terça-feira, 6 de janeiro de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 06/01/2015 a 12/01/2015

ANO B



6 de Janeiro de 2015

Mc 6,34-44

Comentário do Evangelho

Jesus ensina a multidão e a alimenta

- O Verbo encarnado é a manifestação do amor compassivo de Deus por toda a humanidade; nele podemos experimentar o cuidado de Deus para com todos. Nosso texto é o regresso dos Doze da missão para a qual foram enviados por Jesus. Jesus os convida a um lugar afastado, tranquilo, para poderem descansar e, quem sabe, partilhar os frutos e os desafios da missão. A tentativa frustrada é ocasião para ressaltar a compaixão de Jesus pela multidão que o procura sem medir esforços. A compaixão de Jesus pela multidão carente de um verdadeiro pastor se manifesta como um extasis, isto é, como um movimento de saída de si mesmo: Ele ensina a multidão e a alimenta. Daí que a compaixão não pode ser confundida com um sentimento de pena, incapaz de engajar alguém no compromisso com os seus semelhantes, sobretudo, com os que são excluídos. A compaixão, sendo fruto da ação do Espírito Santo, é dom de si aos demais. Jesus é o pastor prometido a Israel, pastor compassivo e misericordioso, cujo ensinamento e vida são o verdadeiro sustento espiritual do povo de Deus que Ele reúne em seu amor.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, preserva-me da cobiça e da ganância que me impedem de ser generoso com meu semelhante. E abre meu coração para a partilha e a misericórdia.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Jesus é o pastor segundo o coração de Deus, realizando assim a profecia de Jeremias, e é também o próprio Deus que vem apara apascentar o seu povo, conforme nos diz o profeta Ezequiel. Ele vem porque Deus tem compaixão do seu povo que está como ovelhas que não têm pastor. Jesus é o pastor que alimenta o rebanho com a palavra, ensinando-lhes muitas coisas, e com o alimento material, multiplicando os pães e os peixes. Como continuadores da missão pastoral de Jesus, devemos nós também dar a nossa contribuição para que o povo seja formado na fé, possa lutar pela superação da miséria e da fome, e tenha condições de conhecer e viver os valores do Reino de Deus.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

A PARTILHA SEM LIMITES

Um dos temas centrais da pregação e da vida de Jesus foi o da partilha. Sua vida definiu-se como partilha contínua da palavra e do poder que lhe fora confiado pelo Pai. Seu ensinamento consistia em comunicar aos ouvintes um tesouro de sabedoria, levando-os a superar uma visão estreita e deturpada da Palavra de Deus. E, ao operar milagres, partilha de vida, condividia, com as multidões, a força vivificadora recebida do Pai.
O milagre realizado em benefício de uma multidão faminta que o escutava, numa região deserta, foi uma lição de partilha. Os cinco pães e dois peixes eram uma porção insignificante de alimento para uma quantidade tão grande de gente. Quem os possuía, foi desafiado a colocá-los à disposição dos demais. Sem este gesto inicial de partilha, não teria havido milagre. O grupo dos discípulos de Jesus também foi desafiado a superar sua carência pessoal de alimento. E, assim, cada pessoa recebeu um pedaço de pão. Se algum pedaço de pão tivesse caído em mãos egoístas, aí o milagre deixaria de acontecer. O fato de serem cerca de cinco mil homens os que comeram e de ter sobrado doze cestos cheios de pedaços de pão e restos de peixe sublinha a infinita capacidade de partilha daquele grupo. Não importa a quantidade de alimento disponível, quando a capacidade de partilha é ilimitada. Problema é quando os bens deste mundo caem em mãos que não sabem partilhar.
Oração
Senhor, abre meu coração diante da fome de milhares de irmãos e irmãs necessitados, e dá-me a capacidade de partilhar do meu pouco.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante à nossa, sejamos interiormente transformados por ele. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


7 de Janeiro de 2015


Mc 6,45-52

Comentário do Evangelho

O Senhor vê e conhece as aflições do seu povo

Quem nunca se sentiu impotente diante do mal que impede a travessia? Nenhuma dificuldade, nenhuma aflição do ser humano passa sem que Deus a perceba e venha em nosso socorro. Ele vê e conhece as aflições do seu povo; o Senhor está atento e nossas súplicas não caem no vazio; é Ele quem nos liberta de toda escravidão (cf. Ex 3,7-9). O evangelho tem a sua linguagem própria para proclamar a fé cristã. Jesus se manifesta como o Salvador da humanidade. Para o homem bíblico, o mar é símbolo do mal e da morte. Jesus Cristo, pastor de Israel, é aquele que, como Deus, tem poder sobre o mal e a morte (cf. Sl 89,10). Diante de sua presença o mal e a morte não triunfam, nem a agitação e o medo dominam o coração do ser humano. A sua palavra (“Coragem! Sou eu!”) ilumina para ver com clareza e dá paz ao coração. A dureza do coração dos discípulos os impede de reconhecer que no episódio dos pães é oferecido a eles o alimento que fortalece para enfrentar as adversidades do tempo e da história.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, afasta de mim o medo e a insegurança que me impedem de testemunhar o Reino, onde se faz necessário e onde são maiores os desafios. E dá-me forças para continuar.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Jesus, ao caminhar sobre as águas, revela aos seus discípulos que é Deus, isso porque, segundo as Escrituras, somente Deus pode caminhar sobre o mar. Podemos ver isso no livro de Jó: "Sozinho ele estende os céus e caminha sobre as alturas dos mares" (Jó 9, 8) e no livro dos Salmos: "No mar abriste o teu caminho, tua passagem nas águas profundas, e ninguém conseguiu conhecer os teus rastros" (Sl 76, 20). A revelação da divindade de Jesus continua na mesma passagem quando ele fala aos discípulos: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo!", atribuindo para si o mesmo nome que Deus atribuiu a si na passagem da sarça ardente, quando revela o seu nome a Moisés.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

COMPANHEIRO DE LUTA

A vida humana é toda feita de luta. As circunstâncias podem variar, sendo mais leves ou mais pesadas. Nossa capacidade de enfrentar os problemas pode ser maior ou menor, dependendo do momento. As dimensões da luta também podem ser diferentes. Uma coisa, porém, é certa: não é possível eliminar as crises, as dificuldades e as provações.
Os discípulos remando penosamente, no meio do mar encapelado, são a imagem viva da realidade humana. Não há quem não experimente medo e insegurança, numa situação assim. O fim parece aproximar-se veloz. Parece impossível não sucumbir.
Existe, entretanto, uma dimensão da realidade humana que se revela pouco a pouco. Para além da tempestade, está Jesus orando e velando pela sorte de seus discípulos. Ele não é insensível à sorte de seus amigos, nem se compraz em assistir, impassível, a seu sofrimento, muito menos contemplá-los na iminência da morte. Nos momentos de provação, Jesus vai ao encontro deles, uma vez que é o dominador das forças que os atormentam.
A gravidade dos problemas enfrentados pelos cristãos leva-os, não raro, a se esquecerem da presença de Jesus junto de si. Só ele pode oferecer segurança, nos momentos de dificuldade, quando tudo parece ruir. Entretanto, é preciso cuidado para não nos agarrarmos a falsas imagens de Jesus, e sim, discernir bem, para descobrir o verdadeiro companheiro de luta.
Oração
Senhor Jesus, és meu companheiro nos momentos difíceis da vida; que eu te sinta sempre bem perto de mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra viver em perene paz e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz admirável que vimos despontar no povo da antiga aliança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


8 de Janeiro de 2015

Lc 4,14-22ª

Comentário do Evangelho

Jesus é o Ungido

Nosso texto é comumente conhecido como o discurso programático de Jesus. Toda a primeira parte do relato é dominada pela questão sobre a identidade de Jesus. Ela visa afirmar que Jesus é um verdadeiro profeta cuja palavra se realiza plenamente. O discurso inaugural na sinagoga, citando a profecia de Isaías, serve de critério para o leitor reconhecer, ao longo de todo o relato, Jesus como verdadeiro profeta. Em Jesus, o “hoje” da salvação se realiza, de modo que não é mais necessário esperar; entramos numa nova etapa da história da salvação, a saber, a da realização da promessa. Para a releitura cristã do Antigo Testamento, Jesus é o Ungido de que fala o profeta Isaías; ungido não com óleo, mas com o Espírito Santo para realizar uma missão, dada pelo Pai, que o enviou ao mundo. Essa missão, no entanto, é apresentada em continuidade com a tradição profética. Daí que o que importa, aqui, não é tanto a leitura do trecho de Isaías, mas a interpretação que Jesus faz dela.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Concedei-nos Senhor Deus a graça de acolher a libertação trazida por teu Filho, nosso Senhor. Amém.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Jesus é enviado por Deus, ungido e consagrado pelo Espírito Santo para a missão evangelizadora, que implica não somente na salvação da alma, mas na libertação integral da pessoa humana. Isso significa para nós que a missão da Igreja, que é continuadora da missão do próprio Cristo, não pode ser reduzida à dimensão espiritual da pessoa humana, mas deve levar em conta a pessoa humana como um todo, considerando todas as dimensões da existência humana. Sendo assim, todos os problemas relacionados à existência humana são de competência da Igreja e objetos da ação evangelizadora.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

UNGIDO DO SENHOR

A profecia de Isaías, lida na sinagoga de Nazaré, pode ser tomada como o discurso programático das atividades de Jesus e como expressão da consciência que ele tinha da sua vocação e missão.
A evocação do Ungido do Senhor aponta para a origem de Jesus e de sua missão. Seu messianismo tinha origem no Pai, de quem provinha uma tarefa precisa, a ser realizada em favor da humanidade. Foi ele Pai quem o constituiu Messias e lhe conferiu poderes para fazer o Reino acontecer na história humana.
O elenco de atividades do Messias anunciado pelo profeta corresponde ao conjunto das ações de Jesus. Tudo quando fez, consistiu em reavivar a esperança no coração dos pobres. Estes eram as principais vítimas do anti-Reino, por seu sistema de exclusão e de opressão. Por isso, o senhorio de Deus, experimentado por Jesus em sua própria vida, deveria ser estendido, em primeiro lugar, aos pobres. Pela ação de Jesus, os feridos pela injustiça seriam curados; os prisioneiros do pecado e do egoísmo recuperariam a liberdade, convertendo-se ao amor. A cegueira, que impede as pessoas de descobrirem os caminhos de Deus, seria superada. Aos massacrados pela opressão, seria proclamada a libertação. Enfim, para todos, seria oferecida a possibilidade de restaurar sua amizade com Deus. A atividade de Jesus, portanto, foi a realização das antigas profecias.
Oração
Senhor Jesus, que eu seja beneficiado por sua ação messiânica, e que o senhorio de Deus seja restaurado no meu coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a aurora do vosso dia eterno despontou sobre todas as nações. Concedei ao vosso povo conhecer a fulgurante glória do seu redentor e por ele chegar à luz que não se extingue. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


9 de Janeiro de 2015

Lc 5,12-16

Comentário do Evangelho

Estar diante de Jesus é estar diante de Deus

Ao longo de sua existência terrestre, Jesus foi comunicando às pessoas com quem se encontrava o dom da vida, despertando nelas a fé na vida e revelando o poder do qual ele foi revestido: amar quem quer que cruzasse o seu caminho. A cura do leproso dependia exclusivamente de Deus. A súplica do leproso, acompanhada do gesto de cair com o rosto em terra, é o reconhecimento da divindade de Jesus. Ele ouve a súplica daquele homem, como ouve todos os que imploram por ele; não se furta a socorrer não importa quem. A manifestação do desejo de Jesus – “quero, sê purificado” – corrige a distorção da imagem de Deus plasmada no imaginário dos seus contemporâneos e, infelizmente, também no imaginário do homem hodierno, de que Deus pune e castiga. Convenhamo-nos: “Deus não nos trata segundo as nossas faltas”. Como cabia ao sacerdote constatar a cura da lepra e reintegrar a pessoa no seio da comunidade, Jesus envia o leproso a ele. A motivação apresentada por Jesus é expressa nestes termos: “isso lhes servirá de testemunho”, isto é, de sinal de que a plenitude de Deus habita em Jesus. Estar diante de Jesus é estar diante de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que a oração me ajude a descobrir o verdadeiro sentido do serviço que presto ao Reino, de modo a coibir a tentação de ser contaminado pelo orgulho e pela soberba.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Uma das características fundamentais do evangelho de São Lucas é a apresentação da dimensão orante de Cristo. Muitas vezes, vemos que Jesus se afasta da multidão e procura lugares solitários com a finalidade de entregar-se à oração. Mas a oração de Jesus não é uma fuga da realidade ou um afastamento dos sofrimentos das pessoas. O encontro amoroso de Jesus com o Pai está sempre relacionado com o encontro amoroso que ele tem com as outras pessoas, principalmente com os que sofrem, como nos mostra o evangelho de hoje, que antes do seu encontro com Deus, ele se encontra com o leproso e o cura para que, cumprindo as exigências da lei, ele possa ser reintegrado na sociedade.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

O MESSIAS EM AÇÃO

A cura do leproso ilustra a ação do Messias Jesus, em conformidade com o discurso programático, proclamado na sinagoga de Nazaré. Este enfermo era a imagem viva da mais total pobreza. Excluído da convivência humana, perambulava errante, em busca de misericórdia. Sua imundície repugnante tornava irremediável sua exclusão.
A presença de Jesus na vida do leproso reverteu o quadro de sua situação. O Mestre não fugiu dele, temendo ser contaminado. Antes, permitiu ao homem aproximar-se. Este, num gesto de profunda humildade, prostrou-se diante de Jesus, com a face por terra, num gesto típico de adoração. Ao chamá-lo de Senhor, o leproso fez uma confissão de fé, reconhecendo Jesus como Messias de Deus.
Jesus fez um gesto inusitado, quando tocou o leproso para curá-lo, pois os leprosos jamais deveriam ser tocados, uma vez que transmitiam impureza. Com Jesus, porém, o processo foi inverso: não foi o leproso quem transmitiu impureza para Jesus, e sim, Jesus foi quem purificou o leproso, curando-o de sua enfermidade. Desta forma, a dignidade daquele homem foi restaurada, porque voltou a ser integrado no convívio social e religioso, como também, começou a partilhar da vida que o Reino anunciado por Jesus fazia jorrar para a humanidade. E, assim, a identidade messiânica de Jesus revelava-se e se tornava conhecida.
Oração
Senhor Jesus, faze-me reconhecer, em teus gestos de misericórdia, o Reino de Deus acontecendo na história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus todo-poderoso, que o Natal do Salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


10 de Janeiro de 2015

Jo 3,22-30

Comentário do Evangelho

A missão do Batista

Nosso texto é a sequência do diálogo de Jesus com Nicodemos, que é uma verdadeira catequese batismal. A notícia de que Jesus batizava e, mais adiante, a sua correctio, revelam uma disputa entre os discípulos de Jesus e os de João Batista. Talvez os discípulos de João não estivessem convencidos de que ele não era o Messias. Este trecho do evangelho tem dupla finalidade: dirimir um equívoco e esclarecer o específico da missão de João Batista em relação à de Jesus. Já no prólogo do evangelho se afirma que João não era a Luz, mas testemunho da Luz verdadeira. João Batista é consciente de sua missão de precursor e de testemunha; por isso, a atividade de Jesus e de seus discípulos não desperta em João nenhum ciúme ou inveja. Ao contrário, a presença de Cristo, o “noivo”, dá a João a alegria de contemplar a promessa feita ao longo de todo o Antigo Testamento sendo realizada. Com o surgimento da Luz verdadeira, o ministério de João Batista chega ao fim – é o que significa a afirmação “é necessário que ela cresça e eu diminua”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, faze-me consciente do papel que me compete no serviço ao Reino, e leva-me a estar todo voltado para ti e para teu Filho Jesus, a quem o Reino pertence.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

A missão de Jesus não significa uma oposição ou uma concorrência com a missão de João Batista, antes a sua continuidade e o seu complemento. Assim é que devemos compreender a Igreja de hoje como uma Igreja Ministerial, na qual os diferentes ministérios não significam uma oposição entre si ou uma concorrência entre eles, relevando uma hierarquia entre os diferentes ministérios da Igreja, mas sim uma continuidade da missão do próprio Cristo e como realidades que se complementam na única e permanente missão da Igreja que é a evangelização, e isso só é possível quando buscamos criar uma verdadeira comunhão dentro da Igreja, como havia entre Jesus e João Batista.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

ELE DEVE CRESCER

Os discípulos de João Batista interpretaram a atividade messiânica de Jesus como sendo uma espécie de concorrência ao Mestre. É como se Jesus estivesse usurpando algo próprio de João Batista e ocupando o lugar dele.
Coube a João Batista desfazer este mal-entendido e explicitar a relação entre ele e Jesus. O Batista jamais se apresentara como sendo o Messias. Sua missão consistia apenas em ser o Precursor dele. Sua relação com o Messias Jesus era comparada à do amigo com o esposo. Alegrava-se com a presença do esposo; dava-se por satisfeito sabendo que o Messias anunciado estava em ação e era bem aceito pelo povo.
João Batista partia do pressuposto de que era hora de o Messias Jesus crescer e manifestar-se, o mais amplamente possível. Quanto a ele, João, podia dar por concluída sua tarefa e, portanto, cair no esquecimento. Esta decisão não lhe causava ressentimentos, porque tinha consciência de ter cumprido a sua missão.
A humildade de João Batista encontrou correspondência na humildade de Jesus. Toda a sua ação apontaria para o Pai e visaria fazer o Reino de Deus resplandecer na História.
Oração
Senhor Jesus, que eu aprenda, com João Batista, a ser teu humilde servidor e do Reino anunciado por ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, pelo vosso filho nos fizestes nova criatura pra vós. Dai-nos, pela vossa graça, participar da divindade daquele que uniu a vós a nossa humanidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


11 de Janeiro de 2015

Mc 1,7-11

Comentário do Evangelho

Senhor se deixa encontrar e está próximo

A solenidade do batismo do Senhor é a primeira solenidade do Senhor do tempo comum. O gênero literário do relato é a “visão interpretativa”, em que a voz interpreta a visão, isto é, o céu aberto e a descida do Espírito Santo sobre Jesus. A finalidade do relato é afirmar, desde o início do evangelho, a identidade e a missão de Jesus. Por esse motivo, seria melhor, caso seja indispensável um título para o relato, nomeá-lo como “a investidura messiânica de Jesus”. O trecho do livro do profeta Isaías aponta as disposições necessárias requeridas por Deus para o seu povo: buscar e invocar o Senhor porque ele se deixa encontrar e está próximo; converter-se, pois o Senhor está sempre pronto a perdoar. Nessa linha penitencial é que se insere o batismo de João. Essas disposições acima elencadas são necessárias como preparação para a vinda do Messias, do qual João Batista é o precursor. O batismo de João é um batismo para a conversão. O Batista tinha consciência do caráter provisório e imperfeito do batismo que ele realizava, por isso, afirma que, depois dele, vem um mais forte do que ele e que batizará com o Espírito Santo. Jesus não tinha pecado, mas entra na fila dos pecadores por solidariedade com a nossa humanidade pecadora. O autor da carta aos Hebreus poderá dizer, por isso, que nós temos junto de Deus um sumo sacerdote misericordioso, capaz de compadecer-se de nossas fraquezas (cf. Hb 4,14-15). O céu pode rasgar-se? Trata-se de uma evocação de Is 63,19 ou 64,1. Trata-se, evidentemente, de uma linguagem simbólica na qual é expressa a comunicação entre o céu e a terra. Dito em outros termos, o Espírito Santo do qual Jesus é revestido para realizar a sua missão vem de Deus. A voz que interpreta a visão vem do texto tirado de Is 42,1. É Deus quem apresenta o seu servo. No evangelho de João, Jesus diz que é o Pai quem dá testemunho dele (cf. Jo 8,17-18). Em Is 42,6-7, a missão do servo tem uma dupla vertente: é mediador da Aliança e libertador dos cativos. Na tradição bíblica, essas duas vertentes estão intrinsecamente unidas: Deus que fez aliança com o seu povo é o Deus que o libertou da casa da servidão (cf. Ex 20,1; Dt 5,6). Jesus é mediador de uma nova e definitiva aliança (cf. Hb 7,22-25; 8,6-13; 12,24) que nos liberta de todo mal.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Espírito de purificação, faze-me experimentar o batismo purificador de Jesus, que me liberta do pecado e do egoísmo, predispondo-me para o serviço generoso a meu próximo.
FONTE: PAULINAS

Comentário do Evangelho

A SOLIDARIEDADE DE JESUS

O batismo de Jesus, no Jordão, pode parecer, à primeira vista, inútil. Afinal, eram os pecadores os que procuravam o batismo de João, para redimir-se de seus pecados, na perspectiva da iminente chegada do Messias. Por um lado, Jesus não era pecador. Por outro, ele era o Messias, cuja ação havia de revolucionar a história humana. Como justificar, então, seu batismo?
A vinda do Messias Jesus tinha como finalidade oferecer aos pecadores a salvação. Este seria o público privilegiado de sua ação. Quando, no início de seu ministério, dirigiu-se para o lugar onde João estava batizando, Jesus foi colocar-se exatamente onde se encontravam os que viera para salvar.
Em torno de João, reuniam-se pessoas conscientes de seus pecados e desejosas de se verem livres deles. Jesus foi ao encontro delas, pois haveria de livrá-las, definitivamente, do peso de seus pecados, anunciando-lhes o advento do Reino de Deus.
O Messias, porém, escolheu o caminho da solidariedade com os pecadores e se colocou junto deles como salvador, não como juiz. Ao se fazer um com eles, embora não sendo pecador, possibilitou que a graça tivesse lugar na vida daquela gente. Foi assim que, no batismo, o Filho amado de Deus iniciou sua missão.
Oração
Senhor Jesus, que escolheste o caminho da solidariedade para trazer salvação à humanidade, faze-me também solidário com aqueles aos quais devo anunciar o teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


12 de Janeiro de 2015

Mc 1,14-20

Comentário do Evangelho

Jesus é a Boa-Notícia do Pai para toda a humanidade

Em continuidade com a pregação de João Batista, o início do ministério de Jesus se dá por um apelo à conversão. A conversão se relaciona com a pessoa de Jesus: converter-se é crer no Evangelho, isto é, crer na mensagem de Jesus e na sua pessoa. Jesus é a Boa-Notícia do Pai para toda a humanidade. Sem confiança no Senhor e na sua palavra, não é possível receber e experimentar a graça de que a sua pessoa e a sua palavra são portadoras, nem segui-lo. Depois da breve notícia do início do seu ministério, Jesus chama ao seu seguimento os quatro primeiros discípulos. Esse relato típico de vocação tem como modelo 1Rs 19,19-21. O que antecede a palavra-convite é o olhar de Jesus sobre as duas duplas de irmãos. Trata-se de um olhar que ultrapassa as aparências e penetra no fundo do coração do ser humano; um olhar que vê por dentro. Assim é o olhar de Deus sobre cada um de nós, olhar de quem conhece profundamente cada pessoa. Considerado na sua unidade, o chamado sucessivo feito aos irmãos apresenta as exigências para o seguimento de Jesus: desapego dos laços afetivos e das coisas.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, torna-me solícito em atender o convite à conversão, proclamado por Jesus. Que eu não perca a chance que me é dada de aderir, com sinceridade, ao teu Reino.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

A pregação inicial de Jesus é um grande convite à mudança, e esta mudança tem como conseqüência o discipulado, o seguimento de Jesus. De fato, quem se converte verdadeiramente faz com que Jesus se torne o centro da sua própria vida e a razão da sua existência, e o discipulado é a grande manifestação dessa centralidade de Jesus, que pode acontecer tanto por meio das vocações de especial consagração, como a sacerdotal ou religiosa, como através da vocação laical, que leva o cristão a testemunhar a presença de Jesus em todos os meios em que vive e a ser fermento, sal e luz no meio da sociedade.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

COMPLETOU-SE O TEMPO!

A irrupção de Jesus, na nossa história, pôs fim ao anseio de salvação, longamente acalentado pela humanidade pecadora. Ao proclamar ter-se completado o tempo, afirmava ter chegado a libertação, e, com ela, a possibilidade de se criar um mundo novo, onde o império do pecado e do egoísmo seria desarticulado, para dar lugar ao amor. Em outras palavras, um mundo regido pela vontade de Deus.
Na língua grega, este tempo é chamado de kairós, distinto do tempo cronológico, mensurável. O kairós é um tempo especial, irrepetível. É aquele momento exato, em que nos defrontamos com a possibilidade única de fazer algo de grandioso, ou em que alguma coisa importante está acontecendo em nossa vida. O Mestre situa-se, exatamente, neste tempo oportuno, dando-lhe uma consistência especial.
Neste contexto de kairós, a admoestação de Jesus assume maior gravidade: "Mudem de mentalidade e se convertam ao Evangelho!". É o ser humano confrontado com a exigência de romper as amarras do egoísmo a fim de voltar-se, decidido, para o projeto de Reino querido pelo Pai.
Sendo um apelo irrepetível, urge acolhê-lo, decididamente, com sua exigência de ruptura com o passado, para abraçar a novidade oferecida por Deus. É pura insensatez adiar o momento da conversão. A prudência aconselha a não perder esta oportunidade singular.
Oração
Pai, torna-me solícito em atender o convite à conversão, proclamado por Jesus. Que eu não perca a chance que me é dada de aderir, com sinceridade, ao teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


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