sábado, 12 de outubro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/10/2013

12 de Outubro de 2013

Ano C


Jo 2,1-11

Comentário do Evangelho

A Mãe de Jesus, símbolo da Igreja que espera.

Hoje é festa da padroeira maior do Brasil: N. Sra. da Conceição Aparecida. Ela, modelo de todo discípulo, intercede junto a Deus por todos nós para que sejamos, como ela, ouvintes da Palavra.
O texto das “Bodas de Caná” mostra o primeiro sinal que Jesus realiza, no evangelho segundo João. Dizer que é o primeiro ou o início dos sinais significa dizer que ele é o fundamento de todos os demais: “Manifestou sua glória, e os seus discípulos creram nele” (v. 11), isto é, revelou o que ele efetivamente é: o Messias. Os sinais que Jesus realiza se relacionam à fé dos discípulos. O sinal, sendo por natureza ambíguo, necessita ser bem interpretado e discernido. Oferecendo, das próprias talhas de purificação, o vinho novo da salvação, Jesus inaugura um novo tempo em que já não se está mais sobre o regime da Lei, mas sob o da graça, conforme está no Prólogo: “Da sua plenitude nós recebemos graça no lugar de graça” (Jo 1,16).
A festa de casamento é, para a tradição bíblica, símbolo do Reino de Deus, do amor do Senhor por seu povo. A mãe de Jesus, chamada de “mulher” no relato, é símbolo da Igreja que espera, suplica e vê realizada a salvação, em Jesus. As Bodas de Caná têm um valor simbólico: é símbolo da união do Messias com sua Igreja.
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, que o testemunho de Maria cale fundo no meu coração, transformando-me em perfeito discípulo de Jesus. E que eu possa conduzir muitas outras pessoas a crerem em teu Filho.

Vivendo a Palavra

«Façam o que Ele mandar.» É o recado de Maria para a Igreja de todos os tempos. Nada de aprofundamentos teológicos ou filosóficos. São poucas as palavras, mas dizem tudo que precisamos para viver, já nesta terra, os primeiros sinais do Reino do Céu – onde um dia estaremos plenamente nos braços do Pai Misericordioso.

Reflexão

Jesus veio ao mundo para trazer a Boa Nova do Reino de Deus e firmar a Nova e eterna Aliança entre Deus e os homens através do mistério pascal. Assim, a água da purificação dos judeus, sinal do Antigo Testamento que está para terminar, será substituída pelo vinho da Nova Aliança que alegra os nossos corações e nos trás a salvação. E isso acontece numa festa de casamento, sinal das núpcias do Cordeiro e prefiguração da Igreja como esposa de Cristo. E o início de tudo foi a ação de Maria, que pede o milagre a Jesus, mas que com sua adesão ao projeto de Deus, abriu caminho para o início do Novo Testamento.

Meditação


Você pode dizer que Maria “guia seus passos?” Como? - Que lugar ocupa a devoção a Maria em sua vida? - Que tipo de devoção a Maria mais lhe agrada? - Você sabe transformar a “água da vida” em “vinho novo?” - Você sabe ter sempre uma boa palavra e dar um bom testemunho de vida sempre?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/evangelho-do-dia/12/10/2013
 REFLEXÕES DE HOJE

12 DE OUTUBRO - SÁBADO

Liturgia comentada

E a mãe de Jesus estava lá... (Jo 2,1-11)
E se Maria de Nazaré não fosse até Caná para o casamento de Natanael? Quem teria impelido Jesus ao seu primeiro milagre? Quem teria proposto o ato de fé?
Eis o que escreve Mons. Claude Rault, Bispo do Saara marroquino, em seu livro “Jésus, l’Homme de la reencontre”:
“As bodas de Caná, em sua simplicidade, nos revelam qual é o lugar de Maria na vida do discípulo. E não é um papel de segundo plano que Deus lhe atribuiu na história dos homens. É fácil ver que ela tem um lugar à parte, um lugar onde ela está, simultaneamente, cheia de iniciativa e de humildade.
Maria é aquela que “põe no mundo”. Ela pôs Jesus no mundo uma segunda vez ao lançá-lo em sua vida pública. Por sua palavra – “Fazei tudo o que ele vos disser!” -, Maria pôs no mundo os discípulos, em sua tarefa de servidores da Nova Aliança. Esta palavra os “gerou” para o serviço.
Em minha vida de discípulo, ela é aquela que me põe em presença de Jesus. Ela me gestou para minha vocação de servidor da alegria simbolizada pela abundância do vinho. A seguir, ela se apaga. Acolher a Maria em minha casa é acolher a nova Mãe, a mãe dos viventes, como imagem da Igreja. Uma Igreja na qual eu não sou apenas servidor, mas irmão.”
Esta compreensão a respeito de Maria como imagem e espelho da Igreja – aquela que a Igreja deve contemplar para aprender a viver centrada unicamente em Jesus Cristo – parece-me suficiente para estender pontes em direção a outras Igrejas cristãs. Fica evidente que nós, católicos, não usamos a Mãe de Deus como substituta do Salvador, mas a vemos como aquela que mais nos aproxima dele.
A frase (uma só!) que ela pronuncia em Caná orienta nossa missão de servir. Assim, Claude Rault conclui: “A Igreja só pode ser uma reunião sem fronteiras, uma comunhão fraternal em Jesus, uma assembleia da Aliança. Jesus sempre recusou ver sua Igreja, sua Comunidade, ao modo de outros grupos humanos. No seio do grupo dos discípulos, ele sempre se viu como ‘irmão servidor’. Isto se verá por ocasião de seu último gesto de lhes lavar os pés”.
Nas Bodas de Caná – imagem do casamento definitivo de Deus com a humanidade – todos se põem a serviço, prontos a obedecer. E o fazem sem reservas, como os serventes que enchem as talhas de pedra: até as bordas!
Orai sem cessar: “Com alegria tirareis água nas fontes da salvação!” (Is 12,3)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Renove a sua consagração a Nossa Senhora Aparecida
Queria, hoje, convidar você a renovar a sua consagração, a sua entrega, a sua pertença a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Viva Nossa Senhora Aparecida! Hoje, o nosso querido Brasil, e os brasileiros de qualquer lugar do mundo, acordam com o coração em festa, com o coração vibrando. Celebrando aquela que é nossa Rainha, a nossa Padroeira.
Queria, hoje, convidar você a renovar a sua consagração, a sua entrega, a sua pertença a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Que gesto profundo de humildade e de devoção nos mostrou o nosso querido Papa Francisco, em sua visita recente ao Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude. Foi sua escolha pessoal vir até Aparecida (SP), se colocar aos pés da Mãe; renovar a sua consagração, a sua pertença àquela, que é a boa Mãe, àquela que cuidou de Jesus. 
Se o Papa veio de Roma para se consagrar, para se entregar a Nossa Senhora Aparecida, por que nós não faríamos o mesmo? Por que faríamos diferente? Às vezes, corremos para lá e para cá; há pessoas que passam pela Rodovia Dutra, de uma ponta a outra e nunca parou aos pés da Virgem Aparecida, para se consagrar a ela. Muitas vezes, na casa de nós brasileiros, não há nenhuma pequena imagem que demonstre o nosso amor, a nossa devoção e a nossa pertença àquela que é a nossa Rainha e Padroeira.
Se olharmos bem a nossa história recente, os três últimos Papas: João Paulo II, Bento XVI e nosso amado Francisco, fizeram questão de estar aos pés da Mãe Aparecida. Nós precisamos fazer o mesmo! Estou convidando você a entregar sua casa e sua família aos cuidados da Mãe. 
Nesses anos todos, desde que a imagem dela foi encontrada, no Rio Paraíba, por aqueles pobres pescadores; e por que não dizer: pobres pecadores também, a Mãe dos pescadores, a Mãe de todos nós, tem sido um sinal a nos apontar para a presença de Jesus no meio de nós. 
A Santíssima Virgem Maria não possui nenhuma glória para si, a glória de Maria é a glória do seu Filho Jesus; é ela quem nos diz no Evangelho de hoje: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Ela nos ensina o seu segredo mais precioso, mais bondoso, o segredo que a fez ser uma mulher plena de Deus: a obediência à Palavra do seu Filho Jesus, a obediência ao Pai Eterno, a submissão ao Espírito Santo. 
Que, hoje, a Mãe Aparecida nos mostre o caminho, nos mostre a direção, nos mostre que fora de Jesus não existe salvação. Que ela, no seu colo, nos pegue, nos lave, cuide de nós, das nossas feridas, dos nossos pecados e nos ajude a sermos bons discípulos de Jesus. 
Viva a Mãe de Jesus e nossa! Viva Nossa Senhora da Conceição Aparecida! 

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Jo 2,1-11- Em Caná - Festa de N.S. Aparecida



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que navegam pela web:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 2,1-11- O casamento em Caná.
Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia, e a mãe de Jesus estava ali. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
- O vinho acabou.
Jesus respondeu:
- Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora.
Então ela disse aos empregados:
- Façam o que ele mandar.
Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Jesus disse aos empregados:
- Encham de água estes potes.
E eles os encheram até a boca. Em seguida Jesus mandou:
- Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa.
E eles levaram. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo e disse:
- Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho.
Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galileia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele.

Jesus, sua mãe e seus discípulos participam de uma festa de casamento no povoado de Caná, na Galileia. O casamento reúne muitas pessoas.
É neste ambiente que Jesus faz o seu primeiro milagre. Por este sinal, diz o Evangelho, os discípulos crêem nele.
No Antigo Testamento, o matrimônio era símbolo do amor de Deus pela comunidade; era símbolo da união do Messias com a Igreja, como diz São Paulo: “Cristo amou a Igreja e deu a vida por ela” (Ef 5,25). O vinho é dom do amor e símbolo do Espírito. Acabar o vinho era um mal sinal. À preocupação de Maria – “O vinho acabou” -, Jesus dá uma resposta que parece uma repreensão – “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer”. Porém, passa a ideia de que não é preciso que Maria diga o que ele deve fazer. Maria acredita nele, por isso, diz aos empregados: “Façam o que ele mandar”. E assim foi feito. Os empregados, seguindo o conselho de Maria, obedecem a Jesus. Enchem os seis potes de pedra de água. Ao levar ao dirigente da festa um pouco da água destes potes, ela havia se transformado em vinho. Esta mudança da água em vinho simboliza a passagem da velha à nova economia. O vinho novo é melhor. Esta é missão de Maria: dar o vinho novo, Jesus,  à humanidade e levá-la até Ele.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
A cena de Caná ilustra ainda hoje o papel de Maria na Igreja: dar Jesus ao mundo e apresentar o mundo a Jesus. Hoje também, Maria nos diz como disse aos servos: “Façam o que ele mandar”. Quem vai a Jesus por indicação de Maria não fica decepcionado.
Em Aparecida, os bispos afirmaram: “Com os olhos postos em seus filhos e em suas necessidades, como em Caná da Galileia, Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem distinguir os discípulos de seu Filho. Indica, além do mais, qual é a pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, “sintam-se como em sua casa”. Cria comunhão e educa para um estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado. Em nossas comunidades, sua forte presença tem enriquecido e seguirá enriquecendo a dimensão materna da Igreja e sua atitude acolhedora, que a converte em “casa e escola da comunhão” e em espaço espiritual que prepara para a missão” (DAp 272).
É assim que assumo a Palavra de Deus?
 Também eu me distingo pelo “estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado”?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
 
Rezo, com os bispos em Aparecida:
“Louvamos ao Senhor Jesus pelo presente de sua Mãe Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da Igreja na América Latina e do Caribe, estrela da evangelização renovada, primeira discípula e grande missionária de nossos povos.” (DAp 25).
E cantamos com Pe. João Carlos:
 Estavas lá
Quando Deus o seu anjo enviou
De Isabel, o ventre abençoou
Tu, Maria, estavas lá!

Quando o idoso profeta Simeão
Avisou que chegara a salvação
Tu, Maria, estavas lá!

Estavas lá
Mãe do Senhor
Conosco estás
Ó Mãe do Amor.

Quando a água em vinho se tornou
E em Caná, Jesus se revelou
Tu, Maria, estavas lá!

Quando a cruz, o teu filho carregou
No calvário, o cordeiro se imolou
Tu, Maria, estavas lá!

Estavas lá
Mãe do Senhor
Conosco estás
Ó Mãe do Amor.

Quando o Espírito Santo de Deus
Como fogo a Igreja recebeu
Tu, Maria, estavas lá!

Quando a Igreja sofreu perseguição
E implorou por tua proteção
Tu, Maria, estavas lá!

Estavas lá
Mãe do Senhor
Conosco estás
Ó Mãe do Amor.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é como o de Maria voltado para as necessidades de meus irmãos e fixos em Jesus que é capaz de salvar a comunidade, a família, a Igreja de qualquer constrangimento, carência ou necessidade.

Bênção Bíblica
O Senhor nos abençoe e nos guarde! 
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós! 
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!’ (Nm 6,24-27
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos as virtudes da simplicidade de coração, da sobriedade de vida, da humildade e da compaixão - para construirmos uma comunidade de irmãos, a Igreja querida pelo Cristo Jesus, teu Filho que se tornou humano como nós e nos ensinou a convivência fraterna. Por Ele, Jesus Cristo, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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