanha (Inglaterra,
Escócia, Irlanda) há mais de 2 mil anos, vindos da Ásia. Os Celtas realizavam a
colheita nessa época do ano e, segundo um antigo ritual de sua religião druida,
os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a noite, no último
dia do ano, que para eles era o dia 31 de outubro. Os mortos queriam, entre
outras coisas, alimentar-se e assustar as pessoas. Acreditavam também no
aparecimento das bruxas, consideradas mulheres que tinham vida sexual com
demônios e que faziam muito mal às pessoas, ao gado etc.
Com isso, os Celtas costumavam se vestir com máscaras
assustadoras para afastar os espíritos e as bruxas. Esse episódio era conhecido
como o Samhaim. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha,
converteram os Celtas, especialmente com o trabalho de São Patrício no século
IV e São Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou
este ritual pagão em uma festa religiosa. Ela passou a ser celebrada nesta
mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém
catequizado deveria honrar os santos. Daí veio o All Hallows Day: o dia de
Todos os Santos.
A tradição entre estes povos continuou e, além de
celebrarem o dia de Todos os Santos, eles celebravam também a noite da véspera
do dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com a comida. A noite
era chamada de All Hallows Evening, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou
outros espíritos não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma
conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os Santos.
As informações deste artigo foram retiradas da revista
de Dom Estevão Bettencourt (PR n.464/2001, pág.47s)
Professor Felipe Aquino
Escritor e Apresentador da Tv Canção Nova
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