ANO B

Mt 5,43-48
Comentário do Evangelho
A perfeição consiste em amar como Deus ama
Sexta e última antítese. O primado do amor e da misericórdia não é uma novidade, mas havia sido esquecido. O que é exigido como plus da vida cristã é não limitar o amor àqueles que nos fazem o bem ou, então, que já amamos. Trata-se da atitude daquele que, vítima do mal de outrem, permanece fazedor de paz (cf. Mt 5,9), generoso, disposto a perdoar. Pelo amor aos inimigos é que se mostra que o verdadeiro tesouro da pessoa está em Deus e o sustento da vida apoiado nas coisas que não passam; o amor não passa. A vida cristã é um modo de viver a existência humana. Aderir ao evangelho de Jesus Cristo supõe aceitar agir como Deus age e se comportar com a confiança e a serenidade que somente a referência aos bens celestes pode dar. A perfeição de que fala o nosso texto não diz respeito somente à integridade física e moral; ela diz respeito, igualmente, à observância e à fidelidade aos mandamentos da Lei de Deus (Sl 119,1). A passagem paralela de Lucas não fala de perfeição, mas põe o acento sobre a misericórdia de Deus que os discípulos de Jesus devem imitar (Lc 6,36). Propriamente, a “perfeição” consiste em amar como Deus ama, isto é, indistintamente, oferecendo a todos a graça de seus bens.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=16%2F06%2F2015
Vivendo a Palavra
Atingimos hoje o ponto mais profundo do Sermão da Montanha: o amor ao inimigo, a oração por aqueles que nos perseguem. E o Mestre lembra que o Pai é assim – manda a chuva sobre os bons e maus. Este é o testemunho maior que podemos oferecer aos irmãos, mas é preciso coragem, fé e esperança nos nossos corações.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=6&dia=16
Meditando o Evangelho
O AMOR AOS INIMIGOS
Jesus apelou para o modo de proceder do Pai para ensinar o amor aos inimigos. O Pai não faz distinção das pessoas entre boas e más, quando concede seus benefícios à humanidade. O sol e a chuva derramam-se abundantes sobre todos e lhes são benéficos, independentemente, de sua conduta.
O discípulo do Reino, do mesmo modo, não divide as pessoas em boas e más, santas e pecadoras, amigas e inimigas, sendo atencioso e serviçal para umas e repelindo as outras. Porém, a atitude do discípulo pode não encontrar correspondência por parte de outras pessoas e, eventualmente, ser hostilizado por elas. Pois bem, embora tenha que sofrer, o discípulo não retribui com a mesma moeda. Ele bendiz, quando lhe maldizem. Dispõe-se a fazer o bem a quem lhe nutre ódio. Intercede por seus perseguidores e caluniadores. Esta é a marca registrada do discípulo.
Se agisse de outra forma, o discípulo não se distinguiria de um não-discípulo. Revidar ódio com ódio e maldição com maldição não é novidade. O discípulo, inspirado no agir do Pai, vai na contramão da cultura reinante. Aí, sim, ele mostra ser o Pai o modelo e o motivo de sua ação. Aliás, o Pai se torna para ele modelo de perfeição. Quando mais o discípulo é capaz de agir sem fazer acepção de pessoas, tanto mais próximo da perfeição estará.
Oração
Senhor Jesus, livra-me de dividir a humanidade em bons e maus e aproxima-me sempre mais da perfeição do Pai que não faz acepção de pessoas.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-6-16
HOMILIA DIÁRIA
O único remédio capaz de curar o ódio é o amor
O único remédio capaz de curar o ódio é o amor. Precisamos renunciar ao ódio, porque ele nos afasta de Deus e dos irmãos e nos deixa doentes física e espiritualmente!
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!.” (Mateus 5, 44)
Para os antigos [antes da vinda de Jesus], a Palavra de Deus tinha outra entonação: podia-se amar o próximo e odiar o inimigo. Quando Cristo nos diz que devemos amar mais ainda o nosso próximo e rezar por aqueles que nos perseguem, Ele nos ensina que o ódio não faz parte do coração daqueles que estão plenamente unidos ao coração de Deus.
Primeiro, porque o ódio é uma coisa maléfica, terrível, maldosa, cruel e desumana. Ninguém tem o direito de odiar ninguém, porque o ódio só produz mais ódio e só nos destrói por dentro. Permita-me falar com muita clareza ao seu coração: o ódio é um câncer dos mais terríveis e dos mais bravos a fazer mal à natureza humana. E não é só um câncer no sentido psicológico ou espiritual, o ódio provoca até mesmo o câncer físico quando ele é alimentado e fecundado dentro de nós.
O Senhor não nos quer padecendo deste mal, porque o ódio tira a nossa alegria de viver, nos enfraquece por dentro e atrai sobre nós muitas coisas negativas. Ao afirmar isso não é que Nosso Senhor queira defender a quem merece nosso ódio, mas sim que quer cuidar do nosso coração para que ele não seja levado por esse terrível sentimento da alma.
E uma vez que renunciamos ao ódio e ele não pode fazer parte da nossa vida e o único remédio capaz de curar o ódio é o amor, precisamos investir forte nele, inclusive, amando os nossos inimigos!
Deixe-me dizer: quando a Palavra de Deus diz que devemos amar os nossos inimigos não é que nós devamos conviver com eles nem que devamos ignorar a maldade que fizeram a nós. É o contrário disso: é reconhecer que eles nos fizeram mal e não merecem a nossa convivência, e que nós merecemos saúde e não ser ainda mais prejudicados por alguma maldade que eles tenham cometido contra nós. Por causa disso devemos os amar com o amor-caridade, com o amor-compaixão, não é aquele amor de andar “abraçadinho” como se nada tivesse acontecido, pois isso é fingimento e o fingimento faz muito mal.
Quem ama respeita e sabe compreender, mesmo muitas vezes não compreendendo, mas é o amor cristão, o amor caridade, que deve ser guiado pelo seguinte pensamento: “Se um dia você precisar de mim, pode ter certeza de que eu lhe estenderei a mão! E de que não vou desviar o olhar de você nem retirar minha mão como sinal de vingança. Vou lhe dar amor, atenção, cuidado e pode ter certeza de que não quero cultivar nenhum ressentimento de você para que o amor de Deus seja mais pleno em minha vida!“.
Por aqueles que não conseguimos amar de forma suficiente, porque nosso coração tem seus limites, devemos orar muito por eles para que sejam abençoados, cuidados e direcionados pelo amor divino!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/o-unico-remedio-capaz-de-curar-o-odio-e-o-amor/
Oração Final
Pai Santo, não permitas que apequenemos o nosso amor, reduzindo-o àqueles que nos querem bem. Abre, Pai querido, as portas do nosso coração para que sejamos capazes de acolher com calor humano todos os peregrinos que baterem à nossa porta. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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