ANO C

Mt 5,43-48
Comentário do Evangelho
Amai Vossos Inimigos: O Chamado de Jesus ao Amor Verdadeiro

Ainda falando sobre as relações fraternas, Jesus apresenta a forma mais radical de amar. O amor ao próximo, inspirado em Levítico 19,18, se amplia ao longo da história de Israel. Com o Mestre, ele atinge seu ápice no amor aos inimigos. Inicialmente, o próximo era entendido com base nos vínculos familiares e sanguíneos. Porém, mais tarde, esse conceito abrange todo compatriota, incluindo aqueles que, mesmo não sendo judeus, se convertem à fé de Israel. Embora as Escrituras orientassem um cuidado com os inimigos (Ex 23,4-5), muitos judeus odiavam seus adversários, principalmente samaritanos, cristãos e outros pagãos.Jesus, no entanto, deseja libertar os discípulos do ciclo de vingança, que apenas gera mais violência. “Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” é um convite a transcender a superficialidade das relações humanas, que muitas vezes se baseiam em retribuições, e alcançar a verdadeira gratuidade do amor. Tocando-nos com a plenitude de Deus, que nos ama sem condições, somos chamados a nos aperfeiçoar e a testemunhar esse amor abundante, até mesmo para com aqueles que nos tratam como inimigos. Quem é preenchido pela graça divina não faz distinção de tempo ou de pessoa ao amar.https://catequisar.com.br/liturgia/amai-vossos-inimigos-o-chamado-de-jesus-ao-amor-verdadeiro/
Reflexão
Jesus continua ensinando o povo a reinterpretar os preceitos antigos. O Evangelho de hoje apresenta um enorme passo avante no campo ético, ensinando-nos que é preciso amar a todos, amigos e inimigos. Devemos amar a todos de forma igual, sem fazer qualquer tipo de distinção. Essa é a perfeição que somos exortados a procurar, a mesma perfeição do nosso Deus, que “faz seu sol nascer sobre malvados e bons, e faz chover sobre justos e injustos”. Em contexto agrícola, como era aquele em que Jesus pregou, o sol e a chuva são bens essenciais, pois é sua combinação que possibilita frutos abundantes. O Deus que nos ama não faz distinção de pessoas e permite que todos tenhamos acesso ao mesmo tipo de condições. Amar os inimigos é um preceito difícil de seguir, mas que certamente trará muitos frutos, entre eles a felicidade, a realização pessoal e a santidade. Deus recompensa a todos que seguem seus Mandamentos, como prometeu no passado a Moisés.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/15-sabado-11/
Reflexão
«Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem»
Rev. D. Joan COSTA i Bou(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor. Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal. Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas. O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros». A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana. Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor. Como escreveu São João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente».O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo. A pessoa é convidada a um diálogo com Deus. Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade. O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude. Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos. Se não é assim, não se ama de verdade. Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Oh! Senhor meu, como sois bom!» (Santa Teresa de Jesus)
- «Amar os nossos inimigos, os que nos perseguem e nos fazem sofrer, é difícil; nem sequer é um “bom negocio” porque nos empobrece. Mas, este é o caminho indicado e percorrido por Jesus para a nossa salvação» (Francisco)
- «Cristo morreu por amor de nós, sendo nós ainda «inimigos». O Senhor pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos, que nos façamos o próximo do mais afastado, que amemos as crianças e os pobres como a Ele próprio» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.825)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-03-15
Reflexão
A caridade. O amor aos inimigos
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Jesus contrapõe às disposições da "Torá" uma nova radicalidade da justiça ante Deus: não só não matar, senão sair ao encontro do irmão com quem está se enfrentado para procurar a reconciliação; não só igualdade em direito ("olho por olho, dente por dente"), mas deixar-se pegar sem devolver o golpe; amar não só ao próximo, mas também ao inimigo… É o "amor até o extremo" que Cristo consumará na Cruz orando por seus "inimigos".Mas isso, é realista? Deus não nos impõe um sentimento que não possamos suscitar em nós mesmos. Deus nos amou primeiro e nos faz experimentar seu amor, e deste "antes" de Deus pode nascer também em nós o amor como resposta. Com Deus amo também à pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço.—No encontro íntimo com Deus, aprendo a prestar atenção no outro não só com meus olhos e sentimentos, mas também desde a perspectiva de Jesus Cristo, a mesma do Pai celestial.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-15
Comentário sobre o Evangelho
O Sermão da Montanha: Jesus nos pede para amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem
Hoje, o Mestre continua os seus ensinamentos sobre o estilo do amor que Deus espera de nós. Quem tem um coração bom ama todos, embora nem todos o amem. Deus exige-nos este amor porque Ele próprio é assim: «Faz brilhar o sol sobre maus e bons».
- Recorda as palavras de Cristo na Cruz: «Pai, perdoa-lhes». Consegues repetir essas palavras?
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
Moisés lembra ao Povo: um dia escolheram o Senhor para ser seu Deus, para seguir "os seus caminhos", seu mesmo jeito de viver. Mas, também Deus os escolhera para serem seu "povo particular", seu "povo santo". E Jesus vem reforçar essas mútuas escolhas. O "Senhor" é o "Pai celeste", que "faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos". Então, viver "seus caminhos" é fazer-se seus filhos e filhas que não odeiam o inimigo. Ao contrário, amam-nos, fazem-lhes o bem, rezam por eles. Só assim é que se distinguem dos "cobradores de impostos", dos que não conhecem o Evangelho. E Jesus nos provoca, propõe que sejamos perfeitos como é perfeito nosso Pai celeste!
Oração
PAI ETERNO, convertei para vós nossos corações, a fim de que, buscando sempre o único necessário e praticando as obras de caridade, nos dediquemos ao vosso culto. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário