sábado, 11 de março de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA  12/03/2017

Ano A


Mt 17,1-9

Ambientação:

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Cada ano, o segundo domingo quaresmal nos traz o evangelho da Transfiguração, no início da subida de Jesus a Jerusalém, onde levará a termo a vontade do Pai. Acompanhamos Jesus no seu caminho. Para que não desfaleçamos em nossa fé, faz-se necessário que tenhamos diante dos olhos a glória daquele que será aniquilado, o Filho e Servo de Deus. Por isso, a Aliança com Deus nos compromete, levando-nos a denunciar todo e qualquer tipo de exploração contra a vida, como nos chama a atenção a Campanha da Fraternidade deste ano. Somos convidados a dar ouvidos ao Filho de Deus, e a receber de Cristo nossa vocação, para caminhar atrás dele até a glória, passando pela cruz.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste dia do Senhor e no tempo da Quaresma, a Liturgia transforma este lugar em que estamos no monte Tabor. Com os apóstolos, chegamos até aqui para experimentar a manifestação gloriosa do Senhor. Tendo vencido as tentações, o Senhor, transfigurado, revela sua identidade de Filho de Deus. É essa também a nossa identidade concedida pela graça do Batismo. Rendamos graças ao Pai, por Jesus, na força do Espírito Santo.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Revelar-nos ao outro é um ato de confiança, porque lhe dá poder para intervir sobre nós, e partilhar a mesma vida como acontece na amizade e no matrimonio é deixar que seja envolvida toda nossa existência.

Fonte: NPD Brasil

Comentário do Evangelho

O que sustenta nossa fé, é a graça da ressurreição do Senhor.

A liturgia da palavra deste segundo domingo da Quaresma tem como intenção esclarecer a fé e fundar a esperança do povo de Deus. O livro do Gênesis, como o próprio nome o sugere, é o livro das origens; origem do universo com tudo o que contém e origem do povo de Deus; é o livro da origem do mal, mas também da fé no Deus único e verdadeiro. O texto de hoje do livro do Gênesis visa nos fazer compreender o dinamismo que está na origem de nossa fé. Em primeiro lugar, está a palavra que Deus dirige ao ser humano (Gn 12,1-3). No início da fé está um convite de Deus, um convite a sair, um convite à felicidade e à realização do ser humano. Felicidade e realização que estão contidas no verbo “abençoar”. Como a graça de Deus não é exclusiva, essa promessa e bênção dizem respeito a toda a humanidade (v. 3). No início de nossa fé está a palavra de Deus que convida o ser humano, guiado pela palavra do Senhor, a fazer uma migração para poder ser feliz. Para poder encontrar a felicidade e vivê-la como dom é preciso “sair” de si mesmo, de suas seguranças pessoais e se deixar conduzir por Deus.
O relato da transfiguração do Senhor é a sequência do primeiro anúncio da paixão, morte e ressurreição do Senhor e a apresentação das exigências para seguir Jesus (Mt 16,21-23.24-28). Os discípulos têm dificuldade de aceitar o messianismo apresentado por Jesus, que passa pelo sofrimento e pela morte. O caminho do discípulo, no entanto, é o mesmo do Mestre. A transfiguração é uma prolepse do mistério pascal de Jesus Cristo. Rosto brilhante como o sol, vestes brancas como a luz são expressões do modo bíblico de dizer que se trata de uma revelação de Deus. O que sustenta nossa vocação cristã, o que sustenta nossa fé, é a graça da ressurreição do Senhor. O sofrimento e a morte não são a última palavra. O Senhor, ressuscitando dos mortos, venceu o mal e a morte; glorioso, nos faz participantes de sua vitória. Esse é o conteúdo da esperança cristã. É preciso manter os ouvidos abertos e o olhar fixo no Senhor, que passou pelo sofrimento e pela morte, e ressuscitou. A experiência dos efeitos de sua ressurreição conduzem os discípulos, todos nós, a vivermos a adesão à pessoa de Jesus Cristo no cotidiano de nossa vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.
Fonte: Paulinas em 16/03/2014

Vivendo a Palavra

Moisés e Elias querem significar a ‘Lei e os Profetas’ – expressão judaica para o nosso Primeiro Testamento. Jesus de Nazaré é a Palavra do Senhor que se fez carne habitou entre nós, realizando a Promessa do Deus Misericordioso. O encontro dos três demonstra o carinho que o Pai nos dedica. Demos graças a Ele, na certeza de que somos filhos muito amados.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Recadinho

Você se apresenta diante dos irmãos como um transfigurado pela graça de Deus? - Sua presença é alegria? - Seus olhos espelham o brilho de Deus que habita em seu coração? - Em seus sofrimentos e lutas do dia a dia Deus está sempre presente? - Cite uma tarefa que sua comunidade faz para ajudar a transfigurar o mundo.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 16/03/2014

Meditando o evangelho

UMA EXPERIÊNCIA FASCINANTE

A contemplação de Jesus transfigurado foi uma experiência fascinante na vida dos três discípulos escolhidos pelo Mestre para subirem com ele ao alto monte. Neste lugar carregado de simbolismo (a montanha era tida como o lugar privilegiado de encontro com Deus) puderam contemplar Jesus transfigurado, revestido de glória e majestade, e "vê-lo" no fulgor de sua santidade.
A transfiguração foi, de certo modo, uma antecipação da ressurreição. Depois de ressuscitado, o esplendor de sua glória já não fulguraria, por pouco tempo, para um grupo seleto de discípulos. Pelo contrário, não só poderia ser contemplada por todos os discípulos, como também deveria ser proclamada a todos os povos da Terra. A ordem de guardar segredo ("não dizer a ninguém a respeito da visão") perderia sua razão de ser.
Contudo, a contemplação do Ressuscitado haveria de ser precedida por uma experiência aterradora: a de ver o Messias Jesus pendente na cruz. O fascínio daria lugar ao pavor e à estupefação, porque a morte de cruz não encontraria explicação, uma vez que o Mestre sempre dera mostras de ser um homem justo e, em sua pregação, falara de Deus como um Pai amoroso e fiel.
Só quem fosse capaz de superar o impacto da cruz e reconhecer no Crucificado o Filho de Deus, chegaria a reconhecê-lo fascinantemente ressuscitado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-12

SERMÃO SOBRE A TRANSFIGURAÇÃO

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz.
Ele os levou até a montanha para mostra-lhes a glória de sua divindade, e lhes ensinar que ele era o Redentor de Israel, tal como já tinha revelado por seus profetas; e também para prevenir todo escândalo à vista dos sofrimento que livremente iria sofrer por nós em sua natureza humana. Eles, de fato, o conheciam como homem que vivia com eles no mundo, mas sobre a montanha revelou-lhes que era o Filho de Deus, e o próprio Deus.
Eles o tinham visto comer e beber, fatigar-se e descansar, cochilar e dormir, apavorar-se até gotejar de suor, coisas que não pareciam estar em harmonia com sua natureza divina, nem convir a sua humanidade. Por isso os trouxe sobre a montanha, para que o Pai o chamasse seu Filho, e lhes mostrasse que ele era realmente Filho dele, e que ele era Deus. Ele os levou sobre a montanha e mostrou-lhes sua realeza antes de sofrer, seu poder antes de morrer, sua glória antes de ser ultrajado, e sua honra antes de sofrer a ignomínia.
Assim, quando fosse tomado e crucificado pelos judeus, seus apóstolos compreendessem que não foi por fraqueza, mas por consentimento e de plena vontade para a salvação do mundo.
Ele os levou até a montanha para mostrar-lhes, antes de sua ressurreição, a glória de sua divindade. Deste modo, quando ressuscitasse dentre os mortos na glória de sua divindade, seus discípulos reconheceriam que não recebia essa glória em recompensa de sua aflições, como se precisasse delas, mas porque já lhe pertencia bem antes dos séculos, com o Pai e para o Pai, assim como ele mesmo lhe disse ao aproximar-se voluntariamente de sua paixão: Pai glorifica- me junto de ti, concedendo- -me a glória que tive contigo antes que o mundo fosse criado.
E então, na montanha, ele mostrou aos seus apóstolos a glória de sua divindade, oculta e escondida por sua humanidade. Porque eles viram o seu rosto brilhante como um relâmpago, e sua roupas brancas como a luz. Eles viram dois sóis, um visível, como de costume, e um incomum; invisível no firmamento e iluminando o mundo, e outro, a sua face, visível somente a eles.
Santo Efrém, diácono e doutor da Igreja (séc. IV)

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR QUE TRANSFIGURA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Para quem não conhece, o Monte Tabor onde teria ocorrido a transfiguração de Jesus, é uma alta colina localizada no Leste do Vale de Jizreel, 17 km a oeste do Mar da Galiléia e o seu topo está a 575 metros acima do nível do mar. Entretanto, não se pode afirmar com absoluta certeza, que essa referência geográfica no episódio da Transfiguração do Senhor, é verdadeira, principalmente quando se sabe, que o evangelista São Mateus escreveu para os Judeus e sempre há em seus relatos, uma forte relação entre Jesus Cristo e Moisés. De qualquer forma o texto nos revela que os discípulos Pedro, Tiago e João, fizeram essa profunda experiência, onde Jesus lhe revelou a sua Divindade. Não é por acaso que na narrativa de Mateus, aparecem ao lado de Jesus o Libertador Moisés e Elias, uma das maiores referências como profeta do Antigo Testamento, é uma catequese que tem como pano de fundo o Judaísmo, comprovando que Jesus é de fato io Messias, aquele que havia sido prometido na Escritura Antiga, e até prefigurado em alguns personagens da História de Israel. A partir de agora, a humanidade não irá mais precisar da Lei e dos Profetas, Jesus não trouxe uma nova Lei ou Aliança, Ele próprio é a Nova Aliança, aquele que de modo único e excelente nos revela o Pai.
Mas o que esse fato refletido no evangelho pelas comunidades de Mateus, tem a ver com a realidade das nossas comunidades cristãs? Sabemos que Jesus é Nosso Deus e Senhor, mas quais as consequências que esta Fé traz em nossa vida? A cada domingo, Dia do Senhor, Jesus convida todos os cristãos a “subirem a montanha”, isso é, a fazerem essa “ascese” nas nossas celebrações. Embora humana, com uma Liturgia que comporta elementos culturais, cada celebração é envolvida pelo Mistério de Deus, como a nuvem que desceu sobre a montanha.
No ambiente celebrativo de nossas igrejas cristãs, de muitos modos Jesus manifesta a glória da sua Divindade, mas de modo excelente na Eucaristia e na Palavra, onde mediante a Fé, podemos sim contemplar a sua glória, sentir a sua presença a conduzir, animar e alimentar os seus, em comunhão com Ele em torno de uma mesa que é a Mesa da Palavra ou da Eucaristia. Moisés e Elias são uma referência importante para todos nós, não como meros personagens históricos, mas como homens que fizeram a experiência de Deus, enquanto anunciadores de uma Libertação que em Jesus atinge a sua plenitude e transcende o meramente histórico, libertando-nos do mal do pecado. O profetismo de Elias anuncia a Palavra Libertadora, o homem nasceu para ser livre, mas a sua liberdade está em Deus, que não permanece impassível diante do sistema opressor que não considera o dom da Liberdade, por isso, a Palavra libertadora se faz ação em Moisés deus vê, ouve, desce e liberta o seu povo. Jesus eleva essa liberdade á sua plenitude, concretizando as promessas de Deus nesse sentido.
O entusiasmo de pertencer a uma comunidade cristã, o privilégio de poder fazer essa experiência com os irmãos e irmãs nas celebrações dominicais, pode nos levar a cometer o mesmo erro de Pedro: o de querermos permanecer apenas na dimensão celebrativa- contemplativa, acomodar-se na Mística e fazer da experiência com Cristo algo muito particular, é esse o significado de querer fazer tendas, e de fato muitos fazem, isolando-se na comunidade ou no seu grupo ou pastoral, achando que a vivência cristã se resume apenas nessa experiência religiosa.
Quando contemplamos a Divindade de Jesus e ficamos só nisso, sentimos medo, porque é impossível compreender um Deus revestido de glória, encarnado em nossa miséria humana. O Sagrado sempre e Sagrado sempre exerceu essa ambiguidade sobre o homem, o encanta, o atrai e fascina, mas também causa medo, quando se está diante do Mistério. Mas Jesus, que tocou nos discípulos, toca também em cada membro da comunidade: “Levantai-vos, não tenhais medo”. E ao descer da montanha, só vêem Jesus caminhando com eles pela encosta da montanha. Eis aqui o grande desafio, vermos Jesus no irmão ou irmã da comunidade, que caminha com a gente, perceber esse Deus extremamente humano, percorrendo nossos mesmos caminhos,, sem nunca deixar de ser o “Outro”, o Transcedente.
E assim, pela sua encarnação recebemos a Graça Divina, e podemos nos abrir para que o Espírito Santo nos renove, nos transforme e nos transfigure no dinâmico processo da conversão, e diferente dos apóstolos Pedro, Tiago e João, ao término da celebração, quando descemos da “montanha”, somos enviados para proclamar bem alto as maravilhas de Deus, a darmos testemunho do evangelho, mostrando que somente na Ressurreição do Senhor encontramos o sentido para a nossa vida terrena.
Derrubemos, portanto, as tendas do nosso comodismo, de uma Fé desvinculada da Vida, nesse segundo domingo da quaresma, e como o Patriarca Abraão, coloquemo-nos á caminho dessa Terra das Promessas, onde cada homem e cada mulher, vivendo em Deus, atingirá a felicidade em seu sentido mais pleno, irradiando em si, a mesma luz fulgurante do Cristo, Homem Deus e Deus Homem, o novo Moisés que nos conduz com segurança a esta terra, cuja estrada passa exatamente na experiência humana, estrada que nosso Deus feito homem também percorreu, e que nos conduz á glória de uma Vida em comunhão definitiva com Ele, que em Cristo nos aceitou também como “Filhos e Filhas, em quem Ele põe todo o seu agrado”. ( 2º Domingo da quaresma MT 17, 1-9)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com

2. Jesus foi conduzido ao deserto
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Tabor da Transfiguração é um cantinho do céu na terra. Cantinho do céu na terra é cantinho de paz e de solidariedade. Jesus e seus companheiros sobem ao monte e distanciam-se estrategicamente para terem uma visão global da realidade. A realidade não é só o Deserto da Provocação, onde estivemos na primeira semana da Quaresma. É também aqui no alto, no Tabor da Transfiguração.
Abrão recebe a ordem de sair da sua terra com a promessa de uma grande descendência e de bênçãos para todas as famílias do mundo. “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra.” E Abrão partiu. A grande bênção é a bênção da fraternidade. Para se obter essa bênção é preciso sair, partir, como fez nosso pai Abrão. O distanciamento estratégico é necessário para se ter uma visão do conjunto. É preciso se distanciar do sistema de competições orientado para interesses pessoais; é preciso afastar-se do egoísmo no qual o outro só existe se for capaz de produzir bens de consumo. O distanciamento estratégico permite ver “o rastro de miséria e sofrimento que os egoístas em competição vão deixando atrás de si”. É preciso partir, libertar-se, desapegar-se das situações de poder que tornam o mundo carente de solidariedade, para que todas as famílias da terra possam ser abençoadas.
Paulo reaviva o ânimo de Timóteo e o de todos nós. A construção da fraternidade é uma exigência de cada dia, e trabalhosa. Supõe sofrimento. “Sofre comigo pelo Evangelho.” Deus, porém, tem um projeto, um desígnio, e sua graça está em nós. Ela é mais forte do que as forças da morte e faz brilhar a vida e a imortalidade. Vendo tudo o que perturba o bom relacionamento, poderíamos desanimar e deixar de acreditar. Vendo o poderio das armas e a tristeza dos pequenos abatidos, poderíamos pensar que este mundo não tem jeito. Tem, nos diz São Paulo: “Sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus”.
Jesus se transfigura, mostrando, no alto do monte, um pedacinho do céu. Com Jesus estão Pedro, Tiago, João, Moisés e Elias. Eles somam solidariamente em torno de Jesus. Tudo está tão bom que Pedro quer até construir tendas, não para si nem para seus colegas, mas para Jesus, Moisés e Elias. Os construtores da solidariedade dão amostras da fraternidade definitiva. Ela só existirá plenamente na eternidade de Deus. Aqui ela é construída e desfeita. Mas não desanimamos.
Começamos cada vez de novo para que todos possam experimentá-la e querer torná-la permanente. A harmonia da Transfiguração ressalta a igualdade nas relações entre seres desiguais. No Tabor todos estão vinculados a uma mesma pessoa, Jesus Cristo. As diferenças, que continuam a existir, se unificam num objetivo comum. A fraternidade não exige concordância nas opiniões. Ela exige um objetivo comum. Todos querem chegar a um mesmo lugar, embora discordem quanto ao caminho. Quando descobrirem que o objetivo e o caminho são o mesmo, isto é, que “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, estaremos na paz perfeita da eternidade. Continuamos a caminhada quaresmal, renovando nossa confiança no Senhor. Olhamos para o alto, para Jesus transfigurado, e sabemos que sua graça transborda em toda a terra e é mais forte do que o projeto desagregador do demônio. Guardamos no coração as palavras do Filho bem-amado e aguardamos a ressurreição.
Fonte: NPD Brasil

REFLEXÕES DE HOJE


12 DE MARÇO –DOMINGO

1 - TRANSFIGURAR É MUDAR – Maria de Lourdes Cury Macedo

2 - “ESTE É O MEU FILHO AMADO, NO QUAL EU PUS TODO O MEU AGRADO.” – Olivia Coutinho.

3 - O SEU ROSTO BRILHOU COMO O SOL-José Salviano

4 - Meditando com a Palavra para ouvir a voz do Pai-Helena Serpa

5 - 02º Domingo da Quaresma – Ano A-Dehonianos

6 - Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente

7 - Este é o meu Filho amado; escutai-o! Reflexão do falecido Padre Antonio Queiroz


HOMILIA DIÁRIA

O Filho de Deus Pai tem a direção para a nossa vida!

Como nós precisamos escutar Jesus, escutar a Sua Palavra, Seu Evangelho, escutar a direção que Ele tem para a nossa vida!
”E da nuvem uma voz dizia: ‘Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!”’ (Mateus 17,5).
Neste segundo domingo da Quaresma nós somos convidados a subir com Jesus ao Monte Tabor, no monte da transfiguração. Vejam que maravilha, nós estamos a caminho de Jerusalém, e Jesus está a caminho da Sua Páscoa, da Sua morte, do Seu sofrimento, da Sua paixão. Mas Ele concede aos Seus discípulos, sobretudo a esses três mais próximos a Ele: Pedro, Tiago e João, a graça de verem e viverem, de forma antecipada, o Seu momento glorioso, a Sua glória através da transfiguração, quando,  ali, no alto do monte, o Seu rosto muda e as Suas vestes ficam resplandecentes. E, ao lado de Jesus, aparecem duas figuras mais significativas do Antigo Testamento: Moisés, que representa a Lei de Deus, os Mandamentos d’Ele e a Aliança de Deus com Seu povo; e, do outro lado, Elias, o maior dos profetas.
Se para os judeus a Palavra se resume à Lei e aos profetas, ali está Jesus, que é maior do que a Lei e do que os profetas. Os discípulos ficaram extasiados com aquela experiência, com aquilo que os olhos deles estavam contemplando e vendo, quando, de repente, veio uma voz do céu, a voz do Pai dizendo: ”‘Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!”’ (Mateus 17,5).
Sabem, meus irmãos e minhas irmãs, para viver profundamente essa comunhão com Deus, nós precisamos pedir, hoje, primeiro, que a graça de Deus transfigure os nossos olhos e não permita que os nossos olhos fiquem parados contemplando os sofrimentos, as tristezas, as angústias e as dificuldades da vida; como se a nossa vida parasse nisso, como se qualquer sofrimento fosse o último da nossa vida. Não, o fim último da nossa vida, o sentido dela, é a vida plena que o Senhor nos trouxe!
Todo o sofrimento, toda a dificuldade, toda a situação de aperto por que possamos nesta vida são coisas passageiras, é tudo muito passageiro, tudo passa e o amor de Deus tudo transfigura! Do que precisamos é de paciência, de fé e de esperança que nos ajudem a contemplar, de forma antecipada, tudo aquilo que Deus prepara para nós de modo definitivo.
Não tenhamos medo, não percamos a confiança, olhemos para Jesus e contemplemos n’Ele, em meio aos nossos sofrimentos, a Sua face transfigurada, que nos dá a esperança e a convicção de que dias melhores sempre virão.
De outro lado também somos chamados a escutá-Lo. Como nós precisamos escutar Jesus, escutar a Sua Palavra, Seu Evangelho, escutar a direção que Ele tem para a nossa vida! Existem muitas vozes clamando dentro de nós, existem muitas vozes querendo nos desanimar e nos fazer esmorecer ou perder a direção, por isso escutemos a voz do Mestre, Ele é o Filho amado do Pai, é Ele que tem a direção para a nossa vida!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/03/2014

Oração Final
Pai Santo, faze brilhar em nós a alegria porque a morte foi vencida e a Vida junto a Ti é, desde agora, o nosso destino. Dá-nos sabedoria para comunicar aos companheiros de caminhada a nossa certeza, baseada nas promessas do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Esrito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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