HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/04/2025
ANO C

5º DOMINGO DA QUARESMA
Ano C - Roxo
“Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.” Jo 18,11
“Eu não te condeno, vá e não peques mais!”
Campanha da Fraternidade 2025
Tema: “Fraternidade e Ecologia Integral”Lema: “Deus viu que tudo era muito bom.” (Gn 1,31)
Jo 8,1-11
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A Páscoa se aproxima e a liturgia de hoje é um
forte convite a reconhecermos que a presença
misericordiosa de Deus se manifesta de diversos modos, entre os quais se destaca o apelo à
verdade e ao perdão.https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/06-abril-2025-5-quaresma.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Eis que se aproxima
a Páscoa! Por esta Eucaristia, unamo-nos mais profundamente a
Cristo, cultivemos em nós os seus
sentimentos de total confiança no
Pai e total entrega amorosa aos
irmãos e irmãs. Celebrando o memorial da sua morte e ressurreição,
fortalecemos nosso empenho de
cuidar de nossa casa comum, como
a Campanha da Fraternidade nos
ajudou a refletir.https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-24-5o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf
CONDENAR OU PERDOAR?
O Evangelho deste 5º Domingo da
Quaresma nos traz a passagem desconcertante da mulher adúltera, que
os escribas e fariseus querem apedrejar. Mas antes levam-na até Jesus,
para ver como ele agiria: condenar,
ou perdoar?Na verdade, eles estavam colocando
uma armadilha para Jesus: se perdoasse, diriam que ele não obedece à Lei de Moisés. Se condenasse,
diriam que ele não tinha coração.
Jesus não entra nessa lógica legalista e se põe a escrever no chão com
o dedo. Que será que ele escrevia
no chão? Alguns suspeitam que era
sobre os pecados dos fariseus... Outros pensam que escrevia uma frase
conhecida do profeta Isaías: “misericórdia eu quero, e não sacrifícios”.Quando insistem com Jesus, querendo saber a solução para o caso, ele
levanta o olhar e observa: “aquele
de vocês que não tiver pecado, pode
atirar-lhe a primeira pedra” (Jo 8,7).
Foram-se embora todos, um a um,
a começar dos mais velhos. Todos
também tiveram de se reconhecer
pecadores. “A começar pelos mais
velhos”. A solução de Jesus deixou
todos sem chão, inclusive a mulher
pecadora; sem aquela lógica legalista
e de vingança, que apenas quer cumprir a lei, sem olhar para si mesmos e
para pessoa condenada.A palavra de Jesus ofereceu uma
nova base para as relações humanas
e os julgamentos: a misericórdia que
restaura e salva a pessoa e lhe abre
uma nova possibilidade de vida. Com
isso, Jesus ensina que o julgamento
final compete somente a Deus, que
prefere perdoar e dar nova chance
ao pecador, para que se converta e
viva. “Não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez
18,32). Aos pecadores, que somos
todos nós, não compete condenar
outras pessoas, mas ajudá-las a se
converterem e encontrarem a misericórdia de Deus.Na perspectiva da Quaresma em
preparação à Páscoa, a Liturgia de
hoje é para todos nós um convite a
fazermos um exame de nossa vida.
É mais fácil e cômodo julgar e condenar os outros do que olhar para
nós mesmos, reconhecer as próprias
faltas e pedir perdão. A humildade
sincera, o arrependimento e o pedido de perdão podem dar também a
nós a oportunidade de sentir o alívio
e a alegria de ouvir as palavras: “Eu
também não te condeno. Vai em paz
e de agora em diante, não peques
mais”.O Ano Jubilar, que estamos vivendo,
inclui o chamado à conversão sincera, ao arrependimento e ao pedido
de perdão. Uma boa confissão sacramental faz parte da preparação
à Páscoa. Não deixemos de aproveitar este tempo especial de graça e reconciliação com Deus e com
os irmãos, sem ouvir as palavras da
Igreja que, em nome de Jesus e em
virtude do poder dado a ela, diz ao
penitente: “Eu te absolvo dos teus
pecados em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. Vai em paz e não
peques mais!”Cardeal Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulohttps://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-24-5o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf
Comentário do Evangelho
Atire a primeira pedra

Após o encontro com Deus no deserto e no monte, os últimos domingos da Quaresma nos convidam a uma profunda reflexão sobre a conversão. No 5º domingo, somos chamados a vivenciar o perdão divino e romper com o pecado, gerando em nós uma vida renovada. O pecado foi a causa da ruína de Israel, e o sofrimento do exílio fez o povo reconhecer suas falhas. Contudo, é necessário confiar em Deus, que realizou maravilhas ao longo da história e tem o poder de restaurar todas as coisas (primeira leitura). A profecia de Segundo Isaías visa reacender a esperança no Senhor, que libertará o povo da escassez e transformará a aridez em uma abundante fonte de água viva.Esse “novo” anunciado para Israel também se reflete na experiência de São Paulo. Após o encontro com Jesus ressuscitado, ele descreve tudo o que deixou para trás como “lixo”. Da mesma forma, como Israel não deve olhar para o passado, mas deve crer em sua renovação, Paulo incentiva os filipenses a seguirem em frente, rumo à meta final: Cristo (segunda leitura).A vida nova também é central no evangelho de hoje. Jesus, ao ser confrontado pelos mestres da Lei e fariseus, que desejam apedrejar uma mulher acusada de adultério, os desafia a refletirem sobre suas próprias falhas antes de condenar. Eles não estão interessados na verdade, mas em encontrar uma maneira de acusá-lo. Quando Jesus os pressiona a se reconhecerem como pecadores, eles se afastam. Ele, então, se coloca sozinho com a mulher, sem condená-la, oferecendo-lhe perdão e convidando-a à conversão. A vida nova que ele prega não compactua com o pecado. O juízo de Deus, fundamentado no amor, revela que o perdão é a base da nova e eterna aliança, escrita pelo Senhor.https://catequisar.com.br/liturgia/atire-a-primeira-pedra/
Reflexão
Enquanto Jesus ensina no templo, os escribas e os fariseus lhe trazem uma mulher “surpreendida em adultério”. Segundo a Lei, deve ser apedrejada, e perguntam a ele: “O que dizes?”. O Mestre não responde à pergunta dos adversários e propõe uma alternativa: quem não tiver pecado pode apedrejá-la. Ninguém atirou pedra nenhuma. Moral da história: a mulher não era a única pecadora! Sempre existiram moralistas de plantão, prontos para lançar pedras contra mulheres, contra pessoas e grupos diversos diante de qualquer deslize. Muitos atiram pedras contra os outros na tentativa de encobrir as próprias falhas e interesses. Enquanto condenarmos esta ou aquela pessoa, este ou aquele grupo, e não olharmos dentro de nós com sinceridade, a violência, o sofrimento e a intolerância continuarão ceifando vidas. Jesus não veio para julgar e condenar, mas para resgatar a dignidade da pessoa. Ele trouxe o amor, a misericórdia e o perdão de seu Pai.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-5o-domingo-da-quaresma/
Reflexão
«Eu também não te condeno»
Pbro. D. Pablo ARCE Gargollo(Ciudad de México, México)
Hoje vemos Jesus «escrever no chão, com o dedo» (Jo 8,6), como se estivesse ao mesmo tempo ocupado e divertido com algo mais do que escutar aos que acusam a mulher que lhe apresentam porque foi «apanhada em adultério» (Jo 8,3).É de chamar a atenção a serenidade e inclusive o bom humor que vemos em Jesus Cristo, mesmo em momentos que, para outros, são de grande tensão. É um ensinamento prático para cada um de nós, nestes nossos dias de vertiginosa velocidade em que nos inquietam os nervos em um bom número de ocasiões.A fuga sigilosa e divertida dos acusadores nos recorda de que quem julga é apenas Deus e que todos nós somos pecadores. Em nossa vida diária, por ocasião do trabalho, nas relações familiares ou de amizade, fazemos juízos de valor. Mas algumas vezes nossos juízos são errôneos e obscurecem a boa reputação dos demais. Trata-se de uma verdadeira injustiça que nos obriga a reparar, tarefa nem sempre fácil. Ao contemplar Jesus em meio a essa “matilha” de acusadores, entendemos muito bem o que assinalou Santo Tomás de Aquino: «A justiça e a misericórdia estão tão unidas que uma sustenta a outra. A justiça sem misericórdia é crueldade; e a misericórdia sem justiça é ruína, destruição».Temos de nos encher de alegria ao saber, com certeza, que Deus perdoa-nos tudo, absolutamente tudo, no sacramento da confissão. Nestes dias de Quaresma, temos a oportunidade magnífica de acorrer a quem é rico em misericórdia no sacramento da reconciliação.Além disso, um propósito concreto para o dia de hoje: ao ver os demais, direi, no interior de meu coração, as mesmas palavras de Jesus: «Eu também não te condeno» (Jo 8,11).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Como podem os pecadores cumprir a Lei e castigar a aquela mulher? Que cada um se olhe a si mesmo, entre no seu interior e se apresente ao tribunal do seu coração e da sua consciência, e será obrigado a confessar-se pecador» (Santo Agostinho)
- «O Deus Redentor, o Deus terno, sofre por causa da dureza do coração» (Francisco)
- «O amor, como o Corpo de Cristo, é indivisível: nós não podemos amar a Deus, a quem não vemos, se não amarmos o irmão ou a irmã, que vemos. Recusando perdoar aos nossos irmãos ou irmãs, o nosso coração fecha-se, a sua dureza torna-o impermeável ao amor misericordioso do Pai (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.840)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-06
Reflexão
O remédio da misericórdia
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje voltam à mente aquelas palavras, cheias de significado, que São João XXIII pronunciou na abertura do Concílio para indicar a senda a seguir: «Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade. A Igreja Católica deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados».E, no mesmo horizonte, havia de colocar-se o Beato Paulo VI: «Desejamos notar que a religião do nosso Concílio foi, antes de mais, a caridade. Uma corrente de interesse e admiração saiu do Concílio sobre o mundo atual. Rejeitaram-se os erros, como a própria caridade e verdade exigiam, mas os homens, salvaguardado sempre o preceito do respeito e do amor».—Toda esta riqueza doutrinal orienta-se apenas a isto: servir o homem, em todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas fraquezas, em todas as suas necessidades.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-06
Comentário do Evangelho
A mulher adúltera. «Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!»
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Hoje, estamos diante de uma grande cena, enternecedora. Esta mulher descoberta em adultério, abandonada e culpada por todos, é bem acolhida pela misericórdia de Jesus. Ele disse: "Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!" Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Desapareceram todos! Ninguém atirou uma pedra!- «Onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor!». Jesus, então, lhe disse: «Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais».https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-06
HOMILIA
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
O que Deus quer é que, já na terra, sejamos felizes o mais possível. O mal a castigar seu Povo, simbolizado na opressão do Egito, queria exterminado por completo: “Abriu uma passagem no mar... pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se” (Is 43,16-17).Fizera grandes coisas, mas “não relembreis coisas passadas... eis que eu farei coisas novas”. Novo que será: “Abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca” (Is 43,19). “Deserto-terra seca”, o coração do Povo, esse sim dificílimo de ser mudado!Pois “hão de glorificar-me os animais selvagens... Este povo, eu o criei para mim, e ele cantará meus louvores”. De animais selvagens, corações de pedra, finalmente acolhem da misericórdia de Deus, o novo coração de carne. Será finalmente o Povo que criou para si, cantará seus louvores! A misericórdia, finalmente, encontra acolhida e diviniza corações humanos!É o que Paulo experimenta: de perseguidor de Jesus, passa a vivê-lo como a “vantagem suprema”. Por Ele, perde tudo, que agora não passa de lixo. Vive “para ganhar Cristo e ser encontrado unido a Ele”. Viver com Ele, no sofrimento, na morte, para com Ele ressuscitar; é o que somente passa a valer. Jesus é o definitivo e pleno novo de Deus, que ofusca as “coisas passadas”. É a misericórdia encarnada.Mestres da Lei e fariseus, seus opositores, trazem até Ele “uma mulher surpreendida em adultério”. Colocam-na “no meio deles” (mestres e fariseus), fazem dela, naquele momento, o tudo de suas vidas, e querem que Jesus — na tradição de Moisés — com eles a condene ao apedrejamento.E Jesus os põe em sua própria verdade mais íntima: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Juiz só quem não é igualmente réu nem tem conta no cartório!Jesus fica sozinho, “com a mulher que estava lá, no meio do povo”. A mulher novamente “no meio”, agora, de Jesus e do Povo. Dos acusadores, de fato, pecadores-réus, ninguém a condenou. A partir de Jesus e do Povo, seus seguidores, também nenhuma condenação. Ainda a partir de Jesus, todos, um dia “deserto-terra seca”, a gerar condenação, fazem-se rios a dar de beber, sempre fontes de vida, de perdão. Novas encarnações da divina misericórdia! Proposta quaresmal-pascal!Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F04%2F2025&leitura=homilia
Oração— OREMOS: SENHOR NOSSO DEUS, dai-nos por vossa graça caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F04%2F2025&leitura=meditacao
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