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segunda-feira, 4 de agosto de 2025
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/08/2025



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COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 04/08/2025
ANO C
Mt 14,13-21
Comentário do Evangelho
Vós mesmos dai-lhes de comer
O texto da multiplicação dos pães tem uma forte conotação eucarística: “... tomou os cinco pães e os dois peixes… pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões” (v. 19).
Diante da precariedade do lugar e pela hora já adiantada, os discípulos querem despedir as multidões para que possam comprar comida. Jesus provoca os discípulos: “Vós mesmos dai-lhes de comer!” (v. 16). É a oportunidade de poderem compreender que o alimento que sustenta o povo de Deus ultrapassa o estreitamento material. A vida entregue ao Senhor é o verdadeiro alimento do povo que o Cristo reúne: “Trabalhai não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que perdura até a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará. […] O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6,27.51).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim de que, diante de meu semelhante necessitado eu sinta a alegria de partilhar com ele o que me deste.
Fonte: Paulinas em 05/08/2013
Comentário do Evangelho
Jesus se compadece da multidão
De Nazaré Jesus volta para as margens do mar da Galileia e de lá para um lugar afastado, para estar a sós. Essa observação é importante: Jesus toma distância das muitas atividades. Mesmo se retirando, Jesus recebe as multidões que o procuram e vão até ele. Compadecido, ele cura os doentes. A compaixão é um sentimento divino que leva Jesus a socorrer as pessoas em suas necessidades. A sugestão dos discípulos de despedir a multidão é razoável: o lugar é distante, a hora avançada e não há o suficiente para alimentar tanta gente. Jesus, no entanto, se recusa a fazê-lo. É ocasião para que o leitor do evangelho compreenda que o alimento do povo que o Cristo reúne é de outra natureza. O texto da multiplicação dos pães tem forte conotação eucarística. A vida do Senhor entregue para a salvação de todos é o alimento espiritual que sustenta o povo de Deus em marcha. O alimento material remete ao alimento espiritual. Esse é o alimento que sustenta abundantemente; não se compra nem se vende e é dado gratuitamente para a vida do mundo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim de que, diante de meu semelhante necessitado eu sinta a alegria de partilhar com ele o que me deste.
Fonte: Paulinas em 03/08/2015
Vivendo a Palavra
No deserto, Javé oferecia o maná como sinal: ajuda na sobrevivência, para alcançar o objetivo – a Terra Prometida. No Evangelho, Jesus alimenta a multidão com pão e peixes, mas a sua proposta para o povo era bem maior: Ele mesmo se oferecia como o Pão da Vida – que aplaca a fome e a sede para a eternidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/08/2015
VIVENDO A PALAVRA
«Eles não precisam ir embora. Vocês é que têm de lhes dar de comer.» A ordem de Jesus aos discípulos se estende a nós, a sua Igreja do nosso tempo. Compete-nos saciar os irmãos com o alimento espiritual, sim, mas também, sermos generosos e desapegados das nossas posses para possibilitar-lhes a sobrevivência do corpo, do coração e da mente.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2017
VIVENDO A PALAVRA
É missão nossa o cuidado com os irmãos peregrinos. Se os filhos de Israel reclamavam a Moisés no deserto, Jesus não espera nem mesmo que seus ouvintes manifestem a fome. Ele corre na frente e realiza o sinal dos pães que se multiplicam. Ele quer que façamos o mesmo para nossos irmãos!
Fonte: Arquidiocese BH em 05/08/2013 e 05/08/2019
Reflexão
Informado da morte de João Batista, Jesus se afasta da cidade símbolo da ganância e opressão, e se retira para um lugar deserto, onde vai celebrar o banquete da abundância de alimentos para todos. Sem demora, as multidões vão ao seu encontro. Sinal de que Jesus tem sempre algo valioso a oferecer. De fato as alimenta com o pão da Palavra e com o pão material. Em breve, o pão que nutre o corpo se tornará, para os cristãos, o banquete eucarístico, alimento espiritual. Jesus mostra que a solução da fome não está no sistema de compra e venda, que leva ao acúmulo e exploração de alguns sobre a pobreza e a fome de muitos. Caberá aos discípulos, principalmente às lideranças do povo, organizar a sociedade e promover a igualdade entre todos. Assim ninguém passará necessidade, como numa família unida.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/08/2019
Reflexão
Informado da morte de João Batista, Jesus se afasta da cidade, símbolo da ganância e opressão, e se retira para um lugar deserto, onde vai celebrar o banquete da abundância de alimentos para todos. Sem demora, as multidões vão ao seu encontro, sinal de que Jesus tem sempre algo valioso a oferecer. De fato, alimenta-as com o pão da Palavra e com o pão material. Em breve, o pão que nutre o corpo se tornará, para os cristãos, o banquete eucarístico, alimento espiritual. Jesus mostra que a solução da fome não está no sistema de compra e venda, que leva ao acúmulo e exploração de alguns sobre a pobreza e a fome de muitos. Caberá aos discípulos, principalmente às lideranças do povo, organizar a sociedade e promover a igualdade entre todos. Assim ninguém passará necessidade, como numa família unida.
Oração
Senhor Jesus, em vez de despedir as multidões famintas, desafiaste teus discípulos a alimentá-las, sem recorrer ao comércio. Foi assim que, recolhendo o alimento que traziam, saciaste a fome de todos, e ainda sobrou muita comida. Ensina-nos a partilhar generosamente os bens que possuímos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 02/08/2021
Reflexão
Os sinais de Jesus se multiplicam. Antes, com poucos pães e peixes, ele sacia a fome da multidão faminta. Agora, caminha sobre as águas em direção à barca dos discípulos. Caminhar sobre as águas é uma prerrogativa divina. Somente Deus domina completamente as forças caóticas que se desencadeiam no mundo e no coração humano. Em nossa vida pessoal e na missão, deparamo-nos com obstáculos, entre os quais a nossa falta de fé, que nos paralisam e nos impedem de alcançar resultados satisfatórios. Também as lideranças religiosas, representadas por Pedro, correm o risco de perder a fé. Se, porém, em vez de alimentar o medo e a insegurança, dermos espaço à presença e à palavra de Cristo, então as coisas poderão mudar. A paz e a calma voltam ao coração. E a missão pode tornar-se fecunda.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 07/08/2023
Reflexão
«Ergueu os olhos para o céu...»
Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano
(Cervera, Lleida, Espanha)
Hoje, o Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto. Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: «Que possam ir aos povoados comprar comida!» (Mt 14,15). Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: «Vós mesmos dai-lhes de comer!» (Mt 14,16).
Um ditado popular diz: «Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar». E é verdade, os discípulos —e nós também— não sabemos contar, porque nos esquecemos frequentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.
Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: «Só temos aqui cinco pães e dois peixes» (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus —verdadeiro Deus e verdadeiro homem— entre eles!
Parafraseando a São Josemaria, não nos seria mal recordar aqui que: «os empreendimentos de apostolado, está certo —é um dever— que consideres os teus meios terrenos (2 + 2 = 4). Mas não esqueças nunca! Que tens de contar, felizmente, com outra parcela: Deus + 2 + 2...». O otimismo cristão não é baseado na ausência de dificuldades, de resistências e de erros pessoais, mas em Deus que nos diz: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20).
Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: «Onde houver ódio que eu leve o amor», isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Possivelmente não nos encontremos em situação de dar muito, mas sempre podemos dar a alegria que brota dum coração que ama a Deus» (Santa Teresa de Calcutá)
- «Esses poucos pães e peixes, partilhados e abençoados por Deus, foram suficientes para todos. E atenção! Não é magia, mas é um 'sinal': um sinal que convida a ter fé em Deus, Padre providente» (Francisco)
- «A sagrada Comunhão do corpo e sangue de Cristo aumenta a união do comungante com o Senhor, perdoa-lhe os pecados veniais e preserva-o dos pecados graves. E uma vez que os laços da caridade entre o comungante e Cristo são reforçados, a recepção deste sacramento reforça a unidade da Igreja, corpo Místico de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.416)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 07/08/2023
Reflexão
O “pão” e a “bênção” na Eucaristia
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje se destacam os elementos muito próprios da Eucaristia. Primeiro: para instituir a Eucaristia Jesus Cristo escolhe o "pão", porque é como uma imagem da paixão. O pão se supõe que a semente —o grão de trigo— caiu na terra, "morreu", e que de sua morte cresceu a nova espiga. O pão terrenal pode chegar a ser portador da presença de Cristo porque reúne em si "morte" e "ressurreição".
Segundo, a "bênção". Dizem-nos que Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção (e a ação de graças). Não se come sem agradecer a Deus pelo dom que Ele oferece. As palavras da instituição estão neste contexto de oração; nelas, o agradecimento se converte em bênção e transformação: finalmente, Cristo é Ele mesmo o "pão de vida" que nos é oferecido como alimento espiritual.
—Bendito sejas por sempre, Deus do universo, porque no novo "maná" te entregas a nós mediante o amor acolhedor do Filho.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 07/08/2023
Meditação
Em sua comunidade paroquial há pessoas que passam fome? - Como sua comunidade vive a realidade da partilha? - Partilham-se realmente os bens ou apenas as sobras? - Encontram na partilha a verdadeira razão de viver? - Em seu contexto de vida nota algum desperdício de bens?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 05/08/2013
Meditação
“Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado.” Apesar de o evangelista não o dizer, dá-se a impressão de que Jesus ficou triste com a morte de João, que era seu parente e talvez amigo. Por isso, queria ficar um pouco a sós com sua dor. Bem como acontece conosco, que também sabemos o quanto dói a separação, principalmente pela morte. O Filho de Deus encarnado sentiu o que sentimos, por isso, pode compreender-nos e nos ajudar. Aí está o fundamento e o sentido da fé que devemos viver, pois sejam quais forem as circunstâncias, o Senhor estará conosco.
Oração
Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 07/08/2023
Comentário sobre o Evangelho
A multiplicação dos pães e dos peixes
Hoje, assistimos à primeira multiplicação de pães e peixes. É uma antecipação da Eucaristia. Não costumamos contar com Deus e, então, não chega: não há para todos! (“sábia” conclusão).
- «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». E Jesus? Não conta? Vinte séculos e nunca se esgotou nem o Seu Amor nem a Eucaristia!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 07/08/2023
Meditando o Evangelho
A MULTIDÃO SACIADA
A multiplicação dos pães prefigura a Eucaristia celebrada na comunidade cristã. Ela foi fruto da partilha. Alguém colocou à disposição dos demais o que tinha para o próprio sustento. Na Eucaristia, é Jesus quem partilha a si mesmo, dando-se em alimento para todos. Na multiplicação dos pães, foi alimentada uma multidão, que se encontrava num deserto. A Eucaristia alimenta a comunidade cristã, caminheira pelos desertos do mundo rumo à casa do Pai. Na multiplicação dos pães, ninguém foi deixado de lado. Todos puderam comer até ficar saciados. De igual modo, na Eucaristia, sendo ceia de fraternidade, ninguém pode ser excluído. Homens, mulheres e crianças são todos benvindos, pois existe alimento para todos.
A multiplicação dos pães acontece sob os olhares complacentes de Jesus. Ele é o centro do que ocorre. A Eucaristia, igualmente, está toda centrada no mistério pascal de Jesus, donde lhe provém o valor e o sentido.
A multiplicação dos pães aponta para o banquete escatológico dos filhos de Deus, quando todos serão acolhidos na casa do Pai. A Eucaristia é também celebrada como preanúncio da ceia eterna no Reino de Deus, quando o Pai reunirá, em torno de si, todos os seus filhos e filhas.
A multiplicação dos pães sublinha a importância da partilha e da comunhão. A Eucaristia apresenta a partilha como projeto de vida e a comunhão fraterna, como ideal dos discípulos do Reino.
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba viver a Eucaristia como apelo para a comunhão e a partilha, as quais prefiguram a comunhão definitiva com o Pai.
Fonte: Dom Total em 03/08/2015
Meditando o evangelho
COMPRAR OU DAR?
A situação delicada em que se encontrava a multidão faminta deu ocasião para os discípulos manifestarem sua mentalidade e serem corrigidos pelo Mestre. Quando julgavam que a solução seria despedir a multidão para que fosse comprar algo para comer, Jesus ordenou que eles mesmos lhe dessem de comer. Esta ordem só seria entendida se os discípulos se abrissem para o novo projeto de sociedade subjacente à pregação do Mestre. É para esta novidade que Jesus quer levá-los a se converter.
Comprar os pães supunha orientar as relações sociais pelas leis da economia, onde impera a concentração de bens e a exploração injusta. Neste contexto, quem tem dinheiro tem o direito de comer; quem não tem, torna-se vítima da fome. Aos comerciantes importa apenas o lucro. As pessoas, contaminadas pelo egoísmo, acabam virando as costas para o próximo em dificuldade. Estamos muito distantes do ideal do Reino!
Dar os pães comporta uma dinâmica diferente. Tudo parte do amor ao próximo, cuja penúria torna-se um apelo para a solidariedade e a partilha. Quem possui algo para comer, deixa-se tocar por quem não o tem, e abre mão, generosamente, do que lhe pertence para saciar a fome do próximo. Esta atitude funda-se na pura gratuidade e exclui qualquer desejo de recompensa. A alegria já é sentida no ato mesmo de repartir. Nesta direção é que os discípulos devem caminhar!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim de que, diante de meu semelhante necessitado eu sinta a alegria partilhar com ele o que me deste.
Fonte: Dom Total em 07/08/2017, 05/08/2019 e 02/08/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
"DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER!" - Olívia Coutinho
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus, e está em nossas mãos, a cura desta ferida! Uma cura, que pode vir de pequenos gestos de amor!
Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”?
É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade; num mundo de tanta fartura, ainda hoje, morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, consequência do nosso egoísmo, que nos impede de abrirmos o nosso coração ao amor solidário, o amor que nos leve a partilha.
A todo instante, pessoas necessitadas de ajuda, desfilam diante dos nossos olhos, são irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência. E quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos isentar de quaisquer responsabilidade sobre eles. E assim, vamos buscando mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante a esta triste realidade.
Precisamos aprender a olhar o irmão com o mesmo olhar de Jesus, um olhar que não apenas constata a sua necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o possibilitará uma vida digna.
A exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos diante as necessidades do nosso irmão, e muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade para com eles.
Precisamos conscientizar, de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes as suas necessidades.
Podemos observar, que quase sempre, o que o nosso irmão busca em nós, não é muito, é sempre algo que está ao nosso alcance, às vezes, nem é algo material, e sim, uma palavra de esperança, um tempo para escutá-lo, ou simplesmente um simples sorriso acolhedor!
Como verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos colocar em prática os seus ensinamentos, e assim como Ele, estarmos sempre atentos às necessidades do outro, prontos para ajudá-lo no que for preciso.
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar a Deus, se não somos capazes de abaixá-las, para erguer um irmão!
O evangelho de hoje narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento é o amor, o amor que leva a partilha.
Sabemos que Jesus, se quisesse, poderia realizar sozinho a multiplicação dos pães, mas Ele quis envolver todos os seus discípulos, o que nos mostra, que Jesus quer agir no mundo, fazendo do coração humano o seu próprio coração.
Hoje, Jesus nos encarrega de saciar a fome de tantos irmãos, fome de pão e fome de amor, na certeza de que: colocando em suas mãos o pouco que temos, Ele transformará em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!
É nosso compromisso cristão, despertar no outro a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração a necessidade de Deus, como fez Jesus: a partir da necessidade do pão material, Ele criou a necessidade do pão da vida eterna.
Quem partilha com o outro, o pão material, desperta nele, a necessidade de Deus!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Olívia
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 05/08/2013
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Os cinco pães e os dois peixes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Uma grande multidão espera por Jesus. Jesus sente compaixão e cura os doentes. Os discípulos sugerem que se despeça o povo, para que procure alimento enquanto é dia. Jesus, porém, dá a eles uma resposta surpreendente. “Estas pessoas não precisam ir embora. Vocês mesmos vão dar a elas de comer”. Como, com cinco pães e dois peixes? Jesus vai ensiná-los a alimentar muita gente com pouco pão. Ergue os olhos e diz a bênção. Todos os judeus dizem uma bênção antes da refeição. Em seguida, parte os pães e os pedaços são distribuídos. Todos comem e ficam satisfeitos. Sabemos o que Jesus fez: partiu o pão e o distribuiu. Como os pedaços continuaram a se multiplicar, não sabemos. E os discípulos, poderão fazer o que Jesus fez?
Fonte: NPD Brasil em 07/08/2017
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Cinco pães e dois peixinhos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Confesso que quando reflito este evangelho, conhecido como da multiplicação dos pães, fico intrigado com algo bem simples: o milagre poderia ser muito mais espetacular, se Jesus tivesse mandado as pessoas sentarem-se em grupos, e depois, ao fazer o ritual da benção, os pães e os peixinhos, aparecessem como em um passe de mágica, na mão das pessoas, surgindo do nada. Mas neste milagre há uma palavra chave, de significado muito profundo, trata-se do milagre da multiplicação... Deus criou tudo do nada, diz o livro do Gênesis, mas quando se trata do pão, ele faz questão de multiplicar.
Alguém cedeu o seu lanche, fazendo parceria com Jesus, no ato prodigioso! Mateus nos dá a entender que esse alimento pertencia aos próprios discípulos “Só temos aqui, cinco pães e dois peixes”. A fome da multidão é muito maior do aquilo que podemos dar, será sempre assim, o que temos para dar é muito pouco, para resolver o problema da família, da comunidade, os problemas sociais, a violência, as drogas, o desamparo aos idosos, as crianças pobres, as tristezas do outro, a depressão do irmão, suas angústias e desgraças, doenças e mortes, a idade avançada, diante de tudo isso, a gente até se comove, mas justificamos com aquele pensamento tão nefasto: Sinto muito, nada posso fazer!
Por que dizemos isso, em tantas situações da nossa vida, diante de um irmão que sofre, que chora, que se desespera? Porque não confiamos no que temos, por acharmos muito pouco, vamos ter de nos separar, vou ter de abortar, vou ter de me omitir, vou ter que ficar quieto, nos sentimos impotentes, sem força alguma para mudar a situação, se tivéssemos muito, se tivéssemos poder, se fôssemos respeitados, se estivéssemos no comando, seu fossemos ricos, ah! Tudo seria diferente... Daríamos um jeito nessa situação, resolvendo o problema.
Mas, como nada somos, e ainda termos tão pouco, é melhor ficar no velho e conhecido “cada um por si, Deus por todos”, queremos sempre despedir as pessoas para que cada uma se vire do seu jeito. É o comodismo e o egoísmo, que domina este mundo da nossa modernidade onde o espírito consumista afirma que, somente quem tem muito, consome muito, pode realizar sonhos e projetos de vida. Jesus desmonta este esquema mesquinho e centralizador, que concentra a riqueza material, nas mãos de uma minoria.
Dai-lhes vós mesmos de comer, eles não precisam ir embora! Após a oração de graças e a benção, começa a ocorrer o milagre: os discípulos começam a distribuir aquele pouco que têm, às multidões. Nos projetos e empreendimentos humanos, quem mais tem é que decide o que fazer só quem tem muito, poderá fazer grandes coisas, no projeto de Jesus a palavra de ordem é partilhar, mesmo que seja o pouco, acreditando que esse pouco, para o próximo vai ser muito.
O milagre, portanto, não está na quantia de pães e peixes, mas no gesto de partilhar, acreditando que naquele momento, o pouco que eu posso dar ou fazer, é exatamente tudo o que o meu próximo precisa. Nesse sentido, os cinco pães e dois peixinhos desse evangelho, pode ser um simples sorriso, dado a quem está triste, um abraço, um beijo ou um aperto de mão, em quem está sofrendo alguma dor, uma mão no ombro de quem está desanimado, uma palavrinha de consolo a quem chora, uma palavra de coragem a quem perdeu a vontade de viver. E pronto, está feito o milagre!
“Você não sabe como foi importante para mim, a sua presença, o seu gesto, naquela hora!” Todos nós já escutamos esta frase, entretanto o que demos ou fizemos foi tão pouco e parecia tão insignificante. Chegamos ao ponto chave da reflexão, quando acreditarmos na força do nosso “pouco“, iremos conseguir mudanças prodigiosas na família, na comunidade e na sociedade, mas não precisa ficar cobrando para que o outro faça a sua parte, um gesto de partilha já é por si suficiente, para promover grandes mudanças, para transformar a miséria em fartura, pois quando dizemos – eu já fiz a minha parte, espero que cada um faça a sua, estamos nos colocando acima das outras pessoas e, portanto no direito de cobrar, e se seguíssemos essas lógica, ditada pelo orgulho e a prepotência, estaríamos perdidos diante de Jesus, que nos ama sempre com um amor sem medidas, sem nunca nos cobrar.
Dos pedaços que sobraram encheram-se doze cestos, e a multidão ficou saciada, o projeto de Jesus de Nazaré parecia tão pouco e ridículo diante da grandeza do Messianismo, sonhado e esperado pelos seus compatriotas, entretanto, a graça que nasceu da Salvação, libertou não só a Israel, mas a todas as nações da terra. Há alguém faminto ao seu lado, de uma fome que vai bem além do estomago vazio, ofereça o seu “pouquinho” com alegria, e creia nesse milagre!
2. Ao entardecer, aproximaram-se dele
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Informado da morte de João Batista, Jesus se retira para um lugar deserto, mas o povo vai atrás dele. Seu coração se compadece e ele cura os doentes. O tempo passa, e é preciso despedir as pessoas para procurarem alimento enquanto é dia. Jesus diz então aos discípulos algo aparentemente impossível: “Vocês mesmos vão dar-lhes de comer”. Eles tinham cinco pães e dois peixes, quase nada, mas bom começo para a partilha. E o milagre aconteceu. Um passe de mágica certamente não foi. Todos se alimentam e sobram doze cestos. Não importa saber como aconteceu a multiplicação. Basta ver e imitar. Inventem um modo de dar ao povo o pão de cada dia, e dar-lhe também o Pão da Eucaristia.
Fonte: NPD Brasil em 05/08/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Um evangelho gostoso de meditar, porque retrata nossas paróquias
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Às vezes lemos este evangelho de maneira fria, alguém deu a notícia a Jesus de que seu primo João Batista tinha sido morto por Herodes. João Batista morre e Jesus começa sua missão. Mateus informa que Jesus retirou-se para um lugar deserto, movido pela tristeza de ter perdido o primo e também por precaução, pois o cerco estava se apertando. Mas Jesus nem teve tempo de pensar nos próprios problemas, pois o povo soube e uma multidão foi procurá-lo, indo á pé para o outro lado onde estava Jesus. A travessia do mar da Galiléia, a pé, é uma forma de Mateus lembrar a seus conterrâneos como ocorreu a libertação do povo hebreu, que atravessou o mar vermelho a pé enxuto. Essa terra prometida, a terra das delícias, onde corre leite e mel e o povo se sacia plenamente, é Jesus Cristo.
Jesus ensina e realiza curas dos enfermos, sinais evidentes do seu messianismo, sinais de um Reino de Deus que já está no meio dos homens. Não é um reino da fantasia ou da Alice no país das maravilhas, as comunidades têm preocupações, tal como os discípulos, ao cair daquela tarde “Este lugar é deserto, já se faz tarde, despede essa gente para que vá comprar víveres nas aldeias”. Como os discípulos, muitas vezes queremos “separar” das duas dimensões da nossa Santa Igreja, que deve cuidar da alma e do Espírito, com a Palavra e os Sacramentos, quando ao corpo e suas necessidades básicas, incluindo-se a alimentação, é melhor não se envolver com problemas que não temos como resolver.
Uma Equipe de Eventos tem muito trabalho pela frente, e preocupações dessa mesma ordem, precisamos construir salas de catequese, novas comunidades, adquirir imóveis para abrigar novas comunidades que vão surgindo...Há os que não conseguem fazer uma experiência profunda de Jesus em trabalhos desse tipo, e por isso muitos irmãos e irmãs, jogam o problema para o padre, o tesoureiro, o pessoal do CAE. “Ah...esse assunto de dinheiro não é problema da nossa pastoral, ou do nosso movimento" - ” pensam os omissos, os que não gostam de vestir a camisa. Se Jesus obedecesse ao conselho dos seus discípulos, diria a multidão “ Olha pessoal, por hoje chega de ensinamento, vão para suas casas, comprem alimentos, amanhã, já de barriga cheia, vocês voltem para continuarmos com o assunto…”
Jesus se compadece, sofre junto, afirma que a comunidade tem a solução para aquele problema, e são necessárias duas coisas: partilha do pouco, e organização, para resolvê-lo. A Comunidade sempre tem pouco, nunca têm muito, materialmente falando. O mês sempre começa com muitas contas a pagar, já efetivadas, valores dispendidos para materiais de construção, no caso de empreendimentos imobiliários. Na despesa não tem como mexer, os boletos e contas estão lá para serem pagos. Mas, e a Receita?
Será que o Dízimo e coleta será suficiente naquele mês? Jesus sente compaixão das pessoas, nossas comunidades precisam aprender com ele a sentirem também compaixão, uma das outras. Pensar juntos, enfrentar os problemas juntos, dispor do pouco que cada um tem, para somar e se viver a comunhão, fazendo o milagre acontecer, mas de maneira organizada…
Depois as multidões sentam-se na relva em grupos que lembram também nossas comunidades grandes ou pequenas. Jesus eleva os olhos ao céu, agradece e abençoa o pouco que foi partilhado, e os grupos se saciam abundantemente e ainda há sobras. É a Eucaristia que alimenta a todos, despertando a todos para a Vida em Comunhão, comunhão não fechada na minha comunidade, na minha pastoral, no meu movimento, mas solidária com toda paróquia.
Pensar assim, é ser discípulo de Jesus, comprometido com ele. Pensar diferente disso, é omitir-se, é tirar o corpo fora dos problemas que não são do nosso “grupo” em particular. É agir de maneira farisaica achando que cada um deve resolver os seus problemas, rompendo a comunhão, negando na prática a Eucaristia que recebemos.
2. Eles não precisam ir embora. Vós mesmos dai-lhes de comer! - Mt 14,13-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
“Todos comeram e ficaram saciados e dos pedaços que sobraram recolheram ainda doze cestos cheios.” Recolheram, não jogaram fora, não desperdiçaram. Eis outro aspecto a ser meditado no episódio da multiplicação dos pães e dos peixes. Basta olhar as estatísticas e teremos uma ideia do desperdício de alimentos, no mundo em geral e no Brasil em particular, com suas consequências. As estatísticas também nos mostram o número de pessoas que passam fome no mundo e quais são as regiões mais afetadas por falta de água e de alimentos. Sabemos de tudo isso, talvez só não saibamos deixar de desperdiçar. Evite o desperdício e tenha um pouco mais para poder partilhar com quem não tem nada.
Fonte: NPD Brasil em 02/08/2021
HOMILIA
DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER
O trecho do Evangelho de hoje vem logo após a história da morte de João Batista, ligada à festa de aniversário do Tetrarca Herodes Antipas. Ou seja, Mateus contrasta o “Banquete da Morte” promovido por Herodes, com “O Banquete da Vida”, protagonizado por Jesus!
Na realidade, os Evangelhos transmitem-nos muitas vezes os sentimentos de Jesus para com as pessoas, especialmente doentes e pecadores. Ele exprime, através dum sentimento profundamente humano, a intenção salvífica de Deus que deseja que todo o homem alcance a verdadeira vida. Cada celebração eucarística atualiza sacramentalmente a doação que Jesus fez da sua própria vida na cruz por nós e pelo mundo inteiro. Ao mesmo tempo, na Eucaristia, Jesus faz de nós testemunhas da compaixão de Deus por cada irmão e irmã; nasce assim, à volta do mistério eucarístico, o serviço da caridade para com o próximo, que “consiste precisamente no fato de eu amar, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer.
Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo”. Desta forma, nas pessoas que contacto, reconheço irmãs e irmãos, pelos quais o Senhor deu a sua vida amando-os “até ao fim” (Jo 13, 1).
Por conseguinte, as nossas comunidades, quando celebram a Eucaristia, devem consciencializar-se cada vez mais de que o sacrifício de Jesus é por todos; e, assim, a Eucaristia impele todo o que acredita n’Ele a fazer-se “pão repartido” para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo mais justo e fraterno. Como sucedeu na multiplicação dos pães e dos peixes, temos de reconhecer que Cristo continua, ainda hoje, exortando os seus discípulos a empenharem-se pessoalmente: “Dai-lhes vós de comer” (Mt 14, 16). Na verdade, a vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a Jesus, pão repartido para a vida do mundo.
Neste Evangelho Jesus nos dá uma grande lição de solidariedade humana, quando rejeitou a ideia dos Seus discípulos para que “despedisse as multidões”. Quantas vezes nós queremos nos ver livres dos problemas e também “despedimos” as pessoas porque elas são empecilhos à nossa missão, à nossa caminhada. As pessoas vêm famintas, precisando da nossa ajuda e nós fazemos vista grossa às suas dificuldades, achando que não somos capazes de ajudá-las porque temos muito pouco tempo ou mesmo porque nos achamos pequenos e limitados. Jesus diz hoje à nós também: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer! ” O Senhor nos manda sentar para que possamos parar e refletir sobre a nossa vida, partilhando e dividindo com as outras pessoas os nossos planos e sonhos. Tudo isso, dentro da perspectiva de Deus e à luz da Sua Palavra e dos Seus ensinamentos. Hoje também, como ontem, há muita relva, isto é, espaço, ocasião, oportunidade para que, reunidos, nós possamos descobrir os nossos dons, talentos, aptidões, riquezas e bens espirituais, que são os nossos cinco pães e dois peixes. Ao tomar os pães e os peixes nas mãos e dar graças ao Pai, Jesus nos deu o exemplo de como poderemos fazer aumentar os nossos talentos. Trazemos primeiramente, a vida para agradecer a Deus e a Ele oferecer em favor do irmão. Além disso, temos a doar saúde, paz, alegria, juventude e a nossa capacidade de olhar, de sorrir, de cantar, de amar, de sonhar e de desejar.
Mateus nos lembra que a participação eucarística exige compromisso com uma visão social baseada na partilha dos bens necessários para a vida, e não na acumulação da parte de alguns junto com a falta do básico para muitos. É claro que diante do enorme sofrimento da maioria da população do mundo, a gente pode sentir-se tão impotente como se sentiram os discípulos no Evangelho de hoje. Mas o texto nos ensina que não devemos cair na cilada de aceitar as saídas falsas propostas pela sociedade vigente e hegemônica – de “lavar as mãos” ou de cair somente num simples assistencialismo. O cristão, sustentado pela eucaristia, a Mesa da Palavra e a Mesa do Pão, deve se comprometer com uma visão cristã da sociedade, que exige que a gente faça o que é possível para a construção de um mundo de justiça e fraternidade.
Há dois mil anos, Jesus olhou a multidão, teve compaixão dela e agiu. Com certeza ele olha hoje a situação de tantos irmãos e irmãs e pede que os seus seguidores façam algo para mudar a situação. Paira sobre nós cristãos do fim do milênio o desafio do texto de hoje: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” O que significa isso na prática para mim, para você, na nossa situação concreta de vida? Meu irmão, minha irmã, o cristão não pode compactuar-se com uma sociedade organizada conforme os princípios de Herodes, mas deve lutar para a construção de uma sociedade em favor da vida, seguindo as pegadas do Jesus de Nazaré. Jesus imperando nos está ordenando: Dai-lhe vós de comer! É você, sou eu, que temos de dar de comer às cinco mil pessoas que vivem a nossa volta. Você tem sentado com as pessoas para partilhar a sua vida? Você tem colocado nas mãos do Senhor os seus talentos e os seus dons? Saiba. O que tens é pouco. Mas colocado nas mãos de Jesus chega para matar a fome e a sede de milhares de milhares de pessoas.
Fonte Canção Nova
Fonte: Liturgia da palavra em 03/08/2015
HOMILIA DIÁRIA
Quem confia no Senhor jamais será abandonado
Aqueles que confiam no Senhor jamais serão abandonados. Mas quem não sabe confiar no Senhor, muitas vezes abandona-O por causa daquilo que lhe falta.
“Os filhos de Israel começaram a lamentar-se, dizendo: ‘Quem nos dará carne para comer?'.” (Nm 11,4b)
Meus irmãos, hoje a Liturgia com a riqueza da sua palavra, nos chama a atenção para o Livro dos Números, onde o povo de Deus se encontra reclamando, murmurando, porque está passando fome e não tem o que comer.
Deus sempre cuidou do seu povo ao longo do caminho, mas eles preferiram se recordar das cebolas, das coisas que haviam no Egito mas não tinham Deus. Agora, eles têm Deus. Mas sentem, às vezes, a falta disso ou a falta daquilo. E às vezes começam, então, a murmurar.
Nós somos assim também: muitas vezes andamos longe de Deus, mas estamos cercados de coisas materiais, estamos com abundância disso ou daquilo. Aí nos vangloriamos! Sabe por quê? Porque a nossa visão é materialista, é carnal. O que importa para nós é ter as coisas.
Quem é de Deus, não. Às vezes falta isto, falta aquilo… Mas tem Deus. Sabe agradecer, louvar. Sabe que no tempo certo Deus há de prover. E aqueles que confiam no Senhor jamais serão abandonados. Mas quem não sabe verdadeiramente confiar no Senhor, muitas vezes abandona-O por causa daquilo que lhe falta.
Você pode estar passando por algum aperto, por alguma necessidade. Pode até ser que você se encontre desempregado, e não consiga dar a seus filhos aquilo que deseja. Mas eu quero dizer a você, meu filho: “Aguenta firme no Senhor!” Pode lhe faltar tudo, mas que nunca falte a sua fé e confiança no Senhor.
Não murmure. Não reclame. Não comece simplesmente a lamentar e murmurar contra Deus, porque isso só vai tirar a paz do seu coração, só vai abalar sua fé. Quando, na verdade, o que você precisa – mais do que nunca agora – é viver uma experiência de fé. Crescer na fé, na confiança, na convicção de que a Divina Providência do Senhor está do seu lado.
Quero, hoje, convidar você a não desanimar. Se você passa por alguma circunstância difícil na sua vida, por algum aperto, necessidade, coloque no Senhor a sua confiança e não desanime jamais.
Que Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/08/2013
HOMILIA DIÁRIA
Aprendamos com Jesus a partilhar o nosso pão com o próximo
Aprendamos com Jesus a partilhar o nosso pão com o próximo. Nada iguala o sabor do pão partilhado, da comida partilhada, nada é tão abençoado como dividir o que temos com o nosso próximo!
“Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mateus 14, 16)
Grandes multidões seguiam Jesus para ouvir Sua Palavra e escutar os Seus ensinamentos. E como essas multidões se saciavam? Do alimento que vinha de Jesus. No entanto, depois de um tempo, as pessoas sentem fome e sede, porque não só de pão vive o homem, também não só da palavra vive o homem. O ser humano precisa dos alimentos para ficar de pé, por isso Jesus teve compaixão de toda aquela multidão que estava com Ele e começou a sentir fome e sede.
Os discípulos pensam em dispersar essa multidão, porque está ficando tarde, lá é muito deserto e eles não têm dinheiro para comprar alimento para todos. Daí vem a resposta de Jesus: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida! Jesus porém lhes disse: ‘Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!’” (Mateus 14, 15-16).
Há duas coisas importantes dessa colocação de Jesus a ser observadas: primeira, precisamos nos dar para o outro, precisamos ser alimento para o outro, precisamos ser algo que sacie o outro. Ou seja, não podemos deixar ninguém ir embora sem sentir a nossa presença, o nosso calor humano, o nosso afeto e a nossa ternura. Segunda coisa: ao mesmo tempo, não podemos deixar ninguém sair da nossa casa ou da nossa presença com fome ou com sede. O pouco que temos dividimos e Deus o multiplica; o pouco que temos partilhamos e compartilhamos. A graça de Deus abençoa de modo a saciar a todos. É nossa obrigação dar de comer ao mundo! Para isso, primeiro, precisamos ser alimento para o mundo e nos dar para o outro.
A grande fome e sede do mundo é a fome de amor, de ternura, de aconchego e de cuidado, por isso precisamos cuidar das pessoas e ser presença viva [de Cristo] para as pessoas. Um abraço, um sorriso, uma atenção, uma delicadeza faz toda a diferença na vida de alguém!
Mas não fiquemos apenas nos gestos, se alguém está passando fome – e ninguém tem direito de passar fome ao nosso lado! – podemos pensar: “O que vou fazer? Não tenho dinheiro para cuidar da fome do mundo?“. Use da graça divina, multiplique o pão da sua casa, o arroz que você tem, mas nunca permita que alguém do seu lado passe fome! Seja o próprio alimento para aquela pessoa e o alimento que você tem, por menor que este seja – uma porção de farinha ou um pouco de pão – divida-os e os reparta.
Nada iguala o sabor do pão partilhado, da comida partilhada, nada é tão abençoado como dividir o que temos com nosso próximo! Que aprendamos hoje de Jesus que precisamos ser pão e alimento ao próximo [com nossa presença] e que também precisamos dar o nosso pão e o nosso alimento para o próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/08/2015
HOMILIA DIÁRIA
A compaixão cura e transforma nossa natureza humana
Nossos sofrimentos se tornam pequenos, porque a compaixão cura e transforma nossa natureza humana
“Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes.” (Mateus 14,14)
No Evangelho de hoje, escutamos o milagre da multiplicação dos pães, mas o grande milagre não foi a multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes. O grande milagre da vida é a compaixão, é compadecer-se da dor e das lágrimas do outro. Se ficarmos só esperando a multiplicação dos pães, o que acontecerá em nós é o contrário, ou seja, crescerá em nós o egoísmo, e vamos querer que tudo se multiplique para nós, não dividiremos nada do que temos com os outros.
O grande milagre que Deus faz em nós é dar-nos a graça de termos comunhão com os sentimentos. E quais são os sentimentos de Cristo Jesus? Ele se compadece da nossa humanidade sofrida, machucada, empobrecida; Ele se compadece de nossas dores.
Os nossos sofrimentos se compadecem do doente, do enfermo e necessitado, mas se ficarmos insensíveis, não ligaremos mais para essas realidades, deixaremos que nossa humanidade seja desviada, equivocada do seu estado de graça.
A humanidade passa fome, as doenças e enfermidades só crescem no meio de nós, as pessoas estão sofrendo, porque, infelizmente, nossa humanidade foi desconfigurada, perdeu a capacidade da compaixão.
Quando o coração humano é movido pela compaixão, não olhamos para o outro como ‘coitadinho’: “Tadinho dele. Olha que sofrimento!”. Não! Somos tomados pelos sentimentos de Cristo Jesus. Olhamos n’Ele e enxergamos no irmão o sofrimento de cada um, enxergamos o Cristo sofrido, desprezado e desconfigurado. O sofrimento maior é de quem não sabe se compadecer do sofrimento dos outros, porque perdeu a sensibilidade, o ar da graça e os sentimentos de Cristo Jesus.
Deixemos, irmãos e irmãs, que a graça de Deus toque em nós para que possamos olhar para quem sofre, para quem está ao nosso lado. O sofrimento do outro é cura para nós. Só sofremos e murmuramos demais, porque nossa sensibilidade é egoísta e só se volta para os nossos problemas, para as nossas dificuldades e sofrimentos.
Quando temos sensibilidade para entender o que o outro sofre, nossos sofrimentos se tornam pequenos, porque a compaixão cura e transforma a nossa natureza humana.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/08/2017
HOMILIA DIÁRIA
Tenhamos compaixão dos mais necessitados
“Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes.” (Mateus 14,14)
Hoje, olhamos para Jesus e queremos pedir que em nós estejam os sentimentos d’Ele, porque Jesus era profundamente de Deus, todo de Deus e profundamente humano.
A humanidade de Jesus estava triste, porque, mesmo Ele se retirando, estava triste com o que aconteceu. João Batista tinha sido martirizado, Ele se recolheu para meditar, porém, viu a multidão e compadeceu-Se dela.
Precisamos nos compadecer uns dos outros, mas precisamos ter compaixão, sobretudo dos mais sofridos e dos mais necessitados. Se nós perdemos a compaixão, perderemos o sentimento evangélico mais nobre que é a capacidade de sofrer e sentir com o outro, estar com o outro.
Pode ser que não mudemos o mundo, mas podemos sofrer com o mundo, lutar com o mundo e dar o melhor para aliviar o sofrimento do outro.
Jesus, compadecido, curou e cuidou dos doentes. O primeiro lugar onde se deve voltar o olhar é para os doentes, para os enfermos e sofredores. Existe uma multidão de irmãos nossos que estão nos hospitais, em nossas casas, no meio de nós sofrendo e padecendo os mais diversos males no corpo, na alma, no espírito e nas emoções. Quantas doenças emocionais estão se manifestando no meio de nós, e não podemos confundi-las com o mal. Por mais doente que a pessoa esteja, ela merece o nosso amor, o nosso cuidado e a nossa compaixão.
Se nós perdemos a compaixão, perderemos o sentimento evangélico mais nobre que é a capacidade de sofrer com o outro
As pessoas estão famintas, não têm o que comer, o que vestir; e, é mais fácil afastar-se delas. Assim queriam fazer os discípulos, mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
Nós não podemos nos fechar no sentimento egoísta de que o que temos é só nosso, além de não sermos capazes de tirar do bolso, da mão ou do coração para alimentar a fome e a sede do outro; para dar o que vestir a quem não tem o que vestir. O nosso cristianismo não pode se tornar egoísta, porque, esse caminho cristão ou essa religião não é a de Jesus.
Jesus está ordenando aos seus: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Quando não temos o alimento para dar, nós mesmos nos tornamos alimento para o outro, damos o alimento da nossa atenção, os escutamos e precisamos fazer isso com os nossos irmãos que estão sofrendo. Precisamos repartir e partir o pão. Porque Jesus tomou o pão e deu aos Seus discípulos e eles distribuíram às multidões.
Eu sei que todos nós gostamos de estar com Jesus na Eucaristia, mas antes do milagre da Eucaristia que foi o Seu próprio corpo, Jesus pegou o pão que alimenta a fome de matéria (a que todos nós temos para a sobrevivência) e o repartiu.
Não se pode repartir a Eucaristia, tomar a Eucaristia, se não sabemos repartir o nosso pão de cada dia. A Eucaristia se celebra na Igreja, e sim a vive nas ruas e em todas as dimensões do sofrimento humano, em que seremos o pão de Cristo para os sofredores, para os doentes e enfermos, para o mundo que está padecendo fome, miséria e tantas situações opressoras.
Precisamos ser presença viva de um Jesus que é vivo e Se compadece do Seu povo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/08/2019
HOMILIA DIÁRIA
Saciemos a fome dos nossos irmãos
“Jesus porém lhes disse: ‘Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!’.” (Mateus 14,16)
Os discípulos querem despedir as multidões porque o dia já vai avançando e aquele povo todo está ouvindo Jesus, se saciando de Jesus, porque Ele anuncia a eles a Palavra que dá vida, é a Palavra que dá vida preenche a nossa alma e o nosso coração.
É gostoso e saboroso ouvir Jesus, como precisamos realmente nos deliciar com a graça de ouvir a Palavra de Deus. E como nós precisamos levar esse gosto, esse sabor, essa delícia que é ouvir Jesus, estar na presença d’Ele ao coração de todos os homens e todas as mulheres, daqueles que nos cercam.
Escutamos muitas coisas, assistimos filmes, vemos programas, escutamos as pessoas contando piadas e histórias engraçadas, mas é somente para nos distrair, porque, realmente, quem nos sacia, quem realmente traz plenitude e vida para a nossa vida é Jesus, por isso, precisamos ouvi-Lo de todo o nosso coração.
É desumano e triste ignorarmos a fome dos irmãos
Aqui tem uma coisa importante: assim como precisamos cuidar e alimentar a nossa vida espiritual, nossa vida psíquica e psicológica, o nosso ser inteiro precisa se alimentar de Deus, precisamos do pão do cotidiano. Assim como não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que vem da boca de Deus (cf. Mateus 4,4), não é só da palavra que vem da boca de Deus que vive a nossa humanidade. Nós trabalhamos para ter o pão de cada dia, para termos resistências, para termos fortaleza e é uma bênção podermos nos alimentar bem com a graça de Deus.
Não é somente nós e os nossos, mas todos os filhos de Deus tem direito ao pão do cotidiano, ao pão de cada dia. Não podemos permitir que ninguém ao nosso lado, ao nosso redor, próximo a nós, ninguém que venha a nós volte de mãos vazias, volte com fome ou com sede.
Deus criou este mundo com abundância de alimentos capaz de saciar mais três planetas, dez planetas como este ou quantos forem necessários, porque Deus criou tudo em abundância. Por isso, é triste e desumano quando qualquer ser humano passa fome, mas é mais desumano e mais triste ainda ignorarmos a fome dos irmãos, fazermos como os discípulos: “Deixa eles irem embora para que eles se virem”. Não! “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
O primeiro significado é que eu preciso ser alimento para o outro, preciso me dar ao outro, escutar a fome e a necessidade do outro, mas eu preciso dar o pão para saciar a necessidade do outro. Vou pegar o pouco que tenho, o pouco que temos ao nosso lado, que seja cinco pães, que seja os dois peixes e, com a graça de Deus, saber multiplicar os dons.
Na humanidade perversa em que nós vivemos, as pessoas retém e guardam, as pessoas acumulam para si. A sociedade do Evangelho é aquela que multiplica o pouco para que se torne muito, divide o que tem para que ninguém passe necessidade. Saciemo-nos de Jesus e levemos Jesus aos outros, mas não nos esqueçamos que nem nós e nem eles vivemos sem o pão do cotidiano. Por isso, nos alimentemos, mas alimentemos também uns aos outros e dai-lhes vós mesmo de comer.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/08/2021
HOMILIA DIÁRIA
Jesus alivia o sofrimento que você carrega em seu coração
“Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes.” (Mateus 14,13-14)
O Evangelho de hoje nos diz que Jesus, logo após ser informado sobre a morte de João Batista, retirou-se para um lugar deserto, ou seja, Jesus procurou ficar sozinho naquele momento.
O evangelista aqui não nos dá detalhes sobre essa informação, mas, certamente, Jesus viveu ali uma profunda tristeza diante da morte de João Batista. E, ao sentir essa profunda tristeza, necessitou se retirar, necessitou ficar a sós.
Jesus é Deus, mas é também homem; totalmente Deus e totalmente homem. E a divindade de Jesus não anulou em nada a sua humanidade. E assim Jesus, mesmo sendo Deus, viveu em plenitude os sentimentos humanos. Jesus também chorou e sofreu com a morte dos seus amigos.
A divindade de Jesus não poupou-Lhe de sentir a dor e o sofrimento pela morte dos seus amigos. Mesmo sabendo que a morte para aqueles que são fiéis é somente uma passagem, Jesus também sofreu.
Em outra passagem bíblica, podemos ver que Jesus chorou, expressando ali também os seus sentimentos de dor e de sofrimento. Sofrer pelo outro e sofrer com o outro são sentimentos profundamente humanos, e Jesus viveu cada um desses sentimentos.
Quem sente compaixão sofre junto e participa ativamente do sofrimento do outro
Mais à frente, neste mesmo Evangelho, ouvimos que Jesus, ao ver a multidão, encheu-se de compaixão. Compaixão é sentir com o outro, é ter essa capacidade de sentir a dor do outro; não somente de sentir, mas de ir mais profundo, além de compreender o que o outro está vivendo, o que o outro sente, fazer algo para amenizar essa dor e esse sofrimento do outro. Foi isso que Jesus viveu.
Porque, quem sente compaixão não fica somente assistindo de fora, como se o sofrimento do outro fosse um espetáculo a ser contemplado. Quem sente compaixão sofre junto e participa ativamente do sofrimento do outro, não é apenas um espectador, mas passa a ser um coadjuvante na vida do outro; na busca de uma solução, de algo que alivia aquele sofrimento.
Jesus, ao sentir compaixão, curou os que estavam doentes e ordenou aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Jesus jamais fica alheio aos nossos sofrimentos e dores, mas Ele é um Deus que participa ativamente da nossa vida, Ele sempre vem ao nosso encontro para aliviar os nossos sofrimentos.
Quando Ele diz aos Seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer”, Jesus nos ensina que não podemos ficar distantes do sofrimento dos nossos irmãos e ensina-nos também que não podemos terceirizar uma responsabilidade que é nossa. Às vezes, vemos o sofrimento do outro e terceirizamos, fingimos que não é conosco. Precisamos nos preocupar com os nossos irmãos e agir na vida deles!
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/08/2023
Oração Final
Pai Santo, teu Filho se fez para nós o Pão da Vida. Pai amado, dá-nos sempre deste Pão! E que nós sejamos generosos na sua partilha com os peregrinos que colocaste ao nosso lado para a volta à Tua Casa, nosso Lar Paterno. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/08/2015
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, teu Filho sintetizou a Lei Antiga no Mandamento único do Amor. Amor a Ti, sobre todas as coisas e Amor ao próximo, como a nós mesmos. Dá-nos sabedoria, força e perseverança para seguirmos o Caminho do teu Filho, o Cristo feito carne em Jesus de Nazaré. Nós te pedimos, Pai amado, pelo mesmo Filho teu, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/08/2017
Oração Final
Pai Santo, faze-nos atentos às carências dos irmãos, abertos para ouvir os seus desejos e disponíveis para atendê-los com espontânea generosidade. Mantém-nos humildes e discretos, na certeza de que há maior alegria em dar do que em receber. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/08/2013 e 05/08/2019
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