terça-feira, 13 de agosto de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 13/08/2024

ANO B


Mt 18,1-5.10.12-14

Comentário do Evangelho

Convívio comunitário e social

Mateus, no capítulo dezoito de seu evangelho, apresenta um conjunto de textos que orientam os discípulos para assumirem disposições e práticas de bom convívio comunitário e eclesial. O conjunto é introduzido pelo debate dos discípulos sobre quem seria o maior. Removendo a ideologia de poder que os inspira, Jesus apresenta-lhes o modelo a ser seguido: uma criança. Marginalizada e frágil, com um mundo novo pela frente, cheia de alegria e esperança, a criança exprime a condição a ser assumida pelos discípulos.
A parábola da ovelha perdida e reencontrada é a expressão da missão de Jesus, enviado do Pai, em acolher e restaurar o convívio comunitário e social daqueles excluídos e considerados marginais e pecadores pelo sistema religioso e social.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
Fonte: Paulinas em 14/08/2012

Comentário do Evangelho

O maior é o menor, aquele que serve.

O discurso eclesiológico, ou sobre a Igreja, é orientação de Jesus aos discípulos que visa dar, em primeiro lugar, ante o judaísmo, os traços característicos da comunidade cristã. Essas orientações, contudo, não se encerram num momento histórico específico, ao contrário, são exigências para a Igreja de todos os tempos. A pergunta dos discípulos a Jesus revelam as disputas internas à comunidade cristã. A resposta de Jesus poderia ser compreendida nesses termos: o maior é o menor, aquele que serve. O serviço é um traço característico do discípulo e da comunidade cristã. Mas para que seja um modo de vida, é preciso conversão, mudança radical de mentalidade. A “criança”, aqui, é símbolo do próprio Cristo que se fez servo de todos e que, sendo de condição divina, assumiu plenamente a nossa humanidade (Fl 2,6-7a). Os “pequenos” são os que se sentem desprezados (v. 10) e que são tentados a abandonar a fé. Por eles é exigida da comunidade cristã uma atenção especial para que ninguém se perca, a exemplo do pastor que incansavelmente vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la. Na vida cristã, a ideologia do “cada um por si” não pode ocupar espaço nem mover qualquer decisão. Na Igreja, cada membro é importante e deve ser tratado com o mesmo cuidado com que Deus mesmo cuida de cada um de nós.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
Fonte: Paulinas em 12/08/2014

Vivendo a Palavra

Jesus escandaliza seu povo valorizando crianças, naquele tempo consideradas desprezíveis – como mulheres, doentes, publicanos e muitos outros. Nossa sociedade continua rotulando, discriminando, desprezando gente. Seguir Jesus é ver em cada ser humano um irmão, pois todos somos filhos do mesmo Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2012

Vivendo a Palavra

A nossa conversão deve ser no sentido de nos tornarmos simples como crianças. O mundo nos tenta, seduzindo-nos com promessas de muita cultura, títulos de doutores – quem sabe, de teólogos? Mas Jesus insiste: vivamos a alegria dos pequenos, dos que são capazes de confiar no Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus surpreendia seu povo valorizando crianças, que naquele tempo eram consideradas desprezíveis – como mulheres, doentes, publicanos e muitos outros. Nossa sociedade continua rotulando, discriminando, desprezando pessoas. Seguir Jesus é ver em cada ser humano um irmão, pois todos somos filhos do mesmo e muito querido Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos entrega a chave do Reino de Deus: devemos segui-Lo ‘como crianças’, que caminham com leveza, simplicidade e alegria, aliviados do entulho que o pretensioso racionalismo moderno vem ajuntando à nossa bagagem mental; tudo sem fazer continhas miúdas, sem contabilizar méritos pessoais ou esperar recompensas e, muito menos, preocupando-nos sobre qual de nós será o maior...
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2020

Reflexão

A nossa vida é constantemente condicionada pelos valores e costumes da sociedade e nós temos a tendência de querer levar os valores do mundo para a Igreja e até mesmo para o Reino de Deus. Entre esses valores do mundo que nos influenciam, podemos citar a hierarquização e a competitividade no dia a dia, que fazem com que haja sempre entre nós um clima de disputa e de busca de superioridade em relação às outras pessoas. É esse clima o principal responsável por muitos mal estares na vida da comunidade. São os valores evangélicos que devem transformar o mundo e não os valores do mundo que devem transformar a Igreja.
Fonte: CNBB em 14/08/2012 e 12/08/2014

Reflexão

Aos sensíveis ouvidos de Jesus, deve ter soado agressiva a pergunta dos discípulos: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” Falar sobre maior supõe a existência de menor. Quase todos os povos sabiam ou tinham experimentado como funcionava um império: acima de todos, o grande chefe; os demais, seus súditos. No Reino de Jesus, essas categorias caem por terra. O pequeno, o simples, o insignificante, o marginalizado, estes são os que contam para Deus, desde que se abram para fazer a vontade do Pai celeste. Do mesmo modo, Deus tem olhar de predileção e total cuidado com a “ovelha perdida”, o pecador que está longe do rebanho de Cristo. Valorizar os pequenos é honrar a Deus. Recuperar o irmão que se desvia do bom caminho é agir como o pastor que busca a ovelha perdida.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 14/08/2018

Reflexão

Aos sensíveis ouvidos de Jesus, deve ter soado agressiva a pergunta dos discípulos: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” Falar sobre maior supõe a existência de menor. Quase todos os povos sabiam ou tinham experimentado como funcionava um império: acima de todos, o grande chefe; os demais, seus súditos. No Reino de Jesus, essas categorias caem por terra. O pequeno, o simples, o insignificante, o marginalizado, estes são os que contam para Deus, desde que se abram para fazer a vontade do Pai celeste. Do mesmo modo, Deus tem olhar de predileção e total cuidado com a “ovelha perdida”, o pecador que está longe do rebanho de Cristo. Valorizar os pequenos é honrar a Deus. Recuperar o irmão que se desvia do bom caminho é agir como o pastor que busca a ovelha perdida.
Oração
Ó misericordioso Jesus, com gestos expressivos e uma parábola, apresentas a teus discípulos, e a nós, o verdadeiro perfil do Reino de Deus. Aí, maior é quem se faz pequeno como uma criança. E a preferência é dada à “ovelha” que se extraviou. Alegria exuberante do Pai, ao resgatá-la. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 11/08/2020

Reflexão

Jesus coloca a criança no centro. Isso quer dizer que, na comunidade dos discípulos, a primeira preocupação deve ser o cuidado com os pequenos. Para Jesus, a periferia se desloca para o centro. Nada de pretensão de grandeza. Ser grande é servir. Cabe à comunidade o serviço humilde e corajoso. O maior no Reino de Deus são os pequenos e os que aos olhos do mundo são insignificantes. Ignorá-los é ignorar o próprio Cristo. Uma comunidade fiel ao mestre também sabe ser acolhedora e fraterna, bem como é revestida de especial ternura pelos que se perdem pelos caminhos da vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 09/08/2022

Recadinho

Você busca ser simples como as crianças? - Respeita-as? - Dá-se conta de que nelas está o futuro da sociedade? - Você consegue viver sem mágoas e sem rancores? - Conhece algum adulto que vive realmente a simplicidade da vida como uma criança?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 12/08/2014

Comentário do Evangelho

AMAR OS PEQUENINOS

O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida. O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de apreço e estimulo, torna-me especialmente atento em relação a quem dá os primeiros passos na fé, buscando, penosamente, trilhar os caminhos da fidelidade ao Reino.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 12/08/2014

Meditando o evangelho

QUE NINGUÉM SE PERCA

A severidade e o desprezo dos líderes da comunidade em relação àqueles que davam os primeiros passos na vida de fé foram seriamente censurados por Jesus. Não era possível exigir deles uma maturidade própria de quem já havia feito uma longa caminhada. Os pequeninos deveriam ser tratados de maneira muito especial, com paciência e benignidade. Só assim sua fé haveria de se consolidar e se tornariam capazes de dar um testemunho autêntico de sua condição de discípulos.
O carinho dos líderes pelos pequeninos não se parecia, por nada, com o amor do Pai para com eles. A parábola da ovelhinha desgarrada serviu de motivo para a compreensão deste amor paterno. Vale a pena deixar noventa e nove ovelhas, que estão em segurança, para ir em busca de uma que se desviou. O desinteresse pela ovelha desgarrada não tem justificativa. O pastor está em relação pessoal com cada ovelha. Por isso, não pode contentar-se com a perda de nenhuma delas. Para ele, o rebanho não é questão de número. As ovelhas são consideradas na sua individualidade. E a perda de uma só delas é motivo de dor.
O mesmo se passa com o Pai. Ele não considera a comunidade de discípulos sob o aspecto numérico. Cada um deles, por menor que seja, é objeto de um carinho especial. Portanto, os líderes da comunidade não têm o direito de desprezá-los.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fonte: Dom Total em 14/08/2018, 11/08/2020 09/08/2022

Oração
Senhor Jesus, que eu jamais perca de vista o desejo do Pai em relação aos pequeninos, de forma a me tornar um incansável defensor deles.
Fonte: Dom Total em 14/08/2018 11/08/2020

HOMILIA

SENHOR LIVRA-ME DA TENTAÇÃO DE QUER SER GRANDE

Quem é o mais importante no Reino do Céu? Ante a pergunta do discípulo, em três partes Jesus dividi o seu discurso. Primeira: Desmonta as grandezas dos pensamentos dos seus discípulos. Pois o Reino não é para aqueles que se fazem grandes mas sim os pequeninos. Depois Ele ameaça a quem fizer qualquer mal a um pequenino. E, por fim, fala como Deus se agrada de reaver um pequenino que estava perdido. Isso leva os discípulos de uma posição de superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarem o poder, a vaidade, são levados a se colocarem à disposição. E Jesus faz tudo isso porque percebe a grande vontade deles em participar do Reino dos Céus!
O Evangelho conclui falando ainda que Deus se agrada mais de um pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram ser resgatados. Eis uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar no Reino dos Céus. Ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da filha, do marido ou esposa que qual ovelha perdida anda longe do rebanho e até mesmo fora de si mesmo.
Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente Ele tira a vontade dos discípulos serem grandes. A razão é simples. É que o Reino dos Céus é daqueles que se fazem pequeninos. Assim, todo o atentado contra eles não se deixará impune, ao ofensor. E, por fim, Deus manifesta a grande alegria que sente ao reencontrar um pequenino que estava perdido, um filho que estava morto e que agora ressuscitou, vive. Esta mensagem é para mim e para ti que somos os discípulos de hoje. Temos de nos mover dos conceitos que formamos sobre nós mesmos criados pelas posições que ocupamos dentro da igreja, que muitas vezes nos leva a nos considerarmos os melhores de todos e por isso merecedores de um lugar de distaque e consequentemente superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizaremos o poder, a vaidade, Jesus nos leva a nos colocaremos à disposição como servidores dos outros. É preciso que por exemplo eu que tomei como meu lema sacerdotal “ em tudo servir para a maior glória de Deus”, realmente me dobre e com a toalha à cintura lave os pés aos homens e mulheres despidos de sua dignidade. Jesus nos dirige estas palavras, porque percebe a grande vontade dos discípulos e hoje nossa em participar do Reino dos Céus!
Portanto, a lição prática que podemos levar conosco para a nossa vida hoje e sempre:
1) A humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração representados pela criança símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e marginalizados pela sociedade;
2) A acolhida que se deve dar a estes excluídos condenados à comer o pão que o diabo amassou ou seja acolhida aos pequeninos;
 3) E por último não só acolher, mas e, sobretudo, sair em busca dos pequeninos que se perderam, e resgatá-los.
Pai poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 12/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Comentada2 em 12/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Quem é o mais importante no Reino dos Céus?

Postado por: homilia
agosto 14th, 2012

“Quem é o mais importante no Reino dos Céus?” Mateus não chega a dizer qual dos discípulos fez a pergunta, mas a verdade é que Jesus, de tanto falar bem do Reino dos Céus, fez com que todos os discípulos fizessem de tudo para entrar nele, e com o maior destaque possível!
Ante a pergunta do discípulo, Jesus divide o Seu discurso em três partes. Primeiro, Cristo desmonta a grandeza dos pensamentos dos Seus discípulos, pois o Reino não é para aqueles que se fazem grandes, mas sim para os pequeninos. Depois, Ele ameaça a quem fizer qualquer mal a um desses pequeninos. Por fim, fala como Deus se agrada de reaver um pequenino que estava perdido.
Isso leva os discípulos de uma posição superior a uma posição de igualdade com os pequenos. Em vez de valorizar o poder e a vaidade, eles são levados a se colocarem à disposição. Jesus faz tudo isso, porque percebe a grande vontade deles em participar do Reino dos Céus.
O Evangelho conclui que Deus se agrada mais com um pequenino resgatado do que com noventa e nove que não precisaram ser resgatados. Eis aí uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar em Seu Reino: ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da filha, do marido ou esposa – os quais, como ovelhas perdidas, andam longe do rebanho e até mesmo fora de si mesmo.
Eis, portanto, as lições práticas que podemos levar conosco para a nossa vida hoje e sempre:
1ª) Humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração, representados pela criança, a qual é símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e marginalizados pela sociedade;
2ª) A acolhida que se deve dar a estes excluídos condenados a comer “o pão que o diabo amassou”, ou seja, a acolhida dos pequeninos;
3ª) Por último, não só acolher, mas – e sobretudo! – sair em busca daqueles que se perderam e resgatá-los.
Isso é deixar as noventa e nove ovelhas e ir ao encontro de uma única que se perdeu. Esta ovelha, um dia, foi você. Ovelha encontrada por Jesus e que, agora, Ele consagra para ser discípulo e missionário d’Ele com uma vocação específica.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 14/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos maduros, mas não percamos o coração de criança

Sejamos muito maduros, crescidos, amadurecidos com a vida, mas não percamos esse coração puro de uma criança, porque quanto mais desprovido e necessitado for o nosso coração do amor divino, tanto mais Deus cuidará de nós.

“Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.” (Mateus 18, 3)

A mensagem de Jesus para o nosso coração no dia de hoje é um apelo para que voltemos a ser crianças, mas não no sentido cronológico do tempo. Voltar a ser criança e ter um coração de criança é abraçar novamente a pureza, abraçar novamente aquela criança que tem carência de afeto, de saber, de conhecer e de cuidado.
Vemos que é mais fácil cuidar do filho quando criança do que quando este se torna um rapagão, uma moça,  porque nessa fase age conforme a sua cabeça e seus pensamentos. Com a criança isso não ocorre, pois ela precisa de tudo, necessita saber tudo, ela necessita de atenção e de cuidado.
Assim como para alguns pais é mais fácil cuidar de uma criança, porque esta [criança] obedece muito mais, Deus pode cuidar muito mais de nós se tivermos o coração como o de uma criança, que necessita aprender, pois Ele nos ensina. Ao passo que, quando já sabemos tudo e nos comportamos como os grandes sábios, o que Deus pode nos ensinar? O que Ele pode fazer por nós se já somos grandes, autossuficientes, se já podemos tudo? Desse modo como  o Senhor pode nos pegar pela mão, nos pegar pelos braços e cuidar de nós?
Criança é sinônimo de humildade e humildade é caminho de salvação. Quando sabemos ser humildes, Deus pode fazer muito por nós. Ser adulto, muitas vezes, é sinônimo de orgulho, de autossuficiência, do “eu posso”. Sejamos muito maduros, crescidos, amadurecidos com a vida, mas não percamos esse coração puro de criança, porque quanto mais desprovido e necessitado for o nosso coração do amor divino, tanto mais Deus cuidará de nós. Quanto menos rebeldes nós formos, tanto mais Deus poderá fazer por nós.
É difícil conversar com um adulto cabeça-dura, é difícil fazê-lo entender, compreender, dialogar com ele, porque ele acha que já sabe de tudo, já tem sua opinião formada e não está aberto para o novo. Ao passo que a criança está sempre descobrindo as novidades do mundo e os horizontes à sua frente. Por isso é gostoso as ensinar, é gostoso entrar no mundo delas; as crianças nos remetem à pureza original. Quanto mais criança for, tanto mais pura é a criatura; quanto mais a nossa alma se aproximar de uma criança frágil, de um bebê ainda no colo da mãe, todo necessitado de afeto, de carinho, totalmente puro, mais a nossa alma se aproximará de Deus.
É por isso que o maior no Reino dos Céus é quem mais se parece com as crianças. Quanto mais tivermos o coração de criança, tanto maiores ficaremos diante de Deus. Por outro lado, quanto mais o orgulho do adulto tomar conta de nós tanto mais vamos nos tornando menores, correndo o risco de desaparecer para o Reino de Deus.
Que nós cresçamos no coração de Deus, que nós possamos diminuir para o mundo e para nós mesmos para sermos grandes aos olhos do Senhor!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos de uma mudança de mentalidade a cada dia

Precisamos olhar para as crianças e encontrar nelas sempre um apelo de conversão e mudança de vida

Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.” (Mateus 18,3)

O Reino dos Céus está no meio de nós, mas não entramos nele, muitas vezes, porque não nos convertemos. Existe a grande conversão da vida, que é o nosso encontro pessoal com Jesus, que transforma nossa vida, porque nos tira do reino das trevas e nos traz para o reino da luz, tira-nos do caminho desse mundo e nos coloca nos caminhos do seguimento do Senhor.
Muitas pessoas não conhecem a graça de Deus, mas passam a conhecê-la; outros já nascem participando da Igreja, da comunidade, e já têm essa primeira conversão. Quem já nasceu no caminho do Reino de Deus ou quem se converteu ao longo do caminho precisa de uma mudança de mentalidade a cada dia. É a conversão mais necessária e exigente, é a conversão que exige de nós uma metanoia, uma mudança de mentalidade.
Para isso Jesus nos coloca, como grande referencial, a criança: “Se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus”. Por que precisamos ter a mente de uma criança? Não é a mentalidade infantil e ingênua de uma criança, mas a mentalidade da menoridade.
Vivemos num mundo em que se cultiva o sentimento de grandeza, onde o importante é ser grande, é o que temos, o que conquistamos e o que somos.
Os homens querem ser sempre melhores uns que os outros, nunca estão satisfeitos com o que têm. A criança, na mentalidade judaica, é um ser que não tem importância, ela é pequena e ainda não está assumida no mundo dos homens.
Temos muita importância para Deus, importância demasiada, grande, mas precisamos viver, no mundo, a menoridade. Não sermos maiores que os outros nem mais importantes, não deixar esse sentimento de grandeza tomar conta de nós.
Temos de nos acostumar com as coisas pequenas, pois, quanto mais tivermos a alma pura e pequena, maior será a grandeza de Deus presente na nossa vida.
Precisamos olhar para as crianças e encontrar nelas sempre um apelo de conversão e mudança de vida. Toda vez que vem esse sentimento de grandeza tomando conta de nós, precisamos suplicar: “Senhor, converta-me e não me deixe viver à mercê no meu sentimento de grandeza”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/08/2018

HOMILIA DIÁRIA

As crianças nos ensinam a pureza da graça do Reino

“Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.” (Mateus 18,3)

No Evangelho de hoje, tem duas coisas muito importantes. A primeira delas é nos convertermos para nos tornarmos como crianças, converter-se para a pureza e para a gratuidade, converter-se para ser pequeno.
As crianças não eram nada, não eram nem contadas, não tinham importância nem significância. Então, a nossa primeira conversão é para sermos sem importância e significância, porque seremos muito importantes e significantes para Deus. Para o mundo, as crianças são pequenas e o ditado até diz: “Criança não sabe de nada”.
Que bom que não sabemos de nada, que bom que saibamos aprender tudo de Deus, com Deus e n’Ele, e com Deus e n’Ele sejamos tudo. Que bom permitirmos que a nossa mente tão suja, por tudo aquilo que o mundo adulto colocou dentro de nós, seja renovada e purificada pela inocência e pureza de uma criança.
O Reino dos Céus pertence aos puros de coração. Que as crianças nos ensinem a pureza da graça do Reino dos Céus.
A segunda realidade é que é preciso acolher o Reino dos Céus como a criança, mas é preciso acolher cada criança. “Quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe” (Mateus 18,5).
Não desprezeis nenhum desses pequeninos, não desprezeis nenhuma dessas crianças, não maltratemos e nem ignoremos nossas crianças.

Permitamos que nossa mente seja renovada e purificada pela inocência e pureza de uma criança

Sei que nenhum pai, nenhuma mãe, em sã consciência e juízo, é capaz de desprezar uma criança. Aqui, é preciso ser incisivo na educação, no cuidado e no respeito da própria educação dos nossos filhos. Não se cria filhos gritando, com palavras pesadas, com agressões, nem vou levar em conta que haja as agressões físicas, mas há muitas agressões verbais.
Agredir a moral de uma criança é quando os pais se agredirem entre si, não se respeitarem. Agredir a formação, inclusive, a inocência e a pureza de uma criança, é quando essa tem de se habituar à casa com a gritaria. Agredir a inocência de uma criança é quando uma casa, uma família os pais falam palavrões, palavras feias, impuras e malditas. Sei que alguns vão dizer: “É apenas um impulso. Sou acostumado”.
Lave a boca e o coração, purifique o ambiente e não acostume, porque a criança imita tudo que os pais fazem, quando não faz na hora, guarda no coração todas as coisas que nesse ambiente se ouve, se fala e se pratica.
Acolher uma criança não é simplesmente dar teto e abrigo ou satisfazer aquilo que ela quer, dando a ela presentes e brinquedos, pois e preciso cuidar das crianças como elas precisam ser: crianças.
Não trate as crianças como adultos porque elas não são adultos; criança precisa ser cada vez mais criança, acolhida, amada, respeitada e bem tratada, para que, depois, não se pague o preço tão alto como nós pagamos, porque não cuidamos bem das nossas crianças.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/08/2020

HOMILIA DIÁRIA

Tenha em seu coração a pureza das crianças

“Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no Reino dos Céus?’ Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus’.” (Mateus 18,1-3)

Meus irmãos, há um desejo, sim, no nosso coração de felicidade, não é? Há um desejo no nosso coração de vida plena, há um desejo de Céu. No fundo, no fundo, há um desejo no ser humano de Céu. É claro que, muitas pessoas, ao buscarem o Céu, infelizmente o buscam em lugares errados. Buscam a felicidade, buscam o prazer, imaginando que, no prazer, haverá felicidade. E nem sempre! Ou, então, é momentâneo: aquele momento de alegria na bebida e tantas outras drogas (porque a bebida também é uma droga), não é?
Mas, meus irmãos, a alegria verdadeira vem de Deus, a alegria verdadeira vem do Senhor. E quem é aquele que alcança essa alegria verdadeira, se não aquele que busca o Reino dos Céus e busca estar com Deus? O nosso desejo deve ser sempre de buscar a Deus e de estar com Ele. E os discípulos perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?”. Então, Jesus tomou uma criança e apresentou-a para eles como modelo. Para chegarmos à felicidade verdadeira, para chegarmos à alegria verdadeira, está aqui o exemplo: ser como uma criança.

Quem vai entrar no Reino dos Céus? Quem for santo e quem for puro como uma criança

O que Jesus nos chama a imitar na criança, senão a humildade, senão a simplicidade, senão a transparência? Já reparou como a criança solta as coisas? E solta várias verdades? Por causa da pureza, por causa da reta intenção.
Quem é o maior no Reino dos Céus? E quem alcança a felicidade? Aquele que vive a humildade, que vive a pureza, que vive a transparência, que vive o serviço ao próximo, ao irmão. Por isso, devemos ter como modelo, como Jesus apresentou aqui, as crianças. “Se não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus”.
Peçamos, neste dia, que nós sejamos como crianças. E não é no sentido negativo — é evidente o que Jesus está dizendo aqui: de inocência, de ser mimado, mimada; não —, é no sentido desta pureza, de fato, é no sentido da humildade, da simplicidade e da transparência.
Seja transparente com Deus! Seja humilde com Deus! Seja transparente com seu irmão, com sua irmã! Seja humilde, seja simples com o seu próximo! É dessa forma que nós entraremos no Reino dos Céus.
Façamos uma avaliação da nossa vida: estamos vivendo a humildade? Estamos vivendo na simplicidade? Estamos sendo transparentes uns com os outros?
Quem vai entrar no Reino dos Céus? Quem for santo e quem for puro como uma criança! Dá-nos, Senhor, a pureza das crianças.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/08/2022

Oração Final
Pai Santo, junto com a alegria de podermos nos proclamar Cristãos – seguidores de Jesus de Nazaré – dá-nos a consciência da fraternidade universal que deve nos unir a todas e a cada uma das criaturas que Tu, Pai Misericordioso, colocaste em nosso caminho. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2012

Oração Final
Pai Santo, a porta da simplicidade é para nós, estreita; o caminho da inocência, áspero. Mas, sabemos, são esta porta e este caminho que nos colocam em teu Reino de Amor. Ajuda-nos, Pai amado, a vivê-los, como foram vividos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, junto com a alegria de podermos nos proclamar Cristãos – seguidores de Jesus de Nazaré – dá-nos a consciência da fraternidade universal que deve nos unir a todas e a cada uma das criaturas que Tu, Pai Misericordioso, colocaste em nosso caminho. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho que se tez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto adoramos, bem sabemos que estás à nossa procura, pois nos fizeste para desfrutar das alegrias do teu Reino. Dá-nos, amado Pai, discernimento para encontrar a tua Presença escondida nos dons que nos ofereces com solicitude e radical modéstia. Como ovelha que se perdeu, eu estou longe do teu aprisco. Encontra-me, Senhor! Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2020

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