quarta-feira, 17 de junho de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/06/2015

ANO B


Mt 6,7-15

Comentário do Evangelho

Orar com simplicidade

A consequência prática das recomendações de Jesus é a rejeição determinada e livre da hipocrisia. O que distingue a verdadeira da falsa piedade? É essa pergunta que o nosso texto do evangelho de hoje responde. Não é a oração que está em questão, mas o modo de fazê-la. Deus conhece o coração de cada um, antes mesmo que as palavras cheguem à boca (cf. Sl 138). Diante dele a multiplicação de palavras é inútil. Ademais, essa multiplicação de palavras é expressão da pressão exercida sobre Deus para conseguir algo dele. O que Deus concede ao seu povo é fruto de seu amor e de sua bondade, e não de merecimento de quem quer que seja. A oração do Senhor é, para o discípulo, referência no modo de relacionar-se com Deus. Essa oração exprime, em primeiro lugar, a centralidade de Deus e o engajamento filial do discípulo com relação ao Pai. Em seguida, o discípulo, consciente de sua condição, suplica pelo que deve sustentá-lo na vida cotidiana: pão e perdão. Por fim, como o mal está presente no coração do ser humano, o cristão pede, pela graça de Deus, não ser envolvido pelo poder da tentação, mas liberto de todo mal.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, coloca-me na boca palavras verdadeiras com as quais eu possa dirigir-me ao Pai, e não me deixes cair num palavreado inútil.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=18%2F06%2F2015

Vivendo a Palavra

Nossa oração: poucas palavras – não menos do que as necessárias, não mais do que as suficientes. Jesus as ensinou. Além delas, silêncio. Não um silêncio vazio e sonolento, mas um silêncio atento para ouvir o que o Senhor tem a nos dizer, uma vontade de compreender e viver a Palavra Criadora do Pai.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A eficácia da oração não é determinada pela quantidade de palavras nela presentes, pelo seu volume ou pela sua visibilidade, mas antes de tudo pela capacidade de estabelecer um relacionamento sério, profundo e filial com Deus. Quem fala muito, grita e fica repetindo palavras é pagão, que não é capaz de reconhecer a proximidade de Deus e ter uma intimidade de vida com ele. A oração também deve ter um vínculo muito profundo com o próprio desejo de conversão e de busca de vida nova, de modo que ela não seja discursiva, mas existencial e o falar com Deus signifique estabelecer um compromisso de vida com ele e para ele.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=6&dia=18

Meditando o Evangelho

A VONTADE DO PAI

Ao ensinar aos discípulos o modo conveniente de rezar, Jesus os exortava a se colocarem numa contínua busca de sintonia com a vontade do Pai. Os sete pedidos do Pai-Nosso constituem a síntese dessa vontade do Pai, para os discípulos.
Santificar o nome de Deus significa romper com a idolatria, para radicar em Deus as suas vidas. Fora de Deus, para quem santifica o nome divino, nada tem valor absoluto.
A coisa que o Pai mais deseja é ver seu Reino acontecendo na vida de todos os seres humanos, como Reino de verdade e justiça. Fora dele só existe injustiça e maldade.
A obtenção do pão cotidiano, na perspectiva da vontade do Pai, nada tem de posse egoísta. O pão "nosso" é para ser partilhado, para que não haja mais fome nem indigência. Assim, o Reino se concretiza, em forma de solidariedade e partilha.
O pedido de perdão dos pecados, mais que um desejo dos discípulos, é o grande anseio de Deus. Desejar o perdão consiste em querer recentrar-se no amor de Deus.
Cair na tentação é abandonar os caminhos de Deus para trilhar desvios que levam à condenação. Quem, mais do que Deus, deseja que o discípulo não se desvie?
A libertação do mal consiste em criar mecanismos de defesa para que o inimigo não tome conta do coração do discípulo. Isto se dá num processo de enraizamento em Deus. E com isto ele se dá por satisfeito.
Oração
Espírito de submissão à vontade do Pai, prepara meu coração para rezar a oração ensinada por Jesus, de modo que eu possa vivenciar o que meus lábios pronunciam.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-6-18

HOMILIA DIÁRIA

O perdão nunca pode faltar em nossas orações

O perdão nunca pode faltar em nossas orações e em nossos relacionamentos. O perdão é muito mais do que obrigação, é necessidade da alma para a vida espiritual.

“De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará.” (Mateus 6, 17)

Nosso Senhor Jesus Cristo é nosso Mestre e modelo de vida espiritual e de relacionamento com o Pai. Jesus ora intensamente ao Pai e nos ensina como deve ser a nossa oração. Para isso, primeiro, Ele nos ensina que esta é uma disposição do coração e da vontade: nós precisamos querer rezar mesmo que estejamos sem vontade. Quando nos colocamos em oração não precisamos usar muitas palavras nem repetir as mesmas palavras como se fossem um desespero do coração. A oração precisa ser feita com simplicidade e com confiança.
Da mesma forma, quando pedimos alguma coisa a alguém não ficamos dizendo a mesma coisa, dizemos talvez uma única coisa com palavras diferentes de forma a expressar aquilo que precisamos, queremos ou desejamos.
A oração é essa conversa muito franca e muito íntima, na qual chamamos Deus de “meu Pai”, glorificamos o nome d’Ele, exaltamos o Senhor Nosso Deus e pedimos que, em nossa vida, tire tudo aquilo que não é do Reino d’Ele, que nos livre do mal e não nos deixe cair em tentação. No entanto, em nossa oração nunca pode faltar o elemento “perdão”! Precisamos do perdão de Deus, precisamos pedir perdão a Ele pelas faltas, pelos erros e pelas negligências.
Quem pede recebe e do que recebe também dá. Se Deus nos deu muito perdão, é muito perdão que devemos dar ao outro! Não podemos ter aquela visão errada e enganosa, porque, na verdade, seria uma verdadeira fraude espiritual recebermos muito perdão de Deus e não darmos ao outro o perdão que este merece.
Por essa razão, meus irmãos, como nós somos muito devedores da graça de Deus, devemos caprichar mais ainda na necessidade de perdoar uns aos outros! O perdão é muito mais do que obrigação, é necessidade da alma, é necessidade do coração, é necessidade plena para a vida espiritual. Talvez de forma racional nós não consigamos perdoar como devemos ou precisamos. Para isso é preciso ter um raciocínio de fé, uma lógica espiritual, uma disposição interior de ter o coração ligado em Deus. E por Deus, Nosso Senhor, aprendemos a perdoar.
Não importa o tamanho da ferida ou do mal que o outro nos fez ou do bem que ele deixou de nos fazer. Nós somos devedores uns dos outros e necessitamos que o outro também nos perdoe!
A primeira prova e o primeiro grande sinal que damos ao mundo da força do perdão é quando perdoamos de todo o coração. Talvez não consigamos isso por forças humanas somente, daí a importância da oração bem feita, bem sincera, bem verdadeira, na qual dizemos: “Senhor, eu não dou conta, mas com a Tua graça eu posso! Eu me disponho, quero perdoar a quem eu devo perdoar, mas que a Tua graça venha em meu socorro, em meu auxílio, venha me ajudar para que eu consiga realizar em minha vida os desígnios do Teu Reino!”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.


Oração Final
Pai nosso, que estás no Céu e estás em nós, teu Nome é Santo. O teu Reino vem. A tua Vontade se cumpre na terra, como é cumprida no Céu. Tu nos dás o nosso pão de cada dia; e nos perdoas, para que também nós perdoemos àqueles que nos ofendem. Tu nos proteges, quando estamos em tentação; e nos livras do Mal – o único Mal que conta, que é nos afastarmos de Ti.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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