sábado, 19 de abril de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 18/04/2025

ANO C


Jo 18,1–19,42

Comentário

A Paixão do Senhor: O Mistério de Amor e Redenção


A Paixão do Senhor, já anunciada no Domingo de Ramos, é vivida com profunda intensidade na Sexta-Feira Santa. Este é o grande mistério de amor, no qual o Filho de Deus morre na cruz para redimir o pecado do mundo. O evangelho de João destaca a soberania de Cristo, que não apenas tem plena consciência de tudo o que ocorre, mas também entrega Sua vida de forma voluntária. Ele é o Cordeiro pascal que tira o pecado do mundo, e de Sua cruz, não se quebra nenhum osso, fazendo referência aos cordeiros sacrificados no Antigo Testamento.
Judas concretiza a traição, enquanto Pedro nega o Mestre três vezes. Os outros discípulos se dispersam, restando apenas o discípulo amado, Sua mãe e algumas mulheres que testemunham o sofrimento de Cristo na cruz. O Rei, que entrou em Jerusalém montado em um jumentinho, agora sofre zombarias e escárnios. Ele recebe uma coroa de espinhos e vestes púrpuras, estando pronto para se sentar no trono de glória: a cruz.
O letreiro que anuncia “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus” em hebraico, latim e grego revela ao mundo não só o motivo de Sua morte, mas também a verdade que liberta a humanidade do pecado. Quando o soldado traspassa Seu lado com uma lança, jorra sangue e água de Seu peito. O amor de Cristo, que se entregou completamente até o fim, triunfa sobre a morte e o pecado!
https://catequisar.com.br/liturgia/a-paixao-do-senhor-o-misterio-de-amor-e-redencao/

Reflexão

A narrativa do julgamento, da condenação e da morte de Jesus, segundo o Evangelho de João, mostra como Jesus enfrenta as forças que se opõem ao seu projeto. O justo é julgado e condenado pelas forças do mal. O relato inicia num jardim, como em Gênesis. Adão não resistiu às forças do mal; ao passo que Jesus não se rende e assume livremente o caminho do Calvário. A morte de Jesus não é vontade ou desejo de Deus, mas é consequência de sua fidelidade ao Pai. A cruz (castigo dos criminosos) demonstra a crueldade da inteligência humana inclinada ao pecado. Suas últimas palavras (tudo está consumado) revelam que a missão dele chega ao fim e ele foi fiel ao Pai ao extremo. Entregar o espírito significa colocar nas mãos de Deus sua vida e os projetos que realizou ao longo de sua vida em favor dos mais necessitados. Jesus entrega tudo ao Pai. Ao celebrar a paixão de Jesus, expressamos a rejeição da injustiça e nos solidarizamos com os injustiçados do mundo de hoje.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-18-sexta-feira-11/

Reflexão

«Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito»

Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu
(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje celebramos o primeiro dia do Tríduo Pascal. Por tanto é o dia da Cruz vitoriosa, desde donde Jesus nos deixou o melhor de Ele mesmo: Maria como mãe, o perdão —também os verdugos— e a confiança total em Deus Pai.
Escutamos na leitura da Paixão que nos transmite o testemunho de São João, presente no Calvário com Maria, a Mãe do Senhor e as mulheres. É um relato rico em simbologia, onde cada pequeno detalhe tem sentido. Mas também o silêncio e a austeridade da Igreja, hoje nos ajudam a viver num clima de oração, atentos ao dom que celebramos.
Diante deste mistério tão grande, estamos chamados —mais que tudo— a ver. A fé cristã não é a relação reverencial a um Deus que está longe e abstrato que desconhecemos, senão a adesão a uma Pessoa, verdadeiro homem como nós e também verdadeiro Deus. O “Invisível” fez-se carne da nossa carne, e assumiu ser homem até a morte e morte de cruz. Foi uma morte aceitada como resgate por todos, morte redentora, morte que nos dá vida. Aqueles que estavam aí e o viram, nos transmitiram os fatos e ao mesmo tempo, nos descobrem o sentido daquela morte.
Ante isto, sentimo-nos agradecidos e admirados. Conhecemos o preço do amor: «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos» (Jo 15,13). A oração cristã não é só pedir, senão— e principalmente— admirar agradecidos.
Para nós, Jesus é modelo que temos que imitar, quer dizer, reproduzir em nós as suas atitudes. Temos que ser pessoas que amam até darmo-nos e que confiamos no Pai em toda adversidade.
Isto contrasta com a atmosfera indiferente da nossa sociedade; por isso o nosso testemunho tem que ser mais valente do que nunca, já que o dom é para todos. Como diz Melitão de Sardes, «Ele nos fez passar da escravidão à liberdade, das trevas à luz, da morte à vida. Ele é a Páscoa da nossa salvação».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A cruz é a inclinação mais profunda da Divindade para com o homem. A cruz é como um toque de amor eterno nas feridas mais dolorosas da existência terrena do homem» (São João Paulo II)

- «O perdão custa algo, sobretudo a quem perdoa (…). Deus só pode vencer a culpa e o sofrimento dos homens intervindo pessoalmente, sofrendo Ele próprio no seu Filho, que carregou este fardo e o superou dando-se a si mesmo» (Bento XVI)

- «Este desejo de fazer seu o plano do amor de redenção do seu Pai, anima toda a vida de Jesus. A sua paixão redentora é a razão de ser da Encarnação: ‘Pai, salva-Me desta hora! Mas por causa disto, é que Eu cheguei a esta hora’ (Jo 12, 27). ‘O cálice que o Pai Me deu, não havia de bebê-lo?’ (Jo 18, 11). E ainda na cruz, antes de ‘tudo estar consumado’ (Jo 19, 30), diz: ‘Tenho sede’» (Catecismo da Igreja Católica, nº 607)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-18

Reflexão

A hora de Jesus no Horto de Getsêmani

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje o Monte das Oliveiras —o mesmo de então—um dos lugares mais venerados do cristianismo. Nele encontramos um dramático ponto culminante do mistério de nosso Redentor: ai Jesus experimentou a "última solidão", toda a tribulação do ser homem. Aí, o abismo do pecado e do mal chegou até o fundo da alma. Ai se estremeceu diante da morte eminente. Ai o beijou o traidor. Ai todos os discípulos o abandonaram.
São João recolhe todas estas experiências e dá uma interpretação teológica do lugar: com a palavra "horto" faz alusão à narração do Paraíso e do pecado original. Quer nos dizer que ao se retomar aquela historia. Naquele horto, no "jardim" do Éden, se produz uma traição, mas "horto" é também o lugar da ressurreição.
—No horto Jesus aceitou até o fundo a vontade do Pai, a fez sua, e assim deu uma transformação a historia. Aqui Ele lutou também por mim!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-18

Reflexão

A Paixão de Cristo

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, assombrados, comemoramos a Paixão de Jesus Cristo. Hei aqui seu itinerário: o cenáculo da Eucaristia, o Horto de Getsemani, os palácios de Caifás e Herodes, o pretório de Pilatos, o Calvário da morte e o túmulo. Em cada um destes locais, entre uns e outros, fizemos sofrer a Jesus.
Deus podia nós redimir de mil modos diferentes. Escolheu o caminho do sofrimento até dar a vida. “Perder a vida” é a manifestação mais radical de amor. Não há improvisação: Profetizado já no Antigo Testamento, Jesus o predisse várias vezes; na Última Ceia nos deu de presente como alimento seu "Corpo que será entregue"; em Getsemani reza e diz "sim" a Deus-Pai. Na Cruz —plenamente consciente— mais uma vez diz “SIM”, entregando com liberdade e serenidade seu espírito.
—Jesus, meu Redentor, cuidarei de ti com minhas mãos, te defenderei com meus braços, te exaltarei com inteligência, te adorarei com todo meu coração. O farei com tua —nossa!— Bendita Mãe, Santa Maria.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-18

Reflexão

A postura do orador: Jesus reza de joelhos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, depois da exortação à vigilância dirigida aos Apóstolos, Jesus se distancia um pouco. Começa propriamente a oração do Monte das Oliveiras. Mateus e Marcos nos dizem que Jesus caiu com o rosto na terra: a postura de oração que expressa a extrema submissão à vontade de Deus, o abandono mais radical a Ele; uma postura que a liturgia ocidental inclui ainda na sexta-feira Santa e na profissão monástica, assim como na Ordenação de diáconos, presbíteros e bispos.
No entanto, Lucas diz que Jesus orou de joelhos. Introduz assim, baseando-se na postura de oração, esta luta noturna de Jesus no contexto da historia da oração cristã: enquanto a lapidavam, Estevão dobra os joelhos e ora (cf. Hch 7,60); Pedro se ajoelha antes de ressuscitar a Tabita da morte (cf. Hch 9,40); se ajoelha Paulo quando se despede dos presbíteros de Efésio (cf. Hch 20,36)…
—Señor, el hombre nunca es tan hombre como cuando se arrodilla ante ti.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-18

Reflexão

A hora de Jesus no Horto de Getsêmani

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje o Monte das Oliveiras —o mesmo de então—um dos lugares mais venerados do cristianismo. Nele encontramos um dramático ponto culminante do mistério de nosso Redentor: ai Jesus experimentou a "última solidão", toda a tribulação do ser homem. Aí, o abismo do pecado e do mal chegou até o fundo da alma. Ai se estremeceu diante da morte eminente. Ai o beijou o traidor. Ai todos os discípulos o abandonaram.
São João recolhe todas estas experiências e dá uma interpretação teológica do lugar: com a palavra "horto" faz alusão à narração do Paraíso e do pecado original. Quer nos dizer que ao se retomar aquela historia. Naquele horto, no "jardim" do Éden, se produz uma traição, mas "horto" é também o lugar da ressurreição.
—No horto Jesus aceitou até o fundo a vontade do Pai, a fez sua, e assim deu uma transformação a historia. Aqui Ele lutou também por mim!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-18

Reflexão

A Paixão de Cristo

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, assombrados, comemoramos a Paixão de Jesus Cristo. Hei aqui seu itinerário: o cenáculo da Eucaristia, o Horto de Getsemani, os palácios de Caifás e Herodes, o pretório de Pilatos, o Calvário da morte e o túmulo. Em cada um destes locais, entre uns e outros, fizemos sofrer a Jesus.
Deus podia nós redimir de mil modos diferentes. Escolheu o caminho do sofrimento até dar a vida. “Perder a vida” é a manifestação mais radical de amor. Não há improvisação: Profetizado já no Antigo Testamento, Jesus o predisse várias vezes; na Última Ceia nos deu de presente como alimento seu "Corpo que será entregue"; em Getsemani reza e diz "sim" a Deus-Pai. Na Cruz —plenamente consciente— mais uma vez diz “SIM”, entregando com liberdade e serenidade seu espírito.
—Jesus, meu Redentor, cuidarei de ti com minhas mãos, te defenderei com meus braços, te exaltarei com inteligência, te adorarei com todo meu coração. O farei com tua —nossa!— Bendita Mãe, Santa Maria.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-18

Reflexão

A postura do orador: Jesus reza de joelhos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, depois da exortação à vigilância dirigida aos Apóstolos, Jesus se distancia um pouco. Começa propriamente a oração do Monte das Oliveiras. Mateus e Marcos nos dizem que Jesus caiu com o rosto na terra: a postura de oração que expressa a extrema submissão à vontade de Deus, o abandono mais radical a Ele; uma postura que a liturgia ocidental inclui ainda na sexta-feira Santa e na profissão monástica, assim como na Ordenação de diáconos, presbíteros e bispos.
No entanto, Lucas diz que Jesus orou de joelhos. Introduz assim, baseando-se na postura de oração, esta luta noturna de Jesus no contexto da historia da oração cristã: enquanto a lapidavam, Estevão dobra os joelhos e ora (cf. Hch 7,60); Pedro se ajoelha antes de ressuscitar a Tabita da morte (cf. Hch 9,40); se ajoelha Paulo quando se despede dos presbíteros de Efésio (cf. Hch 20,36)…
—Señor, el hombre nunca es tan hombre como cuando se arrodilla ante ti.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-18

Comentário do Evangelho

Jesus entrega a sua vida na Cruz pela nossa salvação


Hoje, Cristo completa o gesto de lavar os pés que iniciou ontem quando instituía a Eucaristia no Cenáculo. Hoje, Jesus completa o derramamento do seu Sangue que começou ontem quando suava sangue enquanto rezava em Getsémani. Hoje, o Senhor, paciente e misericordioso, leva para o Céu o “bom ladrão”…
- E nós? «Pai, perdoa-lhes». Desculpou-nos! E como se fosse pouco, não nos deixa órfãos: «’Mulher, eis aí o teu filho’». Depois diz ao discípulo: ’Eis aí a tua mãe’. E desde aquela hora o discípulo recebeu-a em sua casa». Tens Maria na tua casa?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-18

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 19/04/2025

ANO C


Lc 24,1-12

Comentário do Evangelho

Noite Santa

Mãe de todas as vigílias! Nesta noite santa, toda a nossa história é recapitulada e faz todo sentido. Hoje a criação chega à sua plenitude: Cristo ressuscitou!
Nele, vencedor do mal e da morte, somos novas criaturas. A ressurreição de Cristo é o fundamento de nossa fé (cf. 1Cor 15,13-14). A ressurreição do Senhor abriu-nos as portas da eternidade.
As mulheres que vão ao túmulo pensando encontrar um morto, são surpreendidas pelo anúncio desconcertante de que ele vive, ressuscitou e está entre os vivos (cf. vv. 5-6). Será preciso outro olhar – o da fé. É na fé que o Ressuscitado é reconhecido e acolhido.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abra o meu coração para acolher os testemunhos verdadeiros da ressurreição de teu filho, sem me deixar contaminar pelos preconceitos.
Fonte: Paulinas em 30/03/2013

Vivendo a Palavra

«Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo?» A pergunta feita àquelas mulheres também é feita para nós, hoje. Para o Cristo Jesus a morte foi a porta para a vida em plenitude, mostrando para os que O seguem, que a palavra final não é Morte, mas Ressurreição.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/03/2013

Vivendo a Palavra

É madrugada. Em respeitoso silêncio, sigamos Maria Madalena e suas companheiras até o túmulo do Senhor. E, cheios de encantamento e esperança, lembremos o que diz o apóstolo Paulo em sua Carta aos Romanos: “Se morremos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele no Reino do Céu.” A ressurreição dá sentido à Morte e à Vida!
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2016

VIVENDO A PALAVRA

«Por que vocês estão procurando entre os mortos Aquele que está vivo?» A pergunta feita àquelas mulheres também é feita para nós, hoje. Para o Cristo Jesus a morte foi a porta para a Vida em plenitude, mostrando para os que O seguem, que a palavra final não é Morte, mas Ressurreição.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/04/2019

Reflexão

Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Jesus não pode ser encontrado entre os mortos nem nos sinais de morte que estão presentes na sociedade moderna. Páscoa é vida nova em Cristo, é a força da graça transformadora que muda escravidão em liberdade, pecado em santidade, morte em vida, trevas em luz. É força motivadora para a participação na missão da Igreja a fim de que o Ressuscitado seja conhecido, amado e louvado por todos. Páscoa é reconhecer a presença viva e atuante de Cristo na sua Igreja e no mundo.
Fonte: CNBB em 26/03/2016

Reflexão

O último capítulo do Evangelho de Lucas traça algumas cenas da ressurreição de Jesus. O texto de hoje relata a presença das mulheres junto ao túmulo onde fora posto o corpo do Mestre. É o primeiro dia da semana. Nova realidade nasce com a ressurreição de Jesus. Nova era inicia-se com a presença do Ressuscitado. Grande foi a surpresa das mulheres ao ver o túmulo vazio: não conseguiam acreditar no que viam. Personagens misteriosas esclarecem e anunciam que Jesus ressuscitou, como fora anunciado pela Escritura e como ele mesmo tinha falado. As mulheres são as primeiras mensageiras a levar a Boa Notícia: Jesus está vivo. Mas os homens não acreditam na palavra das mulheres. Pedro, representante do grupo, vai ao túmulo, constata e fica admirado com o que aconteceu. A grande Boa-Nova que as mulheres receberam dos dois homens e anunciaram é esta: Jesus está vivo na vida de Deus e na memória das pessoas; a vida triunfou sobre a morte. Portanto, não adianta procurá-lo no túmulo ou entre os mortos, pois ele está vivo. Jesus está com Deus, e Deus está presente no mais profundo mistério de nossa vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus  em 20/04/2019

Reflexão

No domingo bem cedo, as mulheres foram ao túmulo onde Jesus tinha sido posto. Certamente iam render-lhe homenagem, demonstrar afeto e cuidado pelo mestre e amigo que só fizera o bem e tivera um fim tão trágico: morte na cruz entre bandidos. Lá receberam a alegre notícia de que ele estava vivo e não deveria ser procurado entre os mortos. A lembrança das palavras de Jesus fez com que elas acreditassem que algo novo estava acontecendo e fizeram a ponte entre o fato da ressurreição e o anúncio aos apóstolos. A alegre mensagem que os “homens” deram às mulheres alimentou desde então a fé da Igreja: ele ressuscitou e está vivo entre nós! Elas foram as primeiras anunciadoras da melhor notícia que puderam divulgar. Crer na ressurreição de Jesus é tão importante que dá sentido à nossa fé e à nossa vivência cristã. O papa Francisco nos deixa bela mensagem: “A ressurreição de Cristo é o acontecimento mais fascinante da história humana, que atesta a vitória do amor de Deus sobre o pecado e a morte e doa à nossa esperança de vida um fundamento sólido como a rocha”. A ressurreição de Jesus é expressão do amor do Pai que não aceita que seu Filho permaneça entre os mortos. Ele faz parte dos vivos na eternidade, à qual todos somos convidados.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus  em 16/04/2022

Meditando o evangelho

À ESPERA DA RESSURREIÇÃO

A morte e a sepultura de Jesus impactaram profundamente os discípulos. Eles não compreendiam como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele, chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de si.
Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da perda do Mestre.
Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo, tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de vida para a humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, abre o meu coração para a esperança, que me leva a superar o desespero e a frustração diante do mistério da cruz.
Fonte: Dom Total em 26/03/2016 20/04/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Apesar de Você... Amanhã há de ser Outro Dia...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Difícil a gente se esquecer desse Samba do Chico Buarque de Holanda, cantor e compositor da MPB e dos melhores. Esse refrão era o grito de esperança que o poeta conseguiu arrancar da garganta de um povo triste e oprimido, pelo poder que o deveria proteger. Deus arrancou do fundo da terra, da escuridão do sepulcro seu Filho Jesus, grito de alegria não mais apenas de uma nação mas de toda humanidade. O poder religioso e imperialista daquele tempo tinham certeza de que haviam acabado definitivamente com Jesus de Nazaré e o seu sonho de um Reino Novo. A morte, a violência, a mentira, as falsas testemunhas, o grito de crucifica-o, crucifica-o, tudo havia ficado para trás, tudo havia passado como aquele sábado em Jerusalém, que mudou a história da humanidade e o destino de cada homem...
As mulheres compram perfumes para saudar a Vida Nova que estava chegando, era bem cedo, o primeiro dia da semana, ao nascer do sol... A primeira manhã da Nova criação, podemos imaginar o impacto positivo que aconteceu nas primeiras comunidades, ao lerem essa narrativa de São Lucas. Tudo novo, tudo renovado, bem longe vão as trevas da Sexta Feira Santa, agora tudo é luz, tudo é sol, tudo se refaz  com o Cristo que sai da terra e ressurge glorioso.
No caminho das mulheres havia uma pedra e depois da pedra o corpo inerte de um homem que elas amavam e queriam prestar-lhe a última homenagem, ungindo com aroma agradável o seu pobre corpo. De repente não havia mais pedra e no sepulcro a agradável surpresa, em vez de um morto um Ser Vivente de vestes brancas que dialoga com elas não um diálogo de amargura, de choramingos pela tragédia ocorrida, mas de Vida, de Boa notícia, da melhor Boa notícia que o mundo precisava ouvir: Na escuridão da morte brilhou uma Luz que nunca mais irá se apagar!
Nada de medo e de ficar olhando para o chão, essa é a postura de quem perdeu e foi tragado pela grande tragédia. Aquele que elas pensavam estar morto naquela tumba, está vivo!
O crucificado é o Ressuscitado! É o mesmo e não outro, o Cristo esmagado pelos homens ressurgiu na Glória de Deus, o túmulo está vazio. Algo de novo vai começar na Galiléia e caberá aos discípulos fazer ao mundo esse anúncio. O Cristão não anuncia uma possibilidade de Vida no pós morte: ele anuncia que a Vida verdadeira de cada ser humano está escondida em Cristo e que um dia será manifestada, Nele um dia experimentaremos esse gosto de Vitória, e o Vale da Morte que pensamos ser o nosso fim, é apenas um caminho que vai mais além, lá onde a LUZ de Deus manifestada aos Homens em Cristo Jesus se tornará definitiva.
Apesar do Mal, apesar da mentira, apesar da violência, da injustiça, apesar dos desânimos e fracassos, AMANHÃ há de ser outro dia e agora vem o melhor da nossa reflexão: Em Cristo esse novo AMANHÃ já chegou, para todos os que Nele creem e percorrem o caminho do Discipulado, alimentando essa esperança que não morre!

2. As mulheres lembraram-se das palavras de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Elas madrugaram, porque o amor madruga. Não o encontraram, porque o Amor já tinha madrugado antes. Não queria ser encontrado no domínio dos mortos. “Por que vocês procuram entre os mortos aquele que está vivo?” É preciso procurar entre os vivos aquele que está vivo. Não procurar um cadáver, mesmo se for para ungi-lo. Vida é movimento. As mulheres se movimentam. Voltam do túmulo e anunciam tudo aos Onze e aos outros. Pedro também se movimenta. Levanta-se e corre ao túmulo e o encontra vazio. Viu apenas os lençóis. Procuremos entre os vivos aquele que está vivo.
Fonte: NPD Brasil em 20/04/2019

HOMILIA DIÁRIA

A luz da Ressurreição de Cristo brilha em nosso meio

Postado por: homilia
março 30th, 2013

Grande é a nossa alegria ao ver a luz que brilha nas trevas. É a noite santa da “Vigília Pascal”. O símbolo predominante desta noite de Páscoa é a “luz”.
O amor de Deus é glorificado na “luz” das maravilhas da criação (cf. Gn 1,1—2,2). Aprisionados nas trevas da opressão egípcia, os filhos de Israel se alegram ao verem a “luz” da libertação que os conduz à glória da liberdade (cf. Ex 14,15—15,1). Por meio do profeta Isaías, o Senhor reacende as esperanças de Seu povo, oferecendo-lhe, gratuitamente, a vida em prosperidade e, deste modo, a “luz” da salvação (cf. Is 55,1-11).
É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra “círio” vem do latim ”cereus”, de cera. O produto das abelhas que com Cristo toma uma nova dimensão. Uma vez acesso, significa, ante os olhos do mundo, a glória de Cristo Ressuscitado. Por isso, grava-se, em primeiro lugar, a cruz no círio. A cruz de Cristo devolve à cada coisa seu sentido. Por isso, o Cânon Romano diz: “Por Ele segue criando todos os bens, os santificas, os enche de vida, os abençoas e repartes entre nós”.
Ao gravar na cruz as letras gregas “Alfa e Ômega” e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: “Cristo ontem e hoje, Princípio e Fim, Alfa e Ômega. D’Ele é o tempo e a eternidade. A Ele a glória e o poder. Pelos séculos dos séculos. Amém”. Ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor. Homens, coisas e tempo estão sob Sua potestade.
O Círio é decorado com grãos de incenso, o qual segundo uma tradição muito antiga, passaram a significar simbolicamente as cinco chagas de Cristo: “Por tuas chagas santas e gloriosas nos proteja e nos guarde Jesus Cristo, nosso Senhor”.
O celebrante termina acendendo o fogo novo, dizendo: “A luz de Cristo, que ressuscita glorioso, dissipe as trevas do coração e do espírito”.
Após acender o Círio que representa Cristo, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio recém aceso, escuta-se cantar três vezes: “Luz de Cristo”.
Essas experiências devem ser vividas com uma alma de criança, singela, mas vibrante, para estar em condições de entrar na mentalidade da Igreja neste momento de júbilo. O mundo conhece demasiado bem as trevas que envolvem a sua terra em desgraça e tormento. Porém, nesta hora, pode-se dizer que sua desventura atraiu a misericórdia e que o Senhor quer invadir a toda realidade com torrentes de sua luz.
Já os profetas haviam prometido a luz: “O Povo que caminha em meio às trevas viu uma grande luz”, escreve Isaías (Is 9,1; 42,7; 49,9). Esta luz que amanhecerá sobre a Nova Jerusalém (Is 60,1ss.) será o próprio Deus vivo, que iluminará aos seus e seu Servo será a luz das nações (Is 42,6; 49,6).
O catecúmeno que participa desta celebração da luz sabe por experiência própria que, desde seu nascimento, está em meio às trevas; mas tem o conhecimento de que Deus o chamou para sair das trevas e a entrar em sua luz maravilhosa (1 Pd 2,9). Dentro de uns momentos, na pia batismal, “Cristo será sua luz” (Ef 5,14). Passará das trevas à “luz no Senhor” (Ef 5,8).
Em seguida, é proclamada a grande ação de graças. Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas.
Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema. Uma terceira parte consiste em uma oração pela paz, pela Igreja, por suas autoridades e seus fiéis, pelos governantes das nações, para que todos cheguem à pátria celestial.
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de Cristo e iluminam a História da Salvação e o sentido dos sacramentos pascais. Há um diálogo entre Deus que se dirige ao seu povo e o povo que Lhe responde pelos salmos e preces.
As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “… e começando por Moisés e por todos os profetas em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito” (Lc 24, 27).
A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristia central de todo o ano. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa.
O apóstolo Paulo nos apresenta o batismo como um sinal real da nossa participação na morte e ressurreição de Cristo Jesus. Pelo batismo morremos para o pecado e ressurgimos para a vida. É a “luz” da vida nova em Cristo ressuscitado que brilha nas trevas do pecado (cf. Rm 6,3-11).
A verdade da ressurreição é a certeza da “luz” que brilha nas trevas e aponta a vida nova. Na escuridão, não vemos nada, mas quando se acende a “luz”, enxergamos a vida que é o fruto do amor. A vida gerada pelo amor só pode ser vista na “luz”. Neste sentido é que afirmamos que “o amor foi glorificado na luz”. De fato, a “Luz da Ressurreição” faz com que a vida gerada com a força do amor seja exaltada, glorificada, tornando-se esplêndida aos nossos olhos.
O amor presente nas mãos de Jesus, que lava os pés de Seus discípulos, e presente no pão que lhes é repartido, é o amor assumido na cruz, e hoje glorificado na Luz da Ressurreição.
Cristo ressuscitou como havia dito. Aleluia! Somos todos convidados a acolher esta “noite da luz eterna” para que, em meio às trevas do pecado e de tantos outros problemas e desafios, brilhe e se abra a porta de saída para a vida, para o amor e para a alegria do Cristo Ressuscitado.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 30/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

Que as sementes da ressurreição brotem em nosso coração

É preciso deixar que as sementes da ressurreição brotem em nosso coração e que nossa vida testemunhe ao mundo que Cristo está vivo e no meio de nós

Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova.” (Rm 6, 4)

Neste dia, em que nos preparamos para celebrar de forma tão solene a Vigília Pascal, a Ressurreição gloriosa de Cristo, precisamos ir até nossa alma, nosso coração e às decisões que fazemos em nossa vida, para que os acontecimentos pascais aconteçam dentro do nosso coração e da nossa vida.
Páscoa é a decisão de passar do homem velho para o novo, do homem que não conhecia Cristo ou O conhecia de forma superficial, para o homem que O conhece de forma profunda e apaixonante. Páscoa é transformação, libertação, restauração e vida nova! Páscoa não é apenas memória, recordação de um acontecimento passado, mas memória viva e atual, é a celebração, com Cristo, da vida nova que Ele nos trouxe.
É preciso deixar que as sementes da Ressurreição de Jesus brotem em nossa alma e coração, e que nossas obras e nossa vida testemunhem para o mundo que Cristo está vivo e no meio de nós!
Celebremos a Páscoa de Cristo com o coração renovado e com sentimentos novos! Nada de levar para frente as velhas mágoas, os rancores e ressentimentos antigos, nada de levar para frente aquilo que torna nossa vida viciante, velha e sem gosto; nada de cultivar sentimentos negativos, nada de permanecer na mesma tristeza e no inconformismo. Nada de perder a esperança e nos entregarmos ao desânimo, vencidos pelo cansaço, pela dor ou sofrimento.
A vida pode até continuar do mesmo jeito, porém, a cada dia, temos um leão a vencer, uma dificuldade a enfrentar, mas o gosto será outro e a visão diferente, quando soubermos transfigurar todas as coisas no olhar do Cristo ressuscitado.
Que a Páscoa não seja uma simples celebração daquilo que se realizou na vida de Cristo, mas que seja a celebração daquilo que Deus realiza em nossa vida. Ele nos tira da sepultura, da vida velha, e nos convida a cantar “Aleluia” e “Glória no mais alto dos Céus”, com a nossa vida e com nosso testemunho!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 26/03/2016

HOMILIA DIÁRIA

A luz da Ressurreição ilumina as trevas do nosso coração

“Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia’.” (Lucas 24,5)

Hoje, vivemos a feliz expectativa da Vigília Pascal, da celebração da ressurreição e da vida. Jesus não está morto, mas ressuscitou para a glória de Deus. Hoje, não vamos procurar um morto, vamos procurar Aquele que está vivo, vamos encher o nosso coração, os nossos sentimentos e todo o nosso ser da certeza da ressurreição e da vida.
Infelizmente, os sentimentos de morte, os sentimentos do fracasso, do desespero ainda tomam conta dos sentimentos de muitos de nós cristãos e seguidores do Crucificado e Ressuscitado.
Adoramos o Cristo na Sua Paixão, mas temos consciência de que Ele vive para sempre. Essa é a nossa fé, é a razão do nosso viver, é a alegria da nossa vida, essa é a esperança que temos para anunciar e gritar ao mundo: o nosso Senhor está vivo! E vamos encontrá-Lo a cada dia de nossa vida e levar aos outros a Boa Nova, essa grande verdade.
Não vivamos como se Cristo ainda estivesse morto, mas vivamos com a certeza e a convicção de que Ele está vivo. Levemos a vida nova que Ele nos trouxe, levemos as sementes da Ressurreição para todos os ambientes onde estamos, a começar pela nossa casa, pelo nosso lar, pois ali tem de ser a expressão mais viva de que Cristo está vivo.

Levemos as sementes da Ressurreição para todos os ambientes onde estamos, a começar pela nossa casa

O Cristo vivo renova todas as coisas, Ele tira a dor que, muitas vezes, nos visita e não sai mais de nós. Ele vem para arrancar a tristeza que deixa as almas e os corações em desalento, muitas vezes, sucumbindo como se estivesse à beira da morte. O olhar de quem se encontrou com o Ressuscitado é o olhar que vê todas as coisas sobre uma nova luz e uma nova perspectiva.
Deixemos que a luz de Cristo invada todo o nosso ser no dia de hoje! Começamos celebrando Jesus com um fogo novo, esse fogo da graça, a luz nova.
Que a luz da ressurreição ilumine as trevas do nosso coração, ilumine as nossas relações, nossa vida e tudo aquilo que fazemos.
Cristo está vivo, está ressuscitado, e Ele abençoa cada um de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

Neste Sábado Santo, prepare o seu coração para receber o Ressuscitado

“No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. Elas encontraram a pedra do túmulo removida. Mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas.” (Lucas 24,1-5)

Meus irmãos e minhas irmãs, nós estamos, com toda a Igreja, hoje, no Sábado Santo. É o dia da espera! Eu fiz questão de parar aqui a narração desse Evangelho, justamente para deixar esse “grito do Aleluia ser cultivado no nosso coração ao longo desse dia de expectativa da vida que vence a morte; da ressurreição do Senhor.
E a ressurreição para nós é o motivo pelo qual nunca devemos nos desesperar, diante de nenhuma situação, até mesmo diante da própria morte. A ressurreição é o motivo que nos faz acreditar que: para além das nossas tribulações; para além das realidades mais cruéis que nós podemos enfrentar, está Jesus Cristo Ressuscitado; vencedor da morte; vencedor de tudo. A nossa vida precisa ser um Sábado Santo; a nossa vida precisa, justamente, se tornar esse Sábado Santo — que está como que esmagado entre as dores da Sexta-feira Santa da Paixão de Jesus, da Cruz; dos nossos sofrimentos —, mas também da vitória do Senhor sobre a morte; a Ressurreição de Jesus.

Transforme a sua vida, no Sábado Santo, num dia perene de expectativa; cheio de esperança e cheio de fé

A nossa vida precisa caminhar sempre nesta tensão: entre as dificuldades que nós enfrentamos; os fardos que nós carregamos; as lutas e as batalhas que nós travamos, mas, do outro lado, a nossa esperança; a nossa alegria de ter ao nosso lado o nosso Redentor, que está vivo e ressuscitado. Então, transforme a sua vida, no Sábado Santo, num dia perene de expectativa; cheio de esperança, cheio de fé; mesmo com as dores que você experimenta na sua vida; com as realidades duras que você enfrenta; mas com um olhar de esperança, com olhar no Cristo que nos espera.
E nós lemos um trecho do Evangelho em que aparece a ausência do corpo de Jesus. Maria Madalena com aquelas mulheres, que vão ao túmulo de Jesus, constatam a ausência do corpo de Jesus, porém, essa ausência do corpo é apenas um sinal de que o final é diferente de como nós pensamos. Pois elas pensavam que iam encontrar o corpo morto de Jesus, mas acabam encontrando o Ressuscitado; e nós vamos meditar isso, ao longo desta semana, e na Oitava de Páscoa vamos poder tocar profundamente na realidade desse mistério.
O momento que nós vivenciamos, neste Sábado Santo, é aquele da descida do Filho de Deus à mansão dos mortos; é o anúncio da salvação e da redenção àqueles que já jaziam na morte. Existe uma homilia dos primeiros séculos, de um autor desconhecido, que, justamente, medita e faz-nos refletir sobre a descida de Jesus à mansão dos mortos:  quando Jesus está ali, na mansão dos mortos, Ele encontra o primeiro Adão e exclama para ele (Adão): “Desperta, tu que dormes, levanta-te do sono da morte, porque Cristo te iluminará”. É um belíssimo conto, uma belíssima meditação, para que nós também enxerguemos, na nossa existência, esse despertar que a vida de Cristo nos causa, não apenas depois da nossa morte, mas o despertar de Cristo no hoje e no agora da nossa existência. Certamente, hoje, a voz do Cristo quer ecoar no meu coração e no seu coração dizendo a nós: “Desperta, tu que dormes, levanta-te, porque Cristo te iluminará!”.
E, na situação na qual você se encontra, nas trevas onde você se encontra, o Senhor quer te iluminar; o Senhor quer trazer vida nova; o Senhor quer trazer ressurreição! Preparemos o nosso coração, aqueçamos o nosso coração para a vivência desse mistério, para a celebração desse grande mistério da Ressurreição de Jesus!
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

Oração Final
Pai Santo, damos graças pela encarnação de tua Palavra Criadora. Que o teu Espírito nos faça compreender o dom inefável que nos ofereces – teu Filho Unigênito feito humano como nós – e nos dê força para segui-lo nesta vida em busca do teu abraço eterno. Pelo mesmo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/03/2013

Oração Final
Pai Santo, chegamos com Jesus de Nazaré ao final da sua vida terrena, toda dedicada a fazer o bem aos irmãos. Contemplamos a solidão final, a condenação injusta, a dor do suplício, a agonia, a morte e o sepultamento. Mas, inspirados na Promessa, queremos ser testemunhas da sua gloriosa ressurreição, que nos conduz à libertação definitiva em teu Reino de Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, damos graças pela encarnação de tua Palavra Criadora. Que o teu Espírito nos faça compreender o dom inefável que nos ofereces – teu Filho Unigênito feito humano como nós – e nos dê força para segui-lo nesta vida em busca do teu abraço eterno. Pelo mesmo Jesus, o Cristo, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/04/2019