31 de Agosto de
2014
ANO A

Mt 16, 21-27
Comentário do
Evangelho
Sem vencer o medo da morte não
será possível ser livre para seguir o Senhor.
O profeta Jeremias viveu no período que, para Israel, foi como
um buraco negro: o exílio na Babilônia, no século VI a.C. É por ocasião desse
acontecimento terrível que Jeremias é chamado por Deus para ser “profeta das
nações”. Jeremias resistiu o quanto pôde a responder afirmativamente ao chamado
do Senhor. Cedendo à vontade de Deus, foi fiel até o fim. Sua missão
fundamental foi a de denunciar a idolatria e a infidelidade dos dirigentes do
povo, e o mal das nações estrangeiras. Em razão de sua fidelidade a Deus, ele
foi perseguido e sua vida ameaçada pelos membros do próprio povo eleito de
Deus. O texto de hoje, dito autobiográfico, retrata, por um lado, a angústia da
perseguição e do abandono, mas, de outro, a experiência do cuidado e proteção
de Deus. A presença de Deus na vida de Jeremias era como um fogo que queimava
dentro do peito e não o deixava desistir da missão recebida de Deus.
O evangelho de hoje é a sequência da profissão de
fé de Pedro. O anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse
que tem por finalidade esclarecer os discípulos acerca do messianismo vivido
por Jesus. A reação de Pedro revela o seu desapontamento: Jesus não é
exatamente o Messias que ele pensava ter encontrado. A atitude de Pedro de
dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho não é preocupação com Jesus. Além
da ideia distorcida do Messias, é preocupação com a sua própria sorte. O
Messias que Pedro segue não se exime do sofrimento. A palavra de Jesus a Pedro
é dura, semelhante à usada contra a sugestão de satanás, quando das tentações
no deserto (cf. Mt 4,1-11). Desejar sofrer é insanidade, mas quando o
sofrimento é consequência da adesão a Deus, ele deve ser vivido na confiança,
pois o Senhor permanece fiel, mesmo quando lhe somos infiéis. Seguir Jesus
impõe superar, pela mesma graça de Cristo que se entregou pela humanidade, o
medo da morte. Sem vencer o medo da morte não será possível ser livre para
seguir o Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com teu Filho
Jesus, cuja morte resultou da fidelidade a ti, sem temer seguir o caminho que
traçaras para ele.
Vivendo a Palavra
O Evangelho mostra a face bem humana de Pedro: o
desejo de evitar o sofrimento, que é, na verdade, inevitável. A fé nos leva a
fazer da nossa própria cruz o caminho para testemunharmos que já vivemos neste
mundo, ainda que não em plenitude, no Reino de Amor que o Pai tem preparado
para nós.
Recadinho

Como
segue a Jesus? - A vida lhe pede muitas renúncias? - As cruzes parecem-lhe
pesadas demais? - Procura se questionar sempre se está de fato no caminho
certo? - Consegue ser Cireneu ajudando seus irmãos a carregar a cruz?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
Jesus vinha exercendo seu ministério na
Galiléia, onde se misturavam gentios e colônias judaicas, e nas regiões
gentílicas vizinhas. Agora, tendo chegado bem ao norte, em Cesaréia de Filipe,
como que dando por encerrado seu ministério nestas regiões, Jesus toma a
decisão de voltar ao sul e, atravessando a Galiléia, seguir o caminho de
Jerusalém. Nesta nova etapa de seu ministério, Jesus decide fazer seu anúncio
libertador e vivificante diretamente entre as multidões de fieis do judaísmo
que acorriam a Jerusalém, para atenderem ao preceito religioso de cumprir o
dever de celebrar a Páscoa. Esta era a principal festa religiosa da tradição de
Israel, e era a ocasião de todos os fieis, particularmente os que moravam em
regiões mais distantes, trouxessem suas ofertas e dízimos anuais ao Templo.
Jesus tinha consciência de que os chefes das sinagogas e do Templo de Jerusalém
tinham a intenção de, em algum momento oportuno, matá-lo. A pregação e a
prática libertadora de Jesus suscitara o ódio destes chefes, que tinham
garantidos sua autoridade e seu poder a partir da Lei opressora, elaborada ao
longo da tradição de Israel. Agora, a ida a Jerusalém poderia ser fatal.
Contudo Jesus não renuncia ao propósito de anunciar ao mundo, sem restrições, o
projeto de Pai, de libertar o mundo de toda opressão e promover a vida plena
para todos. Jesus, então, fala aos discípulos sobre as provações que o aguardam
em Jerusalém. Ë o chamado "anúncio da Paixão". Este
"anúncio" pode ter dois sentidos. Na perspectiva messiânica é o
sofrimento necessário redentor, de acordo com a tradição do Primeiro
Testamento. Porém pode significar a comum prática repressora dos poderosos
deste mundo que não toleram e procuram destruir todo aquele que promove a
libertação do povo oprimido, tal como foi Jesus em toda sua vida. Mateus, em
seu evangelho, faz um contraste. Pedro, ao identificar Jesus com o Cristo,
tinha uma revelação de Deus, era proclamado como pedra da Igreja, a as portas
do inferno não prevaleceriam sobre ela (cf. 7 ago.). Agora, ao rejeitar o
confronto de Jesus em Jerusalém, não tem a compreensão das coisas de Deus, é
pedra de tropeço, e satanás. Jesus convida os discípulos a consagrarem sua vida
à causa da justiça e da vida. Seduzidos pelo chamado de Jesus (primeira
leitura), empenham-se em renovar as estruturas deste mundo conformando-o a tudo
que é bom, justo, e agradável a Deus (segunda leitura)
Oração
Deus do universo, fonte
de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que
nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o
que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
http://www.domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php?data=2014-8-31
REFLEXÕES DE HOJE

DIA 31 DE AGOSTO-DOMINGO
REFLEXÕES DE HOJE

DIA 31 DE AGOSTO-DOMINGO
31 de agosto – 22º
DOMINGO DO TEMPO COMUM
Por
I. INTRODUÇÃO GERAL
Pedro apóstolo, mesmo depois de sua indicação como chefe da
comunidade de Jesus (evangelho de domingo passado), não entendeu que o caminho
de Jesus é o caminho da abnegação de si – se preciso, até a morte. Se nem mesmo
Pedro compreendeu isso, o que dizer da sociedade atual! A liturgia de hoje nos
convida a refletir sobre a missão da comunidade de Jesus num mundo dominado
pela realização imediata do desejo.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Jr 20,7-9)
O primeiro texto da
liturgia da Palavra de hoje apresenta o profeta Jeremias “seduzido” por Deus
para um trabalho ingrato. Já desde o início, Jeremias não gostou da vocação
profética (cf. 1,6). Seu temperamento sensível não era o de um lutador contra
os abusos religiosos e sociais de seu tempo e, sobretudo, não servia para
proclamar as catástrofes que viriam sobre Judá. Aliás, essas catástrofes se
faziam esperar, mas não assim o escárnio e a perseguição que caíram sobre o
profeta! Por isso, o profeta chega a amaldiçoar sua própria existência (cf.
15,10-21). Mas, sempre de novo, sua revolta o reconduz a seu Senhor.
Hoje em dia, há muitos que passar por profetas. Mas ser profeta não é fácil, tampouco seguir um profeta. Jeremias descreve sua vida de profeta como uma sedução. “Entrei numa fria”, diríamos hoje. Desde o começo, foi um tanto recalcitrante (cf. 1,6). Até quis fazer greve (cf. Jr 20,9), mas a voz de Deus era como um fogo ardente no seu peito. Não conseguia reprimi-la… Tal é a sorte do profeta. Deus não deixa o profeta em paz quando tem uma mensagem desagradável a ser transmitida. O profeta, sempre de novo, deverá ferir os ouvidos.
Hoje em dia, há muitos que passar por profetas. Mas ser profeta não é fácil, tampouco seguir um profeta. Jeremias descreve sua vida de profeta como uma sedução. “Entrei numa fria”, diríamos hoje. Desde o começo, foi um tanto recalcitrante (cf. 1,6). Até quis fazer greve (cf. Jr 20,9), mas a voz de Deus era como um fogo ardente no seu peito. Não conseguia reprimi-la… Tal é a sorte do profeta. Deus não deixa o profeta em paz quando tem uma mensagem desagradável a ser transmitida. O profeta, sempre de novo, deverá ferir os ouvidos.
2. Evangelho (Mt
16,21-27)
Com a profissão de fé messiânica, apresentada na liturgia de
domingo passado, relacionam-se, nos três evangelhos sinóticos, a predição da
paixão e o tema do seguimento de Jesus no sofrimento. Pedro mostra-se novamente
porta-voz, mas, desta vez, da incompreensão diante do mistério. Que o Messias e
sua Igreja devem sofrer é um ensinamento difícil de compreender e que terá de
ser repetido e aprofundado sempre de novo.
Jesus sabia que esse era o seu caminho. Sabia que sua visão de Deus e do mundo não concordava com aquilo que o povo esperava, sobretudo os chefes. Pois é grande a diferença entre uma religião que só busca comprar o benefício de Deus (e, se possível, o céu) e uma fé que incansavelmente procura a vontade de Deus (seu incansável amor)! Quem não se quer converter da falsa segurança não pode tolerar a presença do incômodo profeta de Nazaré.
Simão Pedro, o mesmo que, pouco antes, proclamara a fé em Jesus Messias e, por isso, se tornara o responsável dos seus irmãos, ainda não entendia a sorte do profeta. Pensava ainda em termos de sucesso, não em termos de cruz. Afinal, é agradável termos igrejas cheias, obras funcionando bem, entrevistas na TV etc. Mas quem acha isso mais importante do que a fidelidade à Palavra de Deus – mensagem amarga, que deve ser proclamada até o fim – não é digno de Jesus Cristo. É um “adversário” dele (em hebraico, um “satanás”). Para seguir Jesus, é preciso sentir o que Deus sente e não o que as pessoas acham…
A partir daí, Jesus começa a falar do seguimento. Seguir Jesus é renunciar a si mesmo, isto é, aos próprios conceitos feitos e acabados. É assumir a própria cruz, a condenação humana, a degradação total… Diante da exigência da missão profética, querer salvar-se é perder-se (deixar de se realizar na missão de Deus). No modo como hoje traduzimos o texto, Jesus fala em “perder sua vida”, mas na língua original se dizia: “perder sua alma”, significando “alma” a vida em toda a sua profundidade e totalidade. Jesus não apregoa o desprezo da vida corporal em favor de uma alma puramente espiritual, como às vezes se entende a expressão “salvar a alma”. Corpo e alma constituem uma unidade, o ser humano que interessa a Deus inteiramente! Salvar a alma é realizar a própria vida autenticamente. E com “perder sua alma/vida” (aos olhos humanos), Jesus quer dizer: arriscar toda a sua vida. Arriscando-nos inteiramente por Jesus, salvamos nossa alma/vida de verdade e nos realizamos como filhos e filhas de Deus.
A fidelidade à mensagem de Deus nos põe diante de uma escolha: garantir o sucesso aos olhos do mundo (ganhar o mundo todo, que é, no fundo, perder a própria alma/vida) ou ganhar a própria alma/vida diante de Deus. Devemos escolher entre uma realização superficial (diante das pessoas) e a realização radical de nossa vida (diante de Deus). Ora, que podemos dar em troca dessa realização radical? E esta, que pode pôr em jogo até a nossa vida corporal, será sancionada pelo próprio Jesus, que entrou na glória porque pôs em jogo sua vida por nós.
Quem descobre a visão de Deus sobre a realidade (sobre a estrutura socioeconômica, a estrutura religiosa, o abuso ecológico, o esbanjamento dos bens vitais, o cinismo da guerra, a usurpação dos direitos humanos, o desprezo da verdade – tudo o que está em desacordo com Deus) fica, como os profetas, “assombrado” pela mensagem de Deus: só consegue “desfazer-se” dela proclamando-a… e correndo o risco da rejeição. A não ser que sufoque a própria alma num suicídio espiritual.
Neste evangelho, Jesus anuncia sua paixão e morte. Devemos entender bem isso. Jesus sabia que o esperava uma morte de profeta. Mas ele não procurava a morte. Ele morreu porque a fidelidade à palavra do Pai o levou a isso. Se os homens se tivessem convertido à sua palavra, ele não teria sofrido (cf. Mt 26,39-42)! Enfrentou até o fim a “dureza de coração” da humanidade, para dar seu testemunho do amor infinito de Deus.
Jesus sabia que esse era o seu caminho. Sabia que sua visão de Deus e do mundo não concordava com aquilo que o povo esperava, sobretudo os chefes. Pois é grande a diferença entre uma religião que só busca comprar o benefício de Deus (e, se possível, o céu) e uma fé que incansavelmente procura a vontade de Deus (seu incansável amor)! Quem não se quer converter da falsa segurança não pode tolerar a presença do incômodo profeta de Nazaré.
Simão Pedro, o mesmo que, pouco antes, proclamara a fé em Jesus Messias e, por isso, se tornara o responsável dos seus irmãos, ainda não entendia a sorte do profeta. Pensava ainda em termos de sucesso, não em termos de cruz. Afinal, é agradável termos igrejas cheias, obras funcionando bem, entrevistas na TV etc. Mas quem acha isso mais importante do que a fidelidade à Palavra de Deus – mensagem amarga, que deve ser proclamada até o fim – não é digno de Jesus Cristo. É um “adversário” dele (em hebraico, um “satanás”). Para seguir Jesus, é preciso sentir o que Deus sente e não o que as pessoas acham…
A partir daí, Jesus começa a falar do seguimento. Seguir Jesus é renunciar a si mesmo, isto é, aos próprios conceitos feitos e acabados. É assumir a própria cruz, a condenação humana, a degradação total… Diante da exigência da missão profética, querer salvar-se é perder-se (deixar de se realizar na missão de Deus). No modo como hoje traduzimos o texto, Jesus fala em “perder sua vida”, mas na língua original se dizia: “perder sua alma”, significando “alma” a vida em toda a sua profundidade e totalidade. Jesus não apregoa o desprezo da vida corporal em favor de uma alma puramente espiritual, como às vezes se entende a expressão “salvar a alma”. Corpo e alma constituem uma unidade, o ser humano que interessa a Deus inteiramente! Salvar a alma é realizar a própria vida autenticamente. E com “perder sua alma/vida” (aos olhos humanos), Jesus quer dizer: arriscar toda a sua vida. Arriscando-nos inteiramente por Jesus, salvamos nossa alma/vida de verdade e nos realizamos como filhos e filhas de Deus.
A fidelidade à mensagem de Deus nos põe diante de uma escolha: garantir o sucesso aos olhos do mundo (ganhar o mundo todo, que é, no fundo, perder a própria alma/vida) ou ganhar a própria alma/vida diante de Deus. Devemos escolher entre uma realização superficial (diante das pessoas) e a realização radical de nossa vida (diante de Deus). Ora, que podemos dar em troca dessa realização radical? E esta, que pode pôr em jogo até a nossa vida corporal, será sancionada pelo próprio Jesus, que entrou na glória porque pôs em jogo sua vida por nós.
Quem descobre a visão de Deus sobre a realidade (sobre a estrutura socioeconômica, a estrutura religiosa, o abuso ecológico, o esbanjamento dos bens vitais, o cinismo da guerra, a usurpação dos direitos humanos, o desprezo da verdade – tudo o que está em desacordo com Deus) fica, como os profetas, “assombrado” pela mensagem de Deus: só consegue “desfazer-se” dela proclamando-a… e correndo o risco da rejeição. A não ser que sufoque a própria alma num suicídio espiritual.
Neste evangelho, Jesus anuncia sua paixão e morte. Devemos entender bem isso. Jesus sabia que o esperava uma morte de profeta. Mas ele não procurava a morte. Ele morreu porque a fidelidade à palavra do Pai o levou a isso. Se os homens se tivessem convertido à sua palavra, ele não teria sofrido (cf. Mt 26,39-42)! Enfrentou até o fim a “dureza de coração” da humanidade, para dar seu testemunho do amor infinito de Deus.
3. II leitura (Rm 12,1-2)
Nos capítulos 1 a 11 da
carta aos Romanos, Paulo descreveu a salvação pela graça de Deus (e pela fé do
ser humano). Diante dessa “misericórdia de Deus” (Rm 12,1, início do trecho de
hoje), Paulo propõe uma prática de vida que é o “culto razoável”, adequado: as
recomendações morais de Rm 12-14. Falando segundo a compreensão judaica, Paulo
compara a vida com um sacrifício. Sacrifício não é necessariamente destruição
ou negação; significa que algo é transformado pela santificação. Nesse sentido,
a vida do cristão é santificada, já não é como a do mundo. O cristão é crítico
em relação ao mundo: assume o que é valioso e rejeita o que não o é. Assim,
encarna a ação salutar de Cristo no mundo. Esta leitura de Rm 12,1-2 recebe uma
luz particular do evangelho de hoje: oferecer-nos como hóstias vivas a Deus não
é desprezar a nós mesmos, mas é “culto razoável”, cultivo coerente e
consequente da vontade de Deus – sermos plenamente seus (seu povo, seus filhos,
seus profetas), não nos conformando a este mundo, mas procurando conformidade
com a vontade de Deus.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO: tomar a cruz e
seguir Jesus
“Tomar a cruz e seguir Jesus”: essa é a lição do evangelho de
hoje. Mas o que o mundo nos ensina é outra coisa. Hoje em dia não se tolera
nada que restrinja o prazer e o poder: “É proibido proibir”. Privar-se de algum
prazer é contrário ao que ensinam os grandes doutrinadores da sociedade – a
publicidade, a televisão… “Chega desse cristianismo triste! Para que falar em
cruz e sacrifício?”
No domingo passado, vimos
que Pedro, com entusiasmo, proclamou a fé em Jesus Messias. Mas, no evangelho
de hoje, Jesus começa a ensinar que “o Filho do homem” vai sofrer e morrer. Ao
ouvir essas palavras, Pedro fica indignado. Jesus o repreende, porque pensa
segundo categorias humanas e não segundo o projeto de Deus. E ensina-lhe que,
para segui-lo, é preciso assumir a cruz. Séculos antes, Jeremias já
experimentara a estranha lógica de Deus. Ele disse abertamente que Deus o
“seduziu” para a tarefa ingrata de ser profeta (1ª leitura).
Os critérios humanos se opõem ao modo de proceder de Deus. O ser humano envereda pelo sucesso e pela eficiência, Deus pelo dom da própria vida. O caminho de Jesus e de seus seguidores é convencer o mundo do amor de Deus.
Deus não deseja “sacrificar pessoas” (como é praxe em estratégias militares, políticas e, mesmo, empresariais e acadêmicas…). Apenas deseja que sejamos testemunhas de seu projeto. Mas os que não concordam com esse projeto matam os profetas e os enviados de Deus que querem ser fiéis à sua missão. Exemplos disso não faltam em nosso mundo. Por isso, quando Pedro protesta contra a ideia da morte de Jesus, este o vê ao lado do grande “adversário”, satanás: “Vai para trás de mim, satanás, tu és uma pedra de tropeço para mim”. Pedro deve ir atrás de Jesus, em vez de desviá-lo para um caminho que não condiz com o projeto de Deus (satanás significa sedutor). Pedro pensava num Messias de sucesso, Jesus pensa no Servo Sofredor de Deus, que liberta o mundo por sua dedicação e pelo dom de si próprio até a morte.
A lição que Pedro recebe ensina-nos a olhar para Cristo, para ver nele a lógica de Deus; ensina-nos a olhar para os pobres, vítimas da estratégia do Adversário… Pois a sede de poder e a ganância produzem os porões da miséria.
Devemos analisar o sistema de Deus e o sistema do Adversário hoje. O sistema de Deus proíbe ao ser humano dominar seu irmão, porque Deus é o único “dono”; os sistemas contrários são baseados na dominação do ser humano pelo ser humano. Quem quiser ser mensageiro do Reino de Deus experimentará na pele a incompatibilidade com os sistemas deste mundo (2ª leitura). O mensageiro de Deus, seguidor de Jesus, será rejeitado pela sociedade como “corpo alheio”. Tomando consciência disso, vamos rever nossa escala de valores e critérios de decisão. A mania do sucesso, o prazer de dominar, de aparecer, de mandar… já não valem. Vale agora o amor fiel, que assume a cruz, até o fim.
Os critérios humanos se opõem ao modo de proceder de Deus. O ser humano envereda pelo sucesso e pela eficiência, Deus pelo dom da própria vida. O caminho de Jesus e de seus seguidores é convencer o mundo do amor de Deus.
Deus não deseja “sacrificar pessoas” (como é praxe em estratégias militares, políticas e, mesmo, empresariais e acadêmicas…). Apenas deseja que sejamos testemunhas de seu projeto. Mas os que não concordam com esse projeto matam os profetas e os enviados de Deus que querem ser fiéis à sua missão. Exemplos disso não faltam em nosso mundo. Por isso, quando Pedro protesta contra a ideia da morte de Jesus, este o vê ao lado do grande “adversário”, satanás: “Vai para trás de mim, satanás, tu és uma pedra de tropeço para mim”. Pedro deve ir atrás de Jesus, em vez de desviá-lo para um caminho que não condiz com o projeto de Deus (satanás significa sedutor). Pedro pensava num Messias de sucesso, Jesus pensa no Servo Sofredor de Deus, que liberta o mundo por sua dedicação e pelo dom de si próprio até a morte.
A lição que Pedro recebe ensina-nos a olhar para Cristo, para ver nele a lógica de Deus; ensina-nos a olhar para os pobres, vítimas da estratégia do Adversário… Pois a sede de poder e a ganância produzem os porões da miséria.
Devemos analisar o sistema de Deus e o sistema do Adversário hoje. O sistema de Deus proíbe ao ser humano dominar seu irmão, porque Deus é o único “dono”; os sistemas contrários são baseados na dominação do ser humano pelo ser humano. Quem quiser ser mensageiro do Reino de Deus experimentará na pele a incompatibilidade com os sistemas deste mundo (2ª leitura). O mensageiro de Deus, seguidor de Jesus, será rejeitado pela sociedade como “corpo alheio”. Tomando consciência disso, vamos rever nossa escala de valores e critérios de decisão. A mania do sucesso, o prazer de dominar, de aparecer, de mandar… já não valem. Vale agora o amor fiel, que assume a cruz, até o fim.
Oração Final
Pai Santo, faze-nos agradecidos pelos dons que nos emprestas
para serem partilhados. Entre eles, a Vida – com suas alegrias e dores. Que
façamos dela o nosso caminho para, desde agora, saborearmos o teu Reino de
Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade
do Espírito Santo.

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