sábado, 15 de março de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/03/2025

ANO C


Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

Amai Vossos Inimigos: O Chamado de Jesus ao Amor Verdadeiro


Ainda falando sobre as relações fraternas, Jesus apresenta a forma mais radical de amar. O amor ao próximo, inspirado em Levítico 19,18, se amplia ao longo da história de Israel. Com o Mestre, ele atinge seu ápice no amor aos inimigos. Inicialmente, o próximo era entendido com base nos vínculos familiares e sanguíneos. Porém, mais tarde, esse conceito abrange todo compatriota, incluindo aqueles que, mesmo não sendo judeus, se convertem à fé de Israel. Embora as Escrituras orientassem um cuidado com os inimigos (Ex 23,4-5), muitos judeus odiavam seus adversários, principalmente samaritanos, cristãos e outros pagãos.
Jesus, no entanto, deseja libertar os discípulos do ciclo de vingança, que apenas gera mais violência. “Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” é um convite a transcender a superficialidade das relações humanas, que muitas vezes se baseiam em retribuições, e alcançar a verdadeira gratuidade do amor. Tocando-nos com a plenitude de Deus, que nos ama sem condições, somos chamados a nos aperfeiçoar e a testemunhar esse amor abundante, até mesmo para com aqueles que nos tratam como inimigos. Quem é preenchido pela graça divina não faz distinção de tempo ou de pessoa ao amar.
https://catequisar.com.br/liturgia/amai-vossos-inimigos-o-chamado-de-jesus-ao-amor-verdadeiro/

Reflexão

Jesus continua ensinando o povo a reinterpretar os preceitos antigos. O Evangelho de hoje apresenta um enorme passo avante no campo ético, ensinando-nos que é preciso amar a todos, amigos e inimigos. Devemos amar a todos de forma igual, sem fazer qualquer tipo de distinção. Essa é a perfeição que somos exortados a procurar, a mesma perfeição do nosso Deus, que “faz seu sol nascer sobre malvados e bons, e faz chover sobre justos e injustos”. Em contexto agrícola, como era aquele em que Jesus pregou, o sol e a chuva são bens essenciais, pois é sua combinação que possibilita frutos abundantes. O Deus que nos ama não faz distinção de pessoas e permite que todos tenhamos acesso ao mesmo tipo de condições. Amar os inimigos é um preceito difícil de seguir, mas que certamente trará muitos frutos, entre eles a felicidade, a realização pessoal e a santidade. Deus recompensa a todos que seguem seus Mandamentos, como prometeu no passado a Moisés.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/15-sabado-11/

Reflexão

«Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem»

Rev. D. Joan COSTA i Bou
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor. Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal. Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas. O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros». A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana. Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor. Como escreveu São João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente».
O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo. A pessoa é convidada a um diálogo com Deus. Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade. O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude. Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos. Se não é assim, não se ama de verdade. Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Oh! Senhor meu, como sois bom!» (Santa Teresa de Jesus)

- «Amar os nossos inimigos, os que nos perseguem e nos fazem sofrer, é difícil; nem sequer é um “bom negocio” porque nos empobrece. Mas, este é o caminho indicado e percorrido por Jesus para a nossa salvação» (Francisco)

- «Cristo morreu por amor de nós, sendo nós ainda «inimigos». O Senhor pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos, que nos façamos o próximo do mais afastado, que amemos as crianças e os pobres como a Ele próprio» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.825)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-03-15

Reflexão

A caridade. O amor aos inimigos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus contrapõe às disposições da "Torá" uma nova radicalidade da justiça ante Deus: não só não matar, senão sair ao encontro do irmão com quem está se enfrentado para procurar a reconciliação; não só igualdade em direito ("olho por olho, dente por dente"), mas deixar-se pegar sem devolver o golpe; amar não só ao próximo, mas também ao inimigo… É o "amor até o extremo" que Cristo consumará na Cruz orando por seus "inimigos".
Mas isso, é realista? Deus não nos impõe um sentimento que não possamos suscitar em nós mesmos. Deus nos amou primeiro e nos faz experimentar seu amor, e deste "antes" de Deus pode nascer também em nós o amor como resposta. Com Deus amo também à pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço.
—No encontro íntimo com Deus, aprendo a prestar atenção no outro não só com meus olhos e sentimentos, mas também desde a perspectiva de Jesus Cristo, a mesma do Pai celestial.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-15

Comentário sobre o Evangelho

O Sermão da Montanha: Jesus nos pede para amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem


Hoje, o Mestre continua os seus ensinamentos sobre o estilo do amor que Deus espera de nós. Quem tem um coração bom ama todos, embora nem todos o amem. Deus exige-nos este amor porque Ele próprio é assim: «Faz brilhar o sol sobre maus e bons».
- Recorda as palavras de Cristo na Cruz: «Pai, perdoa-lhes». Consegues repetir essas palavras?

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Moisés lembra ao Povo: um dia escolheram o Senhor para ser seu Deus, para seguir "os seus caminhos", seu mesmo jeito de viver. Mas, também Deus os escolhera para serem seu "povo particular", seu "povo santo". E Jesus vem reforçar essas mútuas escolhas. O "Senhor" é o "Pai celeste", que "faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos". Então, viver "seus caminhos" é fazer-se seus filhos e filhas que não odeiam o inimigo. Ao contrário, amam-nos, fazem-lhes o bem, rezam por eles. Só assim é que se distinguem dos "cobradores de impostos", dos que não conhecem o Evangelho. E Jesus nos provoca, propõe que sejamos perfeitos como é perfeito nosso Pai celeste!
Oração
PAI ETERNO, convertei para vós nossos corações, a fim de que, buscando sempre o único necessário e praticando as obras de caridade, nos dediquemos ao vosso culto. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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