7 de Agosto de 2013
Ano C

Mt 15,21-28
Comentário do
Evangelho
“Mulher,
grande é tua fé”
Depois da discussão com os
fariseus acerca do descanso sabático (15,1-9) e a instrução às multidões sobre
o puro e o impuro, e também aos discípulos, Jesus vai para a região de Tiro e
de Sidônia, região pagã. Quem diz pagão, diz impuro.
Assim como os discípulos, que na barca ameaçada
pelas ondas e pelo vento contrário gritam de medo, e Pedro, que grita: “Senhor,
salva-me!” (14,30), a mulher grita: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de
mim” (v. 22). O seu grito é uma profissão de fé no Messias, descendente de
Davi. A razão de sua súplica veemente é sua filha “atormentada por um demônio”.
Jesus nada diz – silencia. Silencia de admiração? De reflexão? O silêncio de
Jesus deixo espaço para a intervenção dos discípulos, que desejam que Jesus a
dispense, pois gritava atrás deles. A resposta de Jesus é coerente com as
instruções do discurso sobre a missão. Mas, aqui, não é senão um recurso que
valoriza a fé da cananeia, que continua a gritar: “Senhor, socorre-me!” (v. 25).
Jesus admirou-se da fé dela: “Mulher, grande é tua
fé” (v. 28). Ao contrário de Nazaré, protótipo da rejeição de Israel, onde
Jesus não pôde realizar muitos milagres por causa da incredulidade dos
nazarenos, a fé da mulher permite a Jesus realiza o que ela suplica. A fé abre
para os pagãos as portas do Reino dos céus. É a fé que permite à mulher
cananeia ver e reconhecer Jesus como Messias de todos os povos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Vivendo a Palavra
O Espírito do Pai usa a fé daquela mulher
Cananéia para iluminar o caminho do Filho: o Reino do Céu não se restringe a um
povo ou um país, mas veio para toda a humanidade, até os confins da terra. A
cura realizada por Jesus quebra barreiras nacionalistas e é o sinal da
universalidade do Reino do Pai.
Reflexão
O Evangelho de hoje nos revela a
diferença fundamental entre o judaísmo e o cristianismo, entre as idéias do
povo de Israel e as idéias que devem marcar a vida da Igreja. Para o povo de
Israel, ele era o único povo de Deus e não poderia haver outro e as demais
nações da terra não poderiam receber os benefícios de Deus. Para a Igreja,
todos os homens e mulheres do mundo, de todas as classes, línguas e nações, são
objetos da ação salvífica de Deus, de modo que a graça divina é para todos e a
salvação é universal. No primeiro momento do Evangelho de hoje, Jesus nos
mostra que é verdadeiramente um judeu, mas no segundo, nos mostra como
verdadeiramente devemos ser e agir.
Meditação
A fé que a mulher
Cananéia demonstra ultrapassa a dos discípulos. O que pensar disso? - Como a
mulher Cananéia, diante de seus problemas você se entrega a Jesus? - Você
espera a ajuda de Deus como um cachorrinho que quer as migalhas que caem da
mesa? - Sua súplica é humilde e persistente? - Lembre-se sempre: a fé
perseverante da mulher lhe valeu ser atendida.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
COMENTÁRIOS DO
EVANGELHO
1 - “MULHER, GRANDE É A
TUA FÉ!”. – Olívia Coutinho
Tudo que Deus mais quer, é estar conosco, principalmente nos nossos
momentos mais difíceis.
Jesus é a prova concreta da imensidão do amor de Deus por cada um
de nós, Ele é o próprio Deus que se humanizou para ficar mais próximo de nós,
respeitando sempre a nossa liberdade, só entrando na nossa vida quando chamamos
por Ele!
A fé, é que nos impulsiona a ir ao encontro de Jesus! Nele,
encontramos a força, a coragem para enfrentar as nossas dificuldades!
O que seria de nós sem a fé?
Quando saímos de algum sofrimento e olhamos para traz, vamos perceber com
maior intensidade, o valor da fé, pois somente pela fé, conseguimos atravessar
os inúmeros desertos de nossa vida!
A fé é o pilar que nos sustenta, é a força que nos move, a raiz que nos
mantém de pé nos vendavais da vida!
Ter fé, não significa simplesmente acreditar em Deus, é muito mais que
isto, é comprometer-se com Ele, é depositar toda a nossa segurança Nele!
A fé, é um dom de Deus, cabe a nós abraçá-la com firmeza, na
certeza de que com Deus, venceremos todos os desafios!
Quem abraça a fé, nunca perde a esperança, não se deixa enganar pelos
caminhos tortuosos, e nem se abate diante das dificuldades, pois carrega
consigo a certeza de que em Deus está o seu porto seguro!
O Evangelho de hoje, nos fala da essencialidade da fé, da confiança que
devemos ter no nosso Deus libertador!
O texto nos mostra com clareza, que não é pela religião que se dá
testemunho de fé, e sim, pela confiança no poder de Deus, manifestado em Jesus!
Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia, entrou numa casa, e não
queria que ninguém soubesse que Ele estava ali. Mas a fé de uma mulher pagã
encontrou Jesus, e não O deixou ficar escondido.
O episódio nos mostra que pela fé, é possível vencer todas as barreiras
que nos impede de aproximar da Luz que é Jesus!
Certamente, aquela mulher, já tinha ouvido falar da bondade de Jesus, por
isto, ela não queria perder aquela oportunidade única de aproximar-se Dele!
Para ela, somente Jesus, poderia dar fim ao sofrimento de sua filha. Movida
pela fé, aquela mãe, tomada pelo sofrimento, vence todos os obstáculos e com grande
humildade, prostra-se diante de Jesus e suplica insistentemente para que Ele
libertasse a sua filha do mal terrível que a atormentava.
“Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. A
princípio, estas palavras de Jesus, dirigidas a aquela mulher, podem parecer
duras demais, mas ao longo do texto, vamos perceber, que o que Jesus quis com
estas palavras, foi provocá-la, arrancar dela, o grande testemunho de fé, que
mudaria a mentalidade dos discípulos, que insistiam na exclusão dos outros
povos.
“É verdade Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem
da mesa dos seus donos.” Este belíssimo testemunho de fé, encantou Jesus
e serviu de lição para os discípulos e hoje para nós: A fé não tem
fronteira!
A postura de Jesus, colocando um primeiro obstáculo mediante a suplica
daquela mãe sofrida, não foi por não querer atende-la e sim, provocar uma
oportunidade para conscientizar os discípulos, que a salvação
trazida por Ele, não é privilégio de um só povo, a misericórdia de
Deus é para todos.
Deste episódio, fica para nós um grande ensinamento: precisamos ter
uma fé consistente, e insistente, a promessa é de Jesus: batei, e a porta
vos abrirá, buscai e achareis.
Exercitemos pois, a nossa fé, na oração, na reflexão da palavra, na
vivencia em comunidade e principalmente, na eucaristia.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia
2 - Mulher, grande é a tua fé!
"Disse-lhe, então,
Jesus: Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas. E na mesma hora
sua filha ficou curada."
Hoje, novamente Jesus nos ensina que a fé é a única coisa que nos basta.
É claro, que temos de fazer a nossa parte, não podemos ficar de braços cruzados
alegando ter fé, e esperar que todas as coisas que precisamos nos caia do céu.
Ter fé é acreditar no Pai e no mistério de seu Filho Jesus Cristo, e não
precisamos de mais nada, mesmo por que não interessa ficar acumulando tesouros
nesta vida, onde a traça e os ladrões podem destruir e roubar. Mais sim,
interessa acumular tesouros no céu. Já sei o que você pensou. Você
está imaginando que eu sou um franciscano descalço com uma túnica marrom e mais
nada. Não. Eu sou um pecador igual a todo mundo, que preciso vigiar-me dia e
noite, para desapegar-me dos bens materiais, e dos enganos desse
mundo cheio de ofertas nos comerciais de televisão. Precisamos das coisas
materiais, que são como ferramentas que nos facilitam a sobrevivência, e a
nossa atuação como missionários na divulgação do Reino de Deus. E veja. Como eu
poderia escrever estas reflexões e postá-las na internet se não tivesse um
computador?
Então não se trata de não
possuir absolutamente nada e viver
"franciscanamente". Porque assim, não poderemos
evangelizar em grande escala.
Então como devemos ser para imitar a
Cristo? Desapego, meu caro, minha cara! Desapego. Precisamos de um
carro, podemos comprá-lo mais vamos usá-lo como se não estivesse usando, sem
nos apegar a ele mais do que nos apegamos a Deus e nos dedicamos às pessoas.
Jesus não tinha onde encostar a cabeça, e não precisava de mais nada nas
circunstâncias, daquela época. Hoje, se Jesus estivesse aqui, Ele teria que
andar de Carro, de avião, almoçar em restaurantes, a menos que usasse os seus
poderes infinitos.
Tentando concluir, é o seguinte: Ter fé é confiar em Deus, e não no
dinheiro e nos bens materiais. Fazer a nossa parte, e confiar no poder de Deus
e no seu amor para conosco, e usar as coisas que possuímos com se fossem apenas
ferramentas para conseguirmos os nossos objetivos existenciais, sem nos apegar
a elas.
José Salviano
José Salviano
3 - Mulher, grande é a tua fé!
Mulher, grande é a tua fé!
Este Evangelho narra a cena de uma mulher pagã que
pede a Jesus a cura de sua filha. De início, Jesus recusa, dizendo que foi
enviado para as ovelhas perdidas da casa de Israel. E ele fala uma frase que, à
primeira vista, parece dura, mas era um dito popular: “Não fica bem tirar o pão
dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”.
Entretanto, a mulher não se deu por vencida e
respondeu de forma criativa. “É verdade, Senhor, mas os cachorrinhos também
comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” Diante dessa resposta, Jesus
lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde
aquele momento sua filha ficou curada.
Ter fé é vencer os obstáculos, venham de onde
vierem, até da parte de Deus. Exemplos de obstáculos que podem chocar-se com a
nossa fé: Aparente recusa de Deus em nos atender, como o caso de uma pessoa
doença que reza e, em vez de sarar, fica ainda pior fisicamente. Claro que a
cura de Deus é mais para o doente, não tanto para a doença. Mas a pessoa pode
não conhecer essa distinção e pensar que Deus não lhe está atendendo.
Jó (Cf seu livro, na Bíblia) é um exemplo nesse
ponto, pois, mesmo não sendo atendido, persistiu na oração, na fé e na
esperança.
A nossa fé não fica parada. Ela é como uma planta:
ou cresce ou morre. E ela cresce na direção da fidelidade, isto é, da firmeza
diante dos obstáculos.
Aquela mulher era pagã, não pertencia à
descendência de Abraão, que era o povo eleito.
Entretanto, ela tinha uma fé
correta e bonita. Pagãos, para nós, são os não batizados. É uma situação cuja
superação é aberta a todos e é facílima, basta receber o batismo. Já ser pagão
no tempo de Jesus era um estigma indelével, uma barreira intransponível, pois
dependia da raça, da família em que nasceu, que ninguém pode mudar.
Sabemos que a primeira Aliança, feita com o povo
hebreu, era provisória. Ela tinha o objetivo de preparar a vinda do Messias.
Com a chegada de Jesus, ela caducou e passou a valer a nova e eterna Aliança,
que Deus fez definitivamente com a humanidade toda, em Cristo. Esta não tem
distinção de raça, é baseada na fé e na obediência aos mandamentos. Como disse
S. Paulo: “Não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois
todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28).
Mas, apesar da primeira Aliança já ter caducado,
Deus, na sua extrema fidelidade, quis que seu Filho, inicialmente, desse
preferência ao povo de Israel. Entretanto, Jesus sempre acolhia bem os pagãos
que o procuravam. Inclusive, várias vezes, elogiou a fé dos pagãos, como a do
centurião romano: “Nunca encontrei tamanha fé em Israel”.
Esta fato da mulher cananéia nos mostra a força que
tem a oração perseverante e feita com fé. A oração é mais forte que as
estruturas humanas, inclusive as religiosas. Pela oração, nós somos capazes de
“transportar montanhas”, como disse Jesus. Contra tudo e contra todos, devemos
continuar pedindo a Deus as coisas, mesmo com a impressão de que ele virou as
costas para nós; e argumentar com Deus, como fez a mulher: “Os cachorrinhos
também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!”
A mesma mensagem vemos em algumas parábolas de
Jesus, como a da viúva pedindo para o juiz a solução do seu caso judicial (Cf
Lc 18,1-8), a do vizinho que, altas horas da noite, bate na porta do outro
pedindo pães (Cf Lc 11,5-8)...
Havia, certa vez, um pequeno lago que tinha muitos
peixes. Por isso faltava comida para eles. Viviam magros e famintos. Um
peixinho não se conformou com a situação e queria sair dali. Como havia uma
pequena corrente de água que saía do lago, ele arriscou e entrou nessa
corrente. Para surpresa sua, chegou a um grande lago, onde havia comida à
vontade, pois os peixes ali eram poucos. Que delícia! O peixinho estava
exultante de alegria. Quanto espaço para nadar! Isso que é vida! Mas logo se
lembrou dos colegas e ficou com dó. Decidiu: Quando der uma chuva grande e
aumentar a água dessa corrente, voltarei lá para convidá-los. Assim ele fez.
Após uma chuva, com grande esforço e destreza, subiu pela corrente de água e
voltou ao pequeno lago onde nascera e vivera. Foi logo contando para os colegas
a sua descoberta. Entretanto, teve uma surpresa: ninguém acreditou! Triste,
voltou para o lago da fartura que havia descoberto. Dias depois, alguns peixes
mais jovens, da sua turminha antiga apareceram. E começou um intercâmbio, que
mudou a vida dos peixes dos dois lagos.
Ter fé é ter coragem. Não podemos ficar acomodados
ou desanimados, como aquele homem da mão seca que estava marginalizado, em um
cantinho da sinagoga (Cf Mc 3,1-5). “Levanta-te e fica de pé no meio”,
disse-lhe Jesus. Precisamos arriscar um pouco e enfrentar a correnteza. A vida
é bela e cheia da fartura das bênçãos de Deus!
Peçamos a Maria Santíssima: “Ensina teu povo a
rezar, Maria Mãe de Jesus, que um dia teu povo desperta e na certa vai ver a
luz!”
Mulher, grande é a tua fé!
Padre Queiroz
4 - “ exemplo da mulher
Cananéia ” - Helena Serpa
- Números 13, 1-2.25—14,1.26-30.34-35 – “Perseverança e não covardia”
Deus tem um plano perfeito para que nós nos apossemos da “terra
prometida”, no entanto, a nossa humanidade fraca se acovarda diante das
primeiras dificuldades e ficamos rodopiando na mesmice porque não enfrentamos
com fé em Deus os desafios da nossa caminhada. Muitas vezes morremos “na beira
da praia” e não alcançamos os nossos propósitos porque nos apavoramos diante
dos obstáculos, por isso, nos sentimos fracassados. Foi também isto que
aconteceu com o povo de Deus quando teve notícia de que lá na terra para onde
ele caminhava e onde corria leite e mel, os habitantes eram fortíssimos, como
gigantes e eles teriam que combatê-los para se apossarem da promessa do Senhor.
Os israelitas só viram as dificuldades e, motivados por alguns que haviam explorado
a terra, desanimaram e começaram a murmurar. As nossas palavras têm poder! O
Senhor pode tomá-las a sério e realizar aquilo que por inconsequência nós
estamos afirmando. Por isso, as lamúrias do povo irritaram o Senhor, e Ele os
deixou morrer na sua incompreensão, pisando no mesmo lugar durante quarenta
anos e nem todos viveram para pisar na terra da promessa, embora já estivessem
bem pertinho. Fazendo uma analogia com a nossa caminhada nós percebemos a
semelhança que existe entre nós e o povo de Israel. Almejamos alcançar a terra
da felicidade e o Senhor nos instrui e nos orienta, porém Ele não nos promete
vida fácil e sem luta. Ele nos garante a vitória depois da batalha e receber o
troféu como prêmio da nossa perseverança, mas nós entendemos que com Deus nós
teremos as coisas como passe de mágica e nos acovardamos quando antevemos que
teremos que enfrentar os gigantes ao longo do caminho. Precisamos confiar em
Deus que nos garante a chegada na terra definitiva. Não há felicidade sem busca
nem vitória sem luta. Se Deus é por nós quem será contra nós? Quanto mais
difícil for o caminho, maior será a conquista. Perseverança e não covardia é o
que o Senhor nos propõe. Chegaremos lá, pois Deus combate por nós! – Você
costuma morrer na “beira da praia” por medo de enfrentar os gigantes? – Você é
daqueles (as) que quer desistir porque é muito difícil? – Você gosta das coisas
“práticas” ou adere às sugestões do Espírito, embora sejam mais trabalhosas? –
Você acha que alcançará a terra prometida?
Salmo 105 – “Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
A caminhada do povo de Deus pelo deserto é para nós um referencial para que nós aprendamos as lições que nos ajudarão a caminhar no deserto da nossa vida terrena. Por isso, precisamos confiar nos projetos do Senhor não somente nas horas dos livramentos, mas também nos momentos de dificuldades. Deus faz também hoje coisas assombrosas no meio de nós, abre o mar para nós e nos guia de noite e de dia. O Seu amor nos conduz, a Sua graça nos preenche e disso nunca podemos nos esquecer.
Evangelho – Mateus 15, 21-28 – “ exemplo da mulher Cananéia ”
A mulher Cananéia não se rendeu diante dos argumentos de Jesus de que Ele fora enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas com fé e convicção, mesmo não se reconhecendo merecedora pediu a Jesus as migalhas que sobrassem da “mesa dos judeus”, por isso, foi atendida. O Senhor faz em nós na medida do que nós queremos de coração. A força do nosso “querer” é sinal de Fé e é uma motivação para que Jesus realize em nossa vida os milagres que almejamos. Realmente Jesus foi enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel e nós também não pertencíamos àquela casa, porém Jesus nos acolhe como acolheu aquela mulher. Somos pecadores e, assim sendo, nós mesmos não temos merecimentos, não podemos cobrar nem exigir direitos porém “grande é a nossa fé” e isto basta para que Jesus venha também alimentar a nós e a todos que são humildes para reconhecê-lo e perseverantes quando não cessamos de gritar também: “Senhor, socorre-me!" Jesus, muitas vezes, não nos responde palavra alguma, contudo, nem por isso, nós podemos dizer que Ele nos abandonou, pois assim falando estamos dando provas de que não temos fé. A fé é o argumento que mantêm a nossa esperança na hora do desespero! - A sua fé também é grande como a da cananeia? – O que tem atraído você para Deus? - Você se acha um “caso liquidado” ou tem esperança de plantar e colher frutos de conversão? - Você se acha merecedor (a) da Salvação que Jesus veio trazer ao mundo?
Helena Serpa
A caminhada do povo de Deus pelo deserto é para nós um referencial para que nós aprendamos as lições que nos ajudarão a caminhar no deserto da nossa vida terrena. Por isso, precisamos confiar nos projetos do Senhor não somente nas horas dos livramentos, mas também nos momentos de dificuldades. Deus faz também hoje coisas assombrosas no meio de nós, abre o mar para nós e nos guia de noite e de dia. O Seu amor nos conduz, a Sua graça nos preenche e disso nunca podemos nos esquecer.
Evangelho – Mateus 15, 21-28 – “ exemplo da mulher Cananéia ”
A mulher Cananéia não se rendeu diante dos argumentos de Jesus de que Ele fora enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas com fé e convicção, mesmo não se reconhecendo merecedora pediu a Jesus as migalhas que sobrassem da “mesa dos judeus”, por isso, foi atendida. O Senhor faz em nós na medida do que nós queremos de coração. A força do nosso “querer” é sinal de Fé e é uma motivação para que Jesus realize em nossa vida os milagres que almejamos. Realmente Jesus foi enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel e nós também não pertencíamos àquela casa, porém Jesus nos acolhe como acolheu aquela mulher. Somos pecadores e, assim sendo, nós mesmos não temos merecimentos, não podemos cobrar nem exigir direitos porém “grande é a nossa fé” e isto basta para que Jesus venha também alimentar a nós e a todos que são humildes para reconhecê-lo e perseverantes quando não cessamos de gritar também: “Senhor, socorre-me!" Jesus, muitas vezes, não nos responde palavra alguma, contudo, nem por isso, nós podemos dizer que Ele nos abandonou, pois assim falando estamos dando provas de que não temos fé. A fé é o argumento que mantêm a nossa esperança na hora do desespero! - A sua fé também é grande como a da cananeia? – O que tem atraído você para Deus? - Você se acha um “caso liquidado” ou tem esperança de plantar e colher frutos de conversão? - Você se acha merecedor (a) da Salvação que Jesus veio trazer ao mundo?
Helena Serpa
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2013/07/exemplo-da-mulher-cananeia-helena-serpa.html
5 - “A Graça Poderosa atinge a
todos...” -Diac. José da Cruz
Se nos
lembrarmos da reflexão do evangelho de ontem, vamos compreender que a Graça de
Deus é Soberana e autônoma, não estando atrelada a nenhum sistema
institucionalizado, ou estruturas humanas que aprimorem a sua eficácia. A
Graça operante e santificante é eficaz em si mesma cabendo ao homem apenas
acolhê-la em sua vida e seu coração, nada mais.
Poderá o
leitor questionar, com toda razão: “Então as instituições, inclusive a
religiosa, não serve para nada, por causa da sua neutralidade na questão
Salvífica?” As estruturas institucionais mostram o esforço do homem em buscar a
Deus e a Graça que ele tem para nos oferecer, e como de fato nos oferece,
através de Jesus Cristo. Nesse sentido a Igreja é o grande, único e verdadeiro
Sacramento de Jesus Cristo para o mundo.
A mulher
Cananéia percebeu isso, que a Salvação estava em Jesus Cristo, e por isso não
deu a mínima para a Rigorosa Instituição judaizante e aproximou-se de Jesus,
que aqui, falando sob o ponto de vista da instituição religiosa, vai lembrar a
mulher que a Salvação é exclusiva de Israel, Nação Santa e Raça escolhida. E
nesse sentido o seu Messianismo estava focado na nação de Israel, e jamais fora
dela.
Mas a mulher
não vê sob o olhar da instituição, ela crê na misericórdia Divina que tem algo
precioso a oferecer a todas as pessoas, e não apenas aquelas que estão dentro
de um sistema religioso. Então aquela mulher pagã ganhou definitivamente o
coração de Jesus que percebe nela a grandeza de uma Fé, que não pauta pelos
compromissos e obrigações decorrentes do legalismo Mosaico, mas que vislumbra a
gratuidade do seu amor, capaz de salvar qualquer homem...
E Jesus
inverte a ordem estabelecida, até agora Israel é a única referência e modelo de
Povo Salvo, porque cumpre a Lei de Moisés, mas doravante o modelo e referência
é aquela mulher Cananéia, que vislumbrou a Salvação enquanto dom gratuito,
oferecida por Deus em Jesus Cristo, e por isso ali diante da comunidade dos
discípulos Jesus a exalta, colocando-a acima de Israel, onde ele próprio ainda
não tinha visto, até o momento, alguém com uma Fé assim.
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2013/07/a-graca-poderosa-atinge-todos-diac-jose.html
6 - Mulher, grande é a
tua fé!
Mulher, grande é a tua fé!
Mateus
identifica a mulher como cananéia porque
quer insistir na abertura geográfica, social e de gênero que caracteriza
a mensagem de Jesus. A Palavra de Deus é sempre inclusiva. Estamos na presença
do amor de uma “mãe” que suplica por sua filha. Ela sabe que Jesus pode curar,
por isso enfrenta, sem medo, os discípulos que não ouvem seus gritos.
A mulher
se aproxima, prostra-se e grita com humildade: “Senhor, ajuda-me”. Apesar da
carga social que a exclui por ser mulher, é capaz de replicar as palavras de
Jesus. Como sempre, as necessidades foram ouvidas e a fé foi o veículo para a
cura. Desta vez é a mulher que torna possível a multiplicação do pão da mesa.
O que
dela cai alcança a todos, incluindo os pagãos. A fé deve convocar os
cristãos a unir esforços para curar no mundo as feridas que deixam a
discriminação cultural, racial, religiosa, política e econômica. A fé é o pão
do amor, capaz de curar os males do mundo.
Claretianos
Por que você desanima tão facilmente?
Por que você desanima tão facilmente? Por
que a sua fé não o leva a desafiar as próprias circunstâncias, as quais, muitas
vezes, o afastam do Senhor?
“A mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a
implorar: ‘Senhor, socorre-me!’ Jesus lhe disse: ‘Não fica bem tirar o pão dos
filhos para jogá-los aos cachorrinhos’. A mulher insistiu: ‘É verdade, Senhor;
mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!’” (Mateus 15, 25-27).
Quando nós escutamos esse Evangelho, ficamos até um pouco
assustados, porque essa mulher não fazia parte da região de Jesus como diziam
os judeus: “Ela não fazia parte do povo eleito, era uma cananeia”. Mas era uma
mulher insistente, por isso aproximou-se do Senhor, pois tinha uma filha
cruelmente atormentada pelo demônio, e ela sabia que Jesus poderia fazer algo
por ela.
No primeiro momento, ela grita, pede, e o Senhor, em passos
lentos, continua Seu caminho, até que os discípulos querem afastá-la de Jesus.
Então, Ele lhe responde: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de
Israel”. Nesse instante, a mulher mais uma vez insiste e diz: “Senhor, por
favor, cure minha filha”.
A resposta de Jesus parece dolorosa, mas, na verdade, é um
provérbio. Os judeus consideravam que aqueles que não faziam parte do povo
eleito eram como cães. O Senhor foi até carinhoso ao dizer: “Não fica bem eu
tirar o pão dos filhos para dar aos cachorrinhos”.
Que mulher de fé extraordinária! Ela não se convenceu com a
colocação proverbial do Senhor. Nesse dia, ela venceu até Deus – a exemplo de
Israel, quando este brigou com o Senhor e O venceu. Ela disse: “Senhor, é
verdade, mas os cachorrinhos têm o direito de comer das migalhas que caem da
mesa”. Ela implorou a Jesus o seu direito, nem que fossem as migalhas d’Ele.
A graça de Jesus veio para todos. Então, essa mulher não poderia
ser excluída, por isso ela foi agraciada nesse primeiro instante, pois confiou,
acreditou e foi insistente.
Por que você se exclui de Deus? Por que desanima tão facilmente?
Por que a sua fé não o leva a ser confiante? Por que a sua fé não o leva a
desafiar as próprias circunstâncias, as quais, muitas vezes, o afastam do
Senhor?
Diga: “Senhor, eu, como um cachorrinho, tenho direito às
migalhas”. Essas migalhas do Senhor cairão na sua mesa e no seu coração.
Deus abençoe você no dia de hoje!
LEITURA ORANTE

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que estão na rede da internet, e na rede das comunidades, em oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso:
eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 15,21-28 e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus saiu dali e foi para a região que fica perto das cidades de Tiro e de Sidom. Certa mulher cananeia, que morava naquela terra, chegou perto dele e gritou:
- Senhor, Filho de Davi, tenha pena de mim! A minha filha está horrivelmente dominada por um demônio!
Mas Jesus não respondeu nada. Então os discípulos chegaram perto dele e disseram:
- Mande essa mulher embora, pois ela está vindo atrás de nós, fazendo muito barulho!
Jesus respondeu:
- Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel.
Então ela veio, ajoelhou-se aos pés dele e disse:
- Senhor, me ajude!
Jesus disse:
- Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros.
- Sim, senhor, - respondeu a mulher - mas até mesmo os cachorrinhos comem as migalhas que caem debaixo da mesa dos seus donos.
- Mulher, você tem muita fé! - disse Jesus. - Que seja feito o que você quer!
E naquele momento a filha dela ficou curada.
Jesus foi para as cidades dos pagãos. Isto queria dizer que sua missão não era restrita a um grupo, mas aberta a todos. A salvação é para todos. Entre diversos aspectos que podemos considerar neste trecho do Evangelho, tomemos , de um lado a fala da mulher anônima, e de outro, a fala de Jesus.“- Senhor, Filho de Davi, tenha pena de mim! A minha filha está horrivelmente dominada por um demônio! Senhor, ajuda-me! Este grito da mulher manifesta a sua necessidade e a sua fé. A afirmação de Jesus: “ Mulher, você tem muita fé!”Jesus vê o coração, vê a fé, vê a intenção. O evangelista Mateus diz que a mulher chegou perto de Jesus e gritou. Diz ainda que ela se ajoelhou aos pés dele. Implorou com humildade. Por isso Jesus acolheu seu pedido: “Que seja feito o que você quer!”
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Minhas disposições são como as da mulher cananeia?
Quando conversos com Jesus tenho a mesma humildade e confiança?
Como acolho a salvação?
Como vivo na comunidade cristã? Os bispos em Aparecida disseram: “A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. “Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia” (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas “por ‘atração’: como Cristo ‘atrai tudo a si’ com a força de seu amor” (Bento VXI, em Aparecida). A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34). (DAp 159).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Jesus Mestre
Jesus Mestre,
santificai minha mente e aumentai minha fé.
Jesus, Mestre vivo na Igreja,
atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro,
dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós,
tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade,
tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho,
tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica
diante das pessoas.
Jesus vida, fazei que minha presença
contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é iluminado pela fé que me faz me aproximar de Jesus com humildade e confiança.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, dá â tua Igreja - hoje somos nós! – espírito aberto aos companheiros de
jornada nesta terra. Faze-nos acolhedores e cuidadosos com todos os irmãos,
incluindo aqueles que não podem ou não sabem retribuir. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário