ANO C
Mt 5,33-37
Comentário do Evangelho
Jesus condena todo tipo de juramento
Trata-se da quarta antítese. “Não jurar” invoca a sinceridade, outra forma de pureza de coração. É uma forma de pureza de espírito, pela qual, quando se é “pobre”, não se teme nada. Trata-se de uma pessoa livre, cuja liberdade se exprime no falar. Esta atitude nasce da simplicidade, do desapego das coisas, da pureza, como dissemos. Esta antítese diferencia-se das demais por não se referir às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36). Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa etc. Os falsos juramentos de Levítico 19,12, Jesus estende-os a todo juramento. Se Jesus prescreve não jurar em hipótese alguma, é porque o homem não pode engajar na sua própria palavra o que pertence a Deus. Isto seria uma tentativa de pôr Deus a seu serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 15/06/2013
Comentário do Evangelho
Outra forma do que significa pureza do coração.
Trata-se da quarta antítese. Pouco a pouco vai sendo explicitada em que consiste a “justiça maior” a ser vivida pela comunidade cristã. Essa quarta antítese é explicitação do que significa a pureza de coração. “Não jurar” (Ex 20,16; Dt 5,20; Lv 19,12) evoca sinceridade, que é outra forma de pureza de coração. Uma pessoa livre exprime sua liberdade no modo como fala, na autoridade de suas próprias palavras, sem precisar recorrer a qualquer outro elemento de atestação. Essa atitude nasce da coerência interna, da simplicidade, do desapego de si mesmo e das coisas. À diferença das demais antíteses, essa quarta não se refere propriamente às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Se Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36; Tg 5,12), é para que a pessoa vença todo tipo de hipocrisia. Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa, pela terra. A interdição de Lv 19,12, Jesus estende a todo juramento. Se Jesus prescreve a não jurar por o que quer que seja, é porque o ser humano não pode engajar na sua própria palavra o que é próprio de Deus. Jurar é uma forma de submeter Deus ao homem.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 14/06/2014
Vivendo a Palavra
O Evangelho nos ensina o valor da palavra. Sim ou não, quando for sim ou não. Sem adjetivos, sem juramentos, apenas com a força da simplicidade, da transparência, da verdade. A grande tentação que nos cerca é falarmos muito. O ‘mundo da comunicação’ nos confunde com suas muitas informações e seus raros momentos de silêncio.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2013
Vivendo a Palavra
Jesus ensina hoje a difícil virtude da sobriedade no falar. Não poucas vezes nós somos tentados a explicar com palavras aquilo que o nosso exemplo, o testemunho de uma vida sóbria e discreta de quem busca a santidade, fala por si, sem precisar explicações – mesmo que bem elaboradas...
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2014
VIVENDO A PALAVRA
A lição ensinada hoje é a discrição – a economia, a parcimônia, mesmo! – que devemos manter nas nossas palavras. Não poucas vezes o entusiasmo nos leva a falar mais do que seria necessário ou conveniente. E perdemos preciosas oportunidades de ouvir os nossos companheiros de caminhada. Quando irmãos reconhecerem que, com certeza, o nosso ‘sim’ é ‘sim’ e o ‘não’ é ‘não’, os juramentos perderão a sua razão de ser.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2019
Reflexão
Vós ouvistes o que foi dito aos antigos... Eu, porém, vos digo. Quem quer conhecer verdadeiramente Jesus não pode se contentar com as coisas antigas, mas deve buscar sempre a novidade do Evangelho. Isso significa que até mesmo o Evangelho não pode tornar-se antigo, tornar-se uma narrativa de fatos passados. O Evangelho deve ser para nós sempre uma novidade, um desafio à descoberta de novos valores que devem marcar a nossa vida e renovar a nossa comunidade e a nossa sociedade. A novidade do Evangelho é sempre atual e insuperável, e aponta para todos nós novos caminhos que devem ser trilhados a fim de que consigamos uma maturidade cada vez maior na fé.
Fonte: CNBB em 15/06/2013 e 14/06/2014
Reflexão
Jesus não se contenta em condenar a quebra do juramento ou somente inculcar a fidelidade a esse juramento, mas ordena: “Não jurem de maneira nenhuma”. Reprova o juramento que invoca a Deus como testemunha de nossas afirmações. Põe a salvo, desse modo, o segundo mandamento de Lei de Deus: “Não tomar o santo Nome de Deus em vão”. O cristão é convidado a ser sincero e transparente, sem qualquer intenção de enganar o próximo. Jesus abomina as palavras enganadoras e definitivamente descarta da convivência humana a mentira, cuja raiz é maligna. Para as comunidades cristãs primitivas, São Tiago retoma as palavras de Jesus: “Irmãos, não jurem nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa. Que o “sim” de vocês seja “sim”, e o “não” seja “não”, para não caírem na condenação” (Tg 5,12).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 15/06/2019
Recadinho
Preocupo-me com a sinceridade de minhas palavras? - Não acontece às vezes de omitirmos a verdade para não magoar uma pessoa? É justo agir assim? - Procuro cumprir à risca o que prometo? - O que você prefere: esperar pelos outros ou fazer com que os outros esperem por você? - Você cumpre o que promete?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 14/06/2014
Comentário do Evangelho
NÃO SE DEVE JURAR
A Lei proibia apenas o juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi além, proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega sua adesão ao Senhor.
Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada passo, lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem que ser evitado.
A formulação tradicional do mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente para garantir relações sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino ainda não tinha chegado a transformar o interior do discípulo.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/06/2014
Meditando o evangelho
A ÉTICA DA PALAVRA
O mandamento antigo permitia o juramento, desde que não fosse falso e se cumprisse o juramento feito. Para não infringir o 2º mandamento, recorria-se a certos eufemismos, a fim de encobrir a referência a Deus. Por isso, jurava-se pelo Céu, pela Terra, por Jerusalém. A invocação de Deus ou de outros elementos visava reforçar a palavra dada, de forma a criar confiança e um senso de segurança entre as pessoas. Assim, dava-se às palavras humanas um tom de seriedade e credibilidade.
Jesus pôs um basta a tudo isto, proibindo o juramento, pura e simplesmente. O discípulo do Reino não tem necessidade de jurar, pois age com transparência, sem a menor intenção de enganar seus semelhantes. Daí ser desnecessário lançar mão de juramentos para fazer-se credível. Sua boca fala o que traz no coração, sem necessidade de reforçar suas palavras com juramentos.
Na perspectiva do Reino, as palavras supérfluas são intoleráveis, e a mentira, obra do Maligno. Este é quem move o ser humano a inverter o sentido das palavras, encobrir-lhes o significado verdadeiro, não permitindo que a verdade transpareça.
O discípulo do Reino é sóbrio no falar. Cada palavra que pronuncia, assume seu sentido pleno. Seu sim é sim, seu não é não. As sugestões do Maligno não encontram guarida em seu coração.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de sobriedade, sejam minhas palavras plenas de transparência e sinceridade, a fim de que eu fale sempre o que corresponde à verdade.
Fonte: Dom Total em 17/06/2017 e 15/06/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jurar em Falso
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Meus pais sempre nos chamaram a atenção com rigor, quando na infância ou adolescência, diante de alguma dúvida, por parte deles, a gente Jurava por Deus. Era como se fosse um palavrão proibido lá em casa.
Pela vida afora cansei de ouvir juramentos desse tipo, para cobrir mentiras e enganos pois, jurar por Deus é uma forma de desarmar quem está nos questionando. É usar de maneira banal e leviana o Santo nome de Deus.
O evangelho de hoje trata dessa questão, pois os antigos de Israel, dentro do Judaísmo, costumavam jurar por Deus, mas o faziam dentro de um ritualismo e sem nenhuma falsidade. Jesus vai abolir esse costume antigo e orienta para que não se jure nem por Deus e por nenhuma coisa sagrada relacionada com Deus. Talvez porque naquele tempo também havia os espertalhões que faziam um juramento falso, usando o Santo nome de Deus para trapacear ou fazer algum negócio escuso.
Jesus parte da premissa de que nas relações fraternas não deve lugar para a desconfianças, pois elas devem ser pautadas pela sinceridade onde o SIM é sincero, e o o NÃO também. Como diz em outro evangelho, “seja o vosso sim sim, o vosso não não”. Nos Sacramentos manteve-se alguns Juramentos feitos diante de Deus, entre eles o do Matrimônio onde os noivos fazem o consentimento e dizem SIM um ao outro, diante de Deus.
Como já vimos na reflexão de ontem, em muitos casos esse SIM é ignorado, esquecido e desprezado, e após a separação se une a outras pessoas, em uma união adulterada. Há o SIM que pais e padrinhos proferem no rito Batismal de seus Filhos e afilhados, mas nesses dois sacramentos, quanta falsidade e enganação! O Santo nome de Deus é banalizado e ridicularizado, na conduta dos que se apresentam diante dele para receber um Sacramento.
2. Não jureis de modo algum
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Não jurar falso. O juramento falso revela a intenção do coração. Eu não quero dizer a verdade e minto conscientemente para prejudicar os outros. Jesus vai além e diz: “Não jurem por nada e por ninguém”. Não é preciso jurar. É preciso ser pessoa de palavra. Se você é uma pessoa cuja palavra tem valor, seu sim é sim e seu não é não. Se preciso jurar é porque minha palavra está sob suspeita. Se ela é verdadeira, o juramento também o é. Se chamo Deus, o céu, a minha vida por testemunha do que afirmo, e o que afirmo é falso, é mentira, meu testemunho é falso e falsifica Deus, o céu e a vida que invoquei. Deus não pode ser testemunha de uma mentira. A mentira social, política, informativa pode ser perniciosa. No entanto, mentira nem sempre significa não dizer a verdade. Há verdades que não convêm serem ditas. Mentira e verdade acontecem num contexto no qual há interlocutores com direito ou não de saber a verdade. Falso testemunho, porém, é sempre mau. Critérios distorcidos por vezes ensinam que a sua palavra só vale para quem pensa como você, ou só vale para quem tem a mesma religião, ou só vale para quem tem a mesma nacionalidade. Faço o bem e evito o mal para os que são do meu círculo de relacionamento. “Fazer o bem sem olhar a quem”, diz o dito popular.
3. NÃO SE DEVE JURAR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
A Lei proibia apenas o juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi além, proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega sua adesão ao Senhor.
Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada passo, lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem que ser evitado.
A formulação tradicional do mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente para garantir relações sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino ainda não tinha chegado a transformar o interior do discípulo.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
Fonte: NPD Brasil em 15/06/2019
HOMILIA
QUE O TEU SIM SEJA SIM E O NÃO SEJA NÃO
No Evangelho de hoje, Jesus ensina a seriedade que deve haver em nossas palavras, e como o nosso falar não deve ser medido pelos nossos juramentos, mas sim por nossa integridade. Uma pessoa de caráter e honesta, não precisa usar de juramentos para provar suas atitudes ou palavras. Aliás, os seus atos darão testemunho a seu respeito.
O evangelho de hoje nos chama atenção à questão do juramento. As pessoas do tempo de Jesus, não raras vezes, tinham o costume de jurar. Porém usando deste artifício, não se davam conta, de que aceitavam mesmo que inconscientemente a mentira.
Como o nome de Deus era “impronunciável”, juravam, pelos céus, por Jerusalém, pela terra e até pela própria cabeça e Jesus nos lembra que não podemos jurar por nada, primeiro porque nada disto nos pertence e segundo, como já mencionei, o juramento pressupõe a inverdade.
Jesus nos pede, de não jurar; e nos recomenda que o nosso sim seja sim e o nosso não seja não. Seguindo este trocadilho de palavras qual a necessidade de jurar seja lá pelo que for¿ alias, se o juramento fosse lícito, a única coisa pela qual poderíamos jurar seria pelas nossas limitações, a única coisa que realmente nos pertence.
Jesus também ensinava que não devemos ser pessoas dúbias, cataventos e volúveis: Que a vossa palavra seja sim quando é sim. E não quando é não! Tudo o que não vem daí tem a sua origem no diabo. Como têm sido as tuas palavras com o teu marido, esposa, pai, mãe, filhos, colegas de serviço, na Igreja e com Deus?
Jesus reatando o dito pela lei nos adverte para que em momento algum juremos por jurar como no Antigo Testamento para garantir a integridade dos nossos atos. Assim nas sociedades antigas a ausência de um sistema judicial como o nosso, a sociedade dependia que o povo falasse a verdade um para com o outro. Por isso o juramento mantinha a obrigação do povo em falar e fazer seus negócios honestamente. O uso do juramento era frequente nos pactos e confederações solenes. Era um apelo a Deus para que servisse de testemunha em um pacto ou a uma verdade a ser dita.
A violação de um juramento tinha resultados sérios. Os juramentos judiciais eram reconhecidos pela Lei.
Os juramentos eram usados para confirmar um pacto; esclarecer controvérsias; estabelecer concertos; mostrar a imutabilidade do conselho de Deus; definir as responsabilidades sacras; e no cumprimento de atos judiciais. O juramento poderia ser feito ante o rei, ante os objetos sagrados, ante o altar; e usava-se entre o rei e seus súditos, entre o patriarca e o povo, entre o senhor e o servo, entre um povo e outro e entre um indivíduo e outro. Atos simbólicos eram utilizados no juramento, como o levantar a mão direita ou as duas mãos aos céus e colocar a mão sobre a outra pessoa. Também ao jurar, eram usadas diversas expressões: Assim Deus me faça e outro tanto; Vive o Senhor; Viva a tua alma e te conjuro pelo Senhor. O juramento estabelecia limitações no falar das pessoas e delineava a conduta humana.
Que tuas palavras expressem o que trazes no teu coração. Que tua boca diga aquilo que o coração está cheio. Enquanto é tempo, acerte o passo! Reconcilia-te como Deus e o irmão!
Senhor, purifica os meus lábios com o fogo do teu Espírito. As palavras que saem da minha boca possam ser reflexo da eterna Palavra, viva e eficaz, a ponto de penetrar a alma dos meus irmãos, que revela os pensamentos do coração e como o bálsamo que alivia as chagas!
Fonte Canção Nova
Fonte: Liturgia da Palavra em 14/06/2014
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 14 DE JUNHO – SÁBADO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 14/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
Deus nos chama a viver a autenticidade
Aquilo que Deus nos chama a viver, no dia de hoje, é a autenticidade. A autenticidade de vida nos convida a combater toda duplicidade que o nosso coração queira viver.
“Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.” (Mt 5,37)
Que maravilha! Aquilo que Deus nos chama a viver, no dia de hoje, é a autenticidade. A autenticidade de vida nos convida a combater toda duplicidade que o nosso coração queira viver, ou seja, termos duas palavras, duas caras, uma hora dizer uma coisa, outra hora dizer algo diferente.
Nós temos uma palavra só, temos uma única afirmação. Não precisamos reforçar nossa palavra, não precisamos de ninguém que jure por nós.
O mundo de hoje, tão corrompido pela mentira, pela falsidade e hipocrisia, contamina-nos por esse mal, mas aquele que é de Deus se purifica, no sentido dúbio das palavras, aquele que é de Deus assume, com autenticidade, o que pensa, o que diz, o que fala; não usa a palavra de acordo com os seus interesses. Quando começamos a viver assim, nós estamos vivendo de acordo com a ação do maligno em nós. A autenticidade de vida quer dizer: ‘ter uma só palavra’.
Que o Senhor nos ensine a sermos autênticos e não deixarmos o nosso coração ter dubiedade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 15/06/2013
HOMILIA DIÁRIA
Que Deus nos ajude a sermos autênticos ao assumir nossa fé
Que Deus nos ajude a sermos autênticos e a assumir a nossa fé e aquilo que, de fato, nós somos!
“Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.” (Mateus 5, 37)
Amados irmãos e irmãs no Senhor, a Palavra de Deus hoje nos convida a vivermos a autenticidade naquilo que falamos, naquilo que dizemos, naquilo que é a nossa palavra. Devemos dizer: “Não seja uma pessoa de duas palavras nem uma pessoa de duas posições! Não seja uma pessoa que diz uma coisa aqui e outra acolá!”
Primeiro, porque não termos uma palavra única, falarmos de acordo com o público, falarmos de acordo com a vontade dessa ou daquela pessoa, cria em nós um espírito de hipocrisia, faz de nós pessoas hipócritas. Ninguém confia em quem vive na hipocrisia, às vezes, nós mesmos vamos acreditando em nossas mentiras; nós falamos uma coisa aqui para agradar esse, falamos outra coisa acolá para agradar aquele outro e, no fundo, vamos criando um mundo falso e mentiroso ao redor de nós.
Nós não podemos ser pessoas de duas palavras, nós não podemos ser pessoas de atitudes controversas. Nós precisamos ter um “sim” quando é “sim”, quando precisamos dizer “sim”, quando, na verdade, precisamos assumir aquilo em que nós acreditamos.
No mundo de hoje é muito comum as pessoas, às vezes, quererem dizer “sim” para tudo, até no mundo religioso, no mundo da fé, quando as pessoas dizem: “Não, tudo é bom, tudo é verdadeiro”. O que não é verdade, nem tudo que parece ser bom é bom, nem tudo que vem revestido de pele boa é bom por dentro. Nós precisamos conhecer aquilo que nos é apresentado; nos é reservado o direito de saber dizer “não sei”, nos é reservado o direito de dizer “não entendo” ou podemos dizer que “estamos conhecendo, analisando”. Mas não podemos assumir uma coisa sem a conhecer bem, sem saber do que se trata, sem saber o que é.
No mundo da fé, nós, muitas vezes, estamos comungando de pensamentos, de filosofias e de convicções religiosas que não estão de acordo com a vontade de Deus, que não são de Deus. Ou que, muitas vezes, têm uma aparência boa, fala do bem, mas não significa que aquilo seja de Deus, que essa filosofia ou essa religião seja de Deus.
Não podemos ser aquelas pessoas que ficam “em cima do muro”, uma hora estão aqui, outra hora estão acolá. Nós precisamos abraçar e assumir o que somos. Precisamos abraçar a nossa fé e nossas convicções. Algumas vezes, vejo uma pessoa que se diz católica, mas ela vive lendo livros de horóscopo, fica procurando qual é o seu signo ou frequenta lugares e instituições que não dizem respeito e não convêm à nossa fé.
Que Deus nos ajude a sermos autênticos, que Deus nos ajude a assumir aquilo que, de fato, nós somos para não sermos uma coisa em um momento e outra coisa em outra situação!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
Aprendamos a ser pessoas autênticas
A nossa vivência e convivência com o Senhor é para aprendermos a ser pessoas autênticas
Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.” (Mateus 5,37)
É tão difícil ser autêntico, mas tão necessário! Nada é mais puro, divino e sublime do que uma pessoa ser autêntica. A autenticidade de uma pessoa se mede por aquilo que ela fala, e a fala é consequência daquilo que a pessoa tem dentro de si, ou seja, se ela tem dentro de si coisas confusas, ela também vai falar coisas de forma confusa.
O problema não é só a questão de falar coisas confusas, o problema é a pessoa ter mais de uma palavra, ter duas, três, quatro… Precisamos ter uma palavra só. É necessário que o nosso sim seja sim, que o nosso não seja não. Eu não posso ser sim para um e não para outro. Sim nessa ocasião e não em outra ocasião.
Quem dera alguém dizer: “Ele tem duas caras”; às vezes, não são somente duas, mas três, quatro… Para cada situação, eu tenho uma forma de dizer a coisa. Por quê? Porque queremos agradar, queremos ser convenientes com as situações. E a tal da conveniência pela conveniência tira a nossa autenticidade de vida.
Ser autêntico quer dizer ter uma palavra, uma convicção; e isso não quer dizer que não podemos mudar de opinião, que não podemos amadurecer a nossa reflexão. É claro que podemos e devemos mudar de opinião, inclusive, isso é humildade, é divino, é de Deus.
Deus vai mudando nossas convicções em nosso coração, em nosso interior. Achamos que deveria ser assim, mas Deus nos ilumina e mostra que devemos mudar e nos converter. Isso é autenticidade.
Não posso ser uma coisa em casa e ser outra no trabalho; não posso, na frente de algumas pessoas, dizer uma coisa, mas para outros eu negar, porque isso é dubiedade de comportamento, isso é falsidade. O Evangelho, a nossa vivência e convivência com o Senhor é para aprendermos a ser pessoas autênticas, verdadeiras e coerentes. Deus espera que tenhamos coerência no nosso comportamento, com as nossas palavras.
Que a nossa coerência seja fruto do nosso relacionamento íntimo, sincero e verdadeiro com Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/06/2017
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos pessoas autênticas
“Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.” (Mateus 5,36)
Hoje, a Palavra de Deus é para nós uma tomada de consciência do poder da nossa palavra. Uma coisa triste da sociedade em que vivemos é que, muitas vezes, não podemos dar créditos à palavra do outro, porque uma hora a pessoa nos diz uma coisa, depois, ela diz outra coisa. Não sabemos, no fundo, o que as pessoas querem, dizem ou que palavras elas têm.
A verdade, aqui, é um problema de caráter e personalidade. Não podemos ser uma coisa na frente e ser outra coisa atrás. Não podemos dizer uma coisa para agradar aqui, e depois dizer outra coisa para agradar lá. Isso demonstra o quanto precisamos de conversão.
Não trate isso como coisa pequena, porque é fundamental para demonstrar aquilo que somos e a nossa personalidade. Nenhum de nós quer ser mal caráter, mas, à medida que não firmamos uma personalidade verdadeira e autêntica, vamos esmorecendo o caráter que temos. E aqui se trata do nosso caráter cristão, que vem da nossa fé, que fez e faz de nós pessoas autênticas.
Uma pessoa autêntica é aquela que não se deixou purificar pelo mal, que não corrobora com mentiras, com palavras dúbias, falsas. Uma pessoa que tem o caráter verdadeiramente cristão, edificado em Cristo Jesus, fortalecido pelo Espírito na sua vida, não é uma pessoa de dupla personalidade, de duas ou três palavras.
Uma pessoa autêntica é aquela que não se deixou purificar pelo mal, que não corrobora com mentiras
Por mais sofrido que seja, precisamos ser purificados no cadinho da autenticidade. Precisamos ser autênticos, que nada de falso esteja em nós. A falsidade mais comum é aquela que sabemos, onde a pessoa quer agradar, ela chega, elogia, abraça, mas quando ela sai da nossa presença, ela diz tudo o contrário do que nos disse. Na nossa frente ela diz: “Eu te amo. Eu sou seu amigo”, mas era melhor que ela nem falasse nada.
Não sejamos bajuladores, porque a bajulação é sinônimo de falsidade. Não sejamos pessoas que precisam de reconhecimento a partir de ações e bajulações, porque o nosso caráter cristão se tornará fraco, esmorecido, e não seremos pessoas autênticas jamais.
Vale o princípio de São Francisco de Assis aos seus irmãos: “Que o irmão jamais fale na ausência aquilo que não falaria na presença. Quem assim o fizer, pecará gravemente contra a caridade”. Ou seja, se quisermos falar algo de alguém na sua ausência, que eu fale primeiro na sua presença, porque isso demonstra quem somos.
Se, na ausência da pessoa, dizemos tudo aquilo que a nossa boca envenenada diz, mas eu não tenho palavras e a mesma coragem para dizer na frente, isso demonstra o tamanho da nossa falsidade.
O mundo diz tantas coisas falsas, então, não permitamos que o nosso comportamento seja assim, mas que, movidos e moldados pelo Evangelho, que o nosso ‘sim’ seja ‘sim’, e o nosso ‘não’ seja ‘não’. O que passar disso é perversidade e ação do maligno.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 15/06/2019
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a calarmos nossa voz e guardarmos silêncio em nossos corações para acolher o teu Espírito. E que Ele, em nós e por nós, diga ao mundo, dentre a profusão de informações disponíveis, a única necessária: a Boa Notícia do teu Reino de Amor, que já está dentro de nós! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a alegria de viver a tua Lei do Amor. Que a Esperança inunde a nossa existência e transborde silenciosamente para os nossos companheiros de caminhada, fazendo de nós mais um daqueles agricultores do Evangelho, que semeavam em todos os terrenos por que passavam. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a vencer a sedutora tentação das longas narrativas. Que mais do que valorizar palavras, nós nos encantemos pelo respeito ao silêncio. E o Espírito Santo presente em nós não permita que os silêncios sejam momentos de ócio espiritual, mas sejam experiências ricas de tua presença em nós, destilando carinho e amor, para partilharmos com os irmãos. Pelo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, na unidade do Espirito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2019
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