ANO C

Jo 17,1-11a
Comentário do
Evangelho
Oração da unidade
O evangelista João, em conclusão ao longo diálogo
entre Jesus e seus discípulos, na última ceia, apresenta a sublime oração da
unidade, dirigida por Jesus ao Pai. A glória do Pai, na terra, foi a realização
da obra de Jesus, que é a comunicação da vida eterna, alcançada na vida de
amor, em comunhão com o próximo e com Jesus. Com sua dedicação e empenho em
promover a vida dos marginalizados e carentes, Jesus revela que a vontade do
Pai é que todos sejam um, sem as barreiras que separam a sociedade em ricos
privilegiados e excluídos espoliados e empobrecidos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, torna-me obediente e fiel a ti, a exemplo de
teu Filho Jesus, para que, como ele, eu também possa experimentar a glória que
vem de ti.
Fonte: Paulinas em 22/05/2012
Comentário do Evangelho
Oração de Jesus dirigida ao Pai.
Parte do discurso de despedida de Jesus, o capítulo
17 é comumente conhecido como a oração sacerdotal de Jesus. Próprio do
sacerdote é oferecer a Deus, pelo povo, sacrifícios e súplicas. O sacrifício
oferecido por Jesus é o da sua própria vida e as súplicas, ofereceu-as em favor
dos seus discípulos para permanecerem fiéis e não esmorecerem diante da
perseguição do mundo. Trata-se da parte final do discurso de despedida, que é
uma longa oração de Jesus dirigida ao Pai. Essa oração tem como ponto
fundamental a comunhão entre o Pai e o Filho: a obra que o Filho realiza tem
como finalidade manifestar a Glória de Deus, isto é, revelar o mistério de
Deus: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). Realizando a obra de amor, o Filho glorifica
o Pai e é glorificado por Ele, isto é, é revelado pelo Pai que o ressuscitou
dos mortos. Pela ressurreição chega-se a conhecer o que ele era antes da
criação do mundo (cf. Jo 1,1). Por essa comunhão, o Pai deu ao Filho o poder de
conceder a vida eterna. A vida eterna dada pelo Filho é comunhão com o Pai e
com aquele que Ele enviou, Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de
teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a segurança de quem se deixa
iluminar pela verdadeira luz.
Fonte: Paulinas em 03/06/2014
Vivendo a Palavra
Jesus assume claramente a sua função sacerdotal,
isto é, Ele veio para oferecer ao Pai a obra da Criação, Ele veio para tornar
tudo – universo e humanidade – sagrado. E aqui, presta contas do como
desempenhou essa função. Será que nós, seus seguidores, temos consciência de
que também temos tarefa igual?
Fonte: Arquidiocese BH em 22/05/2012
VIVENDO A PALAVRa
Ouvimos hoje a o início da belíssima ‘Oração
Sacerdotal de Jesus’. O capítulo 17 de João é um texto para ser meditado atenta
e demoradamente, um rio de água viva em que devemos mergulhar, encantados e
agradecidos, pois fala do Mistério da Encarnação do Verbo de Deus. Aqui, Jesus
se despede e anuncia aos discípulos a Vida Eterna no Pai.
Reflexão
Antes de partir para junto do Pai, Jesus reza por
todos nós e o Evangelho de São João registra essa oração que ficou conhecida
como Oração Sacerdotal de Jesus. Jesus inicia esta oração rezando por si mesmo,
uma vez que ele sabe que a paixão está chegando e que deve estar preparado para
sofrer. Em seguida, Jesus diz ao Pai que cumpriu a missão que lhe foi confiada,
de modo que o Nome de Deus foi manifestado aos homens sendo que sua mensagem
foi acolhida e muitos reconheceram-no como o enviado do Pai para, em seguida,
rezar por todos os que creram em suas palavras.
Reflexão
Na
“oração sacerdotal”, Jesus nos entrega seu testamento espiritual. Ele dá glória
ao Pai, cumprindo na terra a tarefa que o Pai lhe confiou. Dar glória é
manifestar o poder de Deus e seu infinito amor pela humanidade. Jesus está
consciente de ter cumprido integralmente a vontade do Pai. A todos abriu as
portas da vida eterna, que consiste em conhecer a ele, Jesus, e ao Pai. Jesus
se alegra porque as palavras do Pai foram acolhidas e os apóstolos acreditaram
que Jesus é o enviado do Pai. A oração de Jesus pede o olhar benévolo do Pai
sobre todos os fiéis presentes e futuros. Eles permanecem no campo de missão,
sujeitos a muitas adversidades, mas poderão contar com a perene presença de
Jesus que, terminada sua missão terrena, volta para o Pai.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o Evangelho
A ORAÇÃO DE JESUS
A oração de Jesus expressa sua consciência de ter
cumprido a sua missão. Estando próximo da morte, ele faz uma espécie de
prestação de contas ao Pai, da tarefa que lhe fora confiada. Não buscou os
caminhos mais fáceis, não selecionou o que lhe interessava, nem contentou-se em
cumprir sua missão pela metade. Por isso, está seguro de ter realizado, com
absoluta fidelidade, o querer do Pai.
A tarefa principal de Jesus consistiu em tornar
conhecido o Pai, manifestando o seu nome e o seu projeto de salvação para a
humanidade. Nisto consistiu a glorificação do Pai na Terra: em a humanidade
pecadora conhecer, por meio de Jesus, sua misericórdia e seu amor complacente.
Por sua vez, os seres humanos puderam, novamente, achegar-se ao Pai, por terem
sido liberados da escravidão do pecado. Em suma, a glória do Pai manifestou-se
na ação de Jesus.
A ação de Jesus estava também direcionada para quem
lhe fora confiado pelo Pai, e a quem devia conduzir à fé. O Filho de Deus foi
fiel em transmitir-lhes as palavras recebidas do Pai; protegeu-os contra as
ciladas do mundo; e os acolheu como presente do Pai: "Eles eram teus, e a
mim os destes".
Em sua oração, Jesus pede, insistentemente, pelos
discípulos. Ele bem sabe quanta força necessitarão para combater o mundo, e
vencê-lo. A vitória deles será uma espécie de glorificação do Pai. Mas só
vencerão esta peleja, se estiverem unidos ao Filho Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de oração, coloca em meus lábios palavras
de louvor ao Pai, pela força que ele me dá, para a missão que glorifica o seu
nome.
Fonte: Dom Total em 10/05/2016
Meditando o evangelho
A VERDADEIRA GLÓRIA
Jesus entendeu a hora de sua morte como o momento de sua glorificação
por parte do Pai. Humanamente falando, não é fácil de coadunar cruz e glória.
Isto por que os padrões mundanos de glória são incompatíveis com o sofrimento.
No pensar de Jesus, porém, a glorificação assumiu características peculiares.
Sua glória consistiu em ter levado a cabo a tarefa recebida do Pai, sem nada
omitir e sem deixar-se levar pelas próprias conveniências. Tudo realizou
visando tão somente a vontade do Pai e seu projeto. A cruz tornou-se o momento
de sua glorificação, porque nela ficava patente sua radical fidelidade ao Pai,
sem a mínima resistência. A cruz foi a prova maior do senhorio do Pai na vida
de Jesus. Por isso, nela Jesus foi glorificado.
Outra vertente da glória de Jesus situou-se no seu serviço incansável à
humanidade. Esse consistiu em levar as pessoas a guardarem as palavras do Pai e
a aderirem ao seu projeto. Pela ação de Jesus, elas foram introduzidas num
processo de fé e de acolhida da revelação de Deus. O Mestre bem sabia não se
ter poupado, em se tratando de servir. Eis um motivo de glória!
A glória do discípulo precisa se espelhar na glória do mestre. Ela virá
na medida em que se for capaz de realizar, sem hesitação, a vontade do Pai, de
modo especial, na hora da provação. A isso se acrescente o serviço gratuito e
generoso ao próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, seguindo o teu exemplo, desejo buscar
a glória que consiste em entregar-me totalmente ao Pai e por-me a serviço dos
irmãos.
COMENTÁRIOS
DO EVANGELHO
1. "A Vida Eterna já nos foi
dada..."
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Se pudéssemos fazer um gráfico comparativo entre
os evangelhos sinóticos e o de João, iríamos perceber que nos sinóticos, na
medida em que vai chegando a paixão e morte de Jesus, a linha do gráfico vai
decaindo, tudo começou tão bem, atingiu o auge mas agora o Messianismo de Jesus
parece que está acabando em nada, e a linha vai chegar no zero.
No evangelho Joanino tudo é diferente, e na
medida em que se aproxima a paixão e a morte do Senhor, a linha do gráfico vai
subindo de forma ascendente atingindo o ponto mais alto, o cume do messianismo:
Jesus é Deus verdadeiramente! Por isso a palavra "Glorificação" é
importante e só nesse evangelho aparece meia dúzia de vezes... Mas essa
glorificação deve ser bem entendida, senão fica parecendo, na nossa linguagem
humana, uma rasgação de elogio e jogação de confete entre o Pai e o Filho,
quando na verdade o que está em jogo é a vida e o destino de toda humanidade.
A glorificação de Jesus significa a total
restauração do Ser humano, Jesus não só resgata o homem para o paraíso, ele o
coloca em um trono e o homem, doravante, fará parte da Divindade Trinitária, o
homem deixa o caos desordenado do pecado e passa á luz da Graça de Deus, ou
seja, em Jesus, o Homem Novo, Deus renova toda a humanidade e a sua glória se
irradia em cada ser humano.
Por isso que a glorificação de Jesus têm
continuidade nos seus discípulos, pois assim como Jesus e o Pai formavam uma
unidade perfeita, agora em Jesus, o homem começa a participar dessa unidade. A
obra de Jesus foi terminada, o elo entre Deus e o Homem foi refeito, e a Vida
de comunhão com Deus tornou-se uma realidade. Eliminada essa distância que havia
entre Deus e o homem, na Teologia Joanina a Vida Eterna já foi dada a cada ser
humano.
Precisamente esta Vida Eterna presente em nós na
Graça Santificante e Operante, é que dá um novo significado á nossa existência
naquilo que somos e fazemos, no que falamos e pensamos, em tudo isso
resplandece á Luz Divina e assim, Jesus e o Pai são glorificados.
A oração de Jesus, chamada nesse capítulo 17, de
Oração sacerdotal, é a oração que pede, mas ao mesmo tempo que se propõe a
fazer, aquilo que pediu ao Pai. Jesus pede que nenhum dos que o Pai deu a ele,
se percam, mas para que a oração seja atendida, Jesus irá dar o precioso dom da
sua Vida, deixando-se imolar, pagando assim um alto preço para nossa renovação
e total restauração.
A oração de Jesus é no sentido de que esse novo
homem agora seja forte e não caia mais nas seduções do "mundo" do mal
como ocorrera com nossos primeiros pais. Jesus, o homem novo, pressionado pelas
forças do mal, quando estava no mundo, as derrotou com a morte na cruz, agora a
pressão do mal será sobre os discípulos, que tem em Jesus essa mesma força,
capaz de superar todo o mal e assim sacramentar a vitória de Jesus tornando-a
definitiva.
2. ORAÇÃO DA UNIDADE
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese
Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O capítulo 17 do Evangelho de João contém a bela
oração da unidade, de Jesus ao Pai, concluindo o longo diálogo com os
discípulos após a última ceia. A glória do Pai, na terra, foi a realização da
obra de Jesus, comunicando vida eterna aos discípulos que acolheram e guardaram
a palavra do Pai e creram que Jesus é o seu enviado. Jesus roga pelos
discípulos que não têm mais a presença dele no mundo. E é glorificado naqueles
que testemunham o amor e dão continuidade à missão libertadora e vivificante
que glorifica o Pai.
Fonte: NPD Brasil em 02/05/2012
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Pai, chegou a hora...
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’,
Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus reza pelos seus discípulos. Ele reza por aqueles que o Pai
lhe deu. Jesus reza pelos seus que ainda estão no mundo, mas não pertencem ao
mundo. Eles optaram por Jesus e não pelo príncipe deste mundo, que é o demônio
e que eles devem enfrentar. Não são duas forças iguais que se combatem. São
opções livres que se chocam. Há uma opção pela verdade e uma opção pela
mentira, opção pela unidade e opção pela divisão. O demônio divide. Os que
optaram por Jesus, unem. Na Trindade, o Espírito Santo é o Amor que une o Pai e
o Filho. Não é uma simples manifestação de afeto. É uma pessoa, a Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
maio 22nd, 2012
Jesus sabia que Sua hora havia chegado. Assim
sendo, não quis deixar Seus discípulos dispersos e desunidos. Sabendo também da
força e do poder do “encardido”, Ele, por Seu amor e fidelidade, dá
glória ao Pai.
Cristo apresenta a Deus a oração mais sublime de
unidade na comunhão do amor. Ele pede que Seu Pai revele e exalte, na natureza
pecadora do homem, a natureza divina do Filho que é o próprio Jesus: “Revela a natureza divina do teu Filho a
fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho
autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos
os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a Ti, que és o
único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo”
(cf. Jo 17,17).
Nessa oração, Jesus coloca em destaque, primeiro,
Sua glória conjunta com o Pai. Ao mesmo tempo, nos faz saber que a obediência,
na realização da vontade divina, constitui a maior glória do Pai na Terra. Por
isso, terminando Sua missão, diz: “Eu
mostrei quem tu és para aqueles que tirastes do mundo e me deste. Eles eram
teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem
que tudo o que me tens dado vem de ti”.
“Mas embora eles saibam que tu me enviaste, é
preciso que tu, ó pai, os guardes na unidade. Para que o lobo não os disperse e
devore um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por
aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu
é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste” (cf.
João 17,1-11). Esta é a
preocupação de Jesus: que permaneçamos unidos a Ele, assim como Ele permanece
unido ao Pai. Que o lobo não nos devore!
Você, então, poderia me perguntar. “Padre, que
tipo de lobo?”. A resposta é muito simples: o lobo que pode me devorar, talvez
não seja o mesmo que possa devorar você. Cada um tem o seu vício, seu hábito,
sua dificuldade e seu problema, os quais se tornam “pecados de estimação”. São
como pedra no sapato, “vira e mexe” nos põem para baixo, semeando desordem,
distúrbio, desunião, confusão, separação, divórcios e tantos outros males em
nosso coração.
É esse o “lobo” do qual Jesus quer nos livrar na
oração que dirige ao Pai no Evangelho de hoje.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 22/05/2012
Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças por tua Criação e
todos os seres que com muito amor colocaste perto de nós na jornada sobre esta
terra encantada. Faze-nos, Pai amado, testemunhas de tua presença criadora,
cuidando sem discriminações de todos os irmãos. Por Jesus, teu Filho e nosso
Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/05/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, para alcançarmos a vida eterna, nós
Te pedimos: que conheçamos a Ti, nosso Único Deus, e a Jesus, o Cristo, teu
Filho Unigênito que enviaste e Se fez nosso irmão. Abre o nosso coração,
querido Pai, para que acolhamos com ternura e gratidão, esses sagrados
Mistérios de Amor, anunciando-Os aos irmãos da caminhada. Pelo mesmo Jesus
Cristo, na unidade do Espírito Santo.

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