quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

Homilia Diária | Liturgia de Hoje | Palavra do Dia - Padre Adriano Zandoná - (Mc 9,38-40) (26/02/2025)



Canal do Youtube - Padre Adriano Zandoná

Publicado em 26 de fev. de 2025

Os que amam a vossa lei tem grande paz | (Salmo 118(119), 165.168.171. 174.175 (R. 165a) #2268 - Frei Gilson - (26/02/2025)




Publicado em 17 de fev. de 2025

Pai das misericórdias | Mãe Maria (26/02/25) - Dom Walmor



Canal do Youtube: Rede Catedral

Publicado 26 de fev. de 2025

Homilia Diária - 26.02.2025 |"Quem não é contra nós, é a nosso favor." (Marcos 9, 40) - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 26 de fev. de 2025

Evangelho — Marcos 9,38-40

℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.

℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠segundo Marcos
℟. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

26.02 • ADVERSÁRIOS - Padre Joãozinho - Mc 9,38-40



Canal do Youtube: Padre Joãozinho

Publicado em 25 de fev. de 2025


Pe. Joãozinho, scj - #minisermao - (26/02/25) - ADVERSÁRIOS

Adversários não são inimigos. Os jogos da vida não podem ser considerados “guerras"! Quando os discípulos de Jesus se aproximaram dizendo que havia uma pessoa expulsando demônios, e que eles haviam proibido, porque não era do "time de Jesus". O Mestre repreendeu os seus discípulos, e disse: "Quem não é contra nós está a nosso favor. Não proíbam"! Adversários, que estão do lado de lá do campo, são do outro time, não merecem nossa raiva, mas o nosso respeito. As torcidas são legítimas, mas não são gangues que se enfrentam e se matam! A vida não pode ser transformada numa permanente guerra (Mc 9,38-40).

Recebi via: WhatsApp

Homilia Diária | Não somos donos da bondade (Quarta-feira da 7.ª Semana do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 25 de fev. de 2025

No Evangelho de hoje, Jesus afirma o seguinte: Quem não é contra nós é a nosso favor. O problema é que, noutra passagem, o Senhor parece contradizer-se, dizendo: Quem não está comigo, está contra mim. Como harmonizar essas duas afirmações à primeira vista tão inconciliáveis? Teria Jesus mudado de ideia alguma vez? Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 26 de fevereiro, e entenda o motivo dessa contradição.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) - Mc 9,38-40 - 26/02/2025


Ciúme eclesiástico

“Naquele tempo, João disse a Jesus: ‘Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome, mas nós o proibimos, porque ele não nos segue’. Jesus disse: ‘Não o proibais, pois ninguém faz milagre em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor'.” (Marcos 9,38-40)



Debaixo do controle

Ciúme eclesiástico

Meus irmãos e minhas irmãs, o Evangelho de hoje relata uma situação do chamado ciúme eclesiástico. Ou seja, uma tentativa dos discípulos de se apoderarem da mensagem do Evangelho como se eles fossem proprietários dela e excluíssem quem não estivesse debaixo do controle deles.

Catolicidade e universalidade

Isso acabava reduzindo o alcance da Igreja a um pequeno círculo, comprometendo a sua catolicidade, que corresponde justamente ao contrário. Porque você sabe que a palavra “católico” significa “universal”, ou seja, a mensagem do Evangelho é para todos, porque Jesus quer salvar a todos.

A ação do Espírito Santo

A ação do Espírito Santo acontece onde Ele quer, quando Ele quer e com quem Ele quer. Pedro teve que quebrar essa barreira de compreensão e afirmou em um dos seus discursos: eu estou compreendendo que Deus não faz acepção de pessoas, que Deus não exclui ninguém. Os demais discípulos também deixaram se guiar pelo Espírito e alargaram o alcance da Boa Nova do Reino dos céus.

Dentro e fora da Igreja

Essa mensagem de hoje não diz respeito apenas à realidade, que está extra ecclesiam, mas também aquelas realidades que estão dentro da nossa própria Igreja, não apenas de fora. Existe uma variedade de grupos, expressões, carismas e espiritualidades que compõem a beleza e a diversidade dos dons que Deus dá à sua Igreja.

O critério de Jesus

Jesus dá o critério para saber se todas essas coisas são obras do Espírito Santo. Ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. E esse é, de fato, um excelente critério. Um grupo de Igreja que se preze não pode nunca, jamais, colocar-se a falar mal do Papa, dos bispos, dos padres, dos outros movimentos de Igreja. Seria um atestado de descredito da própria identidade de católico, alguém que fala mal de um outro grupo dentro da Igreja.

Respeito e diálogo

Como eu disse, o Espírito Santo sopra onde Ele quer, do jeito que Ele quer. A Igreja é uma variedade de dons. Por isso as posições contrárias dentro da Igreja têm uma outra forma de serem expostas. Você pode até discordar de um jeito ou de outro, mas isso precisa ser feito no diálogo, nos espaços de comunhão, de sinodalidade… E não indo para a televisão ou nas mídias, disseminando comentários ácidos e ofensivos contra os próprios irmãos católicos. Isso é inadmissível! Jesus foi bem taxativo.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Heleno Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26/02/2025

ANO C


Mc 9,38-40

Comentário do Evangelho

O Chamado à União nas Missões


O nome de Deus é tão poderoso e sagrado que somente o sumo sacerdote poderia pronunciá-lo uma vez ao ano. Jesus, enviado de Deus, carrega em seu nome o significado de “Deus salva”, manifestando esse poder por meio de curas, milagres e exorcismos. Por meio de seu envio e da autoridade de seu nome, os discípulos recebem a missão de comandar os espíritos impuros, continuando as obras de Jesus (Mc 6,7.13).
João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu, questiona Jesus ao ver alguém fora do grupo usar o nome do Mestre para expulsar demônios. Esse momento reflete uma visão de separação e intolerância, algo que também estava presente nas comunidades primitivas. No entanto, a resposta de Jesus faz um chamado à unidade e ao ecumenismo, convidando todos a somarem forças na missão. A mensagem é clara: devemos cultivar uma postura de acolhimento e diálogo, respeitando as diferenças e focando no que é comum. Somos convidados a receber aqueles que se dispõem a ajudar, pois a missão é grande e necessita de trabalhadores comprometidos.
https://catequisar.com.br/liturgia/o-chamado-a-uniao-nas-missoes/

Comentário do Evangelho

Quem não esta contra nós está a nosso favor


O nome de Deus é poderoso e exige tanto respeito que somente era pronunciado pelo sumo sacerdote uma vez ao ano. Como enviado de Deus, Jesus carrega no significado de seu nome o poder salvífico de “Deus salva”, por meio de curas, milagres e exorcismos. Pelo seu envio e pelo poder de seu nome, os discípulos recebem do Senhor a autoridade sobre os espíritos impuros. Experimentam a continuidade de suas obras (Mc 6,7.13). João, irmão de Tiago, filho de Zebedeu, questiona Jesus sobre alguém que não pertence ao grupo usar o nome do Mestre para expulsar os demônios. Há uma visão de separação e intolerância que assola não só os discípulos, mas também retrata as comunidades primitivas. A exortação de Jesus é um apelo para um verdadeiro ecumenismo, chamado para somar na missão. Com uma postura de abertura e de diálogo, que respeita as diferenças e foca naquilo que é comum, somos chamados a acolher quem está disposto a ajudar na messe que, a cada dia, se torna grande e carece de operários.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/quem-nao-esta-contra-nos-esta-a-nosso-favor

Reflexão

O Evangelho de hoje nos ajuda a refletir sobre a realidade atual da Igreja universal. Quantas pessoas fazem o bem e promovem a justiça, mas, por não se declararem cristãs ou católicas, muitas vezes são desprezadas ou criticadas. Mesmo entre os cristãos, quantos promovem os valores evangélicos, mas, por não fazerem parte formalmente de uma pastoral, grupo ou paróquia, muitas vezes são deixados sós. Temos a tendência de valorizar e promover apenas o que vem de “dentro”, esquecendo-nos de que “quem não está contra nós, está a nosso favor”. Muitas vezes, são membros de “dentro” que acabam fazendo mais resistência e promovendo a desunião. Exemplo claro disso é o magistério do papa Francisco, muitas vezes mais elogiado e seguido fora da Igreja do que dentro. Expulsar demônios significa libertar a pessoa dos males que a aprisionam, que a impedem de viver plenamente. Os cristãos deveriam ajudar e promover qualquer iniciativa que vá nessa direção, mesmo que não seja “oficialmente” ligada à instituição eclesial.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/26-quarta-feira-10/

Reflexão

«Quem não é contra nós, está a nosso favor»

Rev. D. David CODINA i Pérez
(Puigcerdà, Gerona, Espanha)

Hoje escutamos uma recriminação ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem formar parte do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc 9,38). Jesus nos dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas: acolhê-las e aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos, compartilhando sempre um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma orientação, ou seja, caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.
Este modo de viver nossa vocação de “Igreja” nos convida a revisar com paz e seriedade a coerência com que vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto houver “outros” que nos “incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um claro indício de que o amor de Cristo ainda não nos impregna em toda sua profundidade, e nos pedirá a “humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a sabedoria e o amor de Deus”. Definitivamente, aceitar que somos aqueles que Cristo escolhe para anunciar a todos como a humildade é o caminho para aproximar-nos a Deus.
Jesus obrou assim desde sua Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a majestade de Deus na insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo: «Cristo no se contentou em padecer na cruz e com a morte, e quis também fazer-se pobre e peregrino, ir errante e nu, quis ser jogado no cárcere e sofrer as debilidades, para conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou passar nenhuma oportunidade para que possamos viver o amor com os demais, tampouco deixemos passar a ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo de viver sua vocação a formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós, está a nosso favor» (Mc 9,40).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «‘Jesus disse: Não está certo impedir-lhe…’. E é assim que nos disse que não só não nos devemos opor ao bem de qualquer parte que venha, senão que pelo contrário devemos procura-lo quando não exista» (São Beda o Venerável)

- «Fazer o bem é um dever, é um bilhete de identidade que o nosso Pai deu a todos, porque nos fez à sua imagem e semelhança. E Ele faz o bem sempre» (Francisco)

- «A liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, o pai dos seus atos. Os atos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou maus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.749)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-02-26

Reflexão

Deus não quer que ninguém fique excluído

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a “porta fechada” é todo um símbolo. É algo mais que um simples dado sociológico: é uma realidade existencial que vai marcando um estilo de vida, uma maneira de ater-se diante da realidade, diante dos outros. A porta fechada de minha casa está fechada para os outros. São cada vez menos os que podem atravessar esse portal.
A imagem da porta aberta tem sido sempre o símbolo da luz, amizade, alegria, liberdade e confiança. Quando necessitamos recuperar-! No início do ano da fé (2012) a imagem que propôs o Papa Bento, foi a da “porta”, uma porta que tem de cruzar para encontrar o que tanto nos falta.
- A ”porta da fé” nos permite aos Atos dos Apóstolos: “A igreja os enviou e, ao passarem pela Fenícia e por Samaria, contaram como os gentios tinham se convertido; essas notícias alegravam muito a todos os irmãos” (Atos dos Apóstolos 14,27). Deus sempre toma a iniciativa e não quer que nada fique excluído.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-02-26

Comentário sobre o Evangelho

Jesus nos diz: «Quem não é contra nós, está a nosso favor».


Hoje, Jesus convida-nos a abrir o coração e os braços a todos os homens, a todas as mulheres de boa vontade. Há muita gente que faz coisas boas, embora talvez não tenha recebido a nossa fé.
- Quem trabalha para o bem já está no caminho do bem: aí encontrará Jesus. Não lhe cortemos o caminho!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-02-26

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

“A sabedoria comunica vida a seus filhos”, de começo os contraria, prova-os “até que ele a tenha em seus pensamentos e nela deponha sua confiança”, então, “lhe dará alegria... o tesouro da ciência”. Certamente esta foi a experiência do Apóstolo João, que proibira alguém de expulsar demônios em nome de Jesus, porque não era do grupo dos Apóstolos. E Jesus lhe oferece a sabedoria divina: não é estar com Ele que define pertencer a Ele. A identidade de Jesus é fazer o bem, como expulsar demônios. Assim quem faz o bem, conhecendo ou não Jesus, estando ou não com Ele, é, de fato, discípulo seu, assume e multiplica sua vida e missão em favor dos deserdados da humanidade.
Oração
CONCEDEI-NOS, DEUS TODO-PODEROSO, meditar sempre as realidades espirituais, e praticar em palavras e ações o que vos agrada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=26%2F02%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 26/02/2025

ANO C


Mc 9,38-40

Comentário do Evangelho

Jesus não é monopólio da comunidade

Os versículos precedentes (30-37) já nos permitiram afirmar que, diante da discussão de quem seria o maior dentre eles, os discípulos revelam a sua incompreensão em relação ao mistério de Cristo e da sua condição de discípulo.
Quem é esse “alguém” que expulsava demônios em nome de Jesus (cf. v. 38), e a que grupo pertencia, nós não o sabemos, uma vez que o texto não nos oferece nenhuma informação a respeito. E isso porque tal informação ou identificação não é importante.
O nome de Jesus, sua pessoa, não é monopólio da comunidade. O Senhor não é prisioneiro de nenhum grupo, pessoa ou instituição. A sua ação, que liberta o homem das cadeias do mal, não se circunscreve nos limites de um único grupo, pois “ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim” (v. 39). Ademais, ninguém pode fazer o bem se Deus não mover o coração. Deus está na origem do bem; o Senhor está na origem de toda ação que protege e promove a vida do ser humano; é pela autoridade de Cristo (= no nome de) que o mal é vencido.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da atitude fanática e exclusivista de pensar que só quem pertence declaradamente ao círculo de discípulos de Jesus está em condições de fazer o bem.
Fonte: Paulinas em 22/05/2013

Vivendo a Palavra

João interpreta o sentimento bem humano do exclusivismo. Nós pretendemos conservar para nosso pequeno grupo privilégios e vantagens. Jesus ensina a abertura do coração. Assim deve ser a nossa Igreja, se queremos que ela seja a Igreja de Jesus: acolhedora, misericordiosa e fonte de esperança para todos.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/05/2013

vivendo a Palavra

A Igreja de Jesus não é um grupo fechado e nem exclui pessoas. Nela nós somos todos irmãos. Em boa hora nosso Papa Francisco sonha com uma Igreja ‘em saída’, à procura dos irmãos que se encontram afastados. Na verdade, uma mensagem de sabedoria como a do Eclesiástico lida hoje, não pode ser negada a nenhum ser humano.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2019

Reflexão

Uma das maiores dificuldades que podemos encontrar para a compreensão da ação divina no mundo encontra-se no fato de querermos submetê-la aos nossos critérios de inteligibilidade, principalmente no que diz respeito à religião institucional. O que acontece é que muitas vezes o agir divino fica vinculado a critérios meramente humanos ou a ritualismos que estão mais para prática de magia, alquimia e bruxaria do que para um relacionamento filial, de confiança e entrega. Outras vezes, esse agir divino é condicionado ao cumprimento de princípios legais que determinam se Deus pode agir ou não. Devemos nos lembrar que o Senhor é Deus e não nós.
Fonte: CNBB em 22/05/2013

Reflexão

Os discípulos, que não conseguiram curar o menino epilético, neste episódio tentam impedir que alguém de outro grupo expulse demônios em nome de Jesus. Expulsar demônios é libertar as pessoas de tudo o que as oprime e devolver-lhes a possibilidade de viver dignamente. A atitude de João, um dos Doze, revela mentalidade fechada, exclusivista, como se essa prática fosse privilégio somente do pequeno grupo que segue a Jesus de perto. Alguns movimentos de Igreja se comportam como se manipulassem o Espírito Santo a seu bel-prazer. Jesus corrige esse modo de pensar e expõe a máxima que serve de orientação para a Igreja de todos os tempos: “Quem não está contra nós, está a nosso favor”. Quem faz o bem, e leva vida em abundância para os outros, de alguma forma é aliado de Jesus e do seu Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 27/02/2019

Meditando o evangelho

A FAVOR DE JESUS

Os discípulos eram ciosos de sua condição de executadores privilegiados da missão de Jesus. Quiçá, tivessem a tentação de formar um grupinho seleto e fechado para novas adesões. Daí sua irritação quando viram alguém expulsar demônios, no nome de Jesus, sem ser explicitamente do grupo dos doze.
Jesus tenta alargar-lhes os horizontes e fazê-los perceber que existem agentes do Reino, onde menos se espera. Se alguém realmente realiza uma ação taumatúrgica, invocando o nome de Jesus, está proclamando, de maneira patente, sua condição de discípulo, mesmo não fazendo parte do grupo dos doze. O discipulado, portanto, estende-se para além do grupinho inicial, num raio muito mais amplo. O grupo primitivo, de certo modo, devia funcionar como semente de um movimento tendente a crescer e a se tornar, de certa forma, incontrolável. O protesto dos discípulos, em última análise, era motivado pela incapacidade de manter sob controle a propagação dos benefícios do Reino. Jesus não tinha objeções de que a coisa fosse assim. Antes, é assim mesmo que deveria ser.
O surgimento de novos discípulos e dispensadores do Reino não podia ser motivo de tristeza e preocupação. Quanto mais se multiplicasse o número de discípulos, melhor. Assim, o Reino poderia chegar a um número sempre maior de pessoas, recuperando-lhes a vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu alegrar-me com a multiplicação de seus discípulos, através dos quais o Reino vai espalhando seus frutos na história humana.
Fonte: Dom Total em 27/02/2019

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A Firmeza da Fé
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É difícil falar com precisão sobre esse episódio entre Jesus e seus discípulos, refletido pelas comunidades de Marcos pois á primeira vista parece que o foco seria a impotência da comunidade, ali representada pelos discípulos, diante das Forças que oprimem as pessoas, entretanto, o homem que trouxe o filho possesso de um espírito mudo, o seu desespero de PAI e ao mesmo tempo a sua Fé no Cristo Libertador, parece ser o foco principal porque a narrativa termina com uma bela profissão de Fé por parte daquele homem "Creio! Vem em Socorro á minha falta de Fé ".
Com essa afirmação magnífica, de quem coloca toda sua esperança em Jesus, desfaz-se aquela primeira impressão de que ele estava descontente com a comunidade, ali representada pelos discípulos, por estes não terem conseguido expelir o espírito do mal, pois chamou para si toda a culpa... Vem em Socorro á minha falta de Fé... Ele admite que tem Fé e até a professa solenemente com esta afirmação que certamente era uma formula da profissão de Fé da comunidade, mas reconhece que ainda lhe falta.
Quanto a enfermidade, parece que se trata de um ataque epilético, do qual o jovem era portador desde a infância. Cair por terra, espumar e ranger os dentes ficando enriquecido, isso é, paralisado, são ações perniciosas que o pecado e a opressão da força do mal causa na vida de uma pessoa. Qual é o segredo para se conseguir iniciar na vida das pessoas o processo de libertação? Parece que só Jesus tinha a fórmula e não a havia passado á seus discípulos e poderíamos dizer em uma linguagem simples "Não ensinou o pulo do gato".
Nada disso! Na continuidade do evangelho encontramos a explicação, pois os discípulos querem saber onde foi que erraram, por que sentiram-se impotentes diante daquele espírito possessivo que oprimia aquele menino e Jesus, vai lhes falar que a oração e o jejum são as armas principais para se promover uma ação libertadora, isso é, fazer em comunhão com ELE.
Não seria essa a explicação para certos projetos bonitos de nossas comunidades, que acabam não indo para frente? Sim, sem sombra de dúvida, toda e qualquer ação evangelizadora da Igreja, deve e só pode ser feita na espiritualidade onde a oração, a escuta da palavra, os Sacramentos, nos dão a certeza de que estas ações são feitas em sintonia com Jesus. Quando uma comunidade ou um grupo quer ocupar esse lugar que só pertence a Deus, fazendo em nome próprio, o Espírito possessivo acaba vencendo a "parada".
Fonte: NPD Brasil em 22/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

Somos apenas canais da graça

A graça se aproveita de quem ela quiser, da forma que ela quiser, para fazer o Reino de Deus realmente acontecer.

“Jesus disse: ‘Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim’.(Mc 9,39)

Os discípulos estavam inquietos, porque outros, de fora do grupo de Jesus, estavam expulsando demônios. Os discípulos proibiram aquele homem de praticar tal atitude, porque ele não era do grupo do Senhor.
Jesus, então, lhes diz: “Não os proibais”. Meus irmãos, nós, muitas vezes, achamos que a graça de Deus está só sobre nós, sobre o nosso grupo, sobre a nossa Igreja. Nós pensamos que somos donos do Reino dos Céus, donos do Espírito Santo; e que Este só age se for da nossa forma, à nossa maneira e do nosso jeito.
Não é assim que a Palavra de Deus nos ensina. Ela nos mostra que devemos respeitar os diferentes, aqueles que pensam, fazem, pois, se não for da vontade de Deus, não vai para frente. Agora, aquilo que é de Deus só Ele mesmo conhece, porque o Espírito sopra aonde quer e ninguém sabe onde vai parar.
Que saibamos acolher, respeitar e considerar aqueles que não são das nossas pastorais, das nossas atividades, daquilo que nós fazemos. Que nós saibamos considerar aquilo que é diferente, porque o Espírito vai estar onde Ele quiser. Não podemos nos achar donos do Espírito de Deus, pois somos apenas canais da graça.
A graça se aproveita de quem ela quiser, da forma que ela quiser, para fazer o Reino de Deus realmente acontecer.
Que o bom Deus abençoe você com a Sua graça.
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 22/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

É preciso repensar a nossa fé a partir do Mestre Jesus

Jesus Cristo é Aquele que ama, tolera, respeita e acolhe

“Jesus disse: ‘Não o proibais, pois ninguém faz milagres em Meu nome para depois falar mal de Mim. Quem não é contra nós é a nosso favor’.” (Marcos 9,39-40)

Jesus formou um grupo, o grupo dos seus discípulos, dos seus seguidores. Mas havia seguidores d’Ele, pessoas que conheciam a Jesus e que não estavam necessariamente naquele grupo. Eram pessoas que faziam parte da multidão, eles ouviam e aprendiam com Jesus e, com certeza, ao voltar para a casa deles, viveriam o que aprenderam com o Mestre.
Há muitos discípulos de Jesus que não estão em nossos “grupinhos”, não estão em nossas pastorais ou nos nossos ministérios. Há muitos discípulos de Jesus que não estão em nossa Igreja. Há muitos discípulos de Jesus que nem professam a fé cristã por diversas circunstâncias, entre elas, nasceram em lugares onde nem se pode professar a fé ou nem a receberam. Porém, não são contra Jesus, eles são a favor d’Ele.
O convite do Mestre não é só para a questão de proibir, e sim para não nos colocar contra; parar de criar guerra, parar de nos colocar uns contra os outros. Nós somos, muitas vezes, escândalos para o mundo, porque somos as pessoas da Igreja que vivem brigando entre si. É pastoral que não aceita outra pastoral; é grupo que não aceita aquele outro grupo.
Talvez tenhamos feito uma experiência de Deus com uma determinada espiritualidade, mas há outros que fizeram um experiência com Ele, até mais profunda do que a nossa, mas com outra. Não meçamos e nem comparemos a espiritualidade do outro; não caiamos nesse mal.
Quem é que pode conter a ação de Deus e do Espírito? Quem somos nós para dizer que aquela experiência do irmão, que é diferente da minha, não é de Deus? Deixe que o próprio Deus julgue, e que façamos aquilo que é a nossa obrigação que é primeiro a de acolher e, depois, a de é amar.
Não podemos dizer que amamos apenas a quem pensa, prega e fala como nós. Pois, corremos um sério risco de implodimos a fé cristã por não sabermos viver a tolerância, o respeito pelo o que é diferente, por quem faz diferente, por quem prega de uma forma diferente; por quem tem uma experiência de Deus diferente da nossa.
Deixe que o Espírito Santo sopre; que Ele conduza a Igreja. E não sejamos instrumentos do mal; não sejamos instrumentos para combater o outro que pensa diferente de nós.
A coisa mais intolerável, dura, cruel que vemos hoje, nas redes sociais, são pessoas da Igreja atacando as pessoas da própria Igreja. O que vemos são pessoas atacando a padres que não falam como elas, que tem uma experiência de fé diferente da nossa. Precisamos dizer a quem segue essa forma de vida, que isso é qualquer coisa, menos cristianismo, menos seguir Jesus Cristo.
Jesus Cristo é Aquele que ama, tolera, respeita e acolhe. É preciso repensar a nossa fé não a partir de nós, e sim a partir do Mestre Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 27/02/2019

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a vencer nosso egoísmo. Que vejamos em cada ser que colocaste ao nosso lado na jornada desta terra como um filho do teu Amor Paterno e, assim, um irmão nosso a quem devemos amar e cuidar com zelo e generosidade. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/05/2013

Oração FinaL
Pai Santo, livra-nos do comodismo. Dá-nos a sabedoria e o entusiasmo dos discípulos fundadores, para que vejamos, nas portas de nossa Igreja, lugares de saída, às vezes penosa, em busca de irmãos afastados, e não entradas para uma estéril convivência entre amigos. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2019