HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 23/02/2025
ANO C

Lc 6,27-38
Comentário do Evangelho
O Amor e a Misericórdia: Chamado à Prática da Fraternidade

A liturgia deste domingo nos convida a refletir sobre dois pilares essenciais do cristianismo: o amor e a misericórdia. Unidos a Deus, fonte inesgotável de bondade e compaixão, somos chamados a viver este amor de maneira incondicional, inclusive para com aqueles que nos fazem mal. A experiência do amor verdadeiro não permite escolher a quem devemos amar ou quando. A primeira leitura deste domingo nos ensina sobre a misericórdia, ao mostrar Davi, que, mesmo sendo perseguido pelo rei Saul, rejeita a vingança. Davi, protegido por Deus, tem a oportunidade de matar seu inimigo, mas escolhe confiar na justiça divina, respeitando o “ungido do Senhor”. Esse ato reflete a paciência e a bondade de Deus, que recompensa aqueles que fazem o bem.Na segunda leitura, Paulo fala sobre o homem espiritual como aquele que, renovado em Cristo, não busca as coisas terrenas, mas as coisas de Deus. Esse homem se torna uma imagem do “homem celeste”, que reflete a bondade e a misericórdia do Pai. O amor aos inimigos não é uma novidade trazida por Cristo; a antiga lei já recomendava ajudar o inimigo em necessidade (Ex 23,4-5) e não se alegrar com a sua desgraça (Pr 24,17). Mesmo com a “lei de talião” (olho por olho, dente por dente), Jesus desafia seus discípulos a viver o amor que não retribui o mal com mal.Esse amor vai além de um simples sentimento; ele é um mandamento que exige ação. O cristão é chamado a não retribuir com ódio, violência ou injustiça. A prática do amor aos inimigos reflete a misericórdia do Pai, que perdoa e acolhe. Só é possível viver esse amor quando estamos em plena comunhão com Deus. Não é apenas seguir uma regra, mas responder ao profundo chamado de espalhar a bondade e o perdão de Deus no mundo.Na comunidade cristã, não há espaço para julgamento ou vingança. O lugar de verdadeira fraternidade e comunhão é aquele onde o perdão e o acolhimento se tornam naturais. À medida que nos aproximamos de Deus, crescemos no amor aos irmãos, refletindo, assim, a misericórdia que recebemos d’Ele.https://catequisar.com.br/liturgia/o-amor-e-a-misericordia-chamado-a-pratica-da-fraternidade/
Reflexão
O Evangelho continua o “discurso da planície” aos discípulos. Jesus aprofunda as consequências das bem-aventuranças e convida a amar, fazer o bem, bendizer, doar e rezar por todos, amigos e inimigos, tendo Deus como modelo e superando, com isso, a lei do talião, da vingança e da violência. Combatendo a violência com a violência ou com a vingança, nunca chegaremos a construir a cultura da paz. É preciso fazer tudo sem esperar nada em troca, a exemplo de Deus, que é misericordioso e bom para com todos. A “chave de ouro” é tratar os outros como gostaríamos que nos tratassem. O desejo do ser humano é poder viver, amar e sentir-se amado. Na nova sociedade que Jesus propõe, haverá novas relações pautadas pela “gratuidade”, e não pelo “comércio” ou pela “troca de favores”. Para construir uma nova sociedade, onde não haja rancor, ódio e intolerância, a última palavra deve ser o amor e o perdão. Tudo isso para sermos “misericordiosos como o Pai é misericordioso”. Sua misericórdia e seu amor são ilimitados.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/23-domingo-7/
Reflexão
«Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso»
Rev. D. Josep Miquel BOMBARDÓ(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje escutamos umas palavras do Senhor que nos convidam a viver a caridade com plenitude, como Ele o fez («Pai, perdoa-os porque eles não sabem o que fazem»: Lc 23,34). Este foi o estilo dos nossos irmãos que nos precederam na glória do céu, o estilo dos santos. Procuraram viver a caridade com a perfeição do amor, seguindo o conselho de Jesus Cristo: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celestial» (Mt 5,48).A caridade nos leva a amar, em primeiro lugar, a quem nos ama, pois não é possível viver em plenitude o que lemos no Evangelho se não amamos de verdade a nossos irmãos, a quem temos ao lado. Mas, logo depois, o mandamento novo de Cristo nos faz ascender na perfeição da caridade, e nos anima a abrir os braços a todos os homens, também àqueles que não são nossos, ou que querem nos ofender ou ferir de alguma forma. Jesus pede-nos um coração como o seu, como o do Pai: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6,36), que não tem fronteiras e acolhe a todos, que nos leva a perdoar e a rezar pelos nossos inimigos.No entanto, como afirma o Catecismo da Igreja, “observar o mandamento do Senhor é impossível se se trata de imitar de fora o modelo divino. Trata-se de uma participação vital nascida do fundo do coração, na santidade, na misericórdia e no amor do nosso Deus». São John Henry Newman escreveu: “Ó Jesus! Ajude-me a espalhar sua fragrância por onde eu for. Inunde minha alma com seu espírito e vida. Penetre no meu ser, e faça com que você me ame com tanta força que minha vida seja irradiação da sua (...). Que cada alma, com quem eu me encontre, possa sentir sua presença em mim. Que não me vejam, mas Tu em mim».Amaremos, perdoaremos, abraçaremos aos outros só se nosso coração for aumentado pelo amor a Cristo.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Cristo, ao revelar o amor-misericórdia de Deus, exigia também aos homens que se deixassem guiar na sua vida pelo amor e pela misericórdia» (São João Paulo II)
- «O inimigo é alguém a quem devo amar. No coração de Deus não há0 inimigos, Deus tem filhos. Nós levantamos muros, construímos barreiras e classificamos às pessoas. Deus tem filhos» (Francisco)
- «No sermão da montanha, o Senhor lembra o preceito: ‘Não matarás’ (Mt 5,21), e acrescenta-lhe a proibição da ira, do ódio e da vingança. Mais ainda: Cristo exige do seu discípulo que ofereça a outra face (36), que ame os seus inimigos (37) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.262)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-02-23
Reflexão
O pecado é destruição da relação do amor
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje descobrimos no "mandato" de Jesus Cristo que as "relações" com o próximo são muito importantes —essenciais! para o homem. As Pessoas Trinitárias —Pai, Filho e Espírito Santo— são Relações de doação (em grau infinito): Paternidade, Filiação e Amor. O homem —criado à imagem de Deus Trindade— também é um "ser relacional", é um "ser para", realiza sua vida verdadeira só como "relação".Eu só não sou nada; só no "tu" e "para o ti" sou "eu-mesmo". Verdadeiro homem significa: estar na relação do amor, do "por" e do "para" o próximo. E pecado significa incomodar, interromper ou destruir a relação. Por isso, este fenômeno chamado "pecado" afeta também ao próximo e a tudo. O pecado é sempre uma ofensa que perturba o mundo (não é um fenômeno que só e unicamente afete a mim).—Jesus, quanto me custa pensar e viver pensando em todos! Concede-me ser sempre "sendo para" Ti e "para meus irmãos".https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-02-23
Comentário sobre o Evangelho
O sermão da montanha: «Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso»
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Hoje, escutando Jesus Cristo, comprovamos que não estava contra a Lei de Moisés. Jesus - como verdadeiro Mestre - ensina-nos a cumprir em profundidade a Lei de Deus: o amor autêntico não calcula quem é (ou não) o meu inimigo, o meu próximo, o meu… Isto era o que faziam alguns fariseus: viviam “calculando”…- O Coração de Deus ama sempre, embora seja incompreendido.https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-02-23
Meditação
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
Saul buscava Davi, como seu inimigo, para matá-lo. E Davi tem Saul, diante de si, inteiramente desprotegido, mas recusa a vingança, “pois quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor, e ficar impune?” Atendendo ao pedido do Povo, que queria ser um reino como as demais nações, Deus escolhe Saul que, pela unção do profeta Samuel, é feito o primeiro rei do Povo.Todos nós, cristãos, em nosso Batismo, fomos ungidos. Aliás, cristão não quer dizer exatamente ungido (christós em grego, e mashiach-messias em hebraico)? Isso, numa visão religiosa. Mas, para Deus, será que um não cristão, um não ungido é menos, tem menor valor do que um ungido? Por ser humano, criatura sua e amada por Ele, por isso mesmo não traz em si algo até mais precioso do que uma unção religiosa? E como tal, não mereceria sempre o mesmo divino e inviolável direito e respeito à vida?É o que Jesus claramente nos propõe. “Amai os vossos inimigos”, isto é, “fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam!” (Lc 6,27-28). Mesmo em quem nos faz o mal, que vejamos, em divina profundidade, mais do que sua maldade: seu ser, sua vida, dignos de todo respeito. Amar só quem nos faz o bem é tão somente humano que até os pecadores o fazem. Então, jamais enfrentar o mal com o mal, mas vencer o mal com o bem (Rm 12,21), e seguindo esta chave de ouro: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles” (Lc 6,31).A quem faz o bem em total gratuidade, sem nenhuma condição, Jesus promete esta grande recompensa: “Sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e maus” (Lc 6,35). Assim, “sede misericordiosos como também o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).O Pai não julga, jamais condena, mas sempre perdoa. Então, não julguemos nem condenemos, mas perdoemos sempre, e receberemos igual atitude dele para conosco. Ele não só perdoa, mas também até cura toda enfermidade, nossa dificuldade de sempre perdoar.São Paulo nos fala dessa conversão constante que devemos viver. Compara Adão (tirado, formado da adamah-terra) — como sendo o primeiro homem e assim fomos criados — a Jesus, o segundo e definitivo homem, este sim “celeste”, vindo, tirado do céu. Sendo terrestres, assumamos sempre mais o “celeste”. Na medida em que sendo terrestres formos assumindo o “celeste” de Jesus, teremos condições de imprimir divindade, amor, perdão no coração da terrestre humanidade.Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=23%2F02%2F2025&leitura=homilia
Oração— OREMOS: CONCEDEI-NOS, DEUS TODO-PODEROSO, meditar sempre as realidades espirituais, e praticar em palavras e ações o que vos agrada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=23%2F02%2F2025&leitura=meditacao
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