segunda-feira, 3 de junho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/06/2019

ANO C


Jo 17,1-11a

Comentário do Evangelho

Oração da unidade

O evangelista João, em conclusão ao longo diálogo entre Jesus e seus discípulos, na última ceia, apresenta a sublime oração da unidade, dirigida por Jesus ao Pai. A glória do Pai, na terra, foi a realização da obra de Jesus, que é a comunicação da vida eterna, alcançada na vida de amor, em comunhão com o próximo e com Jesus. Com sua dedicação e empenho em promover a vida dos marginalizados e carentes, Jesus revela que a vontade do Pai é que todos sejam um, sem as barreiras que separam a sociedade em ricos privilegiados e excluídos espoliados e empobrecidos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, torna-me obediente e fiel a ti, a exemplo de teu Filho Jesus, para que, como ele, eu também possa experimentar a glória que vem de ti.
Fonte: Paulinas em 22/05/2012

Comentário do Evangelho

Oração de Jesus dirigida ao Pai.

Parte do discurso de despedida de Jesus, o capítulo 17 é comumente conhecido como a oração sacerdotal de Jesus. Próprio do sacerdote é oferecer a Deus, pelo povo, sacrifícios e súplicas. O sacrifício oferecido por Jesus é o da sua própria vida e as súplicas, ofereceu-as em favor dos seus discípulos para permanecerem fiéis e não esmorecerem diante da perseguição do mundo. Trata-se da parte final do discurso de despedida, que é uma longa oração de Jesus dirigida ao Pai. Essa oração tem como ponto fundamental a comunhão entre o Pai e o Filho: a obra que o Filho realiza tem como finalidade manifestar a Glória de Deus, isto é, revelar o mistério de Deus: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). Realizando a obra de amor, o Filho glorifica o Pai e é glorificado por Ele, isto é, é revelado pelo Pai que o ressuscitou dos mortos. Pela ressurreição chega-se a conhecer o que ele era antes da criação do mundo (cf. Jo 1,1). Por essa comunhão, o Pai deu ao Filho o poder de conceder a vida eterna. A vida eterna dada pelo Filho é comunhão com o Pai e com aquele que Ele enviou, Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.
Fonte: Paulinas em 03/06/2014

Vivendo a Palavra

Jesus assume claramente a sua função sacerdotal, isto é, Ele veio para oferecer ao Pai a obra da Criação, Ele veio para tornar tudo – universo e humanidade – sagrado. E aqui, presta contas do como desempenhou essa função. Será que nós, seus seguidores, temos consciência de que também temos tarefa igual?
Fonte: Arquidiocese BH em 22/05/2012

VIVENDO A PALAVRa

Ouvimos hoje a o início da belíssima ‘Oração Sacerdotal de Jesus’. O capítulo 17 de João é um texto para ser meditado atenta e demoradamente, um rio de água viva em que devemos mergulhar, encantados e agradecidos, pois fala do Mistério da Encarnação do Verbo de Deus. Aqui, Jesus se despede e anuncia aos discípulos a Vida Eterna no Pai.

Reflexão

Antes de partir para junto do Pai, Jesus reza por todos nós e o Evangelho de São João registra essa oração que ficou conhecida como Oração Sacerdotal de Jesus. Jesus inicia esta oração rezando por si mesmo, uma vez que ele sabe que a paixão está chegando e que deve estar preparado para sofrer. Em seguida, Jesus diz ao Pai que cumpriu a missão que lhe foi confiada, de modo que o Nome de Deus foi manifestado aos homens sendo que sua mensagem foi acolhida e muitos reconheceram-no como o enviado do Pai para, em seguida, rezar por todos os que creram em suas palavras.
Fonte: CNBB em 22/05/2012 10/05/2016

Reflexão

Na “oração sacerdotal”, Jesus nos entrega seu testamento espiritual. Ele dá glória ao Pai, cumprindo na terra a tarefa que o Pai lhe confiou. Dar glória é manifestar o poder de Deus e seu infinito amor pela humanidade. Jesus está consciente de ter cumprido integralmente a vontade do Pai. A todos abriu as portas da vida eterna, que consiste em conhecer a ele, Jesus, e ao Pai. Jesus se alegra porque as palavras do Pai foram acolhidas e os apóstolos acreditaram que Jesus é o enviado do Pai. A oração de Jesus pede o olhar benévolo do Pai sobre todos os fiéis presentes e futuros. Eles permanecem no campo de missão, sujeitos a muitas adversidades, mas poderão contar com a perene presença de Jesus que, terminada sua missão terrena, volta para o Pai.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o Evangelho

A ORAÇÃO DE JESUS

A oração de Jesus expressa sua consciência de ter cumprido a sua missão. Estando próximo da morte, ele faz uma espécie de prestação de contas ao Pai, da tarefa que lhe fora confiada. Não buscou os caminhos mais fáceis, não selecionou o que lhe interessava, nem contentou-se em cumprir sua missão pela metade. Por isso, está seguro de ter realizado, com absoluta fidelidade, o querer do Pai.
A tarefa principal de Jesus consistiu em tornar conhecido o Pai, manifestando o seu nome e o seu projeto de salvação para a humanidade. Nisto consistiu a glorificação do Pai na Terra: em a humanidade pecadora conhecer, por meio de Jesus, sua misericórdia e seu amor complacente. Por sua vez, os seres humanos puderam, novamente, achegar-se ao Pai, por terem sido liberados da escravidão do pecado. Em suma, a glória do Pai manifestou-se na ação de Jesus.
A ação de Jesus estava também direcionada para quem lhe fora confiado pelo Pai, e a quem devia conduzir à fé. O Filho de Deus foi fiel em transmitir-lhes as palavras recebidas do Pai; protegeu-os contra as ciladas do mundo; e os acolheu como presente do Pai: "Eles eram teus, e a mim os destes".
Em sua oração, Jesus pede, insistentemente, pelos discípulos. Ele bem sabe quanta força necessitarão para combater o mundo, e vencê-lo. A vitória deles será uma espécie de glorificação do Pai. Mas só vencerão esta peleja, se estiverem unidos ao Filho Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de oração, coloca em meus lábios palavras de louvor ao Pai, pela força que ele me dá, para a missão que glorifica o seu nome.
Fonte: Dom Total em 10/05/2016

Meditando o evangelho

A VERDADEIRA GLÓRIA

Jesus entendeu a hora de sua morte como o momento de sua glorificação por parte do Pai. Humanamente falando, não é fácil de coadunar cruz e glória. Isto por que os padrões mundanos de glória são incompatíveis com o sofrimento. No pensar de Jesus, porém, a glorificação assumiu características peculiares. Sua glória consistiu em ter levado a cabo a tarefa recebida do Pai, sem nada omitir e sem deixar-se levar pelas próprias conveniências. Tudo realizou visando tão somente a vontade do Pai e seu projeto. A cruz tornou-se o momento de sua glorificação, porque nela ficava patente sua radical fidelidade ao Pai, sem a mínima resistência. A cruz foi a prova maior do senhorio do Pai na vida de Jesus. Por isso, nela Jesus foi glorificado.
Outra vertente da glória de Jesus situou-se no seu serviço incansável à humanidade. Esse consistiu em levar as pessoas a guardarem as palavras do Pai e a aderirem ao seu projeto. Pela ação de Jesus, elas foram introduzidas num processo de fé e de acolhida da revelação de Deus. O Mestre bem sabia não se ter poupado, em se tratando de servir. Eis um motivo de glória!
A glória do discípulo precisa se espelhar na glória do mestre. Ela virá na medida em que se for capaz de realizar, sem hesitação, a vontade do Pai, de modo especial, na hora da provação. A isso se acrescente o serviço gratuito e generoso ao próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, seguindo o teu exemplo, desejo buscar a glória que consiste em entregar-me totalmente ao Pai e por-me a serviço dos irmãos.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. "A Vida Eterna já nos foi dada..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Se pudéssemos fazer um gráfico comparativo entre os evangelhos sinóticos e o de João, iríamos perceber que nos sinóticos, na medida em que vai chegando a paixão e morte de Jesus, a linha do gráfico vai decaindo, tudo começou tão bem, atingiu o auge mas agora o Messianismo de Jesus parece que está acabando em nada, e a linha vai chegar no zero.
No evangelho Joanino tudo é diferente, e na medida em que se aproxima a paixão e a morte do Senhor, a linha do gráfico vai subindo de forma ascendente atingindo o ponto mais alto, o cume do messianismo: Jesus é Deus verdadeiramente! Por isso a palavra "Glorificação" é importante e só nesse evangelho aparece meia dúzia de vezes... Mas essa glorificação deve ser bem entendida, senão fica parecendo, na nossa linguagem humana, uma rasgação de elogio e jogação de confete entre o Pai e o Filho, quando na verdade o que está em jogo é a vida e o destino de toda humanidade.
A glorificação de Jesus significa a total restauração do Ser humano, Jesus não só resgata o homem para o paraíso, ele o coloca em um trono e o homem, doravante, fará parte da Divindade Trinitária, o homem deixa o caos desordenado do pecado e passa á luz da Graça de Deus, ou seja, em Jesus, o Homem Novo, Deus renova toda a humanidade e a sua glória se irradia em cada ser humano.
Por isso que a glorificação de Jesus têm continuidade nos seus discípulos, pois assim como Jesus e o Pai formavam uma unidade perfeita, agora em Jesus, o homem começa a participar dessa unidade. A obra de Jesus foi terminada, o elo entre Deus e o Homem foi refeito, e a Vida de comunhão com Deus tornou-se uma realidade. Eliminada essa distância que havia entre Deus e o homem, na Teologia Joanina a Vida Eterna já foi dada a cada ser humano.
Precisamente esta Vida Eterna presente em nós na Graça Santificante e Operante, é que dá um novo significado á nossa existência naquilo que somos e fazemos, no que falamos e pensamos, em tudo isso resplandece á Luz Divina e assim, Jesus e o Pai são glorificados.
A oração de Jesus, chamada nesse capítulo 17, de Oração sacerdotal, é a oração que pede, mas ao mesmo tempo que se propõe a fazer, aquilo que pediu ao Pai. Jesus pede que nenhum dos que o Pai deu a ele, se percam, mas para que a oração seja atendida, Jesus irá dar o precioso dom da sua Vida, deixando-se imolar, pagando assim um alto preço para nossa renovação e total restauração.
A oração de Jesus é no sentido de que esse novo homem agora seja forte e não caia mais nas seduções do "mundo" do mal como ocorrera com nossos primeiros pais. Jesus, o homem novo, pressionado pelas forças do mal, quando estava no mundo, as derrotou com a morte na cruz, agora a pressão do mal será sobre os discípulos, que tem em Jesus essa mesma força, capaz de superar todo o mal e assim sacramentar a vitória de Jesus tornando-a definitiva.

2. ORAÇÃO DA UNIDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O capítulo 17 do Evangelho de João contém a bela oração da unidade, de Jesus ao Pai, concluindo o longo diálogo com os discípulos após a última ceia. A glória do Pai, na terra, foi a realização da obra de Jesus, comunicando vida eterna aos discípulos que acolheram e guardaram a palavra do Pai e creram que Jesus é o seu enviado. Jesus roga pelos discípulos que não têm mais a presença dele no mundo. E é glorificado naqueles que testemunham o amor e dão continuidade à missão libertadora e vivificante que glorifica o Pai.
Fonte: NPD Brasil em 02/05/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Pai, chegou a hora...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus reza pelos seus discípulos. Ele reza por aqueles que o Pai lhe deu. Jesus reza pelos seus que ainda estão no mundo, mas não pertencem ao mundo. Eles optaram por Jesus e não pelo príncipe deste mundo, que é o demônio e que eles devem enfrentar. Não são duas forças iguais que se combatem. São opções livres que se chocam. Há uma opção pela verdade e uma opção pela mentira, opção pela unidade e opção pela divisão. O demônio divide. Os que optaram por Jesus, unem. Na Trindade, o Espírito Santo é o Amor que une o Pai e o Filho. Não é uma simples manifestação de afeto. É uma pessoa, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
maio 22nd, 2012

Jesus sabia que Sua hora havia chegado. Assim sendo, não quis deixar Seus discípulos dispersos e desunidos. Sabendo também da força e do poder do “encardido”, Ele,  por Seu amor e fidelidade, dá glória ao Pai.
Cristo apresenta a Deus a oração mais sublime de unidade na comunhão do amor. Ele pede que Seu Pai revele e exalte, na natureza pecadora do homem, a natureza divina do Filho que é o próprio Jesus: “Revela a natureza divina do teu Filho a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a Ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo” (cf. Jo 17,17).
Nessa oração, Jesus coloca em destaque, primeiro, Sua glória conjunta com o Pai. Ao mesmo tempo, nos faz saber que a obediência, na realização da vontade divina, constitui a maior glória do Pai na Terra. Por isso, terminando Sua missão, diz: “Eu mostrei quem tu és para aqueles que tirastes do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem que tudo o que me tens dado vem de ti”.
“Mas embora eles saibam que tu me enviaste, é preciso que tu, ó pai, os guardes na unidade. Para que o lobo não os disperse e devore um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste” (cf. João 17,1-11). Esta é a preocupação de Jesus: que permaneçamos unidos a Ele, assim como Ele permanece unido ao Pai. Que o lobo não nos devore!
Você, então, poderia me perguntar. “Padre, que tipo de lobo?”. A resposta é muito simples: o lobo que pode me devorar, talvez não seja o mesmo que possa devorar você. Cada um tem o seu vício, seu hábito, sua dificuldade e seu problema, os quais se tornam “pecados de estimação”. São como pedra no sapato, “vira e mexe” nos põem para baixo, semeando desordem, distúrbio, desunião, confusão, separação, divórcios e tantos outros males em nosso coração.
É esse o “lobo” do qual Jesus quer nos livrar na oração que dirige ao Pai no Evangelho de hoje.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 22/05/2012

Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças por tua Criação e todos os seres que com muito amor colocaste perto de nós na jornada sobre esta terra encantada. Faze-nos, Pai amado, testemunhas de tua presença criadora, cuidando sem discriminações de todos os irmãos. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/05/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, para alcançarmos a vida eterna, nós Te pedimos: que conheçamos a Ti, nosso Único Deus, e a Jesus, o Cristo, teu Filho Unigênito que enviaste e Se fez nosso irmão. Abre o nosso coração, querido Pai, para que acolhamos com ternura e gratidão, esses sagrados Mistérios de Amor, anunciando-Os aos irmãos da caminhada. Pelo mesmo Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.

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