ANO A

Mt 9,35–10,1.6-8
Comentário do Evangelho
Proximidade do Reino de Deus
O v. 35 é um sumário da
atividade de Jesus. A vida de Jesus, o que ele ensina e faz, é proclamação e
testemunho da proximidade do Reino de Deus. A compaixão (v. 36) leva Jesus ao
encontro das pessoas e a se deixar encontrar por elas. É com este sentimento
divino que os Doze são enviados e deverão realizar a missão que recebem do
Senhor. Eles serão poucos, dadas as exigências da missão, por isso deverão
pedir Àquele que tudo conhece (cf. Sl 139[138]) para que conceda a ajuda
necessária e adequada (cf. v. 37).
O capítulo 10 é um dos muitos discursos de Jesus
no evangelho segundo Mateus. É denominado “discurso missionário”. Para a missão
Jesus concede aos Doze “poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo
tipo de doença e enfermidade” (10,1). O poder concedido é o poder de Jesus, o
Espírito Santo, “força do Alto” (cf. At 1,8). Os destinatários prioritários,
não exclusivos, são as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (v. 6; cf. 9,13; Lc
19,10). O objeto da proclamação é a proximidade do Reino dos Céus (cf. v. 7).
Este anúncio deve ser acompanhado da ação que liberta as pessoas do mal que
desfigura o ser humano e o faz experimentar-se distante de Deus (cf. v. 8a). O
que é dado como dom por Deus aos apóstolos, o Espírito Santo, deve ser
oferecido gratuitamente a tantos quantos eles encontrarem (cf. v. 8b).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.
Fonte: Paulinas em 07/12/2013
Vivendo a Palavra
Vale a pena repetir a nossa missão, ordenada pelo Cristo Jesus: “Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça!” Nós, que queremos segui-lo, temos consciência dessa Missão? Tentamos cumpri-la?
Fonte: Arquidiocese BH em 07/12/2013
VIVENDO A PALAVRA
Vale a pena repetir a nossa missão, ordenada pelo Cristo Jesus: “Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, deem também de graça!” Nós, que queremos segui-lo, temos consciência dessa Missão? O que significa para nós, hoje: curar, ressuscitar, purificar ou expulsar? Nós nos esforçamos para cumprir essa tarefa sublime?
Reflexão
Jesus é o bom pastor que vem ao encontro das ovelhas perdidas da casa de Israel, cumprindo assim as promessas feitas por Deus no Antigo Testamento. De fato, Deus disse pela boca do profeta Jeremias que daria ao seu povo pastores segundo o seu próprio coração e Jesus é o pastor segundo o coração de Deus. Ele disse também pela boca do profeta Ezequiel que ele mesmo apascentaria o seu rebanho, procurando a perdida, indo ao encontro da desgarrada, alimentando a faminta, curando a doente, procurando a perdida e estabelecendo o direito entre elas, e Jesus é o bom pastor, o próprio Deus que se encarna e vem ao encontro do seu rebanho para ser o seu pastor e enviar outros, os pastores da Nova Aliança, para que não haja mais ovelhas sem pastor.
Fonte: CNBB em 07/12/2013
Reflexão
Jesus é um líder que não se isola do povo nem está alheio às suas necessidades. Ao contrário, solidário com suas misérias e sofrimentos, anuncia-lhes que o Reino do Céu está ao alcance de todos. E completa o anúncio curando toda espécie de enfermidade. Jesus sabe e vê que as pessoas estão desorientadas, afastadas de Deus, como ovelhas sem pastor. Reconhece que é imenso o trabalho de liderança e de solidariedade com essa gente sofrida. Por isso, não guarda para si a missão de evangelizar e curar, mas quer compartilhar esta ânsia pastoral com seus discípulos. E lhes recomenda fazer preces para que Deus aumente o número dos operários do Reino, já que “a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Recadinho
Jesus convida seus discípulos a serem trabalhadores da messe. Posso considerar que trabalho pela Messe de Jesus? - Ao nosso redor, há tantas ovelhas sem pastor, abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança! O que posso fazer por elas? - Podemos ser trabalhadores da messe de Cristo fazendo o que Ele fazia: Tudo por amor! A minha vida é assim? - Nosso testemunho, nossa vivência do amor, animará pessoas abatidas, cansadas e sem esperança! Mas dou realmente testemunho de vida cristã verdadeira? - Será que não faço parte do grupo dos acomodados da vida?!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 07/12/2013
Comentário do Evangelho
O MESSIAS COMPASSIVO
A
característica da ação do Messias Jesus foi a compaixão. Por onde passava, seu
olhar recaía sobre os doentes e sofredores, as vítimas da marginalização e dos
preconceitos, e toda sorte de desprezados deste mundo. Tendo vindo para eles a
fim de anunciar-lhes a libertação e a salvação, era natural que fossem os
preferidos de sua ação.
Sua
compaixão expressou-se no gesto concreto de convocar um grupo de discípulos e
enviá-los para serem os continuadores de sua solidariedade com os excluídos.
Daí ter-lhes dado "poder para expulsar os espíritos imundos, e curar toda
doença e enfermidade". Em suma, ter-lhes dado poder para libertar os seres
humanos de suas opressões a fim de restituir-lhes a dignidade, de modo a
experimentarem a presença do Reino em suas vidas ressuscitando os
mortos, os apóstolos proclamavam a vitória da vida sobre a morte. Purificando
os leprosos, mostravam como o Reino se articula como reconstrução da vida,
de maneira plena. Expulsando os demônios, indicavam o senhorio de Deus sobre a
vida humana, a qual não mais estaria à mercê do poder do mal. Portanto, um
indicador seguro do Reino acontecendo no seio da humanidade deve ser buscado
ali onde a vida volta a fluir abundante pela ação dos discípulos do Reino. São
eles os mediadores e continuadores da compaixão do Messias Jesus.
Oração
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fizestes o bispo santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 07/12/2013
Meditando o evangelho
A PRESENÇA DO REINO
A presença de Jesus na história humana reacendeu a esperança no coração do povo, esmagado pela doença e relegado à própria sorte por ter sido abandonado pelos líderes da nação. O anúncio da chegada do Reino representou uma mudança significativa na vida desta gente. A cura das doenças revelava a abundância de vida compartilhada por Deus com a humanidade sofredora.
O envio dos discípulos em missão teria como finalidade tirar o povo da situação de abandono, pois, doravante, este encontraria naqueles seus aliados.
O próprio Jesus foi um ferrenho aliado do povo, com o qual se fazia solidário. A missão dos discípulos consistiria em ampliar o raio desta solidariedade, estendendo-a a todos os pobres do mundo. Como Jesus, eles deveriam proclamar a chegada do Reino e até revelar sua presença com a expulsão dos espíritos impuros e a cura das doenças e enfermidades. E tudo isto, mediante um serviço caracterizado pela gratuidade. Ou seja, a presença dos discípulos, junto ao povo sofredor, deveria tão-somente levá-lo a desfrutar dos bens do Reino de Deus. Nada mais!
Portanto, os discípulos foram chamados a ser sinais da presença do Reino de Deus, a exemplo de Jesus. Onde quer que estivessem, o Reino se faria presente por meio deles.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que eu tenha sempre em mente minha missão de ser presença do Reino e, onde quer que esteja, possa eu ser portador dos bens divinos.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Reunião de emergência...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A situação é de emergência... Jesus vê a multidão enfraquecida e abatida, sem rumo ou direção e provavelmente sem esperança, parecem ovelhas sem pastor, sem saber que rumo tomar e a mercê dos lobos vorazes, sem um abrigo seguro e pastagens verdejantes. Jesus poderia, quem sabe, denunciar a situação aos governantes da época, acionar os responsáveis para cuidar do povo, melhor ainda, poderia convocar uma reunião com os Líderes religiosos para alertá-los sobre a situação triste do povo, chamando-os assim as suas responsabilidades...
Mas no Reino de Deus não há departamentos em separado para cada problema a ser resolvido, não há superestruturas para atender as demandas sociais, nem telefones de emergência ou campanhas de conscientização, tem que se virar com que se tem á mão, é proibido ficar esperando dos outros, das instituições responsáveis, das pastorais, das associações, como dizia aquele refrão de Geraldo Vandré "Quem sabe faz a hora não espera acontecer".
Jesus tem em mãos um grupo de doze homens que não foram treinados para situações de emergência, que não são peritos em nada e nem atuam na promoção humana. Jesus primeiro identifica o problema... "a messe é grande e os operários são poucos", depois lhes ensina uma oração muito eficiente "Pedi ao Senhor da messe que envie operários...”, ou seja, "olha Senhor, se precisar a gente está aqui..." E em seguida convoca os doze para uma aula prática emergencial. Primeiro lhes transmite confiança, conferir-lhes poder significa mostrar do que eles são capazes, Jesus fez e eles também poderão fazê-lo, promover uma ampla ação libertadora e curar as enfermidades.
Deverão procurar os que se perderam, aqueles que estão no fundo do poço, mas o mais importante é o anúncio de que o Reino já chegou e se o reino está próximo, não mais poderá haver doenças, mortes ou qualquer tipo de alienação ou preconceito (Os leprosos eram considerados impuros). E por fim a mais importante de toda instrução, antes de partirem para essa missão de emergência, a fim de socorrem a multidão perdida: dar de graça, sem nada querer em troca, aproveitar do sofrimento do outro, para comprar sua consciência é o mais horroroso de todos os pecados diante de Deus, que pode ser praticado por um Discípulo Missionário. Tirar qualquer vantagem do irmão ou da irmã, que estou ajudando, é crime que merecerá sempre o repúdio do Céu!
Será que os miseráveis de hoje, os infelizes, tristes, deprimidos e desgraçados, os excluídos e marginalizados, podem contar com a compaixão das nossas comunidades? A resposta tem que estar no coração de cada um de nós, que estamos hoje em lugar dos primeiros discípulos e que somos constantemente convocados pelo Senhor que nos envia na direção da grande massa dos Sem Esperança...
2. Jesus enche-se de compaixão - Mt 9,35–10,1.6-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Olhamos para o alto, de onde virá a salvação do nosso Deus, e vemos aquele que teve compaixão do povo cansado e abatido. Curou doenças e enfermidades e teve pena de um povo abandonado por aqueles que deviam cuidar de suas doenças e enfermidades. É preciso pedir ao Senhor que mande trabalhadores para a sua colheita. Há muito o que fazer. O Reino dos Céus está próximo, o Senhor já está chegando. Vamos curar os doentes, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos, expulsar os demônios. Quando Jesus vier, ele estabelecerá definitivamente o Reino. Então não precisaremos mais dos governantes deste mundo. O povo que viveu sem pastor terá o Bom Pastor à sua frente. Já não haverá cansaço nem abatimento. Isaías, o profeta do Advento, diz que o “povo não voltará a chorar”. O Senhor tratará as chagas do seu povo e curará as suas feridas. Agora comemos o pão da angústia, nesse dia veremos aquele que nos ensina.
Liturgia comentada
Ide às ovelhas desgarradas! Mt 9, 35- 10,1.6-8
Todo pastor sabe disso: as ovelhas costumam tresmalhar. Todo boiadeiro já passou por isso: um novilho desgarrar e se embrenhar no matagal, ou atolar-se no brejo. Mas nenhum pastor que se preze fica indiferente ao desastre. Como aquele do Evangelho – o que tinha cem ovelhas – e preferiu deixar as noventa e nove no ermo para sair em busca da que se perdeu.
Vivemos um tempo de ovelhas desgarradas. Sim, eu sei que o ser humano é errático: seu trilho neste mundo lembra de perto a rota das formigas, que parecem desconhecer a linha reta entre dois pontos. Homo viator, perpétuo peregrino, vagamos de lá para cá, em sufocantes engarrafamentos a cada feriado “enforcado”, sempre em busca de uma felicidade “que está sempre apenas onde a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos” (Vicente de Carvalho).
Mas isto não justifica nossa indiferença diante daqueles que saíram da estrada real e se perderam nas trilhas do erro e do mal. Somos todos responsáveis uns pelos outros. Os pais pelos filhos. Os mestres pelos alunos. Os médicos pelos pacientes. Os governantes pelo povo. Os pastores por suas ovelhas espirituais.
Quando Jesus andou pela Palestina, pôde contemplar o povo faminto de Deus, a multidão de párias pelas encruzilhadas, mendigos e leprosos, refugiados e sem-terra. E Jesus chorou sobre eles. Mas não se limitou a chorar: enviou ao povo os seus discípulos com um mandato bem específico: “Ide às ovelhas desgarradas!”
Esta missão inclui cuidados espirituais (anunciar o Reino que se fez próximo, expulsar demônios), mas também cuidados materiais (curar enfermos, reanimar mortos, limpar leprosos (cf. Mt 10, 8). Aquilo que recebemos como dom gratuito (fé, alegria, paz, saber, habilidades) deve ser levado àqueles que ainda jazem na descrença, mergulhados na tristeza e na ignorância.
E quando os desprezados deste mundo perceberem que alguém se interessa por eles, saberão que Deus não os esqueceu e enviou seus profetas para mostrar-lhes o Sol nascente. Naturalmente, um sistema baseado no lucro e na competição há de estranhar a “loucura” desses pastores, que abrem mão da própria terra, da própria cultura e – pasmem! – até mesmo de constituir uma família, porque seus filhos e irmãos são os pequeninos deste mundo!
E nós? Estamos cuidando das ovelhas que ele nos confiou?
Orai sem cessar: “Eis-me aqui, Senhor!” (Gn 22, 1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 07/12/2013
HOMILIA
JESUS TEM PENA DO POVO
Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas.
No tempo de Jesus, o Serviço de Assistência Médico-Hospitalar era péssimo. Somente a classe privilegiada podia ter uma assistência médica decente. O povo sofria nas mãos de uma sociedade que em nome de Deus marginalizava os leprosos, proibia que alguém fizesse o bem para os doentes e humilhava os enfermos que buscavam a cura na sinagoga.
Os líderes judaicos, ou seja, sacerdotes, fariseus, partidários de Herodes e chefes da sinagoga faziam o povo sofrer por falta de atendimento médico, saneamento básico e uma medicina preventiva.
Jesus tem muita pena desse povo sofrido e discriminado principalmente pelos líderes religiosos, e o acolhe com grande bondade, cura os enfermos os quais O seguem, por dias inteiros, até no deserto deixando a memória de que "Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo diabo" (At 10,38).
Jesus identifica-se com os pobres e com os enfermos tocando nos leprosos considerados impuros pelos fariseus que se diziam puros e santos. E você? O que tem feito pelos seus irmãos enfermos? Boa pergunta. Ou é a pergunta que pode decidir o futuro da sua alma. "Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar" ; "Nunca vimos uma coisa assim"; "Toda a multidão se alegrava com as maravilhas que Jesus fazia" (Lc 13,17).
Nos tempos atuais, também a medicina progrediu bastante, mas para o atendimento dos ricos, e da classe média alta, ou seja, para aqueles que podem pagar um Plano de Saúde. Porque a classe média baixa e os pobres que não podem pagar um Plano de Saúde, tem de ser atendidos no Pronto Socorro, ou tentar sobreviver pela automedicação, ou usando ervas medicinais que, por sinal, curam melhor que os remédios alopatas com seus efeitos colaterais.
Os médicos, preocupados com a automedicação, exigem a receita médica na compra do remédio. Mas isso acaba acarretando outro tipo de "efeito colateral", para não dizer que é uma faca de dois gumes. Porque se o pobre não tem assistência médica adequada, se não pode pagar uma consulta médica na qual obterá uma receita ou prescrição para comprar o remédio, o que ele vai fazer? Ele vai se automedicar! É claro!
Vivemos diante de uma medicina mercenária como nos tempos de Jesus. Quem pode, pode. Aqueles que não podem, como vão sobreviver?
Em nosso papel de cristãos atuantes, devemos sensibilizar todos os membros da comunidade cristã e estimular sua preocupação real e efetiva pelos doentes. Uma comunidade cristã que não conhece seus doentes, que não está a serviço deles, que não lhes dá lugar na comunidade, que não conscientiza os irmãos pobres sobre seus direitos, que não os ilumina no sentido de procurar cuidar da sua saúde e de seus filhos através de métodos de higiene, por exemplo, é uma comunidade que fez opção pelos poderosos, ao contrário de Jesus que fez sua opção pelos fracos e oprimidos.
Precisamos denunciar essas injustiças. Porque Jesus quer vida em abundância para todos. Ricos e pobres. E para se ter vida com saúde, a medicina precisa ser preventiva, e não curativa, com saneamento básico, e ensinamentos de normas de higiene para os menos esclarecidos. Porque se evitarmos a doença através da higiene, e de uma boa assistência-médica preventiva, não precisamos gastar com remédios e internações. Deixe os Planos de Saúde para aqueles que podem pagá-los.
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/12/2013
HOMILIA DIÁRIA
Combatamos os espíritos malignos que nos atormentam com fé
Reaja nesta graça que Deus nos deu: o batismo. Na vivência da Sua graça, para todos os dias, combatamos contra estes espíritos malignos!
“E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.” (Mt 10,1)
O poder que Jesus conferiu aos Seus apóstolos e
discípulos é o poder que Ele deseja que também tenhamos na nossa vida.
Primeiro: o poder expulsar os espíritos malignos, pois há muitos espíritos do
mal atormentando a nossa vida.
Não é assombração, não é fantasma, não! São esses
espíritos que estragam a nossa vida, colocando-nos uns contra os outros. Quanto
espírito de mentira, de fofoca, de calúnia, de divisão e de maledicência!
Quanto espírito terrível! Esses espíritos vêm invadir os nossos pensamentos, os
nossos sentimentos e nós, muitas vezes, nos deixamos levar por eles.
Não, meu irmão! Reaja movido pelo poder de Jesus, reaja nesta graça que
Deus nos deu: o batismo. Na vivência da Sua graça, para todos os dias,
combatamos contra estes espíritos malignos, porque o que eles trazem para nossa
vida é, justamente, o mal para nossa família, o mal para os relacionamentos,
com o espírito de inimizade e de destruição.
Quanto espírito agindo no meio de nós para semear
fofoca e discórdia! Nós conhecemos a graça do Senhor. Não podemos ser movidos
por esses espíritos. O que nós devemos, na verdade,
é na graça de Deus renunciar e expulsar esses espíritos! Digo mais: se o Senhor
nos deu poder para expulsar estes espíritos malignos, Ele nos deu também poder
para curar as doenças e as enfermidades. Porque muitas das
doenças e enfermidades que temos provêm desses espíritos malignos. E nos deixam
mal, tiram a nossa autoestima, nos colocam “para baixo” realmente – no sentido
mais depressivo da palavra. Perdemos o gosto pela vida, porque as nossas
energias se desgastam nesses entraves, nessas disputas, nessas discórdias, em
todas essas coisas negativas.
Ao passo que, quando começamos a nos rebelar e a
nos opor a esses espíritos malignos, nossa própria saúde é preservada. Nada
contra os remédios, porque eles são medicina e são muito necessários para a
vida, mas nós tomaríamos menos remédios e seríamos independentes de muitas
coisas que tomamos se nos propuséssemos a verdadeiramente a combater os
espíritos malignos, que tiram a paz da nossa mente, do nosso coração e também
do nosso físico.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/12/2013
Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja misericordiosa e compassiva. Que sintamos como nossa a dor dos nossos irmãos, especialmente dos mais pobres e discriminados pela sociedade consumista em que vivemos. Que sejamos para eles, fontes de esperança. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/12/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos uma Igreja misericordiosa e compassiva. Que sintamos como nossa a dor dos nossos irmãos, especialmente dos mais pobres e discriminados pela sociedade consumista em que vivemos. Que sejamos para este mundo, fontes de esperança, de luz, de amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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