16 de Dezembro
de 2013
ANO A

Mt 21,23-27
Comentário do
Evangelho
A
autoridade do Filho de Deus
A expulsão dos vendedores
e dos compradores do Templo por Jesus certamente causou uma forte impressão em
todos (cf. Mt 21,12-16). É em razão disso que os sumo sacerdotes e anciãos
perguntam a Jesus: “Com que autoridade faz essas coisas? Que te deu essa autoridade?”
(v. 23). O que eles querem saber é em nome de quem Jesus fez o que fez. Jesus
responde com outra pergunta relativa à origem do batismo de João: era do céu ou
terreno? (cf. v. 25). Não respondem, pois eles já têm um juízo formado sobre
João e sobre Jesus (cf. vv. 26-27a). O que quer que Jesus respondesse não iria
modificar o juízo que faziam dele – é um blasfemo. A falta de fé os cegava,
impedindo-os de contemplar a irrupção da salvação de Deus na pessoa de Jesus de
Nazaré. O que Jesus ensina e realiza em favor de todo o povo é que dá
testemunho dele, de sua identidade profunda e da origem de seu modo de agir,
que desvela o rosto misericordioso de Deus.
Carlos
Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, tira de mim toda e
qualquer suspeita sobre teu Filho Jesus, cuja autoridade vem de ti e está
sempre a serviço de teu Reino.
Vivendo a Palavra
Jesus valoriza o discernimento dos ouvintes. Eles
deviam reconhecer a sua autoridade, independente de título ou mandato. A vida
lhe dava credibilidade. Também conosco é assim: o Espírito em nós nos ensina a
entrar pela porta estreita e seguir pelo caminho áspero de Jesus. Creiamos nele
e o sigamos!
Reflexão
A pessoa de João Batista é muito
importante na preparação para os tempos messiânicos, pois ele foi enviado como
o precursor de Jesus, e quem não acredita em João Batista também não aceita
Jesus como sendo o Messias e nem a sua autoridade como Filho de Deus. O povo
acreditou em João Batista e por isso acreditou também em Jesus, mas os anciãos
do povo não acreditaram em João Batista e, por isso, rejeitaram Jesus. Todo
aquele que fica preso apenas em uma religião formal torna-se incapaz de ver a
ação de Deus no tempo presente, endurece o próprio coração e não reconhece nem
a ação de Deus nem a sua presença no seu dia a dia.
Recadinho

Jesus é questionado, mas
não responde. Ele sabe que seus ouvintes não estão preparados para o ouvir. E
eu?
Estou pronto para ouvir a palavra de Deus e a colocar em
prática? - Meu coração é generoso e disponível para as coisas de Deus?
Peço a Deus o dom da humildade para acolher as coisas de
seu Reino? - Professo publicamente minha fé ou tenho vergonha de testemunhar? -
Meus pés acompanham as pegadas de Jesus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
A CONSCIÊNCIA DA VOCAÇÃO
A maneira incisiva como
Jesus falava e a força de suas palavras deixavam confusas as autoridades
religiosas da época. Humanamente falando, ele não possuía títulos que pudessem
garantir a autoridade de suas palavras. Não pertencia a uma família sacerdotal
ou da aristocracia da capital. Não se tinha notícia de ter ele freqüentado a
escola de algum rabi famoso. Nem constava que tivesse feito estudos especiais
que explicassem a origem de seu saber. Por isso, os sumos sacerdotes e os
anciãos do povo faziam pairar sobre ele uma espessa sombra de suspeita.
Jesus
não teria nenhuma dificuldade de dizer, abertamente, que a fonte de sua
autoridade era o Pai. Mas único problema era que seus interlocutores não
estavam preparados para receber uma explicação deste calibre. A mentalidade
deles era estreita demais para poderem compreender isto. Por conseguinte,
ficaram sem resposta.
A
situação de Jesus assemelhou-se à dos antigos profetas de Israel. Estes não
tinham outra credencial para justificar seu ministério, além da consciência de
terem sido chamados por Deus e recebido dele o mandato específico de pregar.
Como este tipo de argumento era insuficiente para convencer seus opositores,
acabaram sendo perseguidos e, até mesmo, assassinados. Como eles, Jesus não
conseguiu convencer seus adversários.
Oração
Senhor
Jesus, ajuda-me a compreender que do Pai procede a autoridade com que proclamas
o Reino de Deus, e me chama para ser teu discípulo.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada
mês)
Oração
Inclinai,
ó Deus, o vosso ouvido de Pai á voz da nossa súplica e iluminai as trevas do
nosso coração com a visita do vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

16 de DEZEMBRO -
SEGUNDA
Liturgia comentada
Não sabemos... (Mt 21, 23-27)
Nós somos bem ignorantes. Das coisas
fundamentais de nossa vida, só sabemos o que o próprio Senhor nos revelou.
Mesmo assim, ainda há véus de mistérios sobre muitas coisas. Exemplos? Como é o
céu? Como será o corpo dos ressuscitados na Glória? Quando será a Vinda do
Senhor? Não sabemos.
Mas esta é uma “ignorância boa”. Deus
sabe que é melhor, para nós, ignorar muita coisa, como o dia de nossa morte.
Seríamos tentados a adiar nossa conversão para a véspera da morte e, quem sabe,
já petrificados no pecado, a mudança seria impossível...
Mas há uma ignorância culposa. Assim
como o pior cego é aquele que não quer ver – diz o refrão popular -, assim
também a pior ignorância é a de quem se recusa a acolher a verdade. Como no
Evangelho de hoje, quando os adversários de Jesus continuam a pressioná-lo e,
inesperadamente, recebem um contragolpe. O Rabi da Galileia pergunta: “O
batismo de João era do Céu, ou dos homens?”
Se eles respondem que não, a reação do
povo (que tinha João, no mínimo, por um grande profeta) poderia ser perigosa.
Se respondem que sim, Jesus diria: “E por que, então, vocês não creram nele?”
Amarrados em sua própria má consciência, esses líderes religiosos preferem
dizer: “Não sabemos”...
Deus existe? Jesus Cristo é o seu
Filho? Sua morte na cruz tinha o objetivo de nos salvar? Jesus Cristo fundou
uma Igreja? Confiou a ela a missão de evangelizar e santificar? O Papa é o
Pedro de hoje? Jesus está vivo e presente na hóstia consagrada? Sou, por acaso,
responsável por meu irmão?
E um imenso coral responde: “Não
sabemos!” E mais: “Não queremos saber, pois se viéssemos a conhecer a verdade,
seríamos obrigados, por coerência, a mudar de vida. É mais cômodo para nós
permanecer na ignorância”.
Deus nos fala por meio de sua Criação.
Falou-nos através de seu Filho, Jesus Cristo. Fala pela Igreja e seu
magistério. Em cada sermão dominical, em cada conselho paterno, em cada
correção dos professores, é Deus quem nos fala. Estamos aprendendo? Queremos
conhecer a Verdade?
Há sempre um risco: chegar ao dia do
Juízo e ouvir, em troca, da boca do Juiz: “Eu também não vos conheço...”
Orai sem cessar: “Senhor, que eu me
conheça; que eu te conheça.” (Sto. Agostinho)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Reflexão
A
pessoa de João Batista é muito importante na preparação para os tempos
messiânicos, pois ele foi enviado como o precursor de Jesus, e quem não
acredita em João Batista também não aceita Jesus como sendo o Messias e nem a
sua autoridade como Filho de Deus. O povo acreditou em João Batista e por isso
acreditou também em Jesus, mas os anciãos do povo não acreditaram em João
Batista e, por isso, rejeitaram Jesus. Todo aquele que fica preso apenas em uma
religião formal torna-se incapaz de ver a ação de Deus no tempo presente,
endurece o próprio coração e não reconhece nem a ação de Deus nem a sua
presença no seu dia a dia.
HOMILIA
QUEM TE DEU ESSA AUTORIDADE?
Jesus
confunde os chefes, pois era grande a aceitação de João Batista entre o povo, o
que tinha reconhecido em João Batista um homem de Deus. Reconhecer o caráter
divino do batismo de João implica em reconhecer o caráter divino de Jesus,
anunciado por João. No templo, aqueles homens achegam-se a ele e lhe fazem a
mais torpe pergunta quando Ele estava ensinando o povo: Com que autoridade
fazes estas coisas? E quem te deu esta autoridade? Negaram-se a tirar a
conclusão a que chegou o governante judeu Nicodemos, quando disse a Jesus:
Rabi, sabemos que tu, como instrutor, tens vindo de Deus; pois, ninguém pode
realizar esses sinais que tu realizas, a menos que Deus esteja com ele. João
3:1, 2.
Jesus
podia ter dito aos seus desafiadores: ‘Deixem que as minhas obras falem por
si!’ Depois de mais de três anos na sua carreira pública, os principais
sacerdotes e os anciãos tinham muitos sinais em que se basear para chegar a uma
conclusão correta sobre a identidade de Jesus e seu direito de realizar
milagres e ensinar a verdade a respeito do Reino de Deus. Eles simplesmente
eram orgulhosos demais para aceitar toda a evidência que Deus fornecia para
provar que Jesus era o prometido Messias.
Quando
os principais sacerdotes e os anciãos perguntaram a Jesus: Quem te deu esta
autoridade? Ele não fez uma pergunta abstrata, mas disse: Também eu vos
pergunto uma coisa. Se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade
faço estas coisas: O batismo de João, donde se originou? Do céu ou dos homens?
O relato acrescenta: “Mas eles começaram a raciocinar entre si mesmos, dizendo:
‘Se dissermos: “Do céu”, ele nos dirá: “Então, por que não acreditastes nele?”
Se, porém, dissermos: “Dos homens”, temos a multidão para temer, porque todos
eles consideram João como profeta.’ De modo que disseram a Jesus, em resposta:
‘Não sabemos.’ Ele, por sua vez, disse-lhes: ‘Tampouco eu vos digo com que
autoridade faço estas coisas.
A
lição que podemos tirar deste texto é não deixar que o poder no mundo nos ponha
em prova e então façamos mil e uma perguntas sobre o por desta ou daquela outra
terrível situação que acontece conosco. Mas sim tendo fé, esperança e confiança
em Cristo que está por vir tenhamos vida plena.
Fonte
Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMÍLIA DIÁRIA
Que Deus purifique as nossas intenções
Que Deus purifique
as nossas intenções e o nosso coração de toda malícia, que nos impede de
conhecer as coisas como, de fato, são.
“Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas” (Mt 21,27).
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo quiseram colocar Jesus
numa situação muito difícil! Quiseram saber de onde vinha a autoridade de
Cristo. Quando perguntaram isso ao Senhor, eles, na verdade, sabiam de onde
vinha a autoridade d’Ele, mas se comportaram com astúcia e malícia. Quiseram
simplesmente colocar Jesus numa situação de aperto e não verdadeiramente saber
de onde brotava essa autoridade.
E Jesus, então, responde à astúcia humana com a sabedoria
divina. Ele responde com uma pergunta à pergunta que Lhe é feita; parecendo
aquele método chamado de “ironia socrática”, no qual alguém lhe pergunta algo e
você o responde com uma outra pergunta. Isso é feito – e não é porque não
queremos responder – para que nós mesmos entendamos se a resposta
daquilo que perguntamos ou questionamos não está dentro de nós mesmos, se
realmente estamos perguntando com a profundidade que merece a resposta da
pergunta que fazemos.
É por isso que Jesus pergunta: “De onde é que vem o batismo de
João? Ele vem do céu ou vem dos homens?” E aí os doutores da Lei ficaram
encurralados, porque se dissessem que vinha do céu, por que então não
acreditaram em João? Mas se dissessem: “Ah! Mas esse batismo vem dos homens”,
os judeus e o povo que reconheciam João como um profeta poderiam apedrejá-los.
Então responderam: “Nós não sabemos de onde vem aquela autoridade de João”.
Jesus então disse: “Eu também não vos responderei com que autoridade eu faço
todas essas coisas”.
Porque sabe, meus irmãos, a astúcia do nosso coração não
convence o coração de Deus. Nós podemos ser fracos, ignorantes, podemos não
conhecer bem as coisas, podemos até ter dúvidas, incertezas, mas só não podemos
ser maldosos e maliciosos, só não podemos deixar que a astúcia, aquela que se
esconde por detrás da verdade, nós só não podemos nos esconder atrás dela e não
reconhecer, de fato, a ação de Deus no meio de nós.
Jesus repele, expulsa e não vai de forma alguma compactuar com
aqueles que se aproximam d’Ele com maldade no seu coração. Que Deus purifique
as nossas intenções, que o Senhor purifique o nosso coração de toda malícia e
de toda maldade, que nos impedem de conhecer as coisas como, de fato, elas
são.
Lá dentro da nossa alma temos respostas para muitas coisas, mas
preferimos muitas vezes fingir que não as sabemos ou não as conhecemos para nos
comportarmos como vítimas. Os judeus – doutores da Lei e fariseus
– assim o fizeram, e Jesus respondeu a eles na mesma moeda.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Preparo-me para a Leitura Orante,
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com
todas as pessoas que circulam neste ambiente
virtual. Rezamos
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 21,23-27.
Leio atentamente o texto: Mt 21,23-27.
Jesus chegou ao Templo, e, quando já
estava ensinando, alguns chefes dos sacerdotes e alguns líderes judeus chegaram
perto dele e perguntaram:
- Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu essa autoridade?
Jesus respondeu:
- Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Se me derem a resposta certa, eu direi com que autoridade faço essas coisas. Respondam: quem deu autoridade a João para batizar? Foi Deus ou foram pessoas?
Aí eles começaram a dizer uns aos outros:
- Se dissermos que foi Deus, ele vai perguntar: "Então por que vocês não creram em João?" Mas, se dissermos que foram pessoas, temos medo do que o povo pode fazer, pois todos acham que João era profeta.
Por isso responderam:
- Não sabemos.
- Então eu também não digo com que autoridade faço essas coisas! - disse Jesus.
- Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu essa autoridade?
Jesus respondeu:
- Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Se me derem a resposta certa, eu direi com que autoridade faço essas coisas. Respondam: quem deu autoridade a João para batizar? Foi Deus ou foram pessoas?
Aí eles começaram a dizer uns aos outros:
- Se dissermos que foi Deus, ele vai perguntar: "Então por que vocês não creram em João?" Mas, se dissermos que foram pessoas, temos medo do que o povo pode fazer, pois todos acham que João era profeta.
Por isso responderam:
- Não sabemos.
- Então eu também não digo com que autoridade faço essas coisas! - disse Jesus.
A presença de Jesus e seu ensinamento
no Templo, provocaram uma espécie de inquérito oficial por parte das lideranças
e autoridades. Na sua missão de Mestre que ensina e faz milagre estão
comprometidas a identidade e a missão de Jesus. Às perguntas que lhe são
feitas, o Mestre responde perguntando. Jesus evita dar uma resposta porque
sabe, eles não estão dispostos a escutar e aceitar. E a controvérsia vai
continuar.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Há também hoje pessoas que perguntam
para contradizer. Perguntam, mas não aceitam as respostas. Querem colocar-se em
confronto.
Qual é a melhor atitude para com elas?
No Documento de Aparecida, os bispos
disseram:
“Não podemos nos esquecer que a maior pobreza é a de não reconhecer a
presença do mistério de Deus e de seu amor na vida do homem e seu amor, que é o
único que verdadeiramente salva e liberta. Na verdade, “quem exclui a Deus de
seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, consequentemente, só pode
terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. A verdade desta
afirmação parece evidente diante do fracasso de todos os sistemas que colocam
Deus entre parêntesis. ” (DAp 405).
E eu me interrogo:
Por acaso, por
timidez, vergonha, desconhecimento, não coloco Deus “entre parêntesis na minha
vida?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Senhor, volta para mim, na maneira
simples de chegar.
E que te possa descobrir
em todos os presépios e casas,
em todas as manjedouras e berços,
em todas as Marias e Josés.
José Acácio Santana
E que te possa descobrir
em todos os presépios e casas,
em todas as manjedouras e berços,
em todas as Marias e Josés.
José Acácio Santana
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Vou olhar o mundo com o olhar de Jesus.
Bênção natalina
Jesus Menino coloque sobre tua cabeça
a sua mãozinha e derrame sobre ti
a sua luz, conforto e alegria.
Amém!
(bem-aventurado Alberione)
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, em meio a tantos que se dizem profetas do teu Reino, dá-nos o
discernimento para ouvir os verdadeiros ensinamentos que nos levem a seguir o
Caminho em busca da Verdade e da Vida que nos foram anunciadas e oferecidas
pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade
do Espírito Santo.
