domingo, 16 de novembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/11/2025

ANO C


33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas!” Ml 3, 20a

Lc 21,5-19

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Concluindo mais um ano litúrgico, o Senhor recorda-nos a instabilidade deste mundo e suas estruturas. E aponta para o modo como devemos nos portar nesta caminhada: permanecendo vigilantes, prudentes e serenos.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/106199/16-de-novembro-de-2025-33-tempo-comum.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, estamos às portas de encerrar o ano litúrgico. A conclusão desse período nos recorda que o tempo passa e a vida passa veloz! Que esta Eucaristia nos ajude a viver bem nossa vocação cristã, recebendo a graça da perseverança no testemunho de Cristo, a fim de alcançarmos a realização da nossa esperança: a participação na vida divina. Hoje, celebramos o Dia Mundial dos Pobres: que este dia nos leve a combater qualquer forma de pobreza e ajudar os mais necessitados, reconhecendo em seus rostos a Deus, que assumiu nossa pobreza para nos enriquecer.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Ano-49C-60-33o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

DE MALAS PRONTAS PARA A ÚLTIMA VIAGEM

No Evangelho de hoje, Jesus fala do fim do mundo, prefigurado na destruição do Templo de Jerusalém, ocorrido cerca de quarenta anos depois, obra do exército romano. Jesus nos recomenda uma atitude existencial de empenho, responsabilidade e abandono nas mãos de Deus. Enquanto esse dia não chega, os discípulos serão perseguidos. Não basta anunciar o bem para pôr fim ao mal. Quem faz o bem é perseguido por fazer o bem. Mas o mal não é nunca um obstáculo para Deus: Ele o permite para tirar bens maiores.
Para os cristãos, o fim do mundo é a volta gloriosa de Cristo: Deus entra em cena de maneira decisiva, traz o final da história e inaugura o seu Reino definitivo de justiça, bondade e glória. Os soberbos e injustos serão finalmente derrotados e, para os justos, surgirá o Sol da justiça, a triunfal manifestação de Deus Salvador e a vitória do bem sobre o mal, como declara a primeira leitura: “Porque eis que virá um dia semelhante a uma fornalha...”, fala o profeta Malaquias com acentos fortes dos últimos tempos. E Jesus recorda-nos no Evangelho que devemos estar vigilantes ante a sua chegada no fim do mundo: “Vede, não sejais enganados...”
Alguns cristãos da Igreja primitiva julgaram que essa chegada gloriosa do Senhor era iminente. Pensavam que o fim dos tempos estava próximo e por isso, entre outras razões, descuravam o trabalho e andavam muito ocupados em não fazer nada e meter-se em tudo. Deduziram que, dada a sua precariedade, não valia a pena dedicarem-se plenamente aos assuntos terrenos. Por isso São Paulo repreende-os, como lemos na segunda Leitura da Missa, e recorda-lhes a vida de trabalho que levou entre eles, apesar da sua intensa dedicação ao Evangelho: repete-lhes a norma de conduta que já tinha aconselhado: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos declaramos que, se alguém não quer trabalhar, também não coma”. E aos que estavam entregues à ociosidade, recomenda-lhes que “comam o seu pão, trabalhando pacificamente”.
A vida é realmente muito curta e o encontro com Jesus está próximo. Isto ajuda-nos a desprender-nos dos bens que temos de utilizar e a aproveitar o tempo; mas não nos exime de maneira nenhuma de dedicar-nos plenamente à nossa profissão no meio da sociedade. Mais ainda: é com os nossos afazeres terrenos, ajudados pela graça, que temos de ganhar o Céu. É aqui e agora onde Deus nos chama e nos dá uma missão, no meio de nossas atividades comuns e diárias onde devemos buscar a Deus, encontrá-lo e amá-lo. Certa vez, quando era catequista de Crisma, perguntei a uns jovens o que fariam se soubessem ter apenas mais 24 horas até o fim do mundo. Um deles respondeu rápido: não iria nem dormir para aproveitar e fazer tudo que sempre tive desejo; um típico materialista, para o qual a vida é uma espécie de laranja a ser espremida até a última gota, uma diversão a ser gozada até o último suspiro. Outro jovem teve a coragem de dizer que se soubesse que iria morrer em 24 horas iria correndo procurar um padre para se confessar...
Devemos estar de malas prontas para a última viagem. Estar pronto se trata de uma atitude interior. Devemos estar atentos, por exemplo, vivendo com fidelidade os mandamentos da lei de Deus, e perseverando na oração, nas boas obras, no cumprimento dos nossos deveres de cada dia. Cada um deve se perguntar: Tenho medo da volta de Cristo ou tenho desejo de me encontrar com Ele? Faço o que Ele me pede a cada dia? Cada um deve responder com a sua oração e com a sua vida. Uma forma de estar preparados é a confissão frequente. Não podemos estar com dúvidas, nem conviver com remorsos ou peso na consciência: vamos pedir o perdão de Deus na confissão. Vamos também fazer o propósito de lutar, de não ficarmos caídos depois das quedas, mas nos levantarmos sempre.
D. Carlos Lema Garcia
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Educação e Universidades
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Comentário do Evangelho

Os Sinais dos Tempo


O Evangelho de hoje propõe uma reflexão profunda sobre a impermanência das estruturas humanas e a necessidade de uma fé sólida em meio a provações. O símbolo do Templo, magnífico e aparentemente inabalável, é visto por Jesus Cristo como algo que se desintegra — “nem uma pedra ficará sobre a outra” — sinalizando que mesmo o que parece firme pode desmoronar.
Essa advertência chama nossa atenção para duas dimensões: a histórica e a existencial. Historicamente, Jesus remete à destruição do Templo de Jerusalém, e assim prepara os seus seguidores para enfrentarem perseguições, dúvidas e crises de fé. Existencialmente, somos convidados a refletir sobre onde está nosso alicerce: é nas estruturas que o tempo destrói ou em Deus, que permanece?
A passagem sugere que ser discípulo de Cristo não garante imunidade contra dificuldades — pelo contrário, ela afirma que haverá desafios, divisões, rejeições. E, no entanto, encerra com uma promessa: “nem um fio de cabelo da vossa cabeça se perderá” — o que indica que, mesmo no caos, a fidelidade salva.
Para nós hoje, o desafio é viver vigilantes, conscientes de que o mundo muda e que as formas de segurança podem ruir, mas que a fé ativa — aquela que permanece firme apesar das tempestades — não se perde. Ser fiel no meio da instabilidade não é esperar que nada aconteça, mas confiar que em meio ao que muda, Deus permanece. Permaneçamos, portanto, firmes e alertas, construindo não sobre o que se desfaz, mas sobre Aquele que não passará.
https://catequisar.com.br/liturgia/16-11-2025/

Reflexão

Quando o Evangelho de Lucas foi escrito, os acontecimentos relatados já tinham acontecido ou estavam acontecendo. As perseguições contra os seguidores de Jesus já eram realidade. É próprio da literatura apocalíptica tomar fatos do passado e apresentá-los como se ainda não tivessem acontecido. A finalidade desse tipo de linguagem é animar e fortalecer a resistência dos que são perseguidos. Diante desses fatos, Jesus alerta seus seguidores para que não se deixem enganar por falsos pregadores e mostra-lhes que tudo passa, mas ainda não será o fim de tudo. Em meio às dificuldades e perseguições, é preciso firmeza na caminhada para não sucumbir e continuar dando testemunho e reafirmando a fé. O discípulo de Jesus não pode ficar de braços cruzados olhando para o céu, mas é convidado a assumir o compromisso para que nasça o mundo novo da justiça, da paz e do amor, lembrando que Deus está no comando da história da humanidade. É permanecendo firmes que ganharemos a vida.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-domingo-9/

Reflexão

«Cuidado para não serdes enganados»

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho fala-nos da última vinda do Filho do homem. Aproxima-se o final do ano litúrgico e a Igreja apresenta-nos a parúsia e, ao mesmo tempo, quer que pensemos nos novíssimos: morte, juízo, inferno ou paraíso. O fim de uma viagem condiciona a sua realização. Se queremos ir para o inferno, podemos comportar-nos de determinada maneira, de acordo com o termo da nossa viagem. Se escolhermos o céu, devemos ser coerentes com a Glória que queremos conquistar. Sempre, livremente. Ninguém vai para o inferno à força; nem para o céu. Deus é justo e dá a cada pessoa o que ganhou, nem mais nem menos. Não castiga nem recompensa arbitrariamente, movido por simpatias ou antipatias. Respeita a nossa liberdade. No entanto, devemos considerar que ao sair deste mundo a liberdade já não poderá escolher. A árvore permanecerá caída do lado em que tombou.
«Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d’Ele para sempre, por nossa própria livre escolha» (Catecismo da Igreja nº 1033).
Imaginamos a grandiosidade do espetáculo? Perante homens e mulheres de todas as raças e de todos os tempos, com o nosso corpo ressuscitado e a nossa alma compareceremos diante de Jesus Cristo, que presidirá com grande poder e majestade. Virá julgar-nos na presença de todo o mundo. Se a entrada não fosse gratuita, valeria a pena... Então se conhecerá a verdade de todos os nossos atos interiores e exteriores. Então veremos de quem são os dinheiros, os filhos, os livros, os projetos e demais coisas: «Dias virão em que de tudo isto que estais a contemplar não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído» (Lc 21,6). Dia de alegria e de glória para uns; dia de tristeza e de vergonha para outros. O que não queremos que apareça publicamente, é possível eliminá-lo agora com uma confissão bem feita. Não se pode improvisar um ato tão solene e comprometedor. Jesus adverte-nos: «Cuidado para não serdes enganados.» (Lc 21,8). Estamos preparados agora?
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Toda fidelidade deve passar pela prova mais exigente: a da duração. É fácil ser consistente durante um dia ou alguns dias. Difícil e importante é ser coerente durante toda a vida inteira» (S. João Paulo II)

- «`Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas´. Quanta esperança nestas palavras! São um chamamento à esperança e à paciência. O Senhor, mestre da história, leva tudo ao seu cumprimento. Apesar das desordens e desastres que perturbam o mundo, o plano de bondade e misericórdia de Deus será cumprido» (Francisco)

- «As virtudes humanas, adquiridas pela educação, por atos deliberados e por uma sempre renovada perseverança no esforço, são purificadas e elevadas pela graça divina. Com a ajuda de Deus, forjam o carácter e facilitam a prática do bem. O homem virtuoso sente-se feliz ao praticá-las» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.810)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-16

Reflexão

Esperança: o “desencanto” tem uma dimensão escatológica

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, os sintomas do desencanto são variados, mas talvez o mais claro seja o dos “encantamentos à medida”: o encantamento da técnica que promete sempre coisas melhores, o encantamento de uma economia que oferece possibilidades quase ilimitadas em todos os aspectos da vida que possam estar incluídos no sistema, o encantamento das propostas religiosas menores, à medida de cada necessidade.
O desencanto tem uma dimensão escatológica. Ataca indiretamente, pondo entre parêntese toda atitude definitiva e, em seu lugar, propõe esses pequenos encantamentos que faz de “ilhas” ou de “trégua” frente à falta de esperança diante da marcha do mundo em geral.
—Dai que a única atitude humana para romper encantamentos e desencantos é situarmos diante das últimas coisas e perguntarmos: em esperança, vamos de bem em melhor subindo ou de mal em pior descendo? e surge então a dúvida: podemos responder? Temos, como cristãos, a palavra e os gestos que marquem o rumo da esperança para nosso mundo?
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-16

Comentário do Evangelho

Jesus profetizou o fim do Templo em Jerusalém e neste mundo


Hoje, como em outros dias de novembro, a Igreja nos reproduz o discurso de Jesus Cristo sobre o acabamento dos tempos. Aí se desfiguram descrições sobre o final do Templo de Jerusalém e o final do tempo deste mundo. O de Jerusalém ocorreu exatamente como previu Jesus: no ano 70 as tropas romanas não deixaram «pedra sobre pedra». Esse “primeiro final” é uma imagem do outro “final”.
—Tudo isso não deve ser causa de inquietação, mas sim de esperança. O poder de Deus renovará tudo. Enquanto, «não perecerá nenhum cabelo de sua cabeça. Com sua perseverança salvará suas almas».
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-16

HOMILIA

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Todos queremos uma terra sem males, que é o sonho também de Deus, que nos diz: “eis que virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los, tal que não lhes deixará raiz nem ramo”.
Então nascerá “o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas”, para os que temem o Senhor. Deus dá certa indicação de tempo, mas bem indeterminada: “eis que virá o dia”. Esse dia será a segunda vinda do “Sol da justiça”, do Jesus glorioso, no final dos tempos.
A partir da destruição de Jerusalém, também Jesus anunciou a chegada dessa total reviravolta. Mas, às perguntas dos discípulos “quando acontecerá isto?” e “qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”, Jesus os alerta: “cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘sou eu!’ e ainda: ‘o tempo está próximo’. Não sigais essa gente!”
Aliás, antes daquela sua volta gloriosa, cada um de nós terá seu encontro pessoal com Ele, finalizando nossa romaria aqui na terra, em dia também ignorado. Assim, em vez de nos preocuparmos com as datas, Jesus nos propõe que vivamos bem o tempo presente a fim de que o nosso encontro pessoal com Ele seja de alegria, de feliz coroamento de nossa romaria na terra e de passagem para a plenitude da vida nos céus do Pai.
Os tessalonicenses esperavam esse encontro para muito breve, nem lhes dando tempo para trabalhar. E Paulo os traz para a realidade: “quem não quer trabalhar, também não deve comer”. Em vez de se viver à toa, “muito ocupados em não fazer nada”, que trabalhem para comerem “na tranquilidade o seu próprio pão” e, assim, esperem aquele encontro!
Jesus não esconde a realidade: antes daquele final grandioso, seus seguidores serão presos e perseguidos, levados diante de reis e governadores “por causa do meu nome”, ocasião ímpar de testemunharem a fé, assistidos por Ele mesmo. Serão entregues até por parentes e amigos. “E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”
Manter-se no seguimento de Jesus, que viveu o céu aqui, num amor que não se dobrou nem diante da morte, é o que unicamente terá valor. Mataram Jesus, mas nem sequer um fio de cabelo Ele perdeu, mas ganhou tudo, pois o Pai o ressuscitou e ressuscitará com Ele seus seguidores, para a vida plena e eterna.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F11%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: SENHOR NOSSO DEUS, concedei-nos a graça de sempre nos alegrar em vosso serviço, porque só alcançaremos duradoura e plena felicidade sendo fiéis a vós, criador de todos os bens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F11%2F2025&leitura=meditacao

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