ANO C

Jo 11,19-27
Comentário do
Evangelho
Senhor, eu creio...
Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu
encontro, enquanto sua irmã, Maria, permanece sentada. Marta se destaca do
grupo, formado pela irmã e pelos judeus, caracterizado pelo luto. Deixando o
grupo para ir ao encontro do Senhor, Marta dissocia-se do luto e se coloca do
lado do Senhor dos vivos. Diante de Jesus, ela se coloca como uma mulher de fé
que confia em Jesus: “Senhor, se estivesses estado aqui… Mesmo assim, eu sei
que tudo o que pedires a Deus, ele te concederá” (vv. 21.22).
A intervenção confiante de Marta é constituída de
uma dupla fórmula: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte e a
presença de Jesus permite reavivar toda a esperança. “Teu irmão ressuscitará”
(v. 23), diz Jesus. Diante disso, Marta afirma a sua adesão ao credo do judaísmo
sobre a ressurreição (cf. v. 24).
Mas ante à nova afirmação de Jesus, “Eu sou a
Ressurreição e a vida”, ela supera a fé judaica na ressurreição, para
professar: “Eu creio…” (v. 27). É exatamente nisso que ela é cristã. O diálogo
de Jesus com Marta é o cume do capítulo 11. A profissão de Marta equivale à de
Pedro, em Jo 6,69.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu agir não seja movido por um
ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação
decorrência da escuta atenta desta palavra.
Fonte: Paulinas em 29/07/2013
Reflexão
A morte de uma pessoa querida é, muitas vezes,
causa de desespero para todos nós, pois nos parece que as nossas preces não
foram ouvidas. Marta afirma: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não
teria morrido”. Ela mandou chamar Jesus, mas ele não estava presente no momento
em que ela tanto precisava. Porém, ela não se desesperou por causa disso,
continuou acreditando e o resultado da sua fé foi o retorno do seu irmão à
vida, mostrando-nos, assim, que não devemos questionar a ação divina, mas
sempre confiar em Deus, que faz tudo para o nosso bem, para a nossa felicidade
e para a nossa salvação.
Fonte: CNBB em 29/07/2013
Reflexão
Hospitaleira
e serviçal: adjetivos que se aplicam adequadamente a Marta, membro de uma
família por quem Jesus tinha grande predileção: “Jesus amava Marta, a irmã dela
(Maria) e Lázaro” (Jo 11,5). Mergulhada nos afazeres domésticos, Marta recebeu
do Mestre doce repreensão por agitar-se “com tantas coisas”, quando o certo era
concentrar-se no essencial: a presença do ilustre Hóspede. Quando morreu seu
irmão, ela correu ao encontro de Jesus, expressando-lhe sentida queixa e
manifestando, ao mesmo tempo, clara profissão de fé em seu poder: “Eu acredito
que tu és o Cristo, o Filho de Deus…” (v. 27). Uma semana antes da Páscoa,
Jesus uma vez mais foi cordialmente recebido na casa de Marta, que lhe serviu o
jantar. Foi quando Maria ungiu os pés de Jesus com precioso perfume (cf. Jo
12,1s).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Como vivo minha fé? - Nos momentos de solidão,
procuro me unir mais a Deus pelas oração? - Lembro-me sempre de que orar é
conversar com Deus? Faço isso com frequência? - Consigo sorrir para meu próximo
mesmo quando a dor me pesa na alma? - Levo sempre meu coração partido,
machucado, para que Deus o possa consertar?
Fonte: a12 - Santuário em 29/07/2013
Meditando o evangelho
O ÚLTIMO SINAL
A ressurreição de Lázaro conclui a série dos sinais realizados por
Jesus, ao longo do seu ministério, e, de certo modo, prepara o caminho para o
sinal definitivo: sua ressurreição. O último sinal contém elementos importantes
para a correta compreensão do que estava para acontecer.
Jesus é apresentado como vencedor da morte e doador da vida. Não
importava que o amigo estivesse doente, morresse e depois passasse quatro dias
sepultado. O Messias Jesus era suficientemente poderoso para chamá-lo de volta
à vida.
Quem estivera morto levanta-se do sepulcro e volta para a vida,
obedecendo à ordem dada por Jesus. Este se apresenta como o princípio e a causa
da ressurreição da Lázaro. A ressurreição de Jesus acontecerá por que traz
dentro de si uma força divina, que faz jorrar a vida onde reina a morte.
A ressurreição de Lázaro possibilitará aos discípulos solidificarem sua própria
fé. Jesus se alegra por eles não terem encontrado Lázaro com vida. Assim,
teriam a chance de testemunhar uma manifestação inquestionável do poder do
Mestre, e, por conseguinte, crerem nele.
Por sua vez, o diálogo com Marta e Maria, em torno da fé na ressurreição
dos mortos, põe as bases para a compreensão da gloriosa ressurreição do Senhor.
Desta forma, os discípulos foram preparados para enfrentar o impacto da
morte iminente do Mestre.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória
da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino
daqueles que crêem.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Marta
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Marta é mencionada apenas em uma cena de Lucas, e
em duas cenas de João. Em Lucas, Jesus está em casa de Marta, em Betânia, Maria
a seus pés e Marta servindo (Lc 10,38-42). Em João, temos o diálogo com Marta
na cena da morte e ressurreição de Lázaro (evangelho de hoje), e a cena da ceia
em sua casa, cinco dias antes da última ceia com os apóstolos (Jo 12,1-2). No
diálogo com Jesus, Maria reafirma a crença farisaica na ressurreição do último
dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a
vida". A ressurreição é a vida de Deus, que vence a morte e que nos é dada
em Jesus. A ressurreição de Lázaro revela a continuidade da vida e a presença
da vida eterna, já, naqueles que crêem em Jesus. "Todo aquele que crê em
mim, não morrerá jamais".
A comunidade que crê em Jesus e vive sua missão
de amor é a comunidade dos que já estão inseridos na vida divina e eterna.
Fonte: NPD Brasil em 29/07/2013
HOMILIA DIÁRIA
Busquemos em Jesus o essencial para a nossa
vida
As agitações da vida nos
deixam muitas vezes tensos, preocupados. Busquemos em Jesus o essencial para a
nossa vida.
Celebramos com muita alegria o dia de Santa
Marta. Celebrando essa discípula do Senhor, nós vamos contemplar a importância
que os amigos tiveram na vida de Jesus.
Cristo teve multidões atrás de Si, teve muitos
discípulos – pelo menos setenta e dois foram instruídos e formados na escola do
Senhor. Jesus teve doze Apóstolos. Mas Ele tinha os Seus amigos: aqueles que
eram mais próximos, aos quais Jesus partilhava, descansava e vivia
momentos mais pessoais.
E a gente conhece essa família: a família de
Marta, Maria e Lázaro. Quantas vezes o Senhor fez questão de ir à Bethânia, ou
passar por ali, para hospedar-se na casa dos Seus amigos.
Marta, aquela que celebramos hoje, a irmã de
Lázaro e Maria, nós a conhecemos do Evangelho no qual a sua irmã ocupou-se de
estar aos pés do Mestre e Marta servindo ao Senhor e cuidando dos afazeres da
casa. E Jesus até elogiou a opção de Maria e chamou à atenção de Marta por suas
constantes inquietações e preocupações em só fazer as coisas.
É uma chamada de atenção a todos nós! Não é que
nós sejamos menos santos. É que, na verdade, quem se ocupa só dos seus afazeres
corre o risco de perder o essencial, corre o risco de não crescer na intimidade
e na relação com o Mestre quando não damos a devida atenção a Ele, à Sua Palavra e à
Sua ação na nossa vida.
Não adianta trabalhar para Deus, estarmos apenas
no serviço do Senhor, sermos apenas cumpridores das nossas tarefas e obrigações…
Aquele que quer ser amigo do Senhor, próximo a Jesus, precisa ter tempo para
Ele! Tempo para escutá-Lo, para estar aos Seus pés, para contemplá-Lo. Para
tirar do Coração de Jesus as riquezas insondáveis do Seu amor e misericórdia.
As agitações da vida nos deixam muitas vezes
tensos, preocupados. Elas nos levam a perdermos a essência a vida. Que hoje
aprendamos – como Marta teve que aprender escutando o Senhor – que o essencial
nunca será tirado.
Que busquemos em Jesus o essencial para a
nossa vida.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista
e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/07/2013
Lc 10,38-42
Vivendo a Palavra
O Mestre ensina delicadamente o melhor jeito de
acolher o peregrino que chega. Marta cuidava da casa e da comida, enquanto
Maria parava para ouvi-lo. Jesus caminhava para Jerusalém, com a perspectiva
sombria de sofrimentos e, na circunstância, o que desejava era o que Maria lhe
oferecia: sua companhia, sua atenção.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2013

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