segunda-feira, 10 de novembro de 2025

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

São Leão Magno - 10 de novembro



O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de “Magno”, que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade. São Leão Magno nasceu em Toscana (Itália) no ano de 395 e depois de entrar jovem no seminário, serviu a diocese num sacerdócio santo e prestativo.
Ao ser eleito Papa, em 440, teve que evangelizar e governar a Igreja numa época brusca do Império Romano, pois já sofria com as heresias e invasões dos povos bárbaros, com suas violentas invasões. São Leão enfrentou e condenou o veneno de várias mentiras doutrinais, porém, combateu com intenso fervor o monofisismo que defendia, mentirosamente, ter Jesus Cristo uma só natureza e não a Divina e a humana em uma só pessoa como é a verdade. O Concílio de Calcedônia foi o triunfo da doutrina e da autoridade do grande Pontífice. Os 500 Bispos que o Imperador convocara, para resolverem sobra a questão do monofisismo, limitaram-se a ler a carta papal, exclamando ao mesmo tempo: “Roma falou por meio de Leão, a causa está decidida; causa finita est”.
Quanto à dimensão social, Leão foi crescendo, já que com a vitória dos desordeiros bárbaros sobre as forças do Império Romano, a última esperança era o eloquente e santo Doutor da Igreja, que conseguiu salvar da destruição, a Itália, Roma e muitas pessoas. Átila ultrapassara os Alpes e entrara na Itália. O Imperador fugia e os generais romanos escondiam-se. O Papa era a única força capaz de impedir a ruína universal. São Leão sai ao encontro do conquistador bárbaro, acampado às portas de Mântua. É certo que o bárbaro abrandou-se ao ver diante de si, em atitude de suplicante, o Pontífice dos cristãos e retrocedeu com todo o seu exército.
Dentre tantas riquezas em obras e escritos, São Leão Magno deixou-nos este grito: “Toma consciência, ó cristão da tua dignidade, já que participas da natureza Divina”.
Entrou no Céu no ano de 461.
São Leão Magno, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2020

São Leão Magno


Natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma, por volta do ano 430; dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.
No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano” – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.
Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão, nas quais a população encontrou abrigo e se salvou.
A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia -, que reconheceu e afirmou a unidade das duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade”.
Sustentador e promotor da primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. De fato, foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez, pobreza, injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias – lê-se em seus escritos – para manter constantemente a justiça e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível”.
Seu Pontificado, que durou vinte e um anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão; o primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”; o primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”. A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro.

São Leão Magno, rogai por nós!

Oração contra o desânimo (composta por São Leão Magno):

Não desista nunca: Nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem ignorados, nem quando a desilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar, nem quando a traição te ferir, nem quando o sucesso te abandonar, nem quando a ingratidão te desconcertar, nem quando a incompreensão te rodear, nem quando a fadiga te prostrar, nem quando tudo tenha o aspecto do nada, nem quando o peso do pecado te esmagar. Invoque sempre a Deus, junte as mãos, reze, sorria… E recomece!

Referência:
vaticannews.va
Fonte: Canção Nova em 2022

São Leão Magno, o 45º Papa da Igreja Católica

Papa e Doutor da Igreja


Origens

São Leão Magno é natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma por volta do ano 430. Dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.

Convenceu Átila a mudar de ideia

No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano” – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.

Impediu a cidade de ser incendiada

Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão. Nas Basílicas, a população encontrou abrigo e se salvou.

São Leão Magno: defendeu a Doutrina da Igreja

Defesa da Doutrina

A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia; que reconheceu e afirmou a unidade das duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade”.

Escritos

Sustentador e promotor da primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. Foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez e pobreza, pelas injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias para manter constantemente a justiça e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível”.

O Primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”

Pontificado

Seu Pontificado, que durou 21 anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão. O primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”. O primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”.

Páscoa

A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro.

Oração contra o desânimo (composta por São Leão Magno):

Não desista nunca: Nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem ignorados, nem quando a desilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar, nem quando a traição te ferir, nem quando o sucesso te abandonar, nem quando a ingratidão te desconcertar, nem quando a incompreensão te rodear, nem quando a fadiga te prostrar, nem quando tudo tenha o aspecto do nada, nem quando o peso do pecado te esmagar. Invoque sempre a Deus, junte as mãos, reze, sorria… E recomece!

Minha oração

“Doutor nas ciências de Cristo, sábio no conhecimento do Mestre dos mestres, sejamos vossos discípulos e nos tornemos grandes conhecedores de Deus. Que Quanto mais o conhecemos mais o amemos e adoremos, o exaltemos acima de tudo! Amém.”

São Leão Magno, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 10 de novembro

- Na antiga Pérsia, o passamento de São Demetriano, bispo de Antioquia. († c. 260)
- Em Tiana, na Capadócia, na hodierna Turquia, Santo Orestes, mártir. († s. III/IV)
- Em Ravena, na Flamínia, hoje nas Marcas, região da Itália, São Probo, bispo. († s. III/IV)
- Na antiga Pérsia, os santos mártires Narsés, bispo, venerável ancião, e José, seu discípulo. († 343)
- Em Cantuária, na Inglaterra, São Justo, bispo. († 627)
- Em Villa del Foro, localidade do Piemonte, região da Itália, São Baudulino, eremita. († s. VIII)
- Em Nápoles, Itália, Santo André Avelino, presbítero da Congregação dos Cónegos Regrantes. († 1608)
- Em Barcelona, na Espanha, o Beato Acisclo Joaquim Piña Piazuelo, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir. († 1936)
- Em Madrid, na Espanha, as beatas Manuela do Sagrado Coração, virgem da Congregação das Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e Companheiras, mártires. († 1936)
- Em Hamburgo, na Alemanha, os beatos Eduardo Müller, Germano Lange e João Prassek, presbíteros da diocese de Lübeck e mártires. († 1943)

Fonte:
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
- Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

São Leão Magno

São Leão I, o Magno
Papa
Século V

Papa e doutor da Igreja (+461)
Nascido provavelmente em Roma, de pais de origem toscana, Leão foi elevado ao sólio pontifício em 440. No seu longo pontificado realizou a unidade da Igreja, impedindo usurpações de jurisdição pelo patriarcado de Constantinopla e vicariato de Arles.
Combateu as heresias dos pelagianos, dos maniqueus, dos nestorianos e sobretudo dos monofisitas, com a célebre Carta dogmática endereçada ao patriarca Flaviano de Constantinopla, na qual expõe a doutrina católica das duas naturezas de Cristo em uma só pessoa. A carta, lida pelos legados romanos na assembleia conciliar de Calcedônia (451), forneceu o sentido e as próprias fórmulas da definição dogmática e marcou época na teologia católica.
Mas não só por esse ato solene Leão teve — o primeiro entre os papas — o título de Magno e, em 1754, o de doutor da Igreja. Ele tinha uma ideia altíssima da própria função. Encarnava a dignidade, o poder e a solicitude do príncipe dos apóstolos.
Os seus 96 sermões e as 173 cartas chegadas até nós mostram-nos um papa paternalmente dedicado ao bem espiritual dos fiéis, aos quais se dirige com uma linguagem sóbria e eficaz. Mesmo não se detendo nos particulares de uma questão doutrinária, expõe os conteúdos dogmáticos dela com clareza e precisão, e ao mesmo tempo com um estilo culto e atento a certa cadência, que torna agradável a sua leitura.
O seu pontificado corresponde a um dos períodos mais atormentados da história; assim, ao cuidado espiritual dos fiéis uniu-se uma solicitude pela salvação de Roma. Quando, na primavera de 452, os hunos transpuseram os Alpes, Valentiniano III, refugiado em Roma, não encontrou outra solução senão rogar ao papa que fosse ao encontro de Átila, acampado perto de Mântua.
Leão foi até ali e convenceu o feroz guerreiro a retirar-se para a outra margem do Danúbio. A lenda conta que Átila viu no céu os apóstolos Pedro e Paulo com as espadas desembainhadas em defesa do pontífice. Este repetiu a mesma tentativa três anos depois com o bárbaro Genserico, mas com menos sucesso. Os vândalos, oriundos da África, aportaram na Itália e adentraram a Cidade Eterna. O papa foi o único a defendê-la e conseguiu que Genserico não a incendiasse nem matasse os habitantes. Em 14 dias de ocupação contentou-se em saqueá-la. A história da arte é-lhe grata.
Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
Fonte: Paulinas em 2015

o Leão Magno, Papa

Chamado Magno pela grandeza de suas obras sua santidade, é o Pontífice mais importante de seu século. Teve que lutar fortemente contra duas classes de inimigos: quão externos queriam invadir e destruir a Roma, e os internos que tratavam de enganar os católicos com enganos e heresias.
Nasceu na Toscana, Itália; recebeu uma esmerada educação e falava muito corretamente o idioma nacional que era o latim. Chegou a ser Secretário do Papa São Celestino, e do Sixto III, e foi enviado por este como embaixador a França para tratar de evitar uma guerra civil que estalaria pela briga entre dois generais.
Desde o começo de seu pontificado deu mostra de possuir grandes qualidades para esse ofício. Pregava ao povo em todas as festas e dele se conservam 96 sermões, que são verdadeiras jóias de doutrina. Aos que estavam longe os instruía por meio de cartas. Conservam-se 144 cartas escritas por São Leão Magno.
Morreu em 10 de novembro do ano 461.

São Leão I (O Grande), Papa

o Leão I (Pontificado:   440 - 461)

Comemoração litúrgica: 10 de Novembro.

Também nesta data: Santa Ninfa e Santa florência

São Leão, célebre  na história da Igreja pelo profundo saber, pelas grandes e extraordinárias virtudes e principalmente pelo brilhante governo que fez, como chefe supremo da cristandade, era natural de Roma. Bem cedo, quando ainda fazia os estudos, pode-se observar-lhe um talento fora do comum, como de fato se distinguiu entre os condiscípulos, sendo entre eles um homem que ocupava o primeiro lugar. Considerando as ciências profanas o acesso para as divinas, com sua aquisição não se contentou, dedicando-se depois ao estudo da teologia e dos livros sacros.
Feito sacerdote, o Papa  Celestino, conhecendo de perto  o grande valor científico e  moral do jovem eclesiástico, ocupou-o logo nos trabalhos administrativos. Por diversas vezes Leão se desempenhou de cargos dificílimos, como delegado apostólico. Foi Leão que descobriu as tramóias hipócritas, que o pelagiano Juliano fazia para obter  a  readmissão  no grêmio da Igreja.
Quando em 440 Xisto III morreu, por unanimidade de votos, foi Leão eleito Papa. O novo Pontífice, conhecendo bem a grande responsabilidade que um chefe da Igreja tem, em longas e fervorosas orações se preparou para os trabalhos deste novo cargo. Roma foi o primeiro campo de sua ação apostólica. Pela oração, pela palavra e pelo exemplo, trabalhou na elevação dos costumes. Às outras dioceses, dentro e fora da Itália dirigiu mensagens episcopais, todas elas documentos de piedade, zelo e prudência. Não estava muito tempo sentado no sólio pontifício, quando começou a campanha contra as heresias, que por toda a parte se levantaram. Eram os maniqueus, os arianos, donatistas, priscilianistas e pelagianos que, quais lobos famintos procuravam infestar o rebanho de Cristo. Em numerosas circulares dirigidas aos bispos, exortou-os a serem vigilantes, indicou-lhes o modo e os meios de combaterem as doutrinas errôneas e em diversos concílios, entre estes, no célebre concílio de Calcedon, foram discutidas e condenadas  as  seitas, que deturpavam a doutrina sobre a encarnação de Cristo.
Prova do seu espírito justiceiro que não conhecia acepção de pessoas, deu numa questão litigiosa entre bispos gálicos, que tinham invocado sua intervenção. No seu julgamento nem poupou a Santo Hilário, cujo rigor excessivo com os bispos subalternos reprovou.
Enquanto Leão com todo empenho, procurava afastar do rebanho de Nosso Senhor a peste do erro, a Europa sofria uma das maiores calamidades que a história conhece: A invasão dos Hunos, chefiados por Átila, que a si próprio se chamava o açoite de Deus. A devastação, o incêndio, pilhagem e a morte marcavam as passagens das terríveis hordas asiáticas. Apavorados, fugiam os povos  à  aproximação delas, para  não serem  vítimas da crueldade  inaudita dos bárbaros. Átila, sem achar resistência pode atravessar o sul da Rússia, a Áustria e a Alemanha. Tendo chegado aos campos catalaúnicos, na França achou quem lhe fizesse frente, e seu exército foi derrotado. Mudando de rumo, teve a intenção de tomar Roma e com este fim, invadiu a Itália. Leão convidou os fiéis à oração e penitência, implorando assim o auxílio divino. Átila tinha chegado já o Ravenna, e os romanos tremiam, na expectativa da cidade sofrer uma invasão. Leão foi ao encontro do tirano, o qual, contra o que se poderia esperar, o recebeu com honras e sinais de respeito. Átila prometeu pôr têrmo à obra devastadora e contentar-se com o pagamento de  um tributo. Posteriormente, perguntado  porque se  curvara diante de um sacerdote indefeso, respondeu: "Não me curvei diante de uma pessoa, mas diante de um ser sobrenatural, que vi ao seu lado ameaçar-me com uma espada flamejante". Átila retirou-se para a Panônia, onde pouco tempo depois morreu.
A vitória que Leão alcançou sobre Átila, não lhe foi possível obter, um ano depois, sobre Genserico, rei dos Vândalos e ariano que, às instigações da imperatriz Eudóxia, invadiu a Itália e  saqueou Roma. Leão apenas conseguiu salvar a cidade do incêndio e as igrejas da profanação. Genserico respeitou a vida dos cidadãos romanos, mas entregou muitos  à escravidão.
Os horrores que Roma sofreu, com a invasão dos Vândalos, Leão atribuiu-os à vida dissoluta e à ingratidão dos romanos. Leão reinou vinte e um anos. Foi um dos mais gloriosos pontificados, devido à sabedoria, prudência e piedade do santo Pontífice.
Deste grande Papa possuímos 101 alocuções e 141 circulares, documentos preciosos, que provam cabalmente que a doutrina católica no século quinto era idêntica à dos nossos  dias.  Leão o Grande, morreu no ano de 461.
REFLEXÕES:
Com franqueza apostólica São Leão apontou a ingratidão e os pecados dos habitantes de Roma, como causadores da grande desgraça da invasão dos Vândalos. Não outros motivos de muitos sofrimentos e calamidades, que caem sobre uma nação, uma sociedade ou família. Deus castiga o pecado e a ingratidão. "É certo - diz São Jerônimo - que fome, guerra, epidemia e outros sofrimentos, são consequências dos nossos pecados". A Sagrada Escritura confirma esta verdade, com numerosíssimos  exemplos. A história do povo judeu é a prova mais patente da reação da  justiça divina, que castiga o mal e recompensa o bem. Os Judeus conheciam muito bem esta tática divina. "Não fomos obedientes aos  vossos  mandamentos - diz o piedoso Tobias - eis porque estamos  entregues ao saque, ao cativeiro e  à morte e  para servirmos de fábula e de  escárnio a  todas as nações, por entre as quais  nos espalhastes". (Tob 3,4). Para afastar de nós os castigos de Deus, devemos recorrer  à penitência; porque só a penitência deve remover o pecado, a virtude deve santificar a  nossa vida, a oração deve  unir-nos a Deus.
Fonte: Página Oriente em 2015

São Leão Magno

Nascimento - No ano 400

Local nascimento - Toscana (Itália)

Ordem - Papa

Local vida - Vaticano- Roma

Espiritualidade - São Leão Magno ou Papa Leão I - 21 anos de pontificado -viveu em uma época dificílima para a Igreja, em controvérsias e incertezas daquele século sacudido por assaltos e incêndios, como um prelúdio em que o mundo ruía. Estabeleceu a doutrina católica contra os monofisistas e convocou o Concílio de Calcedônia, o IV Concílio com 660 bispos orientais, definindo a doutrina das duas natureza de Jesus Cristo: a divina e a humana. Dedicou os últimos seis anos de sua vida a reconstruir ruínas causadas pelos inúmeros saques de vândalos de Genserico obtendo, por diplomacia e humildade, que Roma não fosse incendiada e seus habitantes respeitados. Escreveu 96 sermões e 173 cartas que buscavam alimentar o lado espiritual das pessoas mais simples. Sua célebre "Epístola Dogmática a Flaviano" lida pelos delegados romanos que presidiam a assembleia, forneceu sentido e fórmulas de definição conciliar, criando assim uma efetiva unidade e solidariedade com a sede de Roma, caso único na história da Igreja, até hoje.

Local morte - Roma

Morte - 10 de novembro de 1461, aos 61 anos de idade

Fonte informação - Santo Nosso de cada dia, rogai por nós

Oração - Deus, nosso Pai, embora a Igreja seja formada de vários membros, em Cristo Jesus, vosso Filho, somos um. Pelo batismo fazemos parte da grande família dos filhos de Deus. Por isso, Senhor, inspirai-nos sentimentos de fraternidade, de cooperação, de serviço. São Leão Magno tudo fez para preservar a integridade da fé e a unidade da Igreja. Esforcemo-nos também para construir a unidade em nossas famílias, em nossa comunidade e em nossa nação. Em Cristo Jesus, somos sacerdotes, profetas e reis. Recebei, pois, Senhor Deus, nosso Pai, a oferta de nossa própria vida consagrada ao bem, à justiça e à verdade. Dai-nos o dom das profecias, para que anunciemos a vossa mensagem libertadora, e que o vosso nome seja bendito para sempre. Reinemos com vosso Filho, colocando-nos a serviço de nossos semelhantes, não nos omitindo diante tarefas urgentes de nosso tempo (1 Pedro 2,4ss.).

Devoção - À doutrina Católica e reconstrução dos templos em ruínas

Padroeiro - Dos tempos difíceis da Igreja

Outros Santos do dia - André, Avelino (conf); Demétrio, Probo (bispos); Aniano (diác); Eustásio, Tobério, Modesto, Florência (márts); Trifena e Trifosd, Trifão e Respício (márts.); Noé (patr). Daniel (médico).

Fonte: ASJ em 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 10/11/2025

ANO C


Lc 17,1-6

Comentário do Evangelho

Perdoar sempre, mesmo sete vezes


A perícopa do evangelho de hoje revela-nos duas chaves essenciais para a vida cristã: a fidelidade à Palavra de Deus e a humildade diante das exigências do Reino. Jesus nos chama a estar prontos para acolher os irmãos que se arrependem e, simultaneamente, a reconhecer que a fé — ainda que pequena — tem poder de transformação.
Ao afirmar que, se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda, poderíamos mover uma amoreira, Ele não está apenas falando de milagres espetaculares, mas apontando para o potencial interior da fé autêntica, aquela que não depende de grandiosidade ou aparências. A fé verdadeira habita o coração simples e disponível.
Por outro lado, Jesus insiste no perdão contínuo: “sete vezes num só dia… e sete vezes volta a ti dizendo: ‘Estou arrependido’… tu deves perdoar-lhe”. Esta afirmação radical revoluciona nossa lógica de “justiça superficial”. A graça não opera segundo o cálculo exigido, mas segundo a misericórdia que regenera. O Mestre nos convoca a viver uma fraternidade sem medida — não por fraqueza, mas porque somos sustentados por um Pai que perdoa sem cessar.
Assim, o ponto central do evangelho não é o número “sete” ou a amoreira arrancada no mar, mas a postura do discípulo:

- humilde no reconhecimento da própria fé, ainda que fraca,

- firme no gesto de perdoar, ainda que repetidamente.

Esse caminho exige coragem: coragem para olhar o outro como irmão em caminho, e para descobrir que o perdão é também missão. É construir relações que reflitam o Reino de Deus, onde os pequenos têm lugar, onde a fé cresce silenciosa e atuante.
Que possamos hoje cultivar esse espírito: confiar em Deus com simplicidade e espalhar ao redor nossa misericórdia como sinal concreto de Sua presença.
https://catequisar.com.br/liturgia/perdoar-sempre-mesmo-sete-vezes/

Comentário do Evangelho

Se teu irmão pecar, repreende-o! E se ele se arrepender, perdoa-o!


Jesus apresenta diversas recomendações aos discípulos acerca de evitar escândalos, da correção entre irmãos e da fé. Os escândalos são inadmissíveis, porém, impossíveis de não acontecer em vista do mal presente no mundo. É comparado a uma pedra de moinho no pescoço jogado ao mar, símbolo de prisão e de sofrimento. É algo terrível como fazer cair os pequeninos pelo contratestemunho da fé. Os líderes devem não só evitar os escândalos, mas também cuidar dos irmãos, corrigindo-os fraternalmente. São chamados a acolher o pecador arrependido, praticando o perdão generosamente, como indica a quantidade de vezes, sete, número da perfeição. Os discípulos, que refletem a comunidade cristã primitiva, também se veem fracos na fé. Clamam ao Senhor que a aumente. Jesus prontamente os responde tomando a imagem do grão de mostarda e de um sicômoro. Eles precisam ter a mínima condição de fé, como a menor das sementes, para realizar o impossível aos olhos humanos, como arrancar um sicômoro, árvore muito alta com raízes profundas, para plantá-lo no mar. Peçamos também ao Senhor que aumente nossa fé!
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/se-teu-irmao-pecar-repreende-o-e-se-ele-se-arrepender-perdoa-o-101125

Reflexão

Na leitura do Evangelho de Lucas desta semana, continuaremos a descobrir seus urgentes apelos para nos deixarmos penetrar por um espírito de amor e de generosidade, para nos dirigirmos com confiança para um futuro que revelará todo o esplendor do coração do ser humano que se deixou plasmar por Deus. Hoje, temos três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escândalo na Bíblia equivale à expressão “pedra de tropeço”. Jesus é a “pedra de tropeço” colocada em Sião, sua cruz é escândalo para quem não a aceita, ao passo que é salvação para os que creem nele. A conduta do discípulo, no entanto, deve ser exemplar, não provocando nenhum escândalo, especialmente entre os fracos, sob pena de graves castigos.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/10-segunda-feira-12/

Reflexão

«Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti (...) perdoa-lhe»

Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala de três temas importantes. Em primeiro lugar, da nossa atitude perante as crianças. Se em outras ocasiões elogiaram a infância, nesta somos advertidos do mal que podemos ocasionar-lhes.
Escandalizar não é alvoroçar ou estranhar, como às vezes se entende; a palavra grega usada pelo evangelista foi “skandalon”, que significa objeto que faz tropeçar ou escorregar, uma pedra no caminho ou uma casca de banana, para ficar mais claro. Devemos respeitar as crianças e, «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele que as provoca!» (cf. Lc 17,1). Jesus lhe anuncia um castigo tremendo e o faz com uma imagem muito eloquente. Ainda se encontram na Terra Santa pedras de moinhos antigas; é uma espécie de grandes diabolôs (são parecidas também, em tamanho maior, aos colares que se colocam no pescoço aos traumatizados). Introduzir a pedra no escandalizador e tira-la na água expressa um terrível castigo. Jesus utiliza uma linguajem quase de humor negro. Pobres de nós se danamos as crianças! Pobres de nós se os iniciamos no pecado! E há muitas formas de prejudicá-los: mentir, ambicionar, triunfar injustamente, se dedicar a necessidades que satisfarão sua vaidade...
Em segundo lugar, o perdão. Jesus nos pede que perdoemos tantas vezes como seja necessário e, ainda no mesmo dia, se o outro está arrependido, apesar de que nos magoe a alma: «Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe» (Lc 17,3). O termômetro da caridade é a capacidade de perdoar.
Em terceiro lugar, a fé: Mais que uma riqueza do entendimento (no sentido meramente humano), é um “estado de ânimo”, fruto da experiência de Deus, de poder obrar contando com sua confiança. «A fé é o início da verdadeira vida», diz São Inácio de Antioquia. Quem age com fé consegue coisas assombrosas, assim a expressa o Senhor ao dizer: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria» (Lc 17,6).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A prática da correção fraterna - que tem uma dimensão evangélica - é uma prova sobrenatural de carinho e de confiança. Agradeça-o quando a receberes, e não deixes de a praticar com aqueles com quem convives» (São Josemaría)

- «A fé - confiar em Cristo, acolhê-Lo, deixá-Lo transformar-nos, segui-Lo sem reservas - torna possíveis as coisas humanamente impossíveis» (Bento XVI)

- «Aquele que usa dos poderes de que dispõe, em condições que induzem a agir mal, torna-se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, direta ou indiretamente, favorece. `É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa´(Lc 17,1)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.287)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-10

Reflexão

A fé como “semente da vida interior”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje consideramos um dos textos mais enigmáticos do Novo Testamento. Na realidade, as "montanhas" e "árvores" que removem a fé são as que obstaculizam nossa vida. Estas são quase sempre, muito mais importantes que os que figuram nos mapas.
O ato de fé não é convencer-se de uma ideia ou atribuir um poder à fé, mas que consiste em confiar em que Deus está ai e posso pôr-me em suas mãos. Então desaparecerá a "montanha". O Senhor emprega também o símbolo do "grão de mostarda", que sendo o menor de todos os grãozinhos, acaba convertendo-se em uma árvore onde os pássaros fazem seus ninhos. Este grão de mostarda é um profundo símbolo da fé: alberga, por um lado, a insignificância (que me empobrece), mas também a potencialidade do crescimento. A fé é, sobretudo, uma semente de vida.
—Só serei um verdadeiro crente quando a fé seja uma semente viva que cresce em meu interior, e só então transformará realmente meu mundo trazendo algo novo.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-10

Comentário do Evangelho

Jesus pede aos seus seguidores que confiem em Deus: vamos ter fé!


Hoje, os apóstolos pedem o melhor que se pode pedir a Deus: - Aumenta-nos a fé. A história do cristianismo demonstra que a resposta de Jesus não foi exagerada: a fé dos cristãos removeu impérios e levantou catedrais. A atitude de fé - quer dizer, de confiança - é algo muito humano. Ou, se não é, em que base assentam as amizades, se celebram matrimónios, se criam empresas…? Nada funciona sem confiança.
- Que tem de estranho confiar em Deus? É certo que não O vemos: maior razão para viver de fé. Deus é Deus, não é um árbitro de futebol!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-10

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Em sua Igreja, Jesus deixa encarnada sua divina força, invencível frente ao poder do mal. Pois praticar o mal é o que nos rouba por completo o sentido da vida, seria melhor não existirmos: “é inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar do que escandalizar um desses pequeninos”. O perdão, que é próprio de Deus, por sua incondicional gratuidade, tem que ser incansável. Se tivermos fé, “mesmo pequena como um grão de mostarda”, teremos a força de sempre perdoar, semelhante à força de obrigar à obediência uma amoreira a se arrancar e se plantar no mar.
Coleta
Ó DEUS, jamais permitis que as forças do mal prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos; concedei-lhe, pela intercessão do papa São Leão Magno, permanecer firme na vossa verdade e gozar de paz para sempre. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=10%2F11%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 10/11/2025

ANO C


Lc 17,1-6

Comentário do Evangelho

Atitude que fere a consciência

Lucas justapõe duas advertências e uma admoestação, sem conexão entre si, dirigidas por Jesus aos discípulos. Elas são constituídas como normas para o bom convívio na comunidade e o empenho na missão.
A primeira advertência é sobre o escândalo (skandalon), isto é, sobre aquilo que é causa ou resultado de erro ou pecado. É algo que fere a consciência. Na comunidade, tais ocorrências perturbam e desorientam os mais simples e confiantes, que seriam levados até a desanimar e a se afastar.
A segunda é sobre a correção fraterna e o perdão. É a prática fundamental para o bom convívio comunitário. Pode corrigir até os casos de escândalo. Mesmo no caso de reincidências, a prática da misericórdia pode libertar alguém que necessite de ajuda em seu comportamento falho.
A admoestação, de modo um pouco estranho e simbólico, usa a imagem de uma amoreira que, pela fé, mesmo pequena, pode ser arrancada e plantada no mar. É com esta fé que os discípulos são enviados à missão, para realizar grandes coisas pela manifestação do amor de Deus ao mundo.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
Fonte: Paulinas em 12/11/2012

Comentário do Evangelho

A falta de perdão, de misericórdia, é pedra de tropeço.

O escândalo é pedra de tropeço, é obstáculo que dificulta ou que impede de prosseguir um caminho. Jesus alerta contra o escândalo provocado intencionalmente e que desestimula os membros da comunidade a permanecerem fiéis. A falta de perdão ou a recusa dele, a falta de misericórdia, é pedra de tropeço, é escândalo, pois é incompatível com uma vida que se pretenda cristã. A Igreja como Comunidade dos reconciliados deve ser marcada pela disposição permanente ao perdão: “Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe…” (v. 3). Não se trata de uma atitude, mas de um modo de viver (cf. v. 4). É a fé que nos enraíza em Deus e que nos faz viver segundo o Espírito. Em razão do dinamismo próprio da ação do Espírito em nós, a fé possibilita viver o que, aos olhos do mundo, poderia parecer impossível – perdoar e ser perdoado. A fé não é mensurável, basta crer!
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
Fonte: Paulinas em 11/11/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

AUMENTA-NOS A FÉ!


O texto do Evangelho de hoje unifica sentenças de Jesus sobre três temas: o escândalo, a correção fraterna e a fé. Depois disso, Jesus continua a reflexão sobre a vida comunitária, meditando sobre o serviço humilde e a gratidão. Jesus fala, provavelmente, aos líderes das comunidades. Os problemas seguintes estão sob a responsabilidade deles. O escândalo é uma pedra posta para o outro tropeçar.
São inevitáveis por causa da fragilidade dos que coordenam. Os pequeninos são os mais prejudicados, pois há o perigo do esfriamento ou da perda da fé. A segunda característica importante dessas comunidades é a capacidade de correção entre os irmãos. Jesus oferece o processo pedagógico: se o irmão pecar, deve ser corrigido; se ele se converter, deve ser perdoado.
O perdão sempre deve ser oferecido a quem está verdadeiramente arrependido. Fundamental é a reconciliação da comunidade. Evitar o escândalo contra os pequeninos e perdoar o pecador arrependido é, na verdade, algo relacionado à dimensão da fé. Por isso, os discípulos percebem a fragilidade de sua fé. E suplicam: “Aumenta a nossa fé!”.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 13/11/2023

Vivendo a Palavra

Disposição sem limites para perdoar e o desejo de aumentar nossa fé – são os temas do Evangelho de hoje. A nossa capacidade de perdão é a medida que indica o nosso progresso no caminho da fé e a certeza de darmos aos irmãos um testemunho honesto e transparente, isento de escândalos.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2012

Vivendo a Palavra

O Evangelho nos adverte sobre escândalos que podemos produzir perante os pequeninos. Como discípulos de Jesus, nós devemos ser testemunhas vivas do Amor entre os homens, que se manifesta de maneira privilegiada no perdão sem limites concedido aos que peregrinam neste planeta jardim que nos foi confiado para usufruto e preservação.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina a correção fraterna. Tudo parte da consciência dos nossos limites e da nossa fragilidade diante das seduções do mundo. E a ajuda ao irmão em dificuldade passa pela delicadeza, pela discrição, pelo respeito à liberdade de filhos muito amados do Pai Misericordioso, que somos todos nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho nos adverte sobre escândalos que podemos produzir perante os pequeninos. Como discípulos de Jesus, nós devemos ser testemunhas vivas do Amor entre os homens, que se manifesta de maneira privilegiada no perdão sem limites concedido aos que peregrinam neste bonito planeta jardim, a nós emprestado para preservação, usufruto e partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2019

Reflexão

A misericórdia é um dos valores evangélicos mais importantes e ser misericordioso significa, antes de tudo, ser capaz de colaborar com a salvação das pessoas, ser capaz de perdoá-la. Mas perdoar não significa esquecer, deixar de lado, pois o perdão não pode negar a verdade nem a responsabilidade da pessoa diante dos fatos. Perdoar significa não querer a punição para quem é culpado, mas sim criar condições para que ele possa se reerguer e reparar o mal que realizou. E somente aquela pessoa que tem fé é capaz de perdoar verdadeiramente, porque somente quem acredita no Deus misericordioso é capaz de agir verdadeiramente com misericórdia.
Fonte: CNBB em 12/11/2012 11/11/2013

Reflexão

Três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escandalizar é dar mau exemplo, dificultar a prática da justiça e o seguimento a Jesus. Para a boa vivência comunitária, quem errou deve manifestar arrependimento e pedir perdão. Se Jesus tanto recomendou o perdão, é por causa da dificuldade que temos de perdoar, e porque não há progresso na vida espiritual sem a atitude do perdão. O perdão que concedemos a quem nos ofende é a chave para obtermos de Deus seu perdão libertador. Finalmente, a fé é um exercício constante. À medida que obtivermos, pela fé, as graças de que necessitamos, nossa fé se fortalece. É um esforço cotidiano e atitude constante de confiança em Deus. A fé é dom de Deus, mas precisamos cultivá-la sem cessar.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 11/11/2019

Reflexão

Três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escandalizar é dar mau exemplo, dificultar a prática da justiça e o seguimento a Jesus. Para a boa vivência comunitária, quem errou deve manifestar arrependimento e pedir perdão. Se Jesus tanto recomendou o perdão, é por causa da dificuldade que temos de perdoar e porque não há progresso na vida espiritual sem a atitude do perdão. O perdão que concedemos a quem nos ofende é a chave para obtermos de Deus seu perdão libertador. Finalmente, a fé é um exercício constante. À medida que obtivermos, pela fé, as graças de que necessitamos, nossa fé se fortalece. É um esforço cotidiano e atitude constante de confiança em Deus. A fé é dom de Deus, mas precisamos cultivá-la sem cessar.
Oração
Senhor Jesus, em breve mensagem, preciosos ensinamentos. Não escandalizar os pequeninos significa não atrapalhar o progresso que fazem os que assumiram os valores do Reino. Além disso, tu nos recomendas perdoar, sem medida, aos que nos ofenderam; enfim, tu nos ensinas a fazer bom uso de nossa fé. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 08/11/2021

Reflexão

Três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escandalizar é dar mau exemplo, dificultar a prática da justiça e o seguimento a Jesus. Para a boa vivência comunitária, quem errou deve manifestar arrependimento e pedir perdão. Se Jesus tanto recomendou o perdão, é por causa da dificuldade que temos de perdoar, e porque não há progresso na vida espiritual sem a atitude do perdão. O perdão que concedemos a quem nos ofende é a chave para obtermos de Deus seu perdão libertador. Finalmente, a fé é um exercício constante. À medida que obtivermos, pela fé, as graças de que necessitamos, nossa fé se fortalece. É um esforço cotidiano e atitude constante de confiança em Deus. A fé é dom de Deus, mas precisamos cultivá-la sem cessar.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 13/11/2023

Reflexão

«Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti (...) perdoa-lhe»

Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala de três temas importantes. Em primeiro lugar, da nossa atitude perante as crianças. Se em outras ocasiões elogiaram a infância, nesta somos advertidos do mal que podemos ocasionar-lhes.
Escandalizar não é alvoroçar ou estranhar, como às vezes se entende; a palavra grega usada pelo evangelista foi “skandalon”, que significa objeto que faz tropeçar ou escorregar, uma pedra no caminho ou uma casca de banana, para ficar mais claro. Devemos respeitar as crianças e, «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele que as provoca!» (cf. Lc 17,1). Jesus lhe anuncia um castigo tremendo e o faz com uma imagem muito eloquente. Ainda se encontram na Terra Santa pedras de moinhos antigas; é uma espécie de grandes diabolôs (são parecidas também, em tamanho maior, aos colares que se colocam no pescoço aos traumatizados). Introduzir a pedra no escandalizador e tira-la na água expressa um terrível castigo. Jesus utiliza uma linguajem quase de humor negro. Pobres de nós se danamos as crianças! Pobres de nós se os iniciamos no pecado! E há muitas formas de prejudicá-los: mentir, ambicionar, triunfar injustamente, se dedicar a necessidades que satisfarão sua vaidade...
Em segundo lugar, o perdão. Jesus nos pede que perdoemos tantas vezes como seja necessário e, ainda no mesmo dia, se o outro está arrependido, apesar de que nos magoe a alma: «Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe» (Lc 17,3). O termômetro da caridade é a capacidade de perdoar.
Em terceiro lugar, a fé: Mais que uma riqueza do entendimento (no sentido meramente humano), é um “estado de ânimo”, fruto da experiência de Deus, de poder obrar contando com sua confiança. «A fé é o início da verdadeira vida», diz São Inácio de Antioquia. Quem age com fé consegue coisas assombrosas, assim a expressa o Senhor ao dizer: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria» (Lc 17,6).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A prática da correção fraterna - que tem uma dimensão evangélica - é uma prova sobrenatural de carinho e de confiança. Agradeça-o quando a receberes, e não deixes de a praticar com aqueles com quem convives» (São Josemaría)

- «A fé - confiar em Cristo, acolhê-Lo, deixá-Lo transformar-nos, segui-Lo sem reservas - torna possíveis as coisas humanamente impossíveis» (Bento XVI)

- «Aquele que usa dos poderes de que dispõe, em condições que induzem a agir mal, torna-se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, direta ou indiretamente, favorece. `É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa´(Lc 17,1)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.287)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 13/11/2023

Reflexão

A fé como “semente da vida interior”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje consideramos um dos textos mais enigmáticos do Novo Testamento. Na realidade, as "montanhas" e "árvores" que removem a fé são as que obstaculizam nossa vida. Estas são quase sempre, muito mais importantes que os que figuram nos mapas.
O ato de fé não é convencer-se de uma ideia ou atribuir um poder à fé, mas que consiste em confiar em que Deus está ai e posso pôr-me em suas mãos. Então desaparecerá a "montanha". O Senhor emprega também o símbolo do "grão de mostarda", que sendo o menor de todos os grãozinhos, acaba convertendo-se em uma árvore onde os pássaros fazem seus ninhos. Este grão de mostarda é um profundo símbolo da fé: alberga, por um lado, a insignificância (que me empobrece), mas também a potencialidade do crescimento. A fé é, sobretudo, uma semente de vida.
—Só serei um verdadeiro crente quando a fé seja uma semente viva que cresce em meu interior, e só então transformará realmente meu mundo trazendo algo novo.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 13/11/2023

Recadinho

Fé e perdão! Quem tem fé perdoa. Mas quem precisa ser perdoado, só o merece se demonstra arrependimento e não somente em palavras, mas em ações concretas! As palavras o vento leva! O testemunho de vida faz surgir marcas de amor no coração!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/11/2013

Meditação

Só podemos perdoar a alguém se reconhecemos sua culpa. Por isso mesmo, a culpa do outro nunca nos dispensa do perdão, nem o amor nos obriga a desconhecer sua culpa. Só o amor nos torna possível o perdão, que é sempre gratuito, ou não será perdão. Só podemos perdoar ─ ainda que sete vezes ao dia ─ se o poder de Cristo mudar nosso coração e nos fizer participar do amor do Pai.
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 13/11/2023

Comentário sobre o Evangelho

Jesus pede aos seus seguidores que confiem em Deus: vamos ter fé!


Hoje, os apóstolos pedem o melhor que se pode pedir a Deus: - Aumenta-nos a fé. A história do cristianismo demonstra que a resposta de Jesus não foi exagerada: a fé dos cristãos removeu impérios e levantou catedrais. A atitude de fé - quer dizer, de confiança - é algo muito humano. Ou, se não é, em que base assentam as amizades, se celebram matrimónios, se criam empresas…? Nada funciona sem confiança.
- Que tem de estranho confiar em Deus? É certo que não O vemos: maior razão para viver de fé. Deus é Deus, não é um árbitro de futebol!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 13/11/2023

Meditando o evangelho

EVITAR OS ESCÂNDALOS

O relacionamento, no interior da comunidade cristã, deve ser de fraternidade e de respeito mútuos. Contudo, as pessoas que estão dando os primeiros passos na fé merecem atenção especial. Não devem ser tratadas com intolerância e impaciência por quem se considera firme e maduro na sua adesão a Jesus. Esse tratamento poderia levá-las ao desespero, acabando por abandonarem sua caminhada de fé. A isso chamamos de escândalo. E Jesus advertiu seus discípulos a evitá-lo.
A ofensa feita a uma pessoa fraca na fé atinge o próprio Deus. Daí o castigo terrível que Jesus sugeriu para quem escandalizar um pequenino. É Deus o primeiro interessado em que alguém se converta ao Reino anunciado por Jesus, e se esforce por adequar sua vida a esse mesmo Reino. Porque conhece a fraqueza humana, o Pai sabe que ninguém é capaz de atingir a maturidade da fé, da noite para o dia. O processo é lento e penoso, feito de altos e baixos. Ele acompanha, com carinho e paciência, cada discípulo do Reino que se esforça para crescer na fé.
Deus não suporta que alguém se intrometa e ponha a perder a obra de sua graça. E o escândalo, em última análise, consiste em desfazer a obra de Deus, no coração das pessoas. Portanto, é obrigação da comunidade colaborar para que os pequeninos, apesar de suas quedas, sigam adiante, fazendo amadurecer sempre mais a própria fé.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível e atencioso para com meus irmãos de fé, especialmente os mais fracos e carentes de apoio.
Fonte: Dom Total em 13/11/201711/11/2019 08/11/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Atitude que fere a consciência
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Lucas justapõe duas advertências e uma admoestação, sem conexão entre si, dirigidas por Jesus aos discípulos. Elas são constituídas como normas para o bom convívio na comunidade e o empenho na missão.
A primeira advertência é sobre o escândalo (skandalon), isto é, sobre aquilo que é causa ou resultado de erro ou pecado. É algo que fere a consciência. Na comunidade, tais ocorrências perturbam e desorientam os mais simples e confiantes, que seriam levados até a desanimar e a se afastar.
A segunda é sobre a correção fraterna e o perdão. É a prática fundamental para o bom convívio comunitário. Pode corrigir até os casos de escândalo. Mesmo no caso de reincidências, a prática da misericórdia pode libertar alguém que necessite de ajuda em seu comportamento falho.
A admoestação, de modo um pouco estranho e simbólico, usa a imagem de uma amoreira que, pela fé, mesmo pequena, pode ser arrancada e plantada no mar. É com esta fé que os discípulos são enviados à missão, para realizar grandes coisas pela manifestação do amor de Deus ao mundo.
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
Fonte: NPD Brasil em 12/11/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Escândalo, perdão e Fé...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

(esta reflexão dá pano pra manga...)
Há nesse evangelho três palavras ou ações, que nos obriga a uma compreensão em sua conjuntura, pois elas estão interligadas e se relacionam, não são palavras soltas e então é melhor falarmos com alguém das comunidades de Lucas, lá dos anos 80 D.C.

___Olá querido irmão, nossas comunidades aqui do Terceiro Milênio da Era Cristã te saúdam, desejando Graça e Paz de Jesus Cristo, escute, essas três palavras ou ações que aparecem nesse evangelho, parece que têm de serem refletidas em seu conjunto...
__Claro que sim, senão vocês vão focar a reflexão só na palavra escândalo, na amplitude que ela tem aí no meio de vocês...

___É mesmo, a gente não gosta muito dessa palavra, os pecados de membros do Clero, ligados a questão da pedofilia ou abusos sexuais, acaba com a imagem da nossa Igreja...
___Aí é que está... A questão colocada pelo Mestre é bem mais profunda do que uma indignação diante de eventuais escândalos de membros da igreja, aqui se fala de um escândalo que tem o efeito de uma implosão, isso é, dentro da comunidade, matando principalmente os pequenos...

___Mas esse é pior do que os escândalos divulgados pela Mídia, quando acontecem?
___Nossa! São bem mais graves e de efeito terrível. Vamos pegar a questão do perdão, por exemplo, que o evangelho enfatiza. Há uma compreensão errônea de que o perdão deve ser dado uma só vez...

___Ué? E não é isso? A pessoa o procura, pede perdão, você perdoa a ofensa e "Já Elvis".
___Será que é tão fácil assim? E depois o que acontece quando os dois se encontram em uma celebração ou em uma reunião...

___Ah... A gente fica se remoendo lembrando-se da mágoa que a pessoa nos causou, isso nos deixa sempre "armados" contra ela, é verdade que já perdoamos, porém, a relação fica estremecida, não há como negar...
___Pois é... Então não houve perdão coisa nenhuma! Não há convivência tranquila, diálogo, amizade, comunhão de vida... Perdoar é refazer a relação rompida, que acontece em cada encontro com aquele que perdoamos, é abrir um sorriso, é saudá-lo com alegria, é chamá-lo de meu irmão, e assim em cada encontro desses o perdão dado se renova e vai sendo confirmado com as nossas atitudes amistosas e fraternas...

___Xi mermão! Então a coisa é muito complicada, pois a gente não se esquece da mágoa e fica se remoendo cada vez que está diante daquele que nos ofendeu, mesmo depois de perdoado.
___Pois é, tens razão nesse argumento, mas é esse o perdão que o Mestre ensinou, e que não é impulsionado pela carne, mas pelo Espírito Santo na Força da Fé, pois sem ela, as relações estremecidas não se refazem e o nosso amor pelo outro é uma grande mentira.

___Ah... Agora entendi porque Jesus falou "Se tivésseis fé, ainda que pequenina como um grão de mostarda, direis a esta amoreira, arranca-te daqui e te plantes ao mar, e ela vos obedecerá”...
___Exatamente, as mágoas e ressentimentos, rancores forma esse emaranhado, como a raiz de uma amoreira, dentro do nosso coração, somente a força da Graça de Deus, que age pela nossa Fé, é que consegue arrancar o mal enraizado em nós...

___Êita meu irmão, se é isso, concluo que as coisas aí na sua comunidade, não estavam lá muito boas, tinha irmãos e irmãs se odiando, e com essas brigas e falta de amor, os pequenos iniciantes na caminhada da Fé, vão mesmo desanimando por desacreditarem o amor fraterno e cristão...
___Pronto! É isso, a reflexão se fecha assim, e aí nas comunidades cristãs do seu tempo, está tudo beleza? Sem escândalos, vivendo-se o amor que perdoa a tudo e a todos, na força da Fé?...

___Ah mermão, tem muita pedra de moinho por aí?  Então, manda um caminhão para cá...

2. Perdoa-lhe! - Lc 17,1-6
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Pequeninos são os discípulos de Jesus. De modo particular, “pequenos” são também as crianças que precisamos todos aprender a respeitar. Não se pode colocar pedras de tropeço em seu caminho. Isso significa escandalizar. Escandaliza quem atrapalha o desenvolvimento de alguém ou o leva para o mau caminho. Isto é sofrer violência. Não conseguimos evitar todos os escândalos, mas é preciso tentar. Jesus não titubeia em jogar ao mar, com uma pedra de moinho ao pescoço, quem escandaliza uma criança. Criança é para ser amada e suportada, porque necessitam de suporte. “Pequenos” são também todos os seguidores de Jesus. Entre eles, as relações devem ser de fraternidade, que se mostra na correção fraterna e no perdão. “Aumenta a nossa fé!”, pediram os apóstolos, porque a fé está na base de todas as nossas decisões. Com a fé teológica, acreditamos em Deus e em tudo o que ele nos revelou. Com a fé antropológica, acreditamos ao menos no valor do ser humano. Não colocar pedra de tropeço diante de ninguém é atitude de quem tem fé e não quer escandalizar.
Fonte: NPD Brasil em 11/11/2019

Liturgia comentada

Sete vezes... (Lc 17, 1-6)
Não. Não se trata de neutralidade diante do mal. Aquele que erra precisa de correção. A impunidade sempre reforça o erro. Mas os arrependidos merecem perdão. Uns mais, outros menos, todos nós erramos um dia e precisaremos do perdão.
Não fosse tão imperiosa a necessidade de ser perdoado, o Senhor não nos teria ensinado a rezar: “Perdoai as nossas dívidas” [na nova tradução, “perdoai as nossas ofensas”]. Quando o perdão nos é negado, cresce em nós o remorso, o sentimento de culpa e, mesmo, o desespero. Foi um perdão excessivamente adiado que fez de Absalão o inimigo nº 1 de seu pai, Davi. (Cf. 2Sm 14, 24.)
Ao contrário, quando lemos no Evangelho que o Paraíso foi reinaugurado com a entrada inesperada de um criminoso arrependido – a quem, eufemisticamente, chamamos de “bom ladrão” (cf. Lc 23, 43) – tomamos consciência de que também nós podemos ter acesso ao perdão divino.
Sim, dois mil anos depois de Cristo, ainda temos dificuldades em relação ao perdão. Primeiro, a dificuldade em pedir perdão. Oscilamos entre o desespero (modalidade de orgulho que nos leva a pensar que nosso pecado foi maior que a misericórdia divina) e a arrogância (eu sou assim; quem quiser, que me engula do jeito que eu sou)... A seguir, a dificuldade de dar perdão. Arrazoamos: “Se perdoo já, mostro fraqueza... Vão abusar e recair no erro... É melhor um tempo de silêncio, um “gelo”, com relações cortadas... Vou adiar, dar uma de ‘durão’, dificultar as coisas...”
E não percebemos o essencial: quando alguém é perdoado, especialmente em matéria grave, tem a oportunidade de experimentar o amor que ainda desconhece. Assim o cônjuge que trai, se arrepende e pede perdão, ao recebê-lo, é levado a meditar: “Puxa! A que ponto ele (ela) me ama! A ponto de me perdoar!” E, assim, vê-se impelido a pagar amor com amor...
Sete vezes! Para os semitas, o nº “7” é a cota da plenitude. Logo, perdoar “sete vezes” significa perdoar sempre. Seria estranha ao Evangelho de Jesus a atitude de quem diz: “Vou perdoar... mas não me caia noutra! É a última vez!”
A cada vez que nos confessamos – mesmo repetindo pecados habituais -, Deus nos perdoa como se fosse da primeira vez. É preciso reconhecer: parece que Ele não tem boa memória para nossos crimes. Perdoa e esquece.
Tentaríamos imitá-lo?
Orai sem cessar: “Amai vossos inimigos!” (Mt 5, 44)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 11/11/2013

HOMILIA

A NECESSIDADE DO PERDÃO

A frase chave do evangelho de hoje é: Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Em termos práticos, perdão significa abrir mão do direito de mover uma ação contra o ofensor. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus para o perdão a um ofensor dá a ambas as partes um novo começo, rumo a uma vida melhor. O perdão de Deus é a remoção da culpa e da penalidade total de nossos pecados sem qualquer merecimento nosso.
O perdão é necessário porque as ofensas são muitas. Jesus disse, É inevitável que venham escândalos mas ai do homem pelo qual eles vêm (Lc 17:1)! Nós ofendemos e somos ofendidos. Este é um problema comum nas relações humanas. Ofendemos os outros por atos, atitudes ou por palavras (Tg 3:2). O cristão sincero deve ser cuidadoso para não ofender nem sentir as ofensas pelos atos dos outros. Isto requer uma vigilância constante: Vigai e orai para não cairdes em tentação, advertiu-nos Jesus.
O perdão é necessário por causa do mandamento de Deus. E Deus é bastante enfático sobre isto. Temos de perdoar cada ofensa repetidas vezes (Lc 17:3,4). Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Cl 3:12,13). Quer dizer, tudo que for oposto ao espírito de perdão deve ser abandonado de uma vez por todas, e ser substituído por bondade, simpatia, e perdão. Neste capítulo não há meio termo. Ou perdoamos uns aos outros ou nos rebelamos contra Deus.
O perdão é necessário porque não perdoar é prejudicial. Jesus advertiu que tal espírito é tão grave que Deus não perdoará a pessoa que não quiser perdoar outra (Mt 6:12,14,15). Porque? Porque um espírito não perdoador é pecado. É tão grave que se uma pessoa persiste nele, deve ser excluída da comunhão da igreja (Mt 18:7-9). Um espírito amargo é algo muito sério diante de Deus, merecendo a mais severa disciplina.
Perdoe todas as ofensas. Se alguém te ofender, quer seja por palavras, obras, ou atitude, perdoe. Se o erro repetir mais vezes, ainda que seja no mesmo dia, perdoe (Lc 17:4). Perdoe verdadeiramente. Não deixe que as ofensas se acumulem de modo a resultar num grande fardo. Teu perdão deve remover a ofensa para longe assim como Deus nos tem perdoado.
Perdoe de uma vez para sempre. Tu podes dizer, eu posso perdoar, mas não posso esquecer. Deus não nos ordena a esquecer. Ele está preocupado que o nosso perdão seja tão completo que se nós lembrarmos da ofensa, será para louvar a Deus pelo perdão, não para sentir mais tarde, mágoa pela ofensa.
Confie plenamente no Senhor. Perdão é um exercício espiritual. Quando Jesus terminou seu ensino sobre o perdão, os discípulos responderam: "aumenta-nos a fé" (Lc 17:5). O perdão pode ser estendido as pessoas através da fé em Deus.
Submeta-te totalmente ao Espírito Santo. As virtudes mencionadas em Colossenses 3:12,13, relativas a como fazer para perdoar, estão intimamente ligadas aos frutos do Espírito enumerados em Gálatas 5:22,23. Isto indica que a capacidade para o verdadeiro perdão vem do ministério do Espírito Santo no crente. O cristão que é cheio do Espírito e anda no Espírito não entristecerá o Espírito com uma atitude amarga que recusa perdoar.
Siga explicitamente o exemplo de Cristo. Assim como Cristo vos perdoou, assim também fazei vós (Cl 3:13). Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo (Ef 4:32) Jesus mesmo deixou-nos o exemplo de perdão para seguirmos.
Ame abnegadamente a pessoa que não merece. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor (Cl 3:14). Este espírito capacitará você a agir bondosa e pacientemente com o ofensor. O amor é sofredor, é benigno, não se irrita, não suspeita mal; ...tudo sofre. O amor nunca falha (I Co 13:4-8). O amor de Deus é a resposta para toda nossa amargura e sentimentos irreconciliáveis.
Descanse completamente na paz de Deus. Se permitires que a paz de Deus domine em teu coração, tu terás pouco problema com a falta de perdão (Cl 3:15). Quando tu "guardas a unidade do Espírito pelo vinculo da paz", tu não terás problema com o espírito de irreconciliação (Ef 4:3). A amargura e a mágoa que acompanham um espírito irreconciliável destruirão a paz do coração. A paz e o espírito que não poderão viver juntos. Se pensares: Não posso viver com a pessoa que agiu errado comigo, lembra-te de que é a paz de Deus que deve reinar no seu coração. Se não podes amar essa pessoa, peça a Deus para amar esta pessoa por ti e Ele o fará! Amando com o amor de Deus, tu serás cheio da paz de Deus (Ef 4:1-3). Perdão significa abrir mão, de uma vez para sempre, do direito de mover uma questão contra uma pessoa, ou seja, de vingar-se dela. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus é que tanto o ofensor como o ofendido tome um novo começo, rumo a uma vida melhor. Esteja disposto a cultivar a graça do perdão e serás feliz por todo o sempre diante de Deus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 11/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Perdoe de uma vez para sempre

Postado por: homilia
novembro 12th, 2012

A frase chave do Evangelho de hoje é: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe”.
Em termos práticos, perdão significa abrir mão do direito de mover uma ação contra o ofensor. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus para o perdão a um ofensor dá a ambas as partes um novo começo, rumo a uma vida melhor. O perdão divino é a remoção da culpa e da penalidade total de nossos pecados sem qualquer merecimento nosso.
O perdão é necessário porque as ofensas são muitas. Jesus disse: “É inevitável que venham escândalos. Mas ai do homem pelo qual eles vêm!” (Lc 17,1). Nós ofendemos e somos ofendidos. Este é um problema comum nas relações humanas. Ofendemos os outros por atos, atitudes ou por palavras (cf. Tg 3,2). O cristão sincero deve ser cuidadoso para não ofender nem sentir as ofensas pelos atos dos outros. Isto requer uma vigilância constante: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, advertiu-nos Jesus.
O perdão é necessário por causa do mandamento de Deus. E Deus é bastante enfático sobre isto. Temos de perdoar cada ofensa repetidas vezes (Lc 17,3-4).
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3,12-13). Quer dizer, tudo que for oposto ao espírito de perdão deve ser abandonado de uma vez por todas, e ser substituído por bondade, simpatia e perdão. Neste capítulo não há “meio termo”. Ou perdoamos uns aos outros ou nos rebelamos contra Deus.
O perdão é necessário, porque não perdoar é prejudicial. Jesus advertiu que tal espírito é tão grave que Deus não perdoará a pessoa que não quiser perdoar outra (cf. Mt 6,12.14-15). Se uma pessoa persiste em não perdoar, deve ser excluída da comunhão da Igreja (cf. Mt 18,7-9). Um espírito amargo é algo muito sério diante de Deus, merecendo a mais severa disciplina.
Perdoe todas as ofensas. Se alguém lhe ofender, quer seja por palavras, obras ou atitude, perdoe. Se o erro repetir mais vezes, ainda que seja no mesmo dia, perdoe (Lc 17,4). Perdoe verdadeiramente. Não deixe que as ofensas se acumulem de modo a resultar num grande fardo. Seu perdão deve remover a ofensa para longe, assim como Deus nos tem perdoado.
Perdoe de uma vez para sempre. Você pode dizer: “Eu posso perdoar, mas não posso esquecer!” Deus não nos ordena a esquecer. Ele está preocupado que o nosso perdão seja tão completo que, se nos lembrarmos da ofensa, será para louvar a Deus pelo perdão. Não para sentir mais tarde mágoa pela ofensa.
Confie plenamente no Senhor. Perdão é um exercício espiritual. Quando Jesus terminou Seu ensinamento sobre o perdão, os discípulos responderam: “Aumenta-nos a fé” (Lc 17,5). O perdão pode ser estendido às pessoas por meio da fé em Deus.
Submeta-se totalmente ao Espírito Santo. As virtudes mencionadas em Colossenses 3,12-13 relativas a como fazer para perdoar, estão intimamente ligadas aos frutos do Espírito enumerados em Gálatas 5,22-23. Isto indica que a capacidade para o verdadeiro perdão vem do ministério do Espírito Santo naquele que crê. O cristão que é cheio do Espírito – e anda no Espírito – não entristecerá o Espírito Santo com uma atitude amarga que recusa a perdoar.
Siga explicitamente o exemplo de Cristo: “Assim como Cristo vos perdoou, assim também fazei vós” (Cl 3,13). “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4,32). Jesus mesmo deixou-nos o exemplo de perdão para seguirmos.
Ame com gratuidade a pessoa que não merece. E, sobre tudo isto, “revesti-vos de amor”(Cl 3,14). Este espírito capacitará você a agir bondosa e pacientemente com quem lhe ofendeu. “O amor é sofredor, é benigno, não se irrita, não suspeita mal; …tudo sofre. O amor nunca falha” (I Cor 13,4-8). O amor de Deus é a resposta para toda nossa amargura e sentimentos irreconciliáveis.
Descanse completamente na paz de Deus. Se você permitir que a paz de Deus domine seu coração, você terá pouco problema com a falta de perdão (cf. Cl 3,15). Quando você guarda “a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” não terá problema com o espírito de irreconciliação (Ef 4,3).
A amargura e a mágoa que acompanham um espírito irreconciliável destruirão a paz do coração. A paz e o espírito irreconciliável não poderão viver juntos. Se você pensar: “Não posso viver com a pessoa que agiu errado comigo”, lembre-se de que é a paz de Deus que deve reinar no seu coração. Se não pode amar essa pessoa, peça a Deus para amar esta pessoa por você e Ele o fará! Amando com o amor de Deus, você será cheio de paz (cf. Ef 4,1-3).
Perdão significa abrir mão, de uma vez para sempre, do direito de mover uma questão contra uma pessoa, ou seja, de vingar-se dela. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus é que tanto o ofensor como o ofendido tomem um novo começo, rumo a uma vida melhor.
Esteja disposto a cultivar a graça do perdão e você será feliz para todo o sempre diante de Deus!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/11/2012

HOMILIA DIÁRIA

Três importantes ensinamentos para o nosso coração

A Palavra de Deus hoje tem três coisas importantíssimas para o nosso coração.

“Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’” (Lc 17,5)

Meus amados irmãos e irmãs em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a Palavra de Deus hoje tem três coisas importantíssimas para o nosso coração. A primeira delas é que nós não podemos ser motivo de escândalo para ninguém, não podemos ser motivo de desânimo na fé; e isso tem de começar em nossa própria casa.
O escândalo é uma ocasião de contradição, é apontarmos uma direção, mas fazermos outra coisa. São escandalosos os pais que não dão bons exemplos para seus filhos; é um escândalo falarmos uma coisa, mas vivermos outra; é um escândalo não testemunharmos a nossa fé. Que nós não sejamos causa de queda para ninguém.
A Palavra de Deus nos chama à atenção para a correção fraterna. Devemos ter primeiro uma atitude de vigilância, depois de caridade quando nos corrigimos uns aos outros. Se nós não tivermos caridade no coração, não conseguiremos corrigir ninguém. Se nosso irmão erra, peca, falha, faz aquilo que não é correto, se ele começa ser causa de escândalo, de pecado, nós devemos chamá-lo em particular, conversar com ele e lhe dizer: “Irmão, não é esse o caminho. O que você faz ou está fazendo não está edificando você nem ninguém”. Se ele ouvir, o teremos ganhado; mais ainda: se ele fizer sete vezes algo que não edifica e sete vezes arrepender-se, deveremos perdoá-lo. Temos de perdoar sempre que alguém quer voltar do mau caminho.
Assim como Deus nos perdoa todas as vezes, nós também devemos perdoar uns aos outros setenta vezes sete como nos aponta a obra do Senhor. Nós não devemos negar o perdão a quem se arrepende, porque o Pai nunca nos negará o Seu perdão e a Sua bondade.
Por último, os apóstolos pedem ao Senhor: “Aumenta a nossa fé”. Jesus mesmo diz que se tivermos fé do tamanho de um pequeno grão de mostarda, Ele realizará milagres. Meus irmãos, não se trata apenas de crer em Deus, porque todos nós cremos n’Ele, mas trata-se de ter n’Ele a nossa confiança, de fazer d’Ele a nossa esperança e a razão da nossa vida. Se nós não nos desmotivarmos na fé, tudo aquilo que quisermos alcançará o Coração do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

A fé em Deus dirige e governa nossos passos

Se a fé dirigir os nossos passos: viveremos de forma correta, justa e teremos forças para perdoar e evitar escândalos

“Se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.” (Lucas 17,3-4)

No Evangelho de hoje, temos três ensinamentos de Jesus. Bem práticos à nossa vida cotidiana, aos nossos relacionamentos e tudo aquilo que vivemos inseridos na sociedade. O primeiro deles é evitar o escândalo. O que é o escândalo? É aquilo que fazemos e causa pecado no outro e o leva a pecar.
Devemos de todas as maneiras evitar escandalizar o outro, tendo comportamentos e atitudes que não edificam o próximo, ou seja, é preciso vigilância sobre os nossos atos, sobre aquilo que nós fazemos. Muitos podem pensar: “O outro não tem nada a ver com a minha vida”. Tem! Se a nossa missão é testemunhar, não podemos ser um contratestemunho do Evangelho, daquilo que cremos e acreditamos.
A segunda coisa é a necessidade do perdão, como regra fundamental de vida. O Evangelho, hoje, ensina-nos que antes do perdão existe a chamada: correção fraterna, correção com amor, a correção com a caridade. “Se o seu irmão pecar, corrige-o. Se ele se converter por aquilo que cometeu, perdoa-lhe, mas se o seu irmão sete vezes no dia pecar contra ti e sete vezes pedir perdão, não negue jamais o perdão a ele” (cf. Lucas 17,3-4).
Aqui está uma coisa muito importante: Deus não se cansa de nos perdoar, Ele nunca nega o Seu perdão, quando arrependidos vamos buscar o perdão. Só não existe perdão para o pecado que não é lamentado. Se não nos arrependemos daquele pecado, ele não está perdoado. Não é automático: “Já peguei, Deus me perdoou”. Não é assim! Precisamos nos arrepender e na contrição buscar o perdão de Deus, e Ele nos dará.
Quando pecamos contra o outro, precisamos nos arrepender. Se fizermos algo errado com o próximo, não é simplesmente dizer: “Me desculpa. Foi sem querer”. Precisamos demonstrar arrependimento por aquilo que fizemos, porque só o arrependimento nos leva a correção. O mesmo acontece com o outro, se ele falha conosco precisamos ver o arrependimento dele, porque é nesse arrependimento que ele se corrige e não negaremos o perdão.
E a terceira é a fé, viveremos isso se formos regados e cuidados pela fé. Ela pode ser pequena como um grão de mostarda, mas não importa o tamanho, o que importa mesmo é que tenhamos fé.
Com a fé, viveremos de forma correta, justa; teremos forças para perdoar e evitar escândalo, pois a fé dirige, governa e direciona os nossos passos.
Alimentemos a nossa fé para vivê-la e dar um verdadeiro testemunho dela, não para sermos a causa de queda de alguém, e sim, com o auxílio da fé perdoarmos uns aos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

Toda correção nos ajuda a sermos melhores

“Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.” (Lucas 17,4)

A primeira atitude a qual o Evangelho de hoje nos convida é para sermos pessoas de fé e vivermos da fé. Ainda que a nossa fé seja pequena como um grão de mostarda, ela é capaz de fazer grandes milagres.
É preciso evitar escândalos, não podemos escandalizar ninguém, não podemos dar contratestemunho da nossa fé. Para nos mantermos firmes e coerentes na fé, precisamos colocar em Jesus a nossa confiança.
Depois, com a mesma fé, nós vivemos a força do perdão e da correção fraterna. Se o seu irmão pecar contra ti, corrigi-o na caridade, chama a atenção dele, do pecado, do erro que ele possa ter cometido, mas faça com amor, para ganhar o irmão e não para perdê-lo e afastá-lo.
Todos nós precisamos ser corrigidos, ajudados e alertados, precisamos uns dos outros. O que não pode acontecer é que, por orgulho, nos fechemos em nosso mundo, nos isolemos na nossa posição, nas nossas escolhas de vida e ninguém tenha acesso a nós e possa nos corrigir porque somos aquelas pessoas grossas, que não aceitamos ninguém nos corrigindo e já vamos logo respondendo, atacando ou virando contra aquele que nos corrigi.

A força da correção, que está em nós, deve, ao mesmo tempo, gerar a força do perdão

O irmão que nos corrige nos faz um grande favor, ele ajuda a salvar a nossa alma. Pode ser que a correção dele pare na nossa vaidade e no nosso orgulho, mas, se de bom coração e nos colocarmos na presença de Jesus, toda a correção nos ajuda a sermos melhores.
Aquele que corrige é o primeiro a ser corrigido, é aquele que de coração permite ser corrigido por Deus, porque, Deus só corrige aquele a quem ama, e o amor de Deus em nós deve nos corrigir a cada dia. Mas a força da correção que está em nós, deve, ao mesmo tempo, gerar a força do perdão.
Se o irmão pecar no mesmo dia sete vezes contra nós, se o irmão, por algum motivo, nos ofender e se arrepender, devemos perdoá-lo. Ainda que, humanamente nos fechemos e não tenhamos a disposição no primeiro momento, porém, como um bom filho, devemos sempre cair em si, em Deus e na graça de Deus; além de abrir o nosso coração para perdoar, porque Deus nos perdoa mais do que sete vezes ao dia. Não podemos fazer de outra forma, a não ser  abrir o nosso coração para perdoar o irmão.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

O perdão é o melhor caminho para a nossa vida

“Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.” (Lucas 17,3-4)

Prestemos bastante atenção na direção que Deus está dando ao nosso coração na relação com o nosso irmão. Primeiro, quando vemos alguém errar, pecar, falhar, devemos corrigir e repreender, porque, às vezes, a pessoa está na beira do abismo, vai cair, e precisamos puxá-la. É uma questão de caridade, e seria uma falta de caridade imensa vermos o outro errar e não o chamarmos: “Irmão, não é por aí não!”.
É verdade que tem que ter caridade, porque sem caridade não conseguiremos nada. Às vezes, até pecamos mais do que o irmão na falta ou no erro que ele cometeu. É por amor que corrijo o outro, é por amor que chamo à atenção o outro, mas não posso deixar de fazê-lo.

Precisamos ser justos conosco e com o outro também; dar o perdão e ajudar sempre o outro a melhorar

Erra gravemente o pai e a mãe que não corrige seu filho. Erra gravemente o irmão que não corrige o irmão. Erra gravemente o marido que não corrige a esposa e vice-versa. É preciso ter a prudência, o modo próprio, o tempo apropriado, mas é preciso sempre corrigir para que o mal maior não aconteça na vida daquele irmão e na vida de cada um de nós, porque nos falta a caridade de nos ajudarmos.
Que beleza o irmão que se arrependeu daquele mal que fez até contra você ou contra qualquer outra realidade! O grande remédio é o perdão. Seu filho errou, reconheceu que errou, arrependeu-se? Perdoe-lhe. E mesmo que ele cometa isso sete vezes num só dia, mas sete vezes se arrependa, perdoe-lhe. Não é que a pessoa agora pode cometer os erros à vontade. Não! A forma como Jesus está nos dizendo é que nós devemos sempre perdoar, porque o perdão é o caminho para nós, não só para a outra pessoa, mas para nós também reconstruirmos a nossa vida, reconsiderarmos nossas faltas e tomarmos o caminho da verdade.
Não sei quantas vezes precisei do perdão de Deus, perdi as contas de quantas vezes procurei o sacramento da confissão. Você sabe quantas vezes você precisou dele? Quantas vezes Deus já lhe perdoou no mesmo dia, na mesma situação, no mesmo pecado sem fazer conta como nós fazemos? Até achamos que Deus é “bobo” — com todo perdão da palavra —, porque, muitas vezes, é assim que tratamos a nossa relação com Ele. Até dizemos: “Deus vai me perdoar!”. Perdoar Ele vai, mas se não nos corrigirmos, o pecado vai nos estragar. Então, nós muitas vezes queremos ser perdoados, mas não queremos ser corrigidos.
Não adianta só perdoar o erro, tem que consertar o erro cometido. Se o seu filho quebra a vidraça do vizinho, não adianta só pedir perdão para ele, tem que pedir perdão e também corrigir a vidraça, tem que a trocar, colocar uma nova, até melhor do que aquela que foi estragada. Cometemos um erro na vida, e todas as vezes a misericórdia de Deus vai nos acolher, mas precisamos nos corrigir e reparar o mal que está em nós para que ele não cresça.
O perdão de Deus nunca há de faltar! Agora, se não nos emendarmos, se não nos corrigirmos, a justiça de Deus um dia vai nos julgar. Então, precisamos ser justos conosco e com o outro também, dar o perdão e ajudar sempre o outro a melhorar. Por isso é necessário nos corrigirmos e corrigirmos o outro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/11/2021

HOMILIA DIÁRIA

Jesus conhece você e cuida do seu coração

“Jesus disse a seus discípulos: ‘É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos’.” (Lucas 17,1-2)

Meus irmãos e minhas irmãs, Jesus como ninguém sabe que nós somos seres falíveis, Ele sabe que a nossa natureza humana é marcada pela queda, pelo erro e pela fragilidade. Jesus é conhecedor do coração humano.
O Evangelho nos fala destas possíveis quedas, Jesus deixa muito claro isso, mas o efeito colateral que segue algumas de nossas quedas é o escândalo, isto é, fazer alguém fraquejar na fé ou até mesmo perdê-la totalmente por causa de um contratestemunho nosso.
A palavra “escândalo”, do grego, significa obstáculo, pedra de tropeço, como uma armadilha. A minha ação não se extirpa somente com a confissão sacramental, mas ela deixa um rastro na vida de alguém, são as consequências do meu pecado. Até podemos e devemos buscar a reconciliação com Deus pela graça do sacramento, onde a nossa culpa vai ser perdoada, retirada, mas, infelizmente, o nosso pecado deixa um rastro, deixamos consequências.

Jesus nunca deixa de sinalizar o que pode transformar de verdade o coração do ser humano

Esse é inclusive o drama dos abusos, por exemplo, que temos tentado amenizar, não só no contexto eclesial, mas em todo o contexto da sociedade. As pessoas que sofrem algum tipo de abuso não vivem mais com alegria a sua vida, muitas delas perdem o sentido de viver, não são felizes e passam a vida lutando com esse drama.
Certos atos não podem ser vistos apenas como fraqueza humana, sabemos disso, mas são doenças, desvios, psicoses e até, em alguns casos, crimes hediondos. Precisamos ser muito rigorosos com isso, porém, Jesus nunca deixa de sinalizar o que pode transformar de verdade o coração do ser humano, senão o fato de sentir-se perdoado, responsabilizado, é claro, mas também perdoado. Porque a correção que passa pela reparação da pessoa ofendida e da sociedade também precisa ser completada com o coração da pessoa que errou sendo perdoada pela misericórdia de Deus.
Porque ninguém está condenado a ser um infeliz e um desgraçado para sempre, mas todos podem receber a graça do perdão.
Vamos evitar os escândalos, vamos corrigir quem está errando perto de nós, antes que seja tarde demais e aconteça algo pior. Então, também sejamos prudentes, sejamos atentos às coisas à nossa volta, ajudemo-nos uns aos outros a viver com coerência às nossas vocações, ajudemo-nos uns aos outros para que Jesus Cristo seja credível e a mensagem do Evangelho chegue a muitos corações.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Heleno
Missionário da Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 13/11/2023

Oração Final
Pai Santo, queremos ser testemunhas vivas da chegada de teu Reino em nós e entre nós. Faze-nos fontes de Paz e Perdão para todos os companheiros peregrinos, canais do teu Amor, que nos ofereceu o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2012

Oração Final
Pai Santo, aumenta a nossa fé! Ela é tão pequenina... Faze-nos testemunhas do teu Amor, vivendo-o e o partilhando entre os irmãos; exercitando o perdão por vezes sem limites, acolhendo-os, cuidando com atenção e carinho de suas carências e desejos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos uma fé capaz de arrancar o egoísmo do nosso coração para que, juntos com os companheiros de caminhada, nós construamos, já nesta terra, os sinais do teu Reino de Amor. E firma a nossa esperança de recebermos um dia o teu abraço pleno de Misericórdia. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aumenta a nossa fé! Ela é tão pequenina… Faze-nos testemunhas do teu Amor, vivendo-O e O partilhando entre os irmãos; exercitando o perdão por vezes sem limites; acolhendo-os, cuidando com atenção e carinho de suas carências e desejos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2019