ANO C
Jo 11,45-56
Comentário do Evangelho
A morte de Jesus é premeditada
O trecho é a sequência do episódio de Lázaro que podemos caracterizar como uma catequese sobre a ressurreição, em cujo centro está a afirmação de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida” (11,25). É também a conclusão do episódio em que, diante do sinal realizado por Jesus, uns creem, outros condenam.
Nós já temos tido a ocasião de perceber na leitura do evangelho que a morte de Jesus é premeditada.
A solução de Caifás é, podemos dizer, política. A popularidade de Jesus poderia apresentar e suscitar um levante contra o império e a consequente represália a que todo o povo seria vítima.
A observação do narrador é carregada de ironia (vv. 51-52), pois quem, na verdade, congrega na unidade e não permite que as ovelhas se dispersem é o Bom Pastor (Jo 10,11-16).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
Fonte: Paulinas em 23/03/2013
Comentário do Evangelho
Mentira, dissimulação e falsidade levam Jesus à morte.
O trecho do evangelho de hoje é a sequência do episódio de Lázaro que podemos caracterizar como sendo uma catequese sobre a ressurreição. A morte de Jesus, os quatro evangelhos coincidem em dizê-lo, foi premeditada. Se o nosso texto não o diz explicitamente, como o faz Marcos e Mateus (10,15; Mt 27,18), ele deixa transparecer que o motivo da condenação de Jesus foi a inveja por parte dos representantes da religião de Israel. A posição de Caifás é eminentemente política e implicitamente contra o império romano. O processo que condenou Jesus à morte está envolto na mentira, na dissimulação e na falsidade. Nas vicissitudes da história humana, entre sombras e luzes, na luta entre o bem e o mal, que disputam o coração do homem, Deus revela seu desígnio e leva a termo o seu plano salvífico. A decisão do Sinédrio, ao que tudo indica, era pública. Por isso, uma vez mais, o evangelho observa que Jesus com os seus discípulos permanecem longe de Jerusalém. A indicação da proximidade da Páscoa já prepara o leitor para a paixão e morte de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
Fonte: Paulinas em 12/04/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Este homem faz muitos sinais
Jesus venceu a morte e ressuscitou Lázaro. A morte tinha se apoderado do amigo de Jesus. Jesus abriu as portas da casa da morte, libertou Lázaro, e a morte quis se apoderar de Jesus. Aí está o sinédrio reunido e decretando a morte de Jesus. “Vocês não entendem nada”, dirá Caifás, “não percebem que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” Sabia Caifás o que estava dizendo? Decidiram então matar Jesus. Jesus, porém, retirou- se no deserto, esperando a sua hora.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 23/03/2024
Vivendo a Palavra
Os chefes do povo temiam pela preservação do poder, que julgavam ameaçado por aquele homem. Jesus anunciava, com sinais, a novidade da chegada do Reino do Céu, bem diferente da expectativa construída ao longo da história. Ainda hoje, precisamos aceitar a realidade sempre nova do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/03/2013
Vivendo a Palavra
Ao cumprir sua missão, Jesus mostrava vários sinais: curava, libertava, acolhia e incomodava. Incomodava muito às autoridades, interessadas em manter seus privilégios à custa do sofrimento do povo. Um bom critério para verificarmos se estamos cumprindo a nossa missão no mundo: nossas atitudes incomodam a alguém?
Fonte: Arquidiocese BH em 12/04/2014
VIVENDO A PALAVRA
A Verdade de Jesus, confirmada pelos sinais que realiza, ameaça o prestígio das autoridades. Ambição pelo poder e medo de perdê-lo levam à trama mortal contra o Mestre. Caifás justifica a condenação com um raciocínio contabilista – a morte de um inocente em troca de segurança para a nação – muito à feição do nosso pensamento contemporâneo...
Fonte: Arquidiocese BH em 24/03/2018
VIVENDO A PALAVRA
A coragem para denunciar as injustiças, e os sinais realizados por Jesus começavam a causar desconforto e medo nos poderosos. Eles poderiam despertar a atenção dos romanos e levá-los a retirar o precário prestígio que lhes era oferecido. Mas os simples, gente do campo e do povo, perguntavam com esperança: «Será que Ele vem para a festa?»
Fonte: Arquidiocese BH em 13/04/2019
VIVENDO A PALAVRA
Ao cumprir sua missão, Jesus mostrava vários sinais: curava, libertava, acolhia e, sobretudo, incomodava com a Verdade. Incomodava muito às autoridades, interessadas em manter seus privilégios à custa do sofrimento do povo. Eis um bom critério para verificar se estamos cumprindo a nossa missão no mundo: nossas atitudes misericordiosas incomodam a alguém?
Fonte: Arquidiocese BH em 04/04/2020
VIVENDO A PALAVRA
O Deus anunciado por Jesus de Nazaré era poderoso, sim, mas era, sobretudo, misericordioso. Sua Justiça se manifestava no perdão, na cura, na libertação e na ressurreição – e não em condenações. Subvertia, assim, o poder da religião construída pelos homens, baseada nas ameaçadoras normas da Lei e no medo do castigo pela desobediência de qualquer uma delas. Nós, os seguidores do Caminho de Jesus, compreendemos isto?
Fonte: Arquidiocese BH em 27/03/2021
Reflexão
Jesus, caminho, verdade e vida, é condenado à morte antes do seu próprio julgamento. Os sumos sacerdotes e os fariseus não conheceram Jesus, não souberam perceber o tempo em que foram visitados e não descobriram o sentido mais profundo da sua presença na história da humanidade. Quem conhece Jesus, o Deus da Vida, constrói a vida, mas quem não o conhece, mata! Evangelizar significa também apresentar Jesus como o Deus da Vida presente no meio de nós, a fim de que, ao reconhecer essa presença, as pessoas entendam que ser cristão significa ser compromissado com a vida e ser capaz de transformar essa sociedade de morte.
Fonte: CNBB em 23/03/2013 e 12/04/2014
Reflexão
Diante da ressurreição de Lázaro, muitos acreditaram em Jesus. Entretanto, com más intenções, alguns deles foram logo dar a notícia às autoridades religiosas. Como acontecia para assuntos importantes, os dirigentes reuniram o Conselho para deliberar o que fariam com Jesus, que se tornara para eles forte ameaça de perderem a posição privilegiada diante dos dominadores romanos. Era urgente dar um sumiço no grande líder Jesus. Um membro do Conselho, o sumo sacerdote Caifás, concordou que um só deveria morrer por toda a nação. Desse modo, profetizou que Jesus morreria por todos e para reunir de todas as partes do mundo os filhos de Deus. Sem saber, ele indicava o alcance universal do sacrifício de Jesus, que vai morrer para restaurar a comunhão de todas as pessoas com ele e entre si.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 13/04/2019
Reflexão
Jesus, que tinha ressuscitado Lázaro, via crescer sua popularidade, enquanto diminuía seu raio de ação, pois as autoridades religiosas reuniram o Conselho e aí “decidiram matar Jesus”. Mais um profeta se vai. O Profeta por excelência, pois veio de junto do Pai e sempre anunciou fielmente o que o Pai mandou anunciar e fez as obras que o Pai mandou fazer. O Filho do Homem será eliminado pelas autoridades que, mais tarde, ouvirão da boca de Pedro: “Vocês mataram o Príncipe da Vida” (At 3,15). Sua morte, porém, assumirá uma extensão sem fronteiras. Ultrapassa o lugar, o tempo e beneficia o mundo inteiro: o sumo sacerdote “profetizou que Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus que estavam dispersos”.
Oração
Senhor e Redentor nosso, tuas atitudes de amor efetivo e doação de vida abundante para todos perturbam os chefes do povo. Eles temem perder o domínio sobre a população e veem desmoronar seus privilégios. Então decidem matar-te. Livra-nos, Senhor, da prepotência e da ganância. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 04/04/2020
Reflexão
Depois do último sinal realizado por Jesus no Evangelho de João – devolver a vida a Lázaro -, muitos judeus acreditaram no Mestre, mas as autoridades não se conformam com essa adesão e propõem eliminar o homem de Nazaré. Para as autoridades e as instituições, Jesus se tornou homem perigoso para a ordem estabelecida. Não há outra solução senão eliminá-lo antes que “pereça a nação inteira”. Esse sinal vem confirmar as palavras de Jesus: são palavras de vida eterna. Por outro lado, seus gestos levam alguns a denunciá-lo às autoridades: é melhor morrer um do que a nação toda perecer. Enquanto Jesus promove a vida, seus adversários tramam tirar a dele. Temos aqui grande contraste: a ressurreição de Lázaro é motivo de morte ao doador da vida, e a morte de Cristo torna-se motivo de vida para a humanidade.
Oração
Senhor e Redentor nosso, tuas atitudes de amor efetivo e doação de vida abundante para todos perturbam os chefes do povo. Eles temem perder o domínio sobre a população e veem desmoronar seus privilégios. Então decidem matar-te. Livra-nos, Senhor, da prepotência e da ganância. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 27/03/2021
Reflexão
Às portas da Grande Semana, vemos que os sinais realizados por Jesus são vistos, mais uma vez, de duas maneiras: muitos, por causa dos sinais, passam a crer em Jesus; outros, por sua vez, em geral as autoridades, veem nesses mesmos sinais uma ameaça à posição que ocupam e aos privilégios que lhes são assegurados. Diante da possibilidade de Jesus se tornar “mais importante”, decidem matá-lo como sendo algo querido por Deus. Por mais que devamos reprovar essa atitude dos judeus em relação a Jesus, podemos enxergá-la também de dois modos em nossos dias e em nossa caminhada de conversão. Buscamos, através dos sinais que hoje Jesus realiza em nossa vida e em nossa comunidade, aderir ao seu projeto de vida, que visa à construção de uma nova sociedade baseada no amor, ou vemos com desconfiança os sinais do Reino e buscamos eliminar seus promotores em vista da manutenção da Lei? De que lado estamos?
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 09/04/2022
Reflexão
Diante da ressurreição de Lázaro, muitos acreditaram em Jesus. Entretanto, com más intenções, alguns deles foram logo dar a notícia às autoridades religiosas. Como acontecia para assuntos importantes, os dirigentes reuniram o Conselho para deliberar o que fariam com Jesus, que se tornara para eles forte ameaça de perderem a posição privilegiada diante dos dominadores romanos. Era urgente dar um sumiço no grande líder Jesus. Um membro do Conselho, o sumo sacerdote Caifás, concordou que um só deveria morrer por toda a nação. Desse modo, profetizou que Jesus morreria por todos e para reunir de todas as partes do mundo os filhos de Deus. Sem saber, ele indicava o alcance universal do sacrifício de Jesus, que vai morrer para restaurar a comunhão de todas as pessoas com ele e entre si.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 01/04/2023
Reflexão
Jesus, que tinha ressuscitado Lázaro, via crescer sua popularidade, enquanto diminuía seu raio de ação, pois as autoridades religiosas reuniram o Conselho e aí “decidiram matar Jesus”. Mais um profeta se vai. O Profeta por excelência, pois veio de junto do Pai, sempre anunciou fielmente o que o Pai mandou anunciar e fez as obras que o Pai mandou fazer. O Filho do Homem será eliminado pelas autoridades que, mais tarde, ouvirão da boca de Pedro: “Vocês mataram o Príncipe da Vida” (At 3,15). Sua morte, porém, assumirá uma extensão sem fronteiras. Ultrapassa o lugar, o tempo e beneficia o mundo inteiro: o sumo sacerdote “profetizou que Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus que estavam dispersos”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 23/03/2024
Reflexão
«Jesus iria morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos»
Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano
(Cervera, Lleida, Espanha)
Hoje, de caminho para Jerusalém, Jesus sente-se perseguido, vigiado, sentenciado, porque quanto maior e original tem sido sua revelação —o anuncio do Reino— mais ampla e mais clara tem sido a divisão e a oposição que ele encontrou nos ouvintes. «Então muitos judeus, que tinham ido à casa de Maria e que viram o que Jesus fez, acreditaram nele. Alguns, foram ao encontro dos fariseus e contaram o que Jesus tinha feito». (cf. Jo 11,45-46).
As palavras negativas de Caifás, «Vocês não percebem que é melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer?» (Jo 11,50), Jesus as assumirá positivamente na redenção feita por nós. Jesus, o Filho Unigênito de Deus, morre na cruz por amor a todos! Morre para realizar o plano do Pai, quer dizer, «E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11,52).
E esta é a maravilha e a criatividade de nosso Deus! Caifás, com sua sentença («Convém que morra um só...») não faz mais que, por ódio, eliminar a um idealista; por outro lado, Deus Pai, enviando o seu Filho por amor a nós, faz algo maravilhoso: converter aquela sentença malévola em una obra de amor redentora, porque para Deus Pai, cada homem vale todo o sangue derramado por Jesus Cristo!
Daqui a uma semana cantaremos —em solene vigília— o Pregão Pascoal. A través dessa maravilhosa oração, a Igreja faz louvor ao pecado original. E não o faz porque desconheça sua gravidade, e sim porque Deus —em sua bondade infinita— tem feito proezas como resposta ao pecado do homem. Isto é, ante o “desgosto original”, Ele respondeu com a Encarnação, com o sacrifício pessoal e com a instituição da Eucaristia. Por isso, a liturgia cantará no próximo sábado: «Que assombroso beneficio de teu amor por nós! Que incomparável ternura e caridade! Oh feliz culpa que mereceu tal Redentor!».
Espero que nossas sentenças, palavras e ações não sejam impedimentos para a evangelização, uma vez que nós também recebemos de Cristo a responsabilidade, de reunir os filhos de Deus dispersos: «Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo» (Mt 28,19).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Só um morreu por todos; e este mesmo é aquele que agora por todas as igrejas, no mistério do pão e do vinho, morto, nos alimenta; acreditado, nos vivifica; consagrado, santifica quem os consagra» (São Gaudêncio de Brescia)
- «Para os cristãos sempre haverá perseguições, incompreensões. Mas devem de ser encaradas com a certeza de que Jesus é o Senhor, e este é o desafio e a cruz da nossa fé» (Francisco)
- «(…) A Bíblia venera algumas grandes figuras das "nações", como "o justo Abel", o rei e sacerdote Melquisedec (…), ou os justos "Noé, Danel e Job". Deste modo, a Escritura exprime o alto grau de santidade que podem atingir os que vivem segundo a aliança de Noé, na expectativa de que Cristo ‘reúna, na unidade, todos os filhos de Deus dispersos’ (Jo 11, 52)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 58)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 01/04/2023 e 23/03/2024
Reflexão
O Sanedrim decide dar morte a Jesus
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, João fala de uma reunião do Sanedrim para elucidar —num intercâmbio de ideias —o “caso” Jesus. João situa esta reunião antes do Domingo de Ramos e, considera que o motivo imediato foi o movimento popular surgido depois da ressurreição de Lázaro. Sem uma deliberação precedente como esta, resulta impensável o arresto de Jesus a noite de Gestsêmani.
João expressou muito claramente aquela estranha combinação entre execução da vontade de Deus e a cegueira egoísta de Caifás: A cruz respondia uma "necessidade” divina e Caifás, com sua decisão, foi o executor da vontade de Deus, ainda quando sua motivação pessoal fora impura e não respondesse à vontade divina, senão a suas próprias miras egoístas (atitude que propiciou a catástrofe do ano 70).
— "Jesus iria morrer (…) para reunir os filhos de Deus dispersos": Sucinta aqui a “palavra chave” da oração sacerdotal de Jesus pela unidade dos crentes dentro de sua Igreja.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 23/03/2024
Recadinho
A seu modo de ver, qual o Sacramento que mais se negligencia? - Quando devemos procurar um sacerdote para a Confissão? - Em sua comunidade se faz uma boa preparação para receber os sacramentos do Batismo e do Matrimônio? - Que tipo de pessoa tem condição de ser padrinho ou madrinha de Batismo? - Que lugar ocupa a Eucaristia em sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 12/04/2014
Meditação
O evangelista deixa claro que os adversários percebiam que os milagres de Jesus e seu jeito pessoal de viver eram um grande argumento a favor de suas palavras. Mas, ao que parece, não estavam preocupados com a verdade, mas com a proteção de suas ideias e de seus interesses. Como sabemos, para isso, sem nenhuma hesitação, haveriam de entregar um inocente para a morte. Cristo, confiando nos desígnios do Pai, abraça a cruz para nossa redenção.
Oração
Ó Deus, vós sempre cuidais da salvação dos homens e nesta Quaresma nos alegrais com graças mais copiosas. Considerai com bondade aqueles que escolhestes, para que a vossa proteção paterna acompanhe os que se preparam para o batismo e guarde os que já foram batizados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 01/04/2023
Meditação
“Muitos judeus que viram o que Jesus fizera, creram nele. Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito.” Não era possível negar que Lázaro tinha morrido e que, quatro dias depois, voltara à vida chamado por Jesus. Diante do milagre, muitos acreditaram no poder de Jesus. Outros, porém, não acreditaram nele e resolveram ver o que podiam fazer para o destruir. Acreditar ou não em Jesus será sempre uma decisão pessoal e livre. Ainda que, para acreditar nele, precisemos da graça de Deus.
Oração
DEUS, que fizestes de todos os renascidos em Cristo uma nação santa e um sacerdócio régio, concedei-nos a vontade e a força de fazer o que ordenais para que o povo chamado à eternidade seja concorde na fé e justo nas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus subiu a Jerusalém. Os sumos sacerdotes e fariseus decidiram matá-lo
Hoje começa a tomar forma o julgamento das autoridades religiosas de Israel contra Jesus. Ele recentemente ressuscitou Lázaro. Isso aconteceu em Betânia, perto da capital. Chega a notícia. Eles não podem negar os milagres; Pelo contrário, eles mesmos são testemunhas de obras do Senhor.
Inclusive levados pela enveja, eles serão instrumentos do Pai, que pedia o Filho oferecer-se em sacrifício pela salvação do mundo.
Fonte: Family Evangeli - Feria em 23/03/2024
Meditando o evangelho
MUITOS ACREDITARAM EM JESUS
O testemunho de Jesus e a adesão que ele suscitava colocavam em risco a estrutura religiosa de sua época. O contexto religioso de rígido tradicionalismo, de hierarquias e privilégios, de conflitos de facções, de jogos de interesses tornava-se vulnerável diante da postura do Mestre. Não que Jesus fosse respaldado pelo prestígio de uma escola rabínica ou de famílias ou grupos importantes. O perigo consistia no fato de muitas pessoas darem crédito às suas palavras e aderirem ao grupo, sempre crescente, que se formava ao redor dele.
As autoridades religiosas demonstravam ter uma preocupação política. O movimento de Jesus poderia ser entendido pelos romanos como uma provocação. E as consequências disto seriam trágicas para a nação,. Se não fosse contido a tempo, haveria o perigo de "todos" crerem nele, e os romanos virem e destruírem o templo e a nação.
A solução apresentada por Caifás parecia ser bastante prudente: "É melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer!". Acolhida esta sugestão, decretou-se a morte de Jesus. Com esta finalidade, iniciou-se uma verdadeira caçada para prendê-lo.
Todavia, o motivo verdadeiro da condenação à morte foi de caráter religioso. Isto ficará patente no fato de Pilatos, autoridade romana, não se mostrar interessado em condenar Jesus. A verdade é que a liderança religiosa já não podia mais suportar o comportamento do Mestre por ser religiosamente perigoso.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
Fonte: Dom Total em 12/04/2014, 24/03/2018, 13/04/2019, 04/04/2020, 27/03/2021 e 09/04/2022
Oração
Ó Deus, vós sempre cuidais da salvação dos homens e, nesta Quaresma, nos alegrais com graças mais copiosas. Considerai com bondade aqueles que escolhestes, para que a vossa proteção paterna acompanhe os que se preparam para o batismo e guarde os que já foram batizados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 12/04/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. A Páscoa dos judeus estava próxima
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus venceu a morte e ressuscitou Lázaro. A morte tinha se apoderado do amigo de Jesus, levou-o para casa e fechou a entrada com uma pedra. Jesus abriu as portas da casa da morte, libertou Lázaro, e a morte quis se apoderar de Jesus. Aí está o sinédrio reunido e decretando a morte de Jesus. “Vocês não entendem nada”, dirá Caifás, “não percebem que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” Sabia Caifás o que estava dizendo? Decidiram então matar Jesus. Jesus, porém, retirou-se no deserto, esperando a sua hora.
Fonte: NPD Brasil em 24/03/2018
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Decidiram matar Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
A morte de Jesus está decretada. Sem ter conhecimento perfeito do que estava dizendo, o sumo sacerdote Caifás profetiza que é melhor “um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira”. O alcance da afirmação é grande. Jesus vai morrer em consequência da atividade política de judeus e romanos; morrerá, porém, para reunir os filhos de Deus dispersos. A “Páscoa dos judeus estava próxima”. Por seis vezes o evangelista mencionou as festas judaicas. Esta Páscoa, a da morte e ressurreição de Jesus, será mencionada sete vezes.
Fonte: NPD Brasil em 13/04/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Quem tem poder de dar a Vida, é condenado à morte
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Eu me lembrei das nossas comunidades por um instante, ao deparar com esses evangelhos, Jesus havia ressuscitado Lázaro, o último sinal no evangelho de João, um grupo de Judeus que ali estava encontraram a Verdade e passaram a crer Nele, mas o outro grupo foi correndo para "botar lenha na fogueira", envenenando os Fariseus, como se dissessem "Olha, se ninguém fizer algo esse homem vai ser Rei, pois demonstrou uma vez mais o seu poder até sobre a morte".
Em nossas comunidades, quando Deus suscita os carismas nos irmãos e irmãs, que a ele se entregam, também acontece a mesma coisa. Para alguns, esse carisma tão belo e tão útil á comunidade, é fruto da graça e ao verem o carisma do outro ficam admirados e se enchem de salutar alegria, louvando e bendizendo ao Bom Deus, outros há, porém, que vão levar a notícia do sucesso daquele irmão, a pessoas que não gostam dele, só para semear ainda mais o ódio e a discórdia entre elas.
Os Fariseus levaram o assunto ao Conselho da Comunidade, que naquele tempo chamava-se Sinédrio, e o coordenador do Conselho, que era o Caifás, teve uma ideia para fazer calar a Jesus e acabar com a sua fama.
Certamente alardearam primeiro as "ameaças" que pesavam sobre a Comunidade Judaica, que estava bem afinada com o poder romano, se Jesus continuasse com aquela fama toda. Um Líder novo que não tinha compromisso nem com os Judeus e nem com os romanos, era muito perigoso àquela altura do campeonato. Então o melhor mesmo era matá-lo, para defender a segurança da nação de Israel.
O que Caifás defendia de unhas e dentes na realidade era o poder religioso e os privilégios e regalias que a sua classe dominante e opressora detinha. E assim, Aquele que era o Senhor da Vida, e provara isso ressuscitando a Lázaro, acabara de ser condenado á morte, pelos da sua própria comunidade.
Fico pensando se hoje também, muitas vezes em nossas comunidades cristãs, cometemos esse pecado, quando permitimos que se sufoquem novas lideranças, por medo de se perder o cargo ou o ministério que se ocupa. Certamente que sim... E a nova liderança, que poderia trazer ainda mais vida, acaba condenado à morte, desvalorizado e até ridicularizado naquilo que faz...
O Carisma que Jesus oferece aos seus é a própria vida. Nosso carisma é autêntico quando, de alguma forma, o outro cresce e se sente revitalizado com o que fazemos com o que damos. A fonte dessa Vida que Jesus oferece é o amor, capaz de trazer de volta á Vida quem já morreu. Na comunidade temos também nossos "mortos" esperando pela força do nosso amor solidário, para voltarem a ter Fé e Esperança.
2. Muitos judeus viram o que Jesus fizera e creram nele - Jo 11,45-56
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus tirou seu amigo Lázaro das mãos da morte. A morte, por sua vez, tentou apoderar-se de Jesus. Sacerdotes e fariseus se reúnem e decretam a morte de Jesus. O sumo sacerdote Caifás profetizou que Jesus ia morrer pelo povo, para reunir os filhos de Deus dispersos e para que a nação não perecesse. É a Páscoa de Jesus, mencionada sete vezes pelo evangelista. É a Páscoa definitiva. É a passagem deste mundo para o Pai. A melhor passagem, a melhor viagem. Não tenha medo da morte! Ela tornou-se uma rápida passagem para a plenitude da vida.
Fonte: NPD Brasil em 04/04/2020
HOMILIA
SERÁ QUE ELE NÃO VIRÁ À FESTA?
O evangelho de hoje traz a parte final do longo relato da ressurreição de Lázaro em Betânia, na casa de Marta e Maria (João 11,1-56). A ressurreição de Lázaro é o sétimo milagre de Jesus no evangelho de João e é também o ponto alto e decisivo da revelação que ele vinha fazendo de Deus e de si mesmo.
A pequena comunidade de Betânia, onde Jesus gostava de hospedar-se, reflete a situação e o estilo de vida das pequenas comunidades do Discípulo Amado no fim do primeiro século lá na Ásia Menor. Betânia quer dizer "Casa dos pobres". Eram comunidades pobres de gente pobre. Marta quer dizer "Senhora" (coordenadora): uma mulher coordenava a comunidade. Lázaro significa "Deus ajuda": a comunidade pobre esperava tudo de Deus. Maria significa "amada de Javé": era a discípula amada, imagem da comunidade. O episódio da ressurreição de Lázaro comunicava esta certeza: Jesus traz vida para a comunidade dos pobres. Jesus é fonte de vida para todos que nele acreditam.
Depois da ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-44), vem a descrição da repercussão deste sinal no meio do povo. O povo estava dividido. Muitos judeus, que tinham ido à casa de Maria e que viram o que Jesus fez, acreditaram nele. Mas outros foram ao encontro dos fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. Estes últimos fizeram a denúncia. Para poder entender esta reação negativa de uma parte do povo é preciso levar em conta que a metade da população de Jerusalém dependia em tudo do Templo para poder viver e sobreviver. Por isso, dificilmente eles iriam apoiar um desconhecido profeta da Galiléia que criticava o Templo e as autoridades. Isto também explica como alguns se prestavam para ser informantes das autoridades.
A notícia da ressurreição de Lázaro fez crescer a popularidade de Jesus. Por isso, os líderes religiosos convocam o conselho, o sinédrio, a autoridade máxima, para discernir o que fazer. Assim, a partir deste momento, os líderes, preocupados com o crescimento da liderança de Jesus e motivados pelo medo dos romanos, decidem matar Jesus.
O resultado final é que Jesus tinha que viver como clandestino. “Ele não andava mais em público entre os judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto. Foi para uma cidade chamada Efraim, onde ficou com seus discípulos”. A páscoa estava próxima. Nessa época do ano, a população de Jerusalém triplicava por causa do grande número de peregrinos e romeiros. A conversa de todos era em torno de Jesus: Que é que vocês acham? Será que ele não vem para a festa? Da mesma maneira, na época em que foi escrito o evangelho, no fim do primeiro século, época da perseguição do imperador Domiciano (81 a 96), as comunidades cristãs que traziam a vida para os outros se viam obrigadas a viver na clandestinidade.
Lázaro estava doente. As irmãs Marta e Maria mandaram chamar Jesus: Aquele a quem amas está doente! (Jo 11,3.5). Jesus atende ao pedido e explica aos discípulos: Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus, para que por nela seja glorificado o Filho de Deus! (Jo 11,4) No evangelho de João, a glorificação de Jesus acontece através da sua morte (Jo 12,23; 17,1). Uma das causas da sua condenação à morte vai ser a ressurreição de Lázaro (Jo 11,50; 12,10). Muitos judeus estavam na casa de Marta e Maria para consolá-las da perda do irmão. Os judeus, representantes da Antiga Aliança, só sabem consolar. Não trazem vida nova.. Jesus é que vai trazer vida nova! Assim, de um lado, a ameaça de morte contra Jesus! De outro lado, Jesus chegando para vencer a morte! É neste contexto de conflito entre vida e morte, que se realiza o sétimo sinal da ressurreição de Lázaro.
Marta diz que crê na ressurreição. Os fariseus e a maioria do povo também acreditavam na Ressurreição. Acreditavam, mas não a revelavam. Era apenas fé na ressurreição no fim dos tempos e não na ressurreição presente na história, aqui e agora. Esta fé antiga não renovava a vida. Pois não basta crer na ressurreição que vai acontecer no final dos tempos, mas tem que crer que a Ressurreição já está presente aqui e agora na pessoa de Jesus e naqueles que acreditam em Jesus. Sobre estes a morte já não tem mais nenhum poder, porque Jesus é a ressurreição e a vida. Mesmo sem ver o sinal concreto da ressurreição de Lázaro, Marta confessa a sua fé: Eu creio que tu és o Cristo, o filho de Deus que vem ao mundo (Jo 11,27).
Jesus manda tirar a pedra. Marta reage: Senhor, já cheira mal! É o quarto dia! (Jo 11,39). Novamente, Jesus a desafia apelando para a fé na ressurreição, aqui e agora, como um sinal da glória de Deus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? (Jo 11,40). Retiraram a pedra. Diante do sepulcro aberto e diante da incredulidade das pessoas, Jesus se dirige ao Pai. Na sua prece, primeiro, faz ação de graças: "Pai, dou-te graças, porque me ouviste. Eu sabia que tu sempre me ouves! (Jo 11,41-42). Jesus conhece o Pai e confia nele. Mas agora ele pede um sinal por causa da multidão que o rodeia, para que possa acreditar que ele, Jesus, é o enviado do Pai. Em seguida, ele grita em alta voz, grito criador: Lázaro, vem para fora! E Lázaro veio para fora (Jo 11,43-44). É o triunfo da vida sobre a morte, da fé sobre a incredulidade! Meu irmão, a mim e ti cabe retirar a pedra! E aí Deus ressuscita a tua vida, os meus e os teus e toda a comunidade. Tem gente que não quer tirar a pedra, e por isso a comunidade deles não tem vida!
O que significa para mim, bem concretamente, crer na ressurreição? Parte do povo aceitava Jesus, parte não aceitava. Hoje, parte do povo aceita a renovação da igreja, e parte não aceita. E eu?
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 12/04/2014
REFLEXÕES DE HOJE
SÁBADO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 12/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
Tenhamos mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras
Postado por: homilia
março 23rd, 2013
A mensagem central de hoje – e de todo o Evangelho de São João – é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito para que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a Sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, quando questionavam a pessoa de Cristo. Até que, finalmente, os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram o Conselho. Desde aquele momento, resolveram tirar-lhe a vida.
Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-Lo por Ele fazer o bem, por curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os sumos sacerdotes foi Jesus dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso era uma blasfêmia, mas, na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então, aquele Conselho foi um pré-julgamento de Jesus, no qual o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele “cara forte que arrasa” quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito ainda que não desejado do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do Templo e de todos os que se consideravam donos da verdade.
Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E lembrar, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”
Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da nova e eterna aliança que deseja renovar nossos corações e devolver-nos a alegria de viver.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 23/03/2013
HOMILIA DIÁRIA
Que Deus tire do nosso coração todo sentimento de injustiça!
Que Deus, nesta semana tão santa que se aproxima, possa tirar do nosso coração todo esse sentimento de justiceiros que temos dentro de nós!
”Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” (João 11, 50)
Essa é a sentença de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano, que, reunido com o Conselho, com os fariseus e com os sumos sacerdotes decidem: ”Nós precisamos eliminar Jesus!” É verdade que eles não têm razões e motivações óbvias nem justas, por isso eles pronunciam uma sentença covarde e injusta. Não é que eles tenham medo de a nação perecer, na verdade, eles não querem aceitar a pregação de Jesus e, por isso, decidem eliminar o Mestre.
Sabem, meus irmãos, quando nós, hoje, olhamos para Jesus rejeitado, incompreendido, desprezado, sentenciado e condenado à morte, Ele representa, no meio de nós, todos aqueles que são injustamente condenados, sem direito a responder, sem direito a ter defesa, sem ter ninguém que fale por eles.
Nós, muitas vezes, cometemos essas injustiças também, quando nós não ouvimos a pessoa e simplesmente já a condenamos e já criamos sentenças contra ela! Quantas vezes, nós formamos tribunais em nossas casas e famílias; verdadeiros sinédrios, como este de Caifás, que se reuniu para julgar o Senhor, que estava sem nenhum direito de defesa, somente de acusação.
Que Deus, nesta semana tão santa que se aproxima, possa tirar do nosso coração todo esse sentimento de sermos justiceiros, que, muitas vezes, temos dentro de nós; todos os julgamentos injustos que já fizemos na vida, todas as pessoas que já condenamos e que já levantamos sentenças contra elas.
Quando alguém difama o outro, ele acaba com a reputação dessa pessoa e tira-lhe o direito de ter a verdade do seu lado. Nós, muitas vezes, ouvimos a primeira pessoa que nos traz uma injustiça, uma mentira a respeito de alguém e nós acreditamos nela por ingenuidade, por não gostar daquela outra pessoa, por pura imaturidade e, algumas vezes, até por maldade.
Hoje nós queremos pedir perdão a Deus pelas nossas sentenças injustas, pelos nossos julgamentos, pelos nossos tribunais e pelos sinédrios que fazemos ao redor de nós, para julgar, condenar e sermos, muitas vezes, injustos com as pessoas.
Que nós não tenhamos nunca mais a atitude de Caifás e dos sumos sacerdotes daquela época, que simplesmente quiseram eliminar Jesus sem ouvir as verdadeiras causas [de desejarem matá-Lo]. Que não condenemos mais ninguém injustamente, que não coloquemos mais peso sobre os ombros de ninguém, pois, todas as vezes em que o fazemos, nós o fazemos com o próprio Jesus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
Jesus causa inquietação na nossa vida
A presença de Jesus precisa causar muitas inquietações na nossa vida, Ele precisa provocar um incômodo em nós
“Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação.” (João 11,47-48)
É preciso assumir uma verdade: Jesus veio para incomodar. A Sua presença incomoda, porque Ele não quer deixar os filhos de Deus no comodismo do pecado e nem na vida que não é correta. Por isso, a Sua presença causa essa inquietação.
A presença de Jesus precisa causar muitas inquietações na nossa vida, Ele precisa provocar um incômodo em nós. O remédio que não causa incômodo não é bom, não está purificando, não está lavando, não está curando e nem cicatrizando.
Jesus é a cura para os males que o pecado infligiu em nossa vida, por isso, Ele incomoda os nossos pensamentos, as decisões que fazemos, as escolhas de vida e uma vontade mal inclinada que, muitas vezes, temos. Portanto, deixemo-nos incomodar por Jesus.
Essa incomodação precisa causar transformação e renovação de vida. Esses homens do Evangelho ficaram incomodados, mas não deixaram a incomodação transformá-los, pelo contrário, a incomodação mexia nos privilégios, na vida cômoda que eles levavam, por isso não queriam problemas com os romanos.
Muitas vezes, a nossa casa está uma bagunça, está tudo misturado, mas precisamos nos mexer, botar ordem na casa. Vai dar trabalho, suor, mas não podemos deixá-la bagunçada, e assim é com a nossa vida, não deixemos a vida “parada” do jeito que está; vamos incomodá-la.
Se queremos ter saúde, temos que incomodar o corpo, temos que fazer exercício, correr, “suar a camisa”. Entretanto, é mais fácil ficar “deitado em berço esplêndido”, olhando para cima, achando que toda a transformação no corpo e no espírito acontece mesmo com o comodismo da vida.
Deus quer nos incomodar, nos balançar para cuidar de nós. Aqueles que não se deixam incomodar por Jesus, rejeitam e querem eliminá-Lo.
Jesus veio para nos incomodar! Mas, incomodar o outro não é ser chato, não tem nada a ver com isso. Incomodar o outro é provocar uma reação de mudança que só o Evangelho pode fazer na vida de cada um de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/03/2018
HOMILIA DIÁRIA
Deixemo-nos incomodar por Jesus
“Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação.” (João 11,48)
A verdade é que os líderes religiosos da época de Jesus perceberam o quanto Ele incomodava. O incômodo por Jesus é porque Ele veio, de fato, libertar a religião daquilo que não era religioso de verdade, Ele veio tirar as amarras e a corrupção que, muitas vezes, invade o pensamento religioso e a direção daqueles que cuidam das coisas religiosas. Os líderes religiosos resolveram que era preciso se livrar de Jesus.
O medo não era que os romanos destruíssem ou assim por diante, o fato é que ninguém gosta de ser incomodado, o fato é que queremos ou necessitamos manter os status que nós mesmos criamos.
A religião verdadeira é aquela que nos incomoda, tira-nos da nossa situação cômoda de vida e nos leva a refletir, pensar e escolher os verdadeiros valores. Os líderes religiosos preferiram se colocar contra Jesus, de modo que decidiram que era preciso matá-Lo, e que Ele morresse pelo povo.
A narração do Evangelho de hoje diz que Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Não era por medo de morrer nem porque Ele tinha recuado em pregar e anunciar a Boa Nova, mas porque era preciso precaução, era necessário saber o momento de viver cada coisa, e mais ainda, era importante pregar, anunciar, cuidar e amar até onde se pudesse.
O mundo está triste e indo para a ruína, porque não se deixa incomodar pela Palavra que salva e transforma
Jesus não se entregou para morrer, porque, simplesmente, queria morrer; Ele morreu, porque se dispôs a viver até a morte, até as últimas consequências o valor do Evangelho, da vida e de tudo aquilo que Ele pregava e ensinava. Eles decidiram matar Jesus, eles queriam eliminá-Lo.
Quando algo nos incomoda de forma negativa, precisamos eliminar da vida, mas não quando algo nos leva a refletir e repensar as nossas próprias escolhas.
Muitas vezes, deparo-me com a Palavra de Deus, e ela é um incômodo, é uma pedra no meu sapato. Eu louvo e bendigo a Deus, porque as minhas escolhas se baseiam, a cada dia, no Evangelho. Eu sei o quanto preciso ainda me tornar mais coerente, preciso me converter, mas peço todos dias: “Senhor, incomode-me, não me deixe cair na minha acomodação religiosa, não me deixe, simplesmente, cair no dogmatismo sem me deixar incomodar pelos valores que o Senhor veio ensinar a todos nós”.
A religião de Jesus é a religião que incomoda os que O seguem e os que não O seguem, porque o mundo está do jeito em que está, o mundo está triste e indo para a ruína porque não se deixa incomodar pela Palavra que salva e transforma.
É preferível que um só morra, preferiram matar Jesus e, hoje, muitas vezes, preferem matar e eliminar a Sua Palavra do que acolhê-la para serem transformados.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/04/2019
HOMILIA DIÁRIA
Acolhamos a presença de Jesus e a verdade que Ele traz
“Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira? Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos.” (João 11,50-52)
Queriam apedrejar a Jesus, queriam mata-Lo, queriam tirar a vida d’Aquele que nos trouxe a vida. Jesus incomoda quem é grande, poderoso e orgulhoso. Todos aqueles que estão se aproveitando do que fazem e do que são, se incomodam com a presença de Jesus e com a verdade que Ele traz.
A verdade incomoda, é a realidade mais incômoda da vida. Por isso, preferimos viver de mentiras, ilusões e enganos. Não só enganamos aos outros como também a nós mesmos, pois, muitas vezes, vivemos coisas que não são reais. Acreditamos em fantasias e criamos um mundo do nosso “apetite”, ao nosso gosto e ao nosso bel-prazer; então, quando alguém vem nos acordar da fantasia, da mentira, da ilusão, da falsidade, da hipocrisia ou das inverdades que vivemos ou acolhemos, na maioria das vezes, rejeitamos.
O sentimento de rejeição que cresce no coração, em posição ao outro, quer nos acordar, quer nos fazer refletir e repensar. As verdades de Deus incomodam o mundo, mas nos incomodam também.
É preciso acolher Aquele que é a verdade porque só Ele nos liberta do poder da mentira, da morte e dos enganos
Se a verdade de Deus não nos incomoda é porque estamos acomodados, estamos blindados na nossa postura egoísta e orgulhosa de ser e não queremos nos abrir para a verdade. É preciso acolher Aquele que é a verdade, pois só Ele nos liberta do poder da mentira, da morte, dos enganos, fantasias e ilusões em que vivemos até na dimensão da fé.
Precisamos mergulhar em Jesus, permitir que a vida d’Ele esteja em nós, repensar os atos, as atitudes, as escolhas e deixar que a luz de Deus nos ilumine.
Não estamos no mundo para julga-lo, estamos no mundo para sermos luz; mas não é a luz própria, aquela que vem de nós, é a luz do Evangelho, da verdade e do amor; a luz que vence as trevas interiores que estão alojadas dentro da nossa alma, do nosso coração e do nosso ser.
Não permaneçamos nas trevas, pois o mundo já é das trevas, permaneçamos na verdade que é Jesus porque Ele nos liberta.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 04/04/2020
HOMILIA DIÁRIA
Examinemos a nossa postura diante da verdade do Evangelho
“Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira? Caifás não falou isso por si mesmo.” (João 11,50-51)
As autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus, em outras palavras, eles não suportavam mais Jesus. Eles olharam para Jesus e viam n’Ele uma ameaça ao poder e a vida que levavam.
Toda coerência é uma ameaça, toda verdade é uma ameaça. A coerência é uma advertência às nossas coerências de vida. A verdade traz luz às nossas mentiras, fantasias e ilusões, por isso, muitas vezes, as pessoas não querem a verdade nem a coerência.
Jesus era verdadeiro, coerente e pregava a verdade, é óbvio que as autoridades vivendo tantas ilusões e mentiras, as pessoas vivendo as suas hipocrisias não querem acolher a verdade, preferem eliminá-la do que acolhê-la. Quando vem algo para iluminar as nossas incoerências, preferimos inventar desculpas, nos opor, nos contrapor do que querer acolher, refletir, meditar, repensar e reconsiderar.
Há um instinto agressivo dentro de nós que vem para fora quando nos sentimos ameaçados e tocados; respondemos com agressividade todas as vezes que somos contraditados e incomodados.
A verdade traz luz às nossas mentiras, fantasias e ilusões
A verdade incomoda, a coerência incomoda, a luz de Deus é incômoda. Por isso, Jesus é muito incômodo. Foi incômodo ontem, Ele é incômodo hoje, porque realmente provoca reações dentro de nós, Ele nos leva a rever a vida que estamos levando.
Se a Palavra de Jesus não nos incomoda e não nos arranca do nosso comodismo, do nosso orgulho e do nosso egoísmo, é porque já matamos ela em nós ou porque a ignoramos, e seguimos Jesus apenas na conveniência. Naquilo que me convém eu sou de Jesus, naquilo que não me convém eu ignoro, deixo de lado; ou naquilo que me incomoda eu rejeito.
É preciso rever a nossa postura diante da verdade do Evangelho, é preciso revermos as nossas escolhas diante da Palavra de Jesus que está diante de nós. É preciso deixar sermos incomodados e deixar que a Palavra continue a nos incomodar para sairmos daquilo que nos escraviza: o egoísmo, o individualismo, a nossa maneira soberba, orgulhosa e vaidosa de viver.
Jesus veio para nos libertar, deixemo-nos ser libertos por Aquele que é nosso Salvador, para não nos opormos e querermos rejeitá-Lo do nosso meio.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 27/03/2021
HOMILIA DIÁRIA
A santidade vem de Deus e toca o coração do ser humano
“Naquele tempo, os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: ‘Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. Se deixamos que Ele continue assim, todos vão acreditar n’Ele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação’. Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: ‘Vós não entendeis nada. Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?’.” (João 11, 47-50)
Vejam, meus irmãos e minhas irmãs, nós estamos neste tempo de preparação para a Páscoa do Senhor que se aproxima. E Jesus está cada vez mais sendo encurralado: a vida de Jesus vai, pouco a pouco, se afunilando até aquele momento crucial, a sua morte na Cruz.
E esses fariseus, esses Mestres da Lei dizem: “O que faremos?”. A perturbação no interior dessas pessoas que, infelizmente, não aderem à Palavra de Cristo; não entram na dinâmica do Reino de Deus. Eles se assustam e dizem: “Os romanos vão destruir o nosso Lugar Santo”. Vejam, eles têm uma concepção um pouco equivocada sobre o Lugar Santo, pois o lugar é santo porque ali as pessoas estão; ali estão os filhos de Deus.
A santidade está nas pedras, nas construções? A santidade precisa residir nos nossos corações
A santidade está nas pedras, nas construções? A santidade vem de Deus e toca o coração do ser humano. É óbvio que: uma capela; uma igreja; uma catedral; uma basílica; um santuário é um recorte do céu; é um lugar de experiência de fé, isso nós já entendemos; mas a santidade precisa residir nos nossos corações. A presença de Deus, em primeiro lugar, precisa ser acolhida aqui dentro da casa dos nossos corações.
E aqueles homens têm o Lugar Santo, que é o templo, com um temor de que ele venha a ser destruído (e, depois, ele foi) mas justamente por não acolher a pessoa de Jesus e, na pessoa de Jesus, a presença de Deus — vamos tomar um pouco de cuidado porque, muitas vezes, nós podemos nos distrair com as construções e esquecer que a construção mais importante é o coração do ser humano; que o mais importante é a pessoa. E, certamente, o lugar tem de estar associado diretamente a Deus. Se é um belo santuário, onde eu me coloco em oração, o meu coração também precisa ser esse belo santuário, para que os meus irmãos possam morar também nele. E essas pessoas, que estão com Jesus, acabam justificando o mal e o transformando em um bem: ”Então, é melhor que um morra para que não aconteça nada com o nosso Lugar Santo”. A estratégia que eles usam, a do medo, para justificar o mal praticado, isso é muito sério; é muito grave! E, muitas vezes, nós precisamos nos libertar disso.
Então, aparece a figura do sumo sacerdote, Caifás. Ele faz um pronunciamento absurdo! E olha que foi um pronunciamento oficial, pois ele era o sumo sacerdote naquele ano. Vejam a responsabilidade que esse homem perdeu naquele momento, a responsabilidade que ele tinha perante o povo, e ele acabou sendo ali um porta-voz da sentença de Jesus. E tenhamos cuidado com a responsabilidade por aquilo que nós dizemos; a responsabilidade por aquilo nós fazemos, porque nós também somos responsáveis pela edificação dos nossos irmãos.
Porém, o mais bonito é que Jesus pode dar significado até ao maior erro da história. Vejam o pronunciamento que esse sumo sacerdote faz, mas ali estava também a vida de Jesus; porque Jesus morreu para salvar a todos. Na verdade, aquele pronunciamento absurdo se tornou a profecia na vida de Jesus, o Cordeiro de Deus. O que era absurdo: “Mataram o Filho de Deus!”, se tornou redenção para toda a humanidade.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/04/2022
HOMILIA DIÁRIA
Jesus é o Bom Pastor, Ele dá a vida por Suas ovelhas perdidas
“‘Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?’”. Caifas não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.” (João 11, 50-53)
O nosso Deus é um Deus amoroso, que nos ama com um amor comparado ao amor de um pastor. Talvez, para nós, no nosso tempo, fica um pouco complicado compreender esse amor de pastor, mas, naquele tempo, o pastor era aquele que era capaz não só de fazer tudo para ir atrás de sua ovelha, como também era capaz, se preciso fosse, dar a vida dele para resgatar a ovelha perdida. Jesus é o Bom Pastor que, por amor as Suas ovelhas, deu a Sua vida para resgatar aquelas ovelhas que estavam perdidas.
E, após realizar o milagre de reavivar o seu amigo, Lázaro, as autoridades decidiram, de fato, matar Jesus. “É preferível que um morra pelo povo do que perecer a nação inteira”, ou seja, Jesus é este que dá a vida para salvar a todos, para reunir novamente o seu rebanho.
Amanhã, nós iremos iniciar a Semana Santa, iremos dar início a esse caminho de entrega de Jesus, o Pastor que dá a vida para reunir as suas ovelhas dispersas. Cristo, ao oferecer a Sua vida por nós, além de dar uma das provas mais contundentes do amor de Deus pela humanidade, Ele atraiu para Si os que viviam dispersos pela ignorância e pelo pecado.
Meus irmãos, acompanhemos com fé esta semana, os passo de Jesus rumo a essa entrega de amor, de doação de vida. Deixemos que o seu amor nos atraia a Ele e nos reúna novamente com Ele. Você que, talvez, tomou um caminho distante do Senhor, um caminho que te levou para longe do amor de Deus, esse é o tempo de deixar que, novamente — o amor de Cristo, desse Pastor, que dá a Sua vida para reunir novamente o Seu rebanho —, nos atraia novamente.
Que, nesta Semana Santa, ao revivermos os passos de Jesus rumo à Sua Paixão, Morte e Ressurreição, nós possamos novamente sermos atraídos a este amor de pastor, a este amor que dá a vida por suas ovelhas.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/04/2023
HOMILIA DIÁRIA
Sem Cristo, uma nação não fica de pé
Naquele tempo, os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. Se que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. (Jo 11,47-51)
Meus irmãos e minhas irmãs, o Evangelho de hoje nos dá a possibilidade da reflexão de que existem modos inesperados da parte de Deus para pôr em ato a sua obra de salvação. Um deles é a profecia de um inimigo de Jesus: Caifás, o sumo sacerdote. Como pode um profeta da desgraça ser parte da obra Redentora de Cristo? É um mistério!
É assim, meus irmãos, é desse modo que se revela a grandeza de Deus, a sua capacidade de tirar o bem até mesmo de um mal. Por isso as piores tragédias da sua vida poderão compor um quadro da ação de Deus na sua história. Não despreze nada, pois olha que da maior delas – a maior desgraça da humanidade, que foi a morte do filho de Deus – veio a maior graça a salvação de toda a humanidade.
Então, não nos desesperemos diante dos fatos cruéis que nos acontece. Deus está no controle de tudo. Repito: até daquela aparente desgraça que foi a morte do filho de Deus veio a maior graça para toda a humanidade. Os sumo sacerdotes e o conselho usaram uma arma potente para justificar o mal que tramaram contra Jesus, que foi o medo.
Sem Cristo, uma nação não fica de pé, por mais pujante que ela seja, Deus é o alicerce das nossas vidas.
Normalmente, as tiranias elas fazem isso, colocam medo nas pessoas até o ponto delas minimizarem um grande mal, como foi o de matar uma pessoa inocente. Jesus foi usado para manobrar muitos em Jerusalém. Jesus foi usado para justificar a perda do templo, a destruição da nação. Sem Cristo, templo nenhum tem razão de ser; sem Cristo, uma nação não fica de pé, por mais pujante que ela seja. Deus é o alicerce das nossas vidas.
Por isso não permita que o maligno plante a semente do medo no seu coração; não permita que ele amedronte você, que ele plante no seu coração esse medo e o paralise, Deus ama você e deu seu filho para salvá-lo. Então, tudo aquilo que é mal em nossa vida pode ser transformado pela ação Redentora do Cristo.
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Heleno Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 23/03/2024
Oração Final
Pai Santo, concede-nos abertura de coração e da mente para compreendermos e acolhermos os sinais do teu Reinado de Amor já presentes na nossa história, escondidos na rotina do cotidiano e só percebidos se olhados com a simplicidade de criança. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH 23/03/2013
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a discernir qual é a nossa missão na história dos homens e nos dá força e coragem para desempenhá-la, abandonando posições cômodas e opiniões firmadas no egoísmo; lutando contra discriminações e menosprezo de irmãos peregrinos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/04/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, tendo-nos preparado nesta quaresma para celebrar o Mistério da Encarnação, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de teu Filho Unigênito, envia o Espírito Santo sobre nós, para nos tornar seres agradecidos, prontos para proclamar ao mundo esse Sagrado Mistério. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/03/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós damos graças por teu Filho que, assumindo a nossa humanidade, tornou-se presente na grande festa da Vida que nos ofereces. Ele anunciou a alegria de já estar em nós o teu Reino de Amor e nos deu a certeza de alcançá-lo em plenitude no abraço paternal que um dia receberemos todos de tua Misericórdia. Nós Te pedimos, amado Pai, pelo mesmo Cristo, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/04/2019
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a discernir qual é a nossa missão na história dos homens e nos dá força e coragem para desempenhá-la, abandonando posições cômodas e opiniões firmadas no egoísmo; lutando contra discriminações e menosprezo de irmãos peregrinos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/04/2020
ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que acolhes os pobres e consolas os aflitos, nós damos graças pelo Dom inefável que nos ofereces – o Verbo Criador que se fez Carne em Jesus de Nazaré. Ele supera a nossa possibilidade de compreensão. Por isto, dá-nos Fé para que aceitemos com alegria a tua generosidade e partilhemos o teu Reino de Amor com os peregrinos que caminham conosco. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/03/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário