ANO C

Jo 6,16-21
Comentário
do Evangelho
Manifestação da divindade de Jesus
Com algumas variantes, o relato também é comum
aos evangelhos sinóticos (Mt 14,22-34; Mc 6,45-51; Lc 8,22-25). À exceção de
Lucas, nos outros dois sinóticos, como em João, o episódio de Jesus caminhando
sobre o mar também segue o relato da multiplicação dos pães. Os elementos
simbólicos presentes no texto são o meio de transmitir a mensagem. No universo
simbólico, mar e noite apontam para a realidade da morte. O mar, na verdade um
lago duzentos metros abaixo do nível do mar, era agitado pelo vento, que formava
ondas. Jesus ainda não estava com eles; Jesus é visto por eles caminhando sobre
as águas. Em Jó 9,8, nós lemos: “... ele sozinho estende o céu e caminha sobre
o dorso das águas”. Jesus manifesta seu poder divino caminhando sobre as águas.
Ele, que é a luz do mundo (Jo 8,12), ilumina a vida dos discípulos, para
arrancá-los do medo que imobiliza e distorce a visão: “Sou eu. Não tenhais
medo” (6,20). A afirmação de Jesus nos remete ao livro do Êxodo 3,14: “Assim
dirás aos israelitas: ‘Eu sou’ me enviou a vós”. O relato pode ser
caracterizado como sendo uma epifania em que é revelada a divindade de Jesus.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, em meio às tempestades, faze-me compreender
que o Ressuscitado caminha comigo, incentivando-me a não temer e a permanecer
firme no rumo traçado por ele.
Fonte: Paulinas em 13/04/2013
Vivendo a Palavra
O Mestre mostra a seus discípulos que as águas
agitadas do mar não conseguem impedir que Ele esteja junto deles. Assim nós
podemos compreender este sinal: Jesus, como prometeu, estará sempre presente
junto à sua Igreja, que segue, entre as turbulências da vida, para a morada
definitiva no Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/04/2013
VIVENDO A PALAVRA
O Mestre mostra a seus discípulos que as águas
agitadas do mar não conseguem impedir que Ele esteja junto deles. Assim nós
podemos compreender este sinal: Jesus, como prometeu, estará sempre presente
junto à sua Igreja, que segue, entre as turbulências da vida, para a morada
definitiva no Reino de Deus.
Reflexão
Nós podemos nos encontrar com Jesus nas situações
e nos momentos em que menos esperamos que isso possa acontecer e, quando isso
acontece, podemos nos assustar e até mesmo nos sentir assombrados, com muito
medo. Mas a nossa postura deve ser justamente o contrário disso tudo. Quando
encontramos Jesus, ele sempre nos mostra algo de concreto para as nossas vidas
e para onde devemos chegar, nos revela alguma coisa que nos ajuda na superação
das dificuldades que encontramos, ele nos mostra que o seu amor e a sua
presença não são algo abstrato nas nossas vidas, mas que a sua presença é
sempre amor concreto de Deus, força de superação e conquista do novo que nos
revela o Reino definitivo.
Fonte: CNBB em 13/04/2013
Reflexão
O breve texto bíblico nos mostra que as
primeiras comunidades cristãs tiveram dificuldades para reconhecer Jesus
ressuscitado. O mar agitado indica as tribulações que os missionários
enfrentam. Para aumentar o medo e a insegurança dos discípulos, vem a noite,
que representa a ausência do Mestre. Jesus não os abandona; deixa-os sozinhos
durante quase todo o trajeto, para exercitá-los na fé. Jesus vai até eles
caminhando sobre o mar. Só Deus pode fazer isso. Jesus é senhor da natureza.
Aqui se manifesta a divindade de Jesus. Ao dizer “Sou eu”, Jesus se identifica
com o Deus libertador, que nunca abandonou o povo de Israel. Sem a presença de
Jesus e sem a sólida fé dos missionários, qualquer missão está fadada a
fracassar.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz
Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
COM JESUS NAS TEMPESTADES
A adesão ao Ressuscitado comporta tremendos desafios para os que
escolhem o caminho do discipulado cristão. Engana-se quem pretende
transformá-lo num oásis de paz e de tranqüilidade, livre de tribulações. A cena
evangélica indica-nos como enfrentar as tempestades da vida.
Os discípulos põem-se a atravessar o mar da Galiléia, numa pequena
barca, rumo a Cafarnaum. Dois detalhes: já era noite e não estava com eles o
Senhor. A forte ventania e a agitação do mar fazia-os correr o risco de afundar.
Tudo mudou quando se deram conta de não estarem sozinhos. Com eles
estava o Senhor, exortando-os a não entregar os pontos. A meta devia ser
alcançada!
Os discípulos de todos os tempos fazem semelhante experiência. O testemunho de
sua fé no Ressuscitado coloca-os muitas vezes em situações aparentemente sem
solução. São tempestades das mais variadas formas: perseguição, martírio,
indiferença, marginalização, expulsão, calúnias etc. É como se entrassem numa
pavorosa escuridão, com o risco de desviar-se do rumo estabelecido pelo Senhor.
Nestas circunstâncias, mais do que nunca, é preciso dar-se conta da
presença do Ressuscitado a incentivá-los a continuar, sem esmorecer. Ele é um
companheiro fiel!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor
em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a
cada mês)
Oração
Pai, em meio às tempestades, faze-me compreender que o Ressuscitado
caminha comigo, incentivando-me a não temer e a permanecer firme no rumo
traçado por ele.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. RECONHECENDO O SENHOR
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O processo de reconhecimento de Jesus
Ressuscitado foi acontecendo em meio a fadigas e dificuldades que a comunidade
encontrava em seu caminho de fé. Ao professar a fé no Ressuscitado, os cristãos
viam-se questionados de várias formas. O fato mesmo de fazer a salvação
depender de quem fora crucificado deixara-os em crise.
Segundo a mentalidade da época, quem morria na
cruz, era tido como um amaldiçoado por Deus. Com Jesus teria sido diferente? Ou
será que, de fato, Deus o resgatara da morte, restituindo-lhe a vida, de modo a
estar sempre junto dos seus? Essas e outras dúvidas persistiam na comunidade de
fé, exigindo uma resposta.
A experiência no lago, por ocasião de uma
travessia, revela a situação da comunidade. A escuridão da noite, a força do
vento e a agitação do mar impediam os discípulos de perceber Jesus se aproximando.
Sua figura perdia-se na nebulosidade. Os discípulos tiveram certa dificuldade
para superar a situação. Por sua vez, o Mestre os exortou a não temer, pois ele
mesmo estava ali, junto deles. "Sou eu; não tenham medo!"-
assegurou-lhes, chamando-os à realidade. A certeza desta presença
descortinou-lhes um novo horizonte de segurança e de tranqüilidade.
A comunidade de fé reconhece o Ressuscitado, em
meio às adversidades da vida. Importa não se deixar abater, pois ele está no
meio de nós.
Oração
Espírito de lucidez dissipa as trevas que me
impedem de reconhecer a presença do Ressuscitado, junto de mim e da comunidade.
Fonte: NPD Brasil em 13/04/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Coragem,
sou Eu.
(O comentário
do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia
Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O evangelho tem como contexto a situação das comunidades no
primeiro século do cristianismo e que refletem também os primeiros tempos dos
discípulos, após a ascensão do Senhor. O medo e a insegurança deles era por
causa do acontecimento que desencadeou toda aquela caminhada, a vida de Jesus
de Nazaré, seus ensinamentos, suas obras prodigiosas, mas que no final
resultaram em fracasso com a morte na cruz. Se antes, caminhando com ele, a
história acabou tão mal, agora o risco de um novo fracasso era ainda maior pois
Jesus não estava mais com eles...
Os cristãos do primeiro século olhavam á sua volta e não viam
nenhuma perspectiva de que o cristianismo fosse dar certo, de um lado o Império
Romano, a cultura grega que exaltava o conhecimento, de outro o Judaísmo e suas
raízes. Que futuro teria a comunidade dos seguidores de Jesus de Nazaré?
Hoje se sabe que o cristianismo está entre as maiores religiões
do mundo, mas a sociedade não reflete essa realidade, ao contrário, parece que
tudo contraria o evangelho e os cristãos veem as forças dom mal se fazerem
presentes até nas comunidades. Divisões, discórdias, escândalos, cristãos que desistem
de viver a Fé e fracassam em sua caminhada. A impressão é que as forças do mal
imperam na humanidade e querem engolir a Igreja.
O que pode um frágil barquinho a mercê de ventos fortes e ondas
gigantes? O que pode a Igreja de Cristo fazer para mudar os rumos da
humanidade? O Evangelho terá poder e força suficiente para reverter esse quadro
de tenebrosa escuridão que nossos olhos contemplam?
São inquietações que afligem o coração de todos os discípulos.
Entretanto, quando parece que a barca vai a deriva, os homens e mulheres de Fé
vislumbram, nos momentos mais críticos, algo que supera todo mal, Jesus
acompanha a barca, e tem sob os pés as Forças do Mal, isso é, há bem lá na
frente um porto seguro onde a Barca vai chegar. Quando pensamos nessa realidade
nova, perceptível á luz da Fé, sentimos medo mais o Senhor nos tranquiliza
"Coragem, sou eu, não temais".
Jesus é o Senhor da História, não é alguém que influenciou a
história no passado e que agora deve ser sempre lembrado por seu exemplo, como
fazemos com nossos homens ilustres, Jesus está vivo, está vivendo com a Igreja
cada momento de sua história, está atento e atuante nas comunidades cristãs,
aponta novos rumos e direção a ser seguido, para se chegar á outra margem....E
as comunidades de João, com sua Fé e testemunho de Vida, passaram incólumes
pelas Forças Tenebrosas do Mal e chegaram até nós, com o mesmo evangelho, o
mesmo anúncio. Essa é a prova inequívoca da presença de Jesus em nossa Igreja,
são dois milênios de caminhada. O mar não é sereno, nem nunca será, mas as
ondas revoltas e a ventania nada podem contra a Igreja, porque Jesus navega
conosco...
2. O
mar estava agitado
(O comentário
do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia
2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Os discípulos tinham saído do lugar onde estavam e se dirigiam
para Cafarnaum. No meio do vento forte e do mar agitado, eles avistam Jesus,
que se aproxima do barco andando sobre as águas. Algo extraordinário, nada
normal para um corpo que tem peso e afunda na água pelas leis da gravidade. O
corpo de Jesus está mais leve do que as águas? Pode flutuar? Ou a sua mente tem
poder de fazê-lo levitar? Parece que não houve tempo de Jesus entrar no barco,
porque logo chegaram à terra firme. Ouviram, porém, uma palavra de Jesus, que
continua ressoando em nossos ouvidos: “Sou eu. Não tenham medo”. Não precisamos
compreender tudo. Basta saber que é ele e que está por perto. O vento é forte,
o mar está agitado? Não estamos sozinhos. Aquele que pode suspender as leis da
natureza nos diz para não termos medo. Não precisamos ter medo de nada.
Precisamos, isso sim,estar atentos, ser previdentes, usar dos recursos da
inteligência. Sem superstições, não temos medo de nada que faz parte da
natureza. Podemos ter medo das pessoas, porque são livres e inteligentes. Podem
organizar o mal e seguir adiante, sem se preocupar com as suas vítimas. Matam o
corpo, mas não tiram a vida, que está segura nas mãos de Deus.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
abril 13th, 2013
Para interpretar com fidelidade a passagem de
hoje, temos de usar o simbolismo, pois sem ele a narrativa parece ser um
sucesso normal em que um homem se revela com poder especial sobre a natureza.
Em primeiro lugar, Jesus deixa Seus apóstolos sozinhos, à noite, no meio do
mar, o qual, por seu estado de turbulência, aparece como representante do mal,
dominado pelo maligno. A barca, com tudo o que na hora representava o Reino,
era, realmente, uma pequena semente de mostarda. Sem Jesus, o vento contrário a
domina e a impede de chegar a seu destino. Não adianta o esforço dos remos,
porque a vela, com o vento contrário, não pode ser usada. E esse vento não
é humano.
Aparentemente, os discípulos estavam sós. Mas, na
realidade, Jesus estava ali seguindo-os de muito próximo. Para eles, Jesus,
como a visão do espectro, como alguém saído das profundezas do mar, era um
espírito maligno que os atormentava e produzia o vento furioso que impedia seu
avanço. Somente as palavras do Mestre amigo logram acalmar os nervos e aportam
a tranquilidade e o sossego necessários. Era Ele o amigo mais do que o Mestre,
o forte no momento da fragilidade; Ele, e unicamente Ele, traria a solução do
problema que os afligia.
Pedro, uma vez mais, mostra-se impetuoso e mais
confiante do que seus companheiros. Não só reconhece o Mestre, mas quer
participar desse poder de estar acima do mal, representado pelas águas
turbulentas do mar. Ele sabe que o poder de Jesus não é unicamente
pessoal, mas atinge igualmente seus mais íntimos amigos e reconhece, na
prática, o que ele [Pedro] dirá mais tarde: “Em Ti unicamente eu confio, pois
cremos e reconhecemos que Tu és o Santo do Deus!”, que melhor podemos traduzir
por o “Ungido de Deus”.
Porém, sempre existe a dúvida e a indecisão após
tomar uma atitude valente e corajosa. O vento, o mar agitado, abalam a fé e a
confiança de Pedro. E unicamente a resposta de Jesus, ante a súplica angustiada
do apóstolo, restabelece a situação e salva o discípulo. A oração de Pedro é o
grito que deverá salvar muitas vidas do fracasso total: “Senhor, salva-me!”
Nela, encontramos a força que nos falta e a fé que procuramos.
O trecho de hoje está escrito precisamente para
demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com Suas
palavras e Seu proceder, diante das leis e costumes tradicionais e perante às
leis físicas da natureza, revelam Seu domínio absoluto sobre as crenças e Seu
senhorio total como de Criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de
modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no
barco: “Verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus!”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 13/04/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a firmeza que deste a Estêvão,
para que nós, a tua Igreja, testemunhemos ao mundo, cheios de gratidão, a
certeza que temos de tua Presença amorosa e protetora. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/04/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a firmeza que deste a
Estêvão, para que nós, a tua Igreja de hoje, testemunhemos ao mundo, cheios de
gratidão e entusiasmo, a certeza que temos de tua Presença amorosa e protetora
junto a nós, teus filhos muito amados. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez
nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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