domingo, 23 de fevereiro de 2025

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 23/02/2025

ANO C


7º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Dai e vos será dado.” Lc 6,38

“Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais.”

Lc 6,27-38

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebrando o mistério Pascal de Jesus somos convidados a imitá-lo no exercício da obediência à Deus e amor ao próximo. Ele, fiel e obediente aos planos do Pai, por meio de palavras e ações, deixou-nos o exemplo para que façamos o mesmo. Eis nossa missão como Igreja: servir Jesus presente naqueles que nos cercam!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebrando o mistério Pascal de Jesus somos convidados a imitá-lo no exercício da obediência à Deus e amor ao próximo. Ele, fiel e obediente aos planos do Pai, por meio de palavras e ações, deixou-nos o exemplo para que façamos o mesmo. Eis nossa missão como Igreja: servir Jesus presente naqueles que nos cercam!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste dia dedicado ao Senhor, celebremos seu amor, sua bondade e sua fidelidade. O Senhor hoje manifesta seu convite para vivermos o amor que não tem limites e que oferece até o perdão a quem nos ofendeu e nos propõe amar nossos inimigos. Abramo-nos ao convite do Senhor e deixemo-nos tomar por sua graça que nos transformará em verdadeiras testemunhas do seu Reino.
Fonte: Arquidiocese SP - Folheto Povo de Deus em 24/02/2019

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O discípulo de Jesus é alguém que, mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida, sabe encontrar forças para ouvir e colocar em prática os ensinamentos de seu Mestre. Deus é Bondade. E como tal é o parâmetro para todo discípulo na sua caminhada pelo mundo, mesmo quando a lógica do mundo nos apresenta o contrário!
Fonte: NPD Brasil em 24/02/2019

AMAR SEM MEDIDA...

A liturgia de hoje nos coloca diante dos ‘contrários’ de Deus. Se o que vemos na atualidade é o ‘cada um por si’ e o ‘olho por olho, dente por dente’ temos, em todos os textos sagrados, sobre tudo nesse trecho do evangelho que ouvimos hoje, uma proposta contrária a tendência mundanas.
Jesus nos diz com muita clareza que o mal não se ‘cria’ quando é respondido com o bem. As atitudes propostas por Ele, não são só bonitas e sim profundas e quando assumidas são verdadeiras molas propulsoras que nos aproximam do real plano de Deus para nós: a verdadeira santidade.
Mesmo que a vingança seja propagada como solução, sua ‘satisfação’ é momentânea e não edifica nada, mas quando nos propomos a essa mudança de dentro para fora vemos coisas muito profundas acontecendo, caímos na conta de que o que nos torna melhores não é crivo do ‘toma lá dá cá’ e sim a misericórdia que vem sempre temperada com a justiça divina.
Texto: Equipe Diocesana - Diocese de Apucarana - PR

A REVOLUÇÃO CRISTÃ DO AMOR

O Evangelho deste domingo contém uma das palavras mais típicas e fortes da pregação de Jesus: "Amai os vossos inimigos" (Lc 6, 27). É tirada do Evangelho de Lucas, mas se encontra também no de Mateus (5, 44), no contexto do discurso programático que se abre com as famosas "Bem-Aventuranças". Jesus pronunciou-o na Galileia, no início da sua vida pública: quase uma "declaração" apresentada a todos, com a qual Ele pede a adesão dos seus discípulos, propondo- lhes em termos radicais o seu modelo de vida. Mas qual é o sentido desta sua palavra? Por que Jesus pede para amar os próprios inimigos, isto é, um amor que excede as capacidades humanas?
Na realidade, a proposta de Cristo é realista, pois considera que no mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça, e portanto, não se pode superar esta situação exceto se lhe contrapuser um algo mais de amor, um algo mais de bondade. Este "algo mais" vem de Deus: é a sua misericórdia, que se fez carne em Jesus e que sozinha pode "inclinar" o mundo do mal para o bem, a partir daquele pequeno e decisivo "mundo" que é o coração do homem.
Exatamente esta página evangélica é considerada a carta magna da não-violência cristã, que não consiste em entregar-se ao mal segundo uma falsa interpretação do "oferecer a outra face" (cf. Lc 6, 29) mas em responder ao mal com o bem (cf. Rm 12, 17-21), quebrando dessa forma a corrente da injustiça. Então, compreende- se que a não-violência para os cristãos não é um mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder, que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade.
O amor ao inimigo constitui o núcleo da "revolução cristã", uma revolução baseada não em estratégias de poder econômico, político ou mediático. A revolução do amor, um amor que definitivamente não se apoia nos recursos humanos, mas é dom de Deus que se obtém confiando unicamente e sem reservas na sua bondade misericordiosa. Eis a novidade do Evangelho, que muda o mundo sem fazer rumor. Eis o heroísmo dos "pequenos", que creem no amor de Deus e o difundem até à custa da vida.
[...] Peçamos à Virgem Maria, meiga discípula do Redentor, que nos ajude a deixarmo-nos conquistar sem reservas por aquele amor, a aprendermos a amar como Ele nos amou, para sermos misericordiosos como é misericordioso o nosso Pai que está nos céus (cf. Lc 6, 3).
Papa Bento XVI
Angelus, 18/02/2007
Fonte: NPD Brasil em 24/02/2019

vIVENDO A PALAVRA

Como novos Levis, também nós, não poucas vezes, nos colocamos a serviço do Império, que nos impõe pagar e cobrar dos irmãos os seus tributos. Mas o Evangelho nos consola, apontando que há caminho para a libertação: Jesus nos chama. Ele quer nos transformar em novos Mateus – seus fiéis seguidores e inspirados anunciadores do Reino de Amor.

Reflexão

O Evangelho continua o “discurso da planície”, iniciado domingo passado. No texto de hoje, Jesus aprofunda as consequências das bem-aventuranças: propõe a superação da lei do talião, convida ao amor, tendo Deus como modelo, e exorta ao não julgamento. A seu exemplo, Jesus exige o amor sem limites para com todos, pede para rezar e fazer o bem desinteressadamente. Fazer tudo sem esperar nada em troca, a exemplo do Pai, que é misericordioso e bom para com todos. Devemos tratar os outros como gostaríamos que eles nos tratassem. O desejo do ser humano é poder viver, amar e sentir-se amado. A proposta do Evangelho é claramente contrária à violência e à vingança; é uma superação da lei do talião. Na nova sociedade que Jesus propõe, haverá novas relações, pautadas pela gratuidade e pelo desejo de superar a espiral da violência. Para superá-la, é preciso resistir com atitudes que a desmontem, desarmando quem aposta nela como solução. Combatendo a violência com a violência ou com a vingança nunca chegaremos a construir a cultura da paz. Para quem busca construir uma nova sociedade, onde não haja rancor, ódio e intolerância, a última palavra deve ser o amor e o perdão.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 24/02/2019

Reflexão

O Evangelho continua o “discurso da planície”, iniciado domingo passado. No texto de hoje, Jesus aprofunda as consequências das bem-aventuranças: propõe a superação da lei do talião, convida ao amor, tendo Deus como modelo, e exorta ao não julgamento. A seu exemplo, Jesus exige o amor sem limites para com todos, pede para rezar e fazer o bem desinteressadamente. Fazer tudo sem esperar nada em troca, a exemplo de Deus, que é misericordioso e bom para com todos. Podemos dizer que a chave de leitura do texto está no tratar os outros como gostaríamos que eles nos tratassem. O desejo do ser humano é poder viver, amar e sentir-se amado. A proposta do Evangelho é claramente contra a violência e a vingança, é uma superação da lei do talião. Na nova sociedade que Jesus propõe, haverá novas relações, pautadas pela gratuidade e que superam a espiral da violência e da arrogância. Para quebrar a espiral da violência, é preciso resistir com atitudes que a desmontem, desarmando quem aposte nela como solução. Se combatermos a violência com a violência ou com a vingança, nunca chegaremos a construir a cultura da paz e a sociedade harmoniosa. Para construir uma nova sociedade, onde não haja rancor, ódio e intolerância, a última palavra deve ser o amor e o perdão.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 20/02/2022

Meditando o evangelho

O PAI, MODELO DE MISERICÓRDIA

O ensinamento de Jesus a respeito do amor aos inimigos é o maior desafio para quem aceita tornar-se seu discípulo. Este amor aos inimigos foi especificado de várias maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a espiral da violência. Oferecer a outra face a que o esbofeteou e dar a túnica a quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo, agindo assim, reverte uma maneira esteriotipada de reagir, pela qual as pessoas tendem a revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de agir assim quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário, não terá condições de realizar os gestos heróicos propostos por Jesus.
O modelo inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso para bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador, boa parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os ingratos e malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a misericórdia no trato mútuo.
O mesmo se dá com o discípulo. A capacidade de fazer frente à violência, com o amor, justifica-se pela esperança de conquistar o malvado para o Reino. A atitude cristã pode fazer o perverso abandonar seu caminho de violência e levá-lo a optar pelo caminho indicado por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder conquistar meus inimigos para o Reino.
Fonte: Dom Total em 24/02/2019

Meditando o evangelho

MISERICORDIOSOS COMO O PAI

Os discípulos são convidados, com insistência, a serem misericordiosos como o Pai. E este imperativo de Jesus tem sua razão de ser: a atitude misericordiosa para com seu semelhante caracteriza o discípulo do Reino, por se inspirar no modo de agir do próprio Deus.
O Pai é exemplarmente misericordioso em relação à humanidade. É assim que a Bíblia entende a criação e a história de Israel. Os Salmos são pródigos em exaltar a misericórdia divina. Ela é eterna e sem limites; por ela, os pecados são perdoados, e as pessoas são salvas e cumuladas de vida. Porque é misericordioso, Deus se preocupa com o ser humano e não rejeita a sua súplica. Por isso, a misericórdia é preciosa e digna de ser louvada e proclamada, cada manhã.
O discípulo do Reino deve ser misericordioso no relacionamento com os seus semelhantes. Diferentemente dos pecadores que não pensam como Deus e fazem o bem apenas a quem lhes quer bem, o discípulo é misericordioso para com todos, inclusive com os inimigos. Está sempre pronto a fazer o bem, sem esperar recompensa. Responde ao ódio com o amor, e à maldição, com a bênção. Recusa-se a ser violento com quem o trata com violência.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Prece
Espírito de misericórdia, modela o meu coração pela misericórdia do Pai, a fim de que eu tenha somente gestos de bondade para com meus semelhantes.
Fonte: Dom Total em 20/02/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. AMAR OS INIMIGOS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este é um evangelho daqueles bem desconcertantes, porque em tempo em que se cometem crimes horrendos que chocam a opinião pública, praticados por bandidos cruéis, há no coração do povo um sentimento de vingança.
Um pouco pela própria natureza humana, que diante de uma agressão pensa na vingança como forma de punir o agressor, mas este sentimento é também calcado no coração das pessoas pela mídia sensacionalista que mistura indignação, ódio e vingança, enfiando tudo goela abaixo do povo que a toma como uma verdade absoluta sendo que a proposta é sempre a mesma: eliminar a árvore, porém sem mexer em sua raiz, eliminar o efeito sem se preocupar com a causa.
“Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam” Para muitos cristãos este evangelho é difícil de ser praticado e então o empurram para baixo do tapete, como fazemos com aquela “sujeirinha” inoportuna, quando não queremos fazer uma faxina pra valer em nossa casa.
Primeiramente é bom que se esclareça algo muito importante: Jesus não fez esse ensinamento a toda multidão, mas apenas aos que o ouviam, isto é, aos seus discípulos, os mesmos para os quais já havia dito no sermão da planície, a frase revolucionária “Feliz os pobres porque deles é o Reino de Deus”.
Mas afinal de contas quem é o nosso inimigo? É todo que nos faz ou nos deseja algum tipo de mal, de pequenas ou de grandes proporções. A inimizade existe em todo lugar, escola, trabalho, família, vizinhança, esporte, e até em lugar onde ela nunca deveria existir: na comunidade, entre ministros, agentes pastorais, dirigentes, coordenadores e obreiros.
Diante desse evangelho, imediatamente pensamos nas situações críticas da sociedade onde assistimos a confronto de classes, chacinas, extermínios, atos de violência explícita no confronto entre nações. Então um sentimento de impotência nos domina e achamos que nada há para se fazer a não ser rezar.
Mas a coisa mais importante que devemos fazer, de maneira bem prática, é olharmos mais perto, para o nosso quotidiano onde nos relacionamos com as pessoas. Que sentimentos alimentamos, com nossos gestos, palavras e atitudes? A quem devemos ouvir e dar razão: ao mundo que propõe a vingança e o extermínio de quem pratica o mal, ou ao evangelho de Cristo, que nos ensina o amor, o perdão e a misericórdia?
Jesus não condena uma pessoa que quer justiça e vingança contra alguém que lhe fez mal. Esta é uma reação humana, perfeitamente compreensível e natural, de acordo até com um ensinamento bíblico do Antigo Testamento, de que se deve fazer o bem a quem nos faz o bem, e o mal a quem nos deseja o mal, é a lei do talião, olho por olho e dente por dente, fato que acontece com o melhor e mais santo dos cristãos.
Somos homens desta terra, descendentes e Adão e irmão de Caim, que cometeu o primeiro crime da história ao matar seu próprio irmão Abel por ciúmes e inveja.
Porém, lembra-nos o apóstolo Paulo na segunda leitura, o Espírito vivificante nos transformou em Homens celestiais a partir da graça que Jesus nos concedeu, dom imerecido que nos santifica e nos configura ao próprio Cristo, portanto capacitados para viver na relação com o próximo, aquele único e verdadeiro amor com o qual Deus nos ama em seu Filho Jesus.
A proposta desse jeito novo de se relacionar é apenas para os discípulos do Senhor que hoje são todos os que creem e são batizados, vivendo em comunidade com os irmãos e irmãs. É aí que devemos trabalhar no sentido de superarmos na graça de Deus, qualquer sentimento de ódio, mágoa ou vingança, contra alguém que nos fez o mal.
Da comunidade vamos para a família e desta para o nosso ambiente de trabalho, é isso que Jesus pede de nós nesse evangelho, pois somente nos exercitando no amor, na misericórdia e no perdão, com as pessoas com quem convivemos, é que teremos a coragem de anunciar o evangelho falando o contrário do que o mundo nos ensina.
Somente assim estaremos sendo Filhos do Altíssimo, imagem e semelhança do Pai de Misericórdia que em Jesus nos ama, jamais nos tratando segundo as nossas faltas. Na próxima quarta feira terá início mais uma quaresma, tempo oportuno para reconhecermos que somos imperfeitos, ainda uma imagem muito distorcida de Deus que é todo perfeição e santidade. Dado este primeiro passo, a graça transbordante do Senhor, em um processo dinâmico de conversão, nos configurará a Cristo, imagem perfeita do Amor de Deus vivido com os irmãos.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Orai por aqueles que vos caluniam
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Saul e Davi não se entendiam. Chegaram a ser inimigos mortais. Davi teve a oportunidade de matar Saul, mas não o fez. Podia tê-lo acertado com a lança enquanto dormia. Davi levou em consideração que Saul era o rei, o ungido do Senhor, e também que “o Senhor retribuirá a cada um conforme a justiça e a fidelidade que tiver praticado”.
No Evangelho de Lucas, Jesus nos ensina a construir um mundo novo com a prática da misericórdia. Sabemos que nossas dificuldades se concentram em nossos relacionamentos, sejam eles pessoais, sejam eles sociais. Pequenos desentendimentos familiares e guerras mundiais têm a mesma característica: temos dificuldade de nos relacionarmos. Jesus repete o princípio já ensinado pelos sábios de Israel: “Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo”. Comece por aí. Trate os outros como você gostaria de ser tratado. Jesus desenvolve este princípio com orientações claras e bem definidas: “Amar os inimigos. Fazer o bem a quem nos odeia. Falar bem de quem fala mal. Rezar pelos difamadores. Não repetir ações violentas. Não julgar, não condenar, perdoar, dar com abundância”.
Em suma, “ser misericordioso como o Pai celeste é misericordioso”, vencendo o mal com o bem, sem querer desfazer a violência com outra violência. Ter a capacidade de introduzir, num mundo que repete coisas velhas, a novidade gratuita do amor, que vem do Espírito. Enfim, enquanto o Senhor não vem, que seus discípulos construam dia a dia amostras do Reino de Deus definitivo. Escrevendo aos coríntios e falando da ressurreição, São Paulo ensina que na eternidade Deus nos dará um corpo novo. Diz também que em nossa vida há uma dimensão puramente terrestre, vinda de Adão, e uma dimensão espiritual, vinda do Cristo ressuscitado. Continuamos terrestres, mas já começamos a viver como os seres celestes. Se formos só matéria, não amaremos ninguém e menos ainda os nossos inimigos. Na unidade de nossa pessoa se realiza o que é corpo material, o que é psiquismo e o que é espiritual. A presença do Espírito amplia as nossas dimensões.
Fonte: NPD Brasil em 24/02/2019

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 24/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos o amor e Deus viverá sempre em nós

A essência do amor se resume no perdão sem medidas

“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.” (Lucas 6,36-37)

A graça que nós recebemos é a de sermos ensinados por Jesus, Ele nos ensina como viver. A essência da vida humana é uma só: o amor. O amor sem medida, que não se contém; o amor que se dá, se doa e se renova. Mas, não caiam no amor medíocre, de achar que o amor é voltado apenas para as pessoas que queremos bem, àqueles que nos fazem o bem e que preenchem o nosso ego.
Aqui falamos do amor divino, do amor de Deus em nós. É o amor que nos leva a amarmos os nossos inimigos, a fazer o bem a quem não nos quer bem. Nos leva a louvar e a bendizer aqueles que nos amaldiçoaram. É o amor que nos leva a orar por aqueles que nos caluniam, pelos que falam mal de nós.
De forma nenhuma demos aos outros a mesma moeda, o que devemos dar a eles é o melhor de nós, que é Cristo em nossa vida. Se o outro nos deu o mal, não é com o mal que iremos retribuí-lo. Vamos retribuir com a bênção de Deus que está ou deveria de estar em minha vida. Por isso, temos as exigências do amor.
A primeira exigência do amor é praticar a misericórdia, ser realmente a dimensão misericordiosa de Deus para a vida humana. Porque Deus é profundamente misericordioso. Se você não sabe ser misericordioso, volte-se para Deus que é profundamente misericordioso. Ele nos trata com extrema misericórdia em todos os dias da nossa vida.
Segunda exigência do amor é não julgar ninguém. Olhamos as redes sociais e vemos que as pessoas estão se julgando. Quem dera se fosse julgando a si mesmas, mas julgam umas às outras. O discípulo de Cristo não lança olhar de julgamento para ninguém, pois o olhar dele deve ser o da misericórdia.
O discípulo de Cristo jamais condena o pior pecador, porque para quem cabe conhecer aquela alma, em sua profundidade, é Cristo Jesus, o nosso Senhor.
A essência do amor se resume no perdão sem medida: “Perdoai e sereis perdoados”. Quando nós praticamos o perdão, o amor de Deus está em nós. E, quando negamos o perdão, e não vivemos a sua dimensão nas realidades da vida, negligenciamos o amor de Deus que está em nós.
Vivamos o amor e Deus viverá sempre em nós, em tudo aquilo que fizermos e realizarmos.
Deus abençoe vo
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Seja capaz de dar a vida pelo próximo

“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: ‘A vós, que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica’.” (Lucas 6,27-29)

O cristianismo toca a liberdade da pessoa, toca a nossa liberdade; ele não existe para fazer homens e mulheres “bonzinhos” (poderíamos dizer), capazes de realizar alguns atos de caridade. O cristianismo existe para fazer pessoas capazes de um amor extremo, um amor exigente, um amor radical, um amor capaz de dar a vida. Basta partirmos de Cristo, Nosso Senhor, olhar para a vida de tantos santos na história da Igreja que foram capazes de colocar em ato, em prática, o que é, de fato, cristianismo. Então, o cristianismo não nos faz somente pessoas muito caridosas, mas precisa nos fazer pessoas capazes de dar a vida uns pelos outros.
A exigência é superar aquele amor de respostas: alguém faz por mim, eu também faço. O desafio é amar quem não me ama ou quem fez algum mal contra mim. Precisamos nos libertar daquele nosso amor doente ou libertar o nosso amor, porque, senão, ele vai viver a vida toda prisioneiro da gratificação, da troca, da recompensa, do destinatário fácil, de amar só quem é cômodo para mim, só amo aqueles que são convenientes. Nosso amor vai adoecendo, nosso amor vai se acostumando dessa maneira, e precisamos libertar o nosso amor dessas doenças.

O cristianismo existe para fazer pessoas capazes de um amor extremo, um amor capaz de dar a vida

Renunciar aquele mecanismo: ação-reação. Ama-me? Eu também amo. Fala bem de mim? Eu também falo bem. Rejeita-me? Eu também rejeito. Comportamento esse muito longe do Espírito de Cristo, muito distante daquilo que é o verdadeiro Espírito de Cristo.
O texto nos diz: “bofetada”, “tomar o manto”. O cristão não pode ser jamais um tolo, e ele não é um tolo, um bobo; ele tolera, é diferente! Do latim, “tolere” é um dos significados: levar, roubar; o cristão não se apega a nada, nem à própria vida. Ele é capaz de deixar que levem alguma coisa ou até a sua própria vida por causa do Seu amor a Cristo, o cristão não está apegado a nada, nem à própria vida.
O cristianismo é um modo de viver, é um modo de amar e de fazer escolhas. Essa é a vida de Cristo que precisa tocar a vida de cada um de nós.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/02/2022

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos vasos novos para acolher o Vinho Novo – a Boa Notícia que nos trouxe o Cristo Jesus: o teu Reino de Amor não vem com sinais exteriores, pois Ele está dentro de nós! E nos dá coragem e sabedoria, amado Pai, para nos tornarmos missionários, e anunciar esta Boa Notícia aos irmãos do Caminho. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/02/2019

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