domingo, 2 de março de 2025

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/03/2025

ANO C


8º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“O discípulo deve ser coerente no dizer e no agir."

Lc 6,39-45

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos reunimos em torno do altar para celebrar a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do Senhor. Esse memorial já é uma antecipação de nossa vitória, em Cristo, sobre a morte. Como é bom agradecermos ao Senhor! Como é bom cantar louvores ao nosso Deus! Com o coração cheio de gratidão, apresentemos a Ele nossas vidas e, confiantes, esperemos a nossa redenção.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-18-8o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

O AUTOCONHECIMENTO À LUZ DA FÉ CRISTÃ

Com o exemplo dos odres novos, Jesus fala da necessidade de mudar o nosso coração para receber o vinho novo da sua Palavra, da sua Graça, da vida nova de cristãos. Também nos adverte do erro de querer corrigir os outros, sem reconhecer que nós precisamos mudar. Com a comparação do “cisco no olho do outro e a trave no próprio”, Jesus nos previne contra esta manifestação de falta de humildade.
Um cisco no olho irrita muito, impede de ver e só pode ser removido com a ajuda de outros. Porém muito mais cegueira e incômodo seria uma palha; isso nos faria parecer ridículos diante dos outros, que apontariam a evidência de nossos próprios defeitos. Essas palavras de Jesus podem servir para refletirmos sobre o tema do conhecimento próprio. Será que eu sei quem eu realmente sou? Será que eu me conheço com realismo? Eu aceito os comentários e as correções que as pessoas que me conhecem me fazem? Precisamos coragem e determinação para chegar ao conhecimento próprio.
Em um de seus sermões, o Pe. Antônio Vieira ensinava que, para uma pessoa se conhecer, são necessárias três coisas, tal como para alguém ver o próprio rosto: sãos necessários olhos, luz e espelho. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos. Se tem espelho e olhos e é de noite, não pode ver por falta de luz. Se tem olhos e luz, mas não um espelho, não se pode ver.
O espelho, onde refletem-se realmente as nossas ações, são os outros e os fatos. Não devemos descartar os comentários dos nossos pais, irmãos, amigos: atrasos, esquecimentos, desatenções. Assim, nós precisamos aprender das pessoas que convivem conosco: não somos a pessoa mais indicada para resolver as nossas próprias carências e perplexidades, porque temos a tendência à autojustificação, a achar que não somos tão errados como os outros. Aqui entram a confissão e a direção espiritual: vamos à Confissão porque estamos arrependidos dos nossos pecados e devemos reconhecê-los sinceramente. O diretor espiritual conhece as nossas deficiências e aptidões e nos estimula a lutar de maneira concreta para adquirir as virtudes de que necessitamos.
Em segundo lugar, os fatos reais: você gritou e esbravejou com a sua irmã e ela foi dormir sem jantar. O fato foi que você de novo se comportou de modo vulgar naquela noite. O fato é que a sua nota de matemática, ou de bioquímica foi baixa. O fato é que o seu quarto está uma bagunça. O fato é que você não escuta as pessoas.
Em terceiro lugar, a luz de Deus: quem nos conhece perfeitamente é Deus, porque Ele nos vê por dentro. Quem se aproxima sinceramente de Deus, vai sabendo melhor quem realmente é. Quem procura viver os mandamentos, assumir a sua fé, ser coerente com aquilo em que acredita, vai percebendo melhor os seus erros e sabendo com realismo como é. Manter uma conversa a sós com Deus, refletir nesta oração pessoal e espontânea sobre o modo como Deus vê nossa vida. Descobrir a causa das nossas tristezas e abatimentos.
Por último, os olhos, a consciência: aquela voz que sentimos dentro de nós. Não podemos calar a voz da consciência, arranjando justificativas, desculpas, explicações: “Eu não pensei que a pessoa fosse se chatear tanto por uma brincadeirinha... Eu achei que não tinha problema deixar para amanhã...” Como é difícil dizer: “Eu errei... A culpa foi minha... Eu me enganei.”. Precisamos cultivar o hábito diário do exame de consciência. Chegar ao fim do dia e por-nos diante do espelho da consciência: “O que eu fiz de bom hoje?” E buscar os fatos do dia. “O que eu fiz de mau hoje?” E não fugir dos fatos. “O que eu poderia ter feito melhor?” E examinar-se com realismo. Terminamos o exame com um arrependimento sincero: o ato de contrição, além de tomar umas providências práticas para evitar a recaída e se corrigir: são os propósitos de mudança.
Dom Carlos Lema Garcia
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade
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Comentário do Evangelho

Viver uma Fé Verdadeira


Uma fé verdadeira se reflete na coerência entre o que falamos e o que fazemos. O verdadeiro seguidor de Cristo é aquele que ouve atentamente a Palavra de Deus e a coloca em prática, permitindo que essa mensagem viva transborde em sua vida. Essa fé é guardada no coração como um precioso tesouro, que não pode ser guardado apenas para si, mas deve ser compartilhado com alegria e sinceridade.
A primeira leitura nos alerta para a importância do que dizemos, pois nossas palavras revelam o que realmente está em nosso coração. Uma fé sólida é alicerçada em Deus, que ressuscitou Jesus, vencendo a morte e o pecado. Em meio às dificuldades diárias, São Paulo exorta os coríntios a permanecerem firmes e inabaláveis, pois o esforço na obra do Senhor jamais será em vão. A fé verdadeira sempre nos impulsiona a seguir em frente.
Jesus também alerta os discípulos quanto aos líderes religiosos da época, que estavam cegos pela sua própria falta de fé. Muitos desses guias eram mais preocupados com a observância rígida da Lei do que com o amor e a salvação do ser humano. O Mestre denuncia a hipocrisia de quem usa a Lei para explorar o povo, colocando sobre eles fardos pesados e insuportáveis. Para seguir a verdadeira Lei, é necessário ser guiado por Cristo, que oferece salvação e misericórdia, ao invés de julgamento.
O cristão deve constantemente fazer uma avaliação sincera de sua vida, reconhecendo suas fraquezas e aceitando a sua condição de pecador. Essa humildade é essencial para ajudar os outros com a misericórdia de Deus. Assim como uma árvore boa é reconhecida pelos frutos que gera, um verdadeiro discípulo é identificado pelas suas ações e palavras.
Antes de tentar corrigir os outros ou semear discórdia, é necessário buscar a conversão interior. O que o nosso coração realmente contém? Quais são os tesouros que temos guardado em nosso interior? Mais do que uma conduta ética ou palavras vazias, o verdadeiro seguidor de Cristo expressa sua fé através de ações genuínas, com um testemunho autêntico, pois é no seu coração que Deus o encontra e transforma.
https://catequisar.com.br/liturgia/viver-uma-fe-verdadeira/

Reflexão

O Evangelho de hoje conclui o “Sermão da planície”, segundo Lucas. O texto apresenta três pequenas parábolas: a do cego, a do cisco no olho e a da árvore e seus frutos. As parábolas do cego e a do cisco no olho são um questionamento a respeito do julgamento que as pessoas tecem sobre os outros. Lucas mostra que devemos ter muito cuidado ao julgar. O julgamento pertence a Deus. É um apelo à autocrítica, a olhar para si antes de ser juiz dos outros. O verdadeiro guia é o Mestre, que deve guiar a conduta dos seus seguidores. Os discípulos podem se tornar cegos, à medida que não conseguem distinguir os verdadeiros valores do Reino de Deus. A terceira parábola revela a pessoa a partir das suas ações. A exemplo da árvore, a pessoa pode ser conhecida pelos seus frutos. Quem tem consciência justa e reta, realiza atos justos e retos. Do coração mau saem coisas más. Do coração bom saem coisas boas. O coração é o tesouro, dele sai o mal ou o bem, a violência ou a paz, a desordem ou a harmonia.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/2-domingo-9/

Reflexão

«Quem é bom tira coisas boas do tesouro do seu coração, que é bo

Dr. Johannes VILAR
(Köln, Alemanha)

Hoje há uma sede de Deus, há um frenesi para encontrar sentido na própria existência e ações. O boom do interesse esotérico prova isso, mas as teorias de autorredenção não servem. Através do profeta Jeremias, Deus lamenta que o seu povo tenha cometido dois males: abandonou-O, fonte de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rachadas, que não retêm água (cf. Jr 2,13).
Há quem vagueia no meio de pseudofilosofias e pseudo religiões — cegos guiando cegos (cf. Lc 6,39) — até que, desanimados, como Santo Agostinho, com o próprio esforço e a graça de Deus, convertem, porque descobrem a coerência e a transcendência da fé revelada. Nas palavras de São Jose maria Escriva, «As pessoas têm uma visão plana, colada ao chão, de duas dimensões. —Quando você vive uma vida sobrenatural, obterá de Deus a terceira dimensão: altura e, com ela, relevo, peso e volume».
Bento XVI iluminou muitos aspectos da fé com textos científicos e textos pastorais cheios de sugestões, como a trilogia "Jesus de Nazaré". Tenho observado quantos não católicos se orientam pelos seus ensinamentos (e os de São João Paulo II). Isso não é acidental, pois não há árvore boa que dê maus frutos, não há árvore má que dê bons frutos (cf. Lc 6,43).
Grandes passos poderiam ser dados no ecumenismo, se houvesse mais boa vontade e mais amor à Verdade (muitos não se convertem por preconceito e vínculos sociais, que não deveriam ser nenhum freio, mas são). Em todo o caso, agradeçamos a Deus por estes dons (São João Paulo II não hesitou em afirmar que o Concílio Vaticano II é o grande dom de Deus à Igreja do século XX); e rezemos pela Unidade, a grande intenção de Jesus Cristo, pela qual Ele mesmo rezou na sua Última Ceia.
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Parece, de facto, que o conhecimento de si próprio é o mais difícil de todos. Nem o olho que vê as coisas do exterior, se vê a si próprio, e até o nosso entendimento, sempre pronto a julgar o pecado nos outros, é lento a aperceber-se dos seus próprios defeitos» (São Basílio, o Grande)

- «A vida de Cristo converte-se na nossa; recebemos uma nova forma de ser: podemos pensar como Ele, agir como Ele, ver o mundo e as coisas através dos olhos de Jesus» (Francisco)

- «O exercício de todas as virtudes é animado e inspirado pela caridade. Esta é o «vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) é a forma das virtudes: articula-as e ordena-as entre si; é a fonte e o termo da sua prática cristã. A caridade assegura e purifica a nossa capacidade humana de amar e eleva-a à perfeição sobrenatural do amor divino» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.827)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-03-02

Reflexão

A cegueira “do relativismo”

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje “resulta muito atual a descrição que fez são Paulo sobre a “minoria de idade” na fé”: um ser levados à deriva e viver sacudido por qualquer vento de doutrina. Quantos "ventos" conhecemos nestas últimas décadas! Do marxismo ao liberalismo, até a libertinagem; do coletivismo ao individualismo; do ateísmo a um vago misticismo religioso... É a pior das cegueiras, porque ninguém sabe aonde vai, nem aonde ir.
Ter uma fé clara é etiquetado com frequência como fundamentalismo, enquanto que o relativismo —a "cegueira" do pensar segundo "o que se leva"— parece ser a única atitude que está na moda. Vai se constituindo como uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que só deixa como última medida o próprio eu e suas vontades.
—A amizade contigo, Jesus, é nossa "medida": a medida do verdadeiro humanismo. Tua amizade nos dá o critério para discernir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade…
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-02

Comentário sobre o Evangelho

Jesus condena a hipocrisia e enfatiza a importância de conhecer o meu coração antes de julgar os outros


Hoje ouvimos a parábola do cego que guia a outro cego… Os dois cairão ao mesmo tempo no mesmo buraco. Muito atual!: vivemos em uma época em que vamos de “corajosos” pela vida, mas bastante escravos das modas (roupas, brinquedos, carros...). Para ser um líder capaz de ajudar aos outros, convém ser “crítico” e exigente com si mesmo.
—«Se você não tem um amigo que o corrija, paga a um inimigo para que o faça».
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-03-02

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

Nosso Deus é maravilhoso! Ele é absoluta transparência e nos quer como Ele, já aqui na terra. Jesus nos alerta sobre os “sepulcros caiados”, para que também não sejamos um deles: de fato, lobos ferozes, mas sob pele de ovelhas.
Hoje, pela Palavra, Deus nos garante que essa máscara de ovelha não consegue sobreviver por muito tempo. E também como que nos conta seu eterno segredo de vida: como Ele, devemos nos definir pelo mais íntimo de nosso coração. É lá que somos o quê, de fato, somos. É lá, no coração, que devemos ser bons, divinizados. Como Ele, “o homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração” (Lc 6,45).
E Jesus nos explica que o coração é e deve ser como uma boa árvore, que dá apenas bons frutos, pois “não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons” (Lc 6,43). Assim, são nossos frutos, nossas obras, que revelam aquilo que somos.
E o meio por excelência de a realidade do coração se revelar, é pelo que falamos, pois a boca “fala do que o coração está cheio” (Lc 6,45). “Os defeitos de um homem aparecem no seu falar. Como o forno prova os vasos do oleiro, assim o homem é provado em sua conversa... Não elogies a ninguém antes de ouvi-lo falar: pois é no falar que o homem se revela” (Eclo 27,5-6.8).
Como ser uma árvore boa? Deus compara os justos a uma palmeira, que florirá como o cedro do Líbano porque estão plantados “na casa do Senhor”, isto é, no próprio Senhor, pois quem dá sentido à sua casa é Ele mesmo, que ali habita. Nele enraizados, “mesmo no tempo da velhice darão frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes” (Sl 91).
Já somos essa árvore? Se sim, procuremos crescer sempre mais: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Ainda não? Que maravilha! Temos ainda muito tempo para procurarmos ser essa boa árvore.
São Paulo nos garante: “Quando este ser corruptível estiver vestido de incorruptibilidade... então, estará cumprida a palavra da Escritura: ‘A morte foi tragada pela vitória’” (1Cor 15,54). Morte é tudo o que há de mal, que nós fabricamos, e nos impusemos pela nossa infidelidade. Vitória é a de Jesus, consumada em sua ressurreição. Paulo já nos fala da plenitude dessa vitória, que nos será dada quando, terminada a romaria na terra, chegarmos à Casa definitiva. Corruptibilidade é a maldade que o pecado nos compra; incorruptível é o divino, o eterno, que já nos é dado, aqui e agora, e que o Pai nos oferece, com o máximo gosto e alegria, para quem o quer acolher.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=02%2F03%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: FAZEI, SENHOR, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais, e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=02%2F03%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 02/03/2025

ANO C


8º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“O discípulo deve ser coerente no dizer e no agir."

Lc 6,39-45

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos em torno do altar do Senhor para celebrar a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição de Cristo. Esse memorial é já uma antecipação de nossa vitória sobre a morte. Como é bom agradecermos ao Senhor! Como é bom cantar louvores ao nosso Deus! Com o coração cheio de gratidão, apresentemos a Ele nossas vidas e, confiantes, esperemos a nossa redenção.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos em torno do altar do Senhor para celebrar a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição de Cristo. Esse memorial é já uma antecipação de nossa vitória sobre a morte. Como é bom agradecermos ao Senhor! Como é bom cantar louvores ao nosso Deus! Com o coração cheio de gratidão, apresentemos a Ele nossas vidas e, confiantes, esperemos a nossa redenção.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos reunimos em torno do altar do Senhor para celebrar a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição de Cristo. Esse memorial é já uma antecipação de nossa vitória sobre a morte. Como é bom agradecermos ao Senhor! Como é bom cantar louvores ao Senhor, nosso Deus! Com o coração cheio de gratidão a Deus, apresentemos a Ele nossas vidas e, confiantes, esperemos a nossa redenção.
Fonte: Arquidiocese SP - Folheto Povo de Deus em 03/03/2019

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Com o coração cheio de gratidão, apresentemos a Deus as nossas vidas e, confiantes, esperemos a nossa redenção.
Fonte: NPD Brasil em 03/03/2019

NÃO JULGAR OS IRMÃOS

Todos nós queremos que no Dia do Juízo o Senhor nos olhe com benevolência, que se esqueça das coisas ruins que fizemos. Se você julga continuamente os outros, será julgado com a mesma medida.
Olha no espelho, mas não para se maquiar, para que não vejam suas rugas. Não, não é este o conselho! Olha no espelho para ver você mesmo, como é. Por que olha o cisco que está no olho do seu irmão e não percebe a trave que está no seu? Como você pode dizer a seu irmão ‘Deixa eu tirar o cisco do seu olho, enquanto não presta atenção na trave que está no seu olho?’.
E como nos define o Senhor, quando fazemos isso? Com uma só palavra: ‘Hipócrita’. Tira primeiro a trave do seu olho, e só então, poderá ver direito e tirar o cisco do olho do seu irmão”.
Somos hipócritas quando nos colocamos no lugar de Deus. Isto é o que a serpente persuadiu a fazer Adão e Eva, pois queriam tomar o lugar de Deus.
Por isso é feio julgar. O juízo é só de Deus, somente d’Ele! A nós, o amor, a compreensão, rezar pelos outros quando vemos coisas que não são boas, mas também falar com eles: ‘Mas, olha, eu vejo isso, talvez ...’ Mas jamais julgar. Nunca. E isso é hipocrisia, se nós julgamos.
Quando julgamos, nós nos colocamos no lugar de Deus, mas o nosso julgamento é um julgamento pobre, nunca pode ser um verdadeiro julgamento.
E por que o nosso não pode ser como o de Deus? Porque no nosso julgamento falta a misericórdia. E quando Deus julga, julga com misericórdia.
Pensemos hoje no que o Senhor nos diz: não julgar, para não ser julgado; a medida, o modo, a medida com a qual julgamos será a mesma que usarão para conosco; e, em terceiro lugar, vamos nos olhar no espelho antes de julgar. ‘Mas aquele faz isso... isto faz o outro...’ Mas, espere um pouco... eu me olho no espelho e depois penso. Pelo contrário, eu vou ser um hipócrita, porque eu me coloco no lugar de Deus e, também, o meu julgamento é um julgamento pobre; carece-lhe de algo tão importante que tem o julgamento de Deus, falta a misericórdia.
(Papa Francisco Homilia 20/06/2016)

Comentário do Evangelho

Ver o outro com os olhos de misericórdia de Jesus.

Nós não temos acesso, ou muito dificilmente o temos, do lugar original das parábolas contadas por Jesus.
A parábola de nossa perícope de hoje pode se referir às exigências precedentes. Quem é o “guia cego” de que fala a parábola? (v. 39). Parece ser o discípulo que não se submete ao seu Mestre, ou que não vê os outros com os olhos de misericórdia de Jesus; é o que resiste à identificação com o seu Senhor: “... todo discípulo bem formado será como o mestre” (v. 40)
A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e misericórdia: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho?’” (v. 42). A trave não permite enxergar bem; ela distorce ou diminui a visão. A trave no olho equivale à cegueira ou estreiteza de visão e impossibilita a não importa quem se arrogar o direito de ser juiz de seu semelhante.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 13/09/2013

Comentário do Evangelho

Autocrítica e misericórdia

Nós não temos acesso ao contexto histórico original em que Jesus contou cada uma das parábolas. Em nosso caso, é o contexto literário que deve ser levado em consideração. Em razão disso, a parábola que nos é proposta para hoje deve ser compreendida à luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície. O “guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre; por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus. É, ainda, aquele que resiste à identificação com o Senhor (v. 40; Mt 10,24-25). O texto reflete um problema interno à comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem, ela distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses cria uma situação ainda pior. Certamente a preocupação que o evangelho traduz é a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos próprios limites.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 12/09/2014

Vivendo a Palavra

Viver o discipulado de Jesus é reconhecer que somos limitados e imperfeitos; é procurar nos conscientizarmos que precisamos combater nossos pecados e nos colocarmos a serviço dos companheiros de caminhada como quem quer aprender e não como quem deseja ensinar. É a sabedoria que buscamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Didática e carinhosamente, Jesus de Nazaré ensina a seus discípulos – que hoje somos nós! – o melhor jeito de aperfeiçoar a nossa comunidade: é nos tornarmos melhores a cada dia, é entrarmos no processo de conversão que terá a duração da nossa vida. Tirando a trave que embaça a nossa vista, seremos testemunhas do Amor com que somos amados pelo Pai e na nossa caminhada levaremos conosco os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/03/2019

Reflexão

A nossa vida espiritual deve ser marcada por um constante aprendizado, de modo que sejamos, ao mesmo tempo, evangelizadores e evangelizados, e o crescimento na fé realize-se principalmente na experiência da vida comunitária, na troca de experiência e na valorização de tudo o que os outros podem nos oferecer, sem ficar vendo apenas as dificuldades, os problemas e os erros das pessoas que estão ao nosso lado. Mas tudo isso deve ser iluminado por uma mística: devemos ser dóceis ao Espírito Santo, nos deixar ser conduzidos por ele, já que não somos os donos da verdade e ele é o Espírito da Verdade, que nos conduzirá à plena verdade. Somente agindo assim é que não seremos os cegos que guiam outros cegos, mas sim todos guiados pelo próprio Deus.
Fontes: CNBB em 13/09/2013 e 12/09/2014

Reflexão

O Evangelho deste domingo continua e conclui o “sermão da planície”. O texto apresenta três pequenas parábolas, a do cego, a do cisco no olho e a da árvore e seus frutos. As duas primeiras são um questionamento a respeito do julgamento que as pessoas tecem sobre os outros. Lucas mostra claramente que devemos ter muito cuidado ao julgar. Um cego não tem como guiar outro cego. Não dá para guiar os outros enquanto não consegue guiar a si mesmo. O verdadeiro guia é o Mestre que deve guiar a conduta dos seus seguidores. Há o perigo de os discípulos também se tornarem cegos, à medida que não conseguem distinguir os verdadeiros valores do Reino de Deus. Antes de pretender tirar o cisco do olho do outro, é preciso tirar a trave que está no próprio olho para enxergar bem. A terceira parábola, a da árvore e seus frutos, revela a pessoa a partir das suas ações. A exemplo da árvore, a pessoa pode ser conhecida pelos seus frutos. Quem tem consciência justa e reta, realiza atos justos e retos. O Evangelho de hoje é uma reflexão das primeiras comunidades sobre o ser mestre e discípulo na proposta de Jesus e propõe remover a hipocrisia que pode haver no cristão. Jesus convida seus seguidores a dar testemunho de transparência e coerência.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/03/2019

Reflexão

O Evangelho deste domingo continua e conclui o “sermão da planície”. O texto apresenta três pequenas parábolas em forma de questionamento: o cego, o cisco e a árvore. A parábola do cego e a do cisco no olho são um questionamento a respeito do julgamento que as pessoas tecem sobre os outros. Lucas mostra claramente que devemos ter muito cuidado ao julgar. Um cego não tem como guiar outro cego. Não dá para guiar os outros enquanto não consegue guiar a si mesmo. Jesus desmascara a hipocrisia que pode haver nas pessoas ao se colocarem acima de outras. Os discípulos também podem se tornar cegos à medida que não conseguem distinguir os verdadeiros valores do Reino de Deus. Antes de pretender tirar o cisco no olho do outro, é preciso tirar de si tudo o que impede de enxergar bem. A terceira parábola revela a pessoa a partir das suas ações. A exemplo da árvore, a pessoa é conhecida antes de tudo pelas suas ações. Quem tem consciência justa e reta, realiza atos justos e retos. A pessoa que é boa tira do seu coração só coisas boas. Ela precisa, porém, cultivar o bem dentro de si para poder ser boa com os outros. O Evangelho de hoje é uma reflexão sobre o que é ser mestre e ser discípulo na proposta de Jesus e orienta a remover a hipocrisia que pode haver no cristão.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 27/02/2022

Meditação/Recadinho

Existe o risco de alguém não saber nada e querer ensinar? - E o que dizer de quem quer se colocar como exemplo? - É fácil reconhecer os próprios erros e defeitos? - Será que estamos dispostos e atentos para aprender? - Você se esforça para conhecer cada vez mais a Palavra de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/09/2013 12/09/2014

Comentário do Evangelho

CUIDADO COM OS FALSOS LÍDERES

Jesus criticava a postura dos fariseus, mas também se preocupava com a mentalidade corrente entre os seus discípulos. Os fariseus pretendiam ser um exemplo consumado de piedade, só porque davam mostras de ser zelosos no cumprimento da Lei.
Muitos ficavam bem impressionados com o testemunho de fidelidade a Deus, que eles davam. Jesus, porém, não se deixava enganar, pois conhecia a falta de solidez do estilo de vida dos fariseus. Pouca coisa restava além de exibicionismo. Portanto, era loucura deixar-se encantar por um testemunho de vida desse quilate. Seria como se um cego pretendesse ser guiado, com segurança, por outro cego.
Entre os discípulos, difundia-se, também, uma perigosa mentalidade. Havia os que se mostravam severos com o irmão, censurando-lhe as mínimas faltas, sem estarem dispostos a corrigir as próprias faltas pessoais, muito mais graves. Eram hábeis para perceber um cisquinho no olho alheio, mas incapazes de dar-se conta da trave que tinham no próprio olho.
Jesus não podia suportar tal hipocrisia. Para estar em condições de censurar o próximo, era preciso dispor-se a corrigir as próprias faltas. Neste caso, a severidade daria lugar à benevolência, e a impaciência, à compreensão. A atitude de juiz dos pecados alheios seria substituída pela solidariedade com a fraqueza humana.
Oração
Espírito de benevolente compreensão, dá-me um coração que saiba solidarizar-se com as fraquezas do próximo, sem cair na tentação de tornar-me seu juiz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 12/09/2014

Meditando o evangelho

O VERDADEIRO GUIA

O discípulo tem a obrigação de testemunhar com a vida os valores de Reino. A credibilidade de suas palavras depende deste testemunho. Para ele, não vale o dito: "Faça o que eu digo, não o que eu faço". Palavra e ação, na vida do discípulo, estão destinadas a estar em perfeita sintonia.
Jesus não aceitava que um discípulo tivesse a pretensão de se arvorar em guia dos outros, sem antes esforçar-se para ordenar a própria vida. Isto seria perigoso, e poderia afastar, ainda mais, do Reino, as pessoas. Estas o descaracterizariam, acabando por propagar uma falsa imagem de Deus, incompatível com a do Pai apresentada por Jesus.
Outro perigo consistia em mostrar-se severo com os outros, sendo capaz de detectar-lhe as menores faltas, mas complacente com os próprios defeitos pessoais. A trave no próprio olho seria menos perceptível que o cisquinho no olho dos outros!
Antes de continuar a missão, o discípulo devia, pois, adequar seu modo de proceder com as exigências do Reino, para não cair num moralismo inconsistente. Ele convence pelo seu jeito de viver. Só assim, tornar-se-á um referencial válido para os demais.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de testemunho, seja o meu modo de viver uma proclamação viva dos valores do Reino, no qual as pessoas possam espelhar-se.
Fonte: Dom Total em 03/03/2019 27/02/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Tira primeiro a trave do teu próprio olho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

"Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: 'Deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Incomodava-me o fato de ver lá no fundo da Igreja, um amigo meu, que nunca esperava a bênção final e se mandava na hora dos avisos, comecei a julgá-lo mal, achava que era um intolerante, se a celebração passasse cinco minutos além do horário, ele nem esperava a bênção, em outra ocasião durante um batizado, tocou um celular em meio a celebração e uma mulher saiu para atender. Nos dois casos fiquei muito irritado e um dia, disse ao meu amigo, com certa severidade, que ele pecava quando se negava a receber a bênção final, então ele explicou-me que as oito em ponto o irmão dele, que cuidava do pai enfermo, tinha que sair para o emprego, e as oito em ponto ele tinha de estar em casa porque não tinha quem cuidasse do pai doente, sempre que vinha na celebração das sete, se o horário passava um pouquinho tinha de sair correndo...Minha cara quase caiu ao chão, de tanta vergonha.
Quanto a mulher do celular, que em uma reunião da pastoral fiz uma crítica pesada, alguém me explicou que o telefonema era do hospital, que inclusive ela chorou muito no pátio da igreja, ao receber o telefonema, pois a sua mãe, internada, teve seu estado de saúde agravado.
Nos dois casos cometi o pecado que este evangelho fala fazer um julgamento ruim mediante uma atitude do próximo, e ainda por cima comentar com algumas pessoas sobre o fato, denegrindo ainda mais a imagem do irmão ou da irmã.
Jesus nos pede a prudência e a sensibilidade no trato com as pessoas, mas infelizmente até na comunidade, o que mais se faz é um mau juízo. Às vezes nem conhecemos direito a pessoa mas temos antipatia por ela porque alguém nos disse algo de ruim sobre a mesma.
Por conta disso rompemos relações, perdemos amizades, desprezamos os outros, tudo porque o pecado ou defeito nos impede de ver, que aquela pessoa tem também qualidades, mas o pior ainda é quando queremos que o outro mude de vida e se converta isso é querer tirar a trava que o impede de enxergar.
O evangelho afirma que todo esse rigorismo e as vezes moralismo, que praticamos em nossa relação com algumas pessoas, se voltará contra nós, porque também Deus nos olhará com rigor e nos negará sua misericórdia se a negarmos aos nossos irmãos e irmãs.
Todas as pessoas têm defeitos, mas têm também qualidades, que a fazem merecedoras de atenção, carinho e respeito. Deus nos olha sempre por esse lado bom, mas e nós, como é que olhamos para o próximo.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. O Discípulo bem formado será como o mestre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Nos domingos da primeira parte do Tempo Comum, Jesus anuncia o seu projeto. O Evangelho de Lucas nos diz que Jesus veio estabelecer definitivamente o Ano da Graça do Senhor, que é o Ano Santo da Misericórdia de forma permanente. Hoje, terminando esta primeira parte do Tempo Comum, Jesus nos adverte de que um cego não pode guiar outro cego para que não caiam os dois num buraco. Um dos dois tem que enxergar bem. Enxergar bem é uma expressão que se aplica ao exercício da correção fraterna, tão importante na qualidade das nossas relações. Ajudamos uns aos outros, sobretudo, quando aceitamos ser corrigidos. Ninguém é perfeito, temos todos limitações e podemos nos ajudar a partir do que nós mesmos experimentamos em nossa fraqueza. O que não podemos é exigir dos outros o que não exigimos de nós mesmos. Não podemos corrigir alguém quando não nos corrigimos e não aceitamos nenhuma correção. Nossa vida deve ser pautada pela verdade e não pela hipocrisia. Olhemos os frutos. Olhemos para o nosso coração. Dele brotam as intenções boas e más. Se quem enche o nosso coração é o Espírito Santo de Deus, dele sairão pontes que aproximam e unem, impulsos para encurtar distâncias, projetos de misericórdia. O colaborador do projeto de Jesus tem um coração sincero.
O livro do Eclesiástico chama a atenção para as palavras que saem da nossa boca. Para ser sinceras, devem Corresponder ao que temos no coração. Devem ser palavras que “provêm do pensamento do coração”, diz o texto. Acontece que falamos sem pensar, que nos precipitamos e, depois, nos arrependemos do que dissemos. No entanto, a palavra exterior pode não corresponder à palavra interior e isto de propósito, de forma consciente. Aí está a hipocrisia, aí está a falsidade. Portanto, não elogie ninguém antes de ouvi-lo falar: esta é a pedra de toque das pessoas.
São Paulo exorta os coríntios “a serem firmes, inabaláveis, a progredir sempre na obra do Senhor, certos de que suas fadigas não são em vão”. Este é o nosso esforço diário para vencer as forças da morte que nos cercam constantemente. A morte deve ser tragada pela vitória da ressurreição. Um dia isso acontecerá, quando o que em nós é corruptível se revestir de imortalidade. Enquanto isto não acontece, enquanto estamos a caminho, lutamos para viver na verdade. Somos todos pecadores, somos todos fracos e incoerentes. Contamos, porém, com a graça de Deus, dada a todos os que a querem receber pelo sangue de Jesus derramado na cruz. Sabemos que em nós há sombras e luzes, assim como sabemos que as trevas não puderam impedir o brilho da luz do Verbo de Deus. Quando nos dizem que não podemos tirar o cisco do olho do nosso irmão porque há uma trave em nosso próprio olho, estamos sendo exortados a cultivar a verdade em nossas atitudes, a sermos transparentes e não impedirmos a transparência da Comunidade dos Discípulos de Jesus, que é a Igreja.
A boca fala daquilo que o coração está cheio. Somos templos do Espírito Santo e é dele que o nosso coração está cheio. Por isso, as palavras que saem da nossa boca serão sempre marcadas pelo amor; serão sempre palavras de ânimo e de incentivo, palavras que levantam quem está caído e devolvem a quem desanimou a vontade de viver. Afinal, a Palavra que está em nós é aquela que se fez carne.
Fonte: NPD Brasil em 03/03/2019

REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 13/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Olhe primeiro para dentro de você

Olhe para a sua vida, repare na tua casa, olhe primeiro para dentro de você.

“Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.” (Lc 6,42)

Meus irmãos, às vezes uma cegueira envolve os nossos olhos, e a pior delas é aquela quando não enxergamos a nós mesmos. Nós enxergamos tanta coisa, mas o essencial não; enxergamos os problemas dos outros, os defeitos, as maldades deles, mas não conseguimos ver os nossos defeitos, os nossos limites, nós não conseguimos enxergar aquilo que em nós está errado.
É terrível, porque quando isso acontece, estamos criticando, estamos vendo defeitos, problemas. Reparamos e falamos da vida dos outros.
É como a história da mulher que sabe e fala dos filhos de todo mundo, está vendo a casa de todo mundo cair e não repara que a dela já caiu há muito tempo.
Olhe para a sua vida, repare na tua casa, olhe primeiro para dentro de você. Não queira corrigir, orientar, direcionar ninguém; quando você não consegue orientar, direcionar nem a sua própria vida. Enxergue-se primeiro!
Peçamos, hoje, ao Senhor que abra os nossos olhos e nos ajude a perceber aquilo que está dentro de nós, que está obscuro. Os nossos defeitos que, muitas vezes, incomoda tantas pessoas; os nossos limites que nós, muitas vezes, não procuramos corrigir; o nosso jeito que desagrada, não une, não faz bem.
Eu quero me enxergar, Senhor, quero me ver; quero olhar para mim e ser conhecido do jeito que sou.
São Luís Grignion de Montfort, com o tratado da verdadeira devoção a Nossa Senhora, diz: “Quando nós conhecermos o fundo sujo e podre que cada um de nós somos, não julgamos mais ninguém. Se nós ainda julgamos, condenamos, é porque ainda não nos conhecemos como deveríamos ser conhecidos”.
Que, hoje, Deus abra os nossos olhos para que enxerguemos do jeito que realmente somos; que Ele abra o nosso interior para que possamos compreender a nossa alma e, assim, sermos lavados pela misericórdia do Senhor e ajudemos os outros a caminhar melhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Nós nos revelamos a partir daquilo que sai da nossa boca

Aquilo que sai da boca da pessoa em seu dia a dia, revela o que está no coração dela

“O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio.” (Lucas 6,45)

No Evangelho de hoje, Jesus está dando muito conselhos aos seus discípulos por meio de parábolas. Ilustrando, sobretudo, que um cego não pode guiar outro cego, porque ambos cairiam em um buraco.
Nós, muitas vezes, estamos cegos porque achamos que sabemos tudo. Então, nos falta aquela humildade necessária para saber que precisamos aprender com Deus aquilo que, de fato, devemos ser. Sendo assim, é essencial cuidar do coração, das coisas que temos dentro dele.
O Evangelho nos explica que o coração é como uma árvore. Uma árvore boa dá bons frutos e, é óbvio que, uma árvore estragada não dá bons frutos. Então, é essencial o cuidado com o nosso coração, para que os bons frutos possam ser colhidos, revelados e saboreados.

“O homem bom só pode tirar coisas boas do bom tesouro que é o seu coração”

A primeira leitura do Livro do Eclesiástico nos mostra que a virtude do homem se revela no seu falar. Não julgue quem é uma pessoa sem antes escutá-la. E, escutar aquilo que sai da boca dela, não é escutar o que ela fala como retórica, e sim o que fala em seu dia a dia. Porque aquilo que sai da boca da pessoa em seu dia a dia, revela o que está no coração dela.
Ora, uma pessoa que só critica tudo, que vê mal em tudo, é sinal de que muita coisa está mal dentro dela mesma. Uma pessoa que vê tudo sob o olhar do azedume, da amargura, é porque o coração está com muita coisa azeda, amarga. Ora, de uma boca que o tempo todo só sai fofoca, só fala da vida dos outros, é sinal de que a pessoa não cuida da sua própria vida, não tem autocrítica e não se conhece.
Nós nos revelamos a partir daquilo que falamos. E até o nosso silêncio revela aquilo que somos. Então, não é só uma questão de cuidar da língua, porque a boca vai soltar aquilo que temos dentro do coração.
Como é importante cuidar daquilo que está dentro de nós! Muitas vezes, acumulamos ressentimentos, mágoas, rancores. Acumulamos decepções ora aqui, ora acolá; e isso vira dentro nós uma “massa”, um “bolo” perigoso. Às vezes, soltamos “fogo pela boca”, veneno, pimenta, coisas ardidas e negativas porque acumulamos tantas coisas erradas, maldosas, maliciosas e perniciosas dentro do nosso coração.
A Palavra de Deus, no dia de hoje, nos é enviada para ser purificação. Primeiro, da nossa alma e, depois, para nos dar prudência naquilo que escutamos e no que falamos. Nós nos revelamos a partir daquilo que sai da nossa boca.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/03/2019

HOMILIA DIÁRIA


Canal do Youtube - Canção Nova Oficial

Publicado em 27 de fev. de 2022


Oração Final
Pai Santo, livra-nos da pretensão de saber muitas coisas, de nos tornarmos mestres diante dos irmãos. Faze-nos humildes de coração e abertos para acolher as lições que a Vida nos ensina, capazes de descobrir a tua presença na História através dos sinais dos tempos que vivemos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para não nos compararmos e nem nos considerarmos melhores do que os homens e mulheres que nos são próximos. Que não tenhamos a pretensão de condenar ninguém, nem mesmo de fazer julgamentos. Que nossos esforços sejam centrados no seguimento do Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/03/2019