quarta-feira, 21 de junho de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/06/2017

Ano A



Mt 6,7-15

Comentário do Evangelho

A oração ensinada por Jesus permite ao discípulo pôr todo o seu ser diante de Deus.

A recomendação não se restringe a se cuidar da ostentação da oração. O discípulo é posto, também, de alerta contra a prolixidade da oração: “Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos” (v. 7). A repetição de muitas palavras, e de modo compulsivo, é uma forma de pressionar Deus. Ora, Deus nos conhece por inteiro, e sabe tudo o que necessitamos, antes mesmo que as palavras cheguem à nossa boca: “A palavra ainda não chegou à minha língua e tu, Senhor, já a conheces inteira”. A oração do Pai-Nosso, inserida aqui, ensina o discípulo a não multiplicar as palavras e a se situar diante do Deus, ao mesmo tempo, próximo (“Pai nosso”) e distante (“que estás nos céus”), e que dá ao ser humano, que ele trata como filho, o necessário e o indispensável para a sua existência. A oração ensinada por Jesus permite ao discípulo pôr todo o seu ser diante de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito do Pai, leva-me a transformar em vida a minha oração, e a descobrir, na oração, o sentido da minha vida.
Fonte: Paulinas em 20/06/2013

Vivendo a Palavra

Desde a invocação inicial – Pai nosso! – e passando pelos sete pedidos da oração, cada um deles é um programa para toda a vida. Bastaria que nós nos conscientizássemos de que nosso Deus é Pai e é nosso – de todos nós! – para que nossa vida se enchesse de encantamento e alegria. Façamos a experiência!
Fonte: Arquidiocese BH em 20/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Quando Jesus nos ensina a dizer ‘Pai Nosso’ Ele está dividindo conosco o seu ‘Abbá’ – Paizinho. ‘Nosso’ significa que é de Jesus, é meu e também de vocês, todos, homens e mulheres de qualquer tempo, de onde quer que sejam. Ele nos quer irmãos da humanidade. Cuidemos para que nossa vida transpire fraternidade.

Reflexão

A eficácia da oração não é determinada pela quantidade de palavras nela presentes, pelo seu volume ou pela sua visibilidade, mas antes de tudo pela capacidade de estabelecer um relacionamento sério, profundo e filial com Deus. Quem fala muito, grita e fica repetindo palavras é pagão, que não é capaz de reconhecer a proximidade de Deus e ter uma intimidade de vida com ele. A oração também deve ter um vínculo muito profundo com o próprio desejo de conversão e de busca de vida nova, de modo que ela não seja discursiva, mas existencial e o falar com Deus signifique estabelecer um compromisso de vida com ele e para ele.
Fonte: CNBB em 20/06/2013

Meditação

Faço de minha oração uma conversa com Deus? - O que peço? Muitas vezes não são somente coisas materiais? - Quando devo rezar? - Onde? - Em que circunstâncias?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 20/06/2013

Meditando o evangelho

COMO REZAR

Jesus ensinou aos discípulos como rezar de maneira conveniente. E mostrou ser inútil querer convencer a Deus com um dilúvio de palavras e argumentações, no intuito de fazê-lo atender os pedidos a ele dirigidos. Este expediente esconde uma falsa concepção de Deus, reduzido ao tamanho dos seres humanos. A esses, sim, é possível convencer à custa de palavras. A Deus, não! O discípulo do Reino não pode cultivar esta imagem pagã da divindade. Ela não corresponde ao Pai de Jesus.
O discípulo foi ensinado a rezar, referindo ao Pai somente o essencial. Sua oração centra-se em torno do Reino. O discípulo pede que o senhorio do Pai se concretize na história humana em três níveis: o nome do Pai sendo santificado por todos, de forma a abolir toda espécie de idolatria; seu Reino e sua vontade permeando todas as relações humanas, ou seja, sua Lei se constituindo em princípio norteador de tudo. Além disso, o discípulo implora ao Pai para fazer o Reino acontecer na sua vida quotidiana. Como? Não faltando a ninguém o alimento necessário para a sobrevivência. Estabelecendo-se um clima de perdão e reconciliação entre todos, de modo a formarem uma verdadeira família. E não se deixando levar pelas solicitações do mal, ou seja, não perdendo de vista que só o Pai e seu Reino devem polarizar suas vidas. Não é preciso pedir mais.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ponha em minha boca as palavras verdadeiras com as quais devo me dirigir ao Pai e não me deixe cair num palavreado inútil.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quando a oração é recheada de palavratório desnecessário...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Todo nós sabemos como discursa um político, principalmente em época de campanha eleitoral, há aqueles que têm uma boa oratória, apresentam suas propostas de maneira sincera e autêntica, não vamos aqui desmerecer os que exercem dignamente sua missão na política, mas há aqueles que fazem belos discursos e nada dizem, fazem mil e um rodeios para no final da fala, implorar que o eleitorado vote nele. Infelizmente esses tipos ainda existem nos meios políticos. Tudo o que esses querem é PEDIR votos para ele e sua agremiação partidária. Na medida em que o nosso povo for tomando consciência política esses tipos vão encerrando a carreira bem cedo, pois acabam caindo no ridículo.
É essa forma de fazer oração que Jesus fala nesse evangelho, ainda voltando aos maus políticos, eles não conhecem o eleitorado a quem se dirigem, nada sabem sobre ele, seus sofrimentos e dificuldades, seus anseios, e começam a falar com o eleitorado como se o conhecesse há tempos. A nossa oração só é eficaz e têm qualidade quando conhecemos a Deus, isso é, quando fazemos a experiência com Jesus Cristo e com Ele aprendemos a viver na comunhão e na intimidade do Pai. Sem essa experiência, sem esse colóquio espiritual, a oração vira discurso e lista de pedidos onde quem ora determina e planeja, exigindo que Deus faça daquele jeito, ou seja, é uma oração arrogante e orgulhosa, onde quem reza, se julga no direito de determinar para que Deus atenda seus pedidos.
Oração sem humildade não consegue tocar no coração de Deus, podem ter certeza. É preciso que saibamos quem é Deus e quem somos nós. É preciso que a Vontade Divina seja por nós conhecida e se torne soberana em nossa vida. É preciso que tenhamos coragem de assumir os desafios na solução de problemas que nós mesmos criamos. Por isso a oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus a seus discípulos e a todos nós, é a mais bonita e completa de todas.
O Pai Nosso manifesta o nosso desejo de que o Reino venha, e que seja feita a Vontade de Deus. Há aqui um pedido, que o Reino venha.... e que a Vontade Divina seja feita, entretanto, é ao mesmo tempo um comprometimento de quem reza, de fazer esse Reino acontecer e colaborar para que a Vontade do Pai seja aceita, vivida por todos nós. O que se pede no Pai Nosso não é algo pronto e acabado, mas um empreendimento que vai depender da nossa colaboração, do nosso testemunho.
A segunda parte da oração é completada com o nosso compromisso com Deus, realizado com fidelidade em nossa relação com o próximo. Uma relação de amor e perdão constante, pois só assim o Reino começará a aparecer e ser notado pelos homens. Não há outra forma.
Por isso o evangelho conclui com a confirmação de Jesus a esse respeito, de que nas relações fraternas de amor e perdão para com o próximo, se perpetua e se concretiza o Amor, a misericórdia e o Perdão Divino no meio dos homens.

2. A VONTADE DO PAI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Ao ensinar aos discípulos o modo conveniente de rezar, Jesus os exortava a se colocarem numa contínua busca de sintonia com a vontade do Pai. Os sete pedidos do Pai-Nosso constituem a síntese dessa vontade do Pai, para os discípulos.
Santificar o nome de Deus significa romper com a idolatria, para radicar em Deus as suas vidas. Fora de Deus, para quem santifica o nome divino, nada tem valor absoluto.
A coisa que o Pai mais deseja é ver seu Reino acontecendo na vida de todos os seres humanos, como Reino de verdade e justiça. Fora dele só existe injustiça e maldade.
A obtenção do pão cotidiano, na perspectiva da vontade do Pai, nada tem de posse egoísta. O pão "nosso" é para ser partilhado, para que não haja mais fome nem indigência. Assim, o Reino se concretiza, em forma de solidariedade e partilha.
O pedido de perdão dos pecados, mais que um desejo dos discípulos, é o grande anseio de Deus. Desejar o perdão consiste em querer recentrar-se no amor de Deus.
Cair na tentação é abandonar os caminhos de Deus para trilhar desvios que levam à condenação. Quem, mais do que Deus, deseja que o discípulo não se desvie?
A libertação do mal consiste em criar mecanismos de defesa para que o inimigo não tome conta do coração do discípulo. Isto se dá num processo de enraizamento em Deus. E com isto ele se dá por satisfeito.
Oração
Espírito de submissão à vontade do Pai, prepara meu coração para rezar a oração ensinada por Jesus, de modo que eu possa vivenciar o que meus lábios pronunciam.
Fonte: NPD Brasil em 20/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

O importante é orarmos com o nosso coração

Nossa oração deve ser baseada no coração, na presença de Deus, diante do qual colocar o jeito que estamos e somos: tristes ou amargurados, felizes, prósperos. O importante é orarmos com a alma, com o nosso coração.
Deus está nos ensinando como deve ser a nossa oração, pois esta não pode ser como a dos pagãos, baseada em muitas palavras. Nossa oração deve ser baseada no coração, na presença de Deus, diante do qual colocar o jeito que estamos e somos: tristes ou amargurados, felizes, prósperos. O importante é orarmos com a alma, com o nosso coração.
Não adianta só repetirmos as palavras do ‘Pai-Nosso’ se não temos a disposição de viver aquilo que a oração está nos chamando a viver.
Toda a oração do ‘Pai-Nosso’ provoca o nosso interior, a nossa intimidade, o nosso relacionamento com Deus. Nós nem O chamamos de Deus, mas sim de Pai. Há algo mais íntimo do que chamar alguém de pai, de papai?
Somos muito egoístas e orgulhosos, até em nossos pedidos a Deus. É fato que queremos o perdão d’Ele em toda e qualquer falta que cometemos, nós queremos que Ele tenha sempre misericórdia de nós. Estamos dispostos a fazer muitos sacrifícios, se preciso for, para que o Pai perdoe nossas faltas e os nossos erros. No entanto, o que precisamos é saber perdoar, do fundo do coração, do fundo da alma, ainda que a outra pessoa não demonstre total arrependimento pelo erro que ela possa ter cometido contra nós.
Quem precisa do perdão, muito mais do que ela, é você, é a sua alma, é o seu coração, é a sua paz interior, a sua intimidade com Deus, com você mesmo, é o seu bem-estar físico, o seu bem-estar psíquico que precisa dessa força de cura e libertação que se chama perdão.
O Pai-Nosso, orado na intensidade, nos dá a graça de recebermos o perdão de Deus na mesma medida que nós perdoamos aqueles que nos ofenderam.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 20/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Nosso, que estás no Céu e estás em nós; teu Nome é Santo. O Teu Reino vem! A tua vontade se cumpre na terra como é cumprida no céu. Tu nos dás o pão de cada dia; perdoas nossas ofensas para que também nós perdoemos aos que nos ofendem. Tu nos proteges quando estamos em tentação e nos livras do mal – o único mal que conta, que é nos afastarmos de Ti. Pois teus são o Reino, o poder e a glória para sempre.

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