ANO C

Jo 8,21-30
Comentário do
Evangelho
Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho.
O prólogo do quarto evangelho já antecipou o tema
da rejeição do Verbo feito carne (1,5.10.11). O pecado dos judeus denunciado
por Jesus é a rejeição de sua própria pessoa e de sua missão, assim como de sua
origem divina. O pecado está em não acreditar em Jesus, em se fechar à verdade
de Deus. Mais ainda, a afirmação de Jesus sobre o pecado de seus opositores
declara, de certa forma, inútil todo o sistema religioso judaico. Sem a
aceitação da salvação em Jesus Cristo, não pode haver profunda e verdadeiramente
a purificação e o perdão como se pretendia com a festa anual de yom kippur e
todos os demais ritos e festas da religião de Israel. O apego às coisas
terrenas e às tradições humanas impede de compreender o mistério de Deus
revelado em Jesus Cristo. Jesus não fala em se matar, como suspeitavam os seus
opositores, mas serão eles que matarão o Filho de Deus. É na cruz, no entanto,
que a divindade de Jesus paradoxalmente se manifestará. Na glória da cruz a
comunhão entre o Pai e o Filho aparecerá sem sombra. Apesar de toda rejeição e
abandono, inclusive dos próprios discípulos, o Pai estará sempre com seu Filho, permanecerá com ele na paixão e na morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja
morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.
Fonte: Paulinas
em 08/04/2014
VIVENDO A PALAVRA
Procuremos nos colocar na posição dos discípulos
do apóstolo João para ouvi-lo relatar as suas mais ternas recordações do
Mestre. Jesus falava o que o Pai lhe havia ensinado e fazia tudo o que Ele lhe
ordenara. Assim devemos ser: ouvintes atentos do Pai nas palavras do Cristo
Jesus, procurando realizar a sua Vontade em nossas vidas: Ele quer que partilhemos o Amor entre os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2018
VIVENDO A PALAVRA
Jesus de Nazaré pronuncia, mais uma vez, a emblemática
definição – ‘Eu Sou’ – mas, agora, sem complementos, significando Eu Sou a
plenitude do ser humano, a síntese do homem encharcado do Espírito Divino, o
Filho Unigênito enviado pelo Pai Misericordioso para tornar livre toda a
Criação. Creiamos n’Ele!
Reflexão
Os judeus compreendem que a morte de Jesus pode
estar próxima, uma vez que Jesus fala de sua partida para onde eles não poderão
ir, mas levantam a hipótese de suicídio por parte de Jesus, deixando de
perceber que a causa da morte de Jesus é a própria incredulidade deles, da
recusa diante da revelação sobre quem de fato é Jesus, da não aceitação do fato
que Jesus é o Filho de Deus, o enviado do Pai para fazer a vontade dele e viver
em plena comunhão com ele. Alguns judeus creram e a semente do Reino foi lançada, mas muitos não creram, o que resultou na morte de Jesus.
Fonte: CNBB
em 08/04/2014
Recadinho
Você conhece alguém que é importante e sabe ser
humilde? - Você é sempre firme e perseverante em sua fé? - Você é ao mesmo
tempo justo e misericordioso? - Você vive em paz com todos? - Você procura
defender os que sofrem e os que são desprezados pela sociedade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte:
a12 - Santuário Nacional em 08/04/2014
Reflexão
Dirigindo-se aos fariseus, Jesus insiste: “Vocês
vão morrer no seu pecado” Que pecado é esse a que Jesus se refere? É não dar
ouvidos aos seus ensinamentos nem seguir seus passos no caminho para o Pai. É
como não querer conhecer a Verdade. Ainda mais grave, é procurar destruir a
luz, isto é, levar Jesus à morte. Essa é a maligna vontade dos fariseus que,
aliados aos doutores da Lei, recusam a vida que Jesus quer dar e vão pedir a
sua morte de cruz. Mas Jesus garante: “Quando vocês levantarem o Filho do
Homem, irão saber então que Eu Sou”. Ao afirmar “Eu Sou” (Ex 3,14; Is 43,11),
Jesus se identifica com o Pai: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). Em Jesus, Deus
se faz definitivamente presente entre nós. Quais são as nossas disposições em relação aos ensinamentos e exigências de Jesus?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 20/03/2018
Reflexão
À medida que se
aproxima a paixão de Jesus, seu drama torna-se mais agudo. O diálogo entre
Jesus e os fariseus é truncado. Não flui, porque os fariseus não se abrem à
verdade, não têm disposição para acolher Jesus, o enviado do Pai. Permanecem
surdos ao ensinamento dele, impenetráveis à proposta de vida nova. Instalam-se
nas trevas do pecado, porque se recusam a aceitar a luz divina. O drama de
Jesus terminará na cruz, quando se revelará sua divindade com toda a força:
“Quando levantarem o Filho do Homem, saberão que eu sou”. Mesmo encontrando
muitos corações de pedra, não é inútil o discurso de Jesus, que insiste em
reafirmar sua total sintonia com o Pai. Não foram palavras jogadas ao vento, já
que muitos acreditaram nele.
(Dia a dia com o
Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Comentário do Evangelho
EU SOU!
Este texto evangélico contém duas afirmações
altamente polêmicas: "Se vocês não acreditarem que Eu sou, haverão de
morrer nos seus pecado"; "Quando vocês levantarem o Filho do Homem,
saberão que Eu sou".
Estas declarações ecoaram de maneira bem
específica nos ouvidos dos interlocutores de Jesus. Para os fiéis de tradição
judaica, a expressão Eu sou evocava o nome divino, revelado a Moisés pelo
próprio Deus ao lhe confiar a missão de liderar a libertação do povo judeu da
opressão egípcia. Por conseguinte, as palavras de Jesus soaram, para a sensibilidade judaica, como verdadeiras blasfêmias.
O Mestre, porém, pensava de modo diferente e
considerava pecado o fato de alguém não aceitá-lo na sua condição de Eu sou. De
forma alguma, ele tinha a pretensão de ocupar o lugar de Deus. Ao afirmar Eu
sou, visava revelar a sua radical comunhão com o Pai, até o limite de afirmar
sua plena unidade com ele. O Pai a quem ele servia não era diferente do Deus da
tradição de Israel. E mais, foi o Pai que o enviara com uma missão semelhante àquela confiada a Moisés, no passado. Como uma diferença, porém: tratava-se, agora, de promover uma libertação muito mais radical, do que aquela realizada pelo antigo líder.
Assim, revelando sua identidade, Jesus revelava
também a sua missão. Ele fora enviado pelo Pai para resgatar a humanidade da
escravidão do pecado.
Oração
Pai, reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja
morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Concedei-nos, ó Deus, perseverar no vosso serviço
para que, em nossos dias, cresça em número e santidade o povo que vos serve. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom
Total em 08/04/2014
Meditando o evangelho
JESUS REVELA SUA IDENTIDADE
Os diálogos entre Jesus e seus adversários eram
pontilhados de mal-entendidos. As palavras do Mestre eram tomadas numa
conotação indevida, acabando por alterar-lhes o sentido. Quando Jesus evocava
sua próxima volta para o Pai, eles pensavam em suicídio. O Mestre afirmava que
era do Alto e não deste mundo. Seus adversários, no entanto, não percebiam do
que se tratava. Sua mente obtusa não lhes permitia captar o sentido de qualquer afirmação de Jesus.
Ao falar de si mesmo, como "Eu Sou",
Jesus retomava o nome divino revelado a Moisés na teofania da sarça ardente.
"Eu sou", dito de Jesus, portanto, colocava-o no mesmo nível da
divindade, afirmando sua unidade profunda com Deus tanto no ser quanto no agir.
Os adversários do Mestre eram incapazes de dar
este salto de qualidade. Seu horizonte teológico era insuficiente para isto. A
conjugação do "Eu Sou" vétero-testamentário com a pessoa de Jesus de
Nazaré supunha uma abertura de mente impossível de ser encontrada no âmbito do
farisaísmo. O monoteísmo monolítico de sua fé não lhes permitia aceitar a
pessoa do Messias, sem causar rupturas. Este, porém, ao revelar sua unidade com
o Pai, não tinha nenhuma intenção de negar a fé monoteísta de seu povo. Simplesmente, ele sabia que Javé não era um Deus solitário. Junto com ele, estava seu Filho querido.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, quantas vezes tua identidade me foi
revelada, sem que eu a captasse devidamente. Dá-me a capacidade de compreender,
de fato, quem tu és.
Fonte: Dom Total em 20/03/2018
Meditando o evangelho
O QUE VEM DO ALTO
Os contínuos desencontros entre Jesus e seus adversários, no parecer do Mestre, tinham sua origem na diferença de perspectiva de cada um. Este considerava tudo na perspectiva "do alto", de onde viera. Isto lhe possibilitava perceber a realidade com os olhos de Deus: olhar de amor misericordioso, de desejo de salvação e reconciliação, de interesse por todos, sem exceção. E mais: levava-o a agir como agia seu Pai.
Seus inimigos, ao invés, seguiam o caminho inverso, agindo como quem é "cá de baixo". Conseqüentemente, deixavam-se levar pelas paixões e pelo espírito mesquinho de intolerância, mostrando-se insensíveis em relação aos mais pequeninos, e não suportando quem lhes apontava os pecados. E o que era mais grave: não se davam conta do desígnio divino manifestado em Jesus, insurgindo-se abertamente contra ele.
É impossível entrar em comunhão com Jesus, sem o esforço decidido de colocar-se na mesma perspectiva dele, e considerar o mundo com o olhar de quem vê tudo com os olhos de Deus. Quanto mais puro for este olhar, maior o grau de comunhão com Jesus. Ao contrário, quem se deixa levar pelas paixões, jamais chegará a saber quem é o Mestre, nem tirará proveito de sua missão. Ele veio o Alto. Por conseguinte, é preciso elevar-se para poder descobrir-lhe a verdadeira identidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito do Alto, eleva-me das minhas baixezas, para que eu possa conhecer Jesus, o enviado do Pai.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Para onde eu vou, vós não podeis ir
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por
Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Quem acompanhava Jesus não compreendia tudo o que
ele dizia, sobretudo quando falava de sua relação com o Pai. No entanto, muitos
acreditavam na pessoa de Jesus. Aceitavam a sua pessoa e ficavam na expectativa
de perceber o alcance de suas palavras. E ele ainda lhes disse, falando de sua
morte na cruz: “Quando tiverem levantado o Filho do Homem, vocês saberão que
‘Eu Sou’”. Hoje sabemos que o “Eu Sou” é o próprio Deus, o nome com que Deus se
revelou a Moisés, e sabemos que ‘ser levantado” se referia à crucifixão de
Jesus. A revelação se desdobra e o Espírito vai nos dando a inteligência de todas as coisas.
Fonte: NPD Brasil em 20/03/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Entrada proibida para quem não crê...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
"Para onde eu vou, vós não podeis ir". Jesus neste evangelho está em discussão com os Escribas e Fariseus que não aceitavam o seu Messianismo e procuravam a todo custo um motivo para condená-lo a morte, porque ele era uma ameaça à Religião tradicional de Israel.
Talvez a gente se pergunte, mas se Jesus veio para salvar a todos, como é que vai dizer aos seus interlocutores que para onde ele vai, eles não poderão ir? Aliás, ele diz através desse mesmo evangelista "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...". Jesus anuncia um Reino em uma perspectiva escatológica, os Judeus não acreditavam na Vida Eterna e na crença deles, as recompensas e promessas que Deus havia feito a Abraão, eram realizadas aqui nesta vida terrena, e ao morrer, a pessoa ia para o Xeol, a Mansão dos mortos que ficava em baixo da terra.
Embora Judeu, Jesus é Deus, e sua origem é Divina, é isso que os Judeus não admitem, para eles basta a tradição, a Lei de Moisés e toda a prática judaica, não tinham, portanto essa perspectiva escatológica que é própria do Cristianismo. Todas as palavras de Jesus, seus ensinamentos e obras prodigiosas apontam nessa direção da Plenitude Divina da qual ele veio e a qual conduzirá o ser humano.
A sua missão atingirá o ápice na cruz do calvário, quando então se revelará, não do jeito como os Judeus imaginavam, dando uma volta por cima, dando uma virada espetacular na história, descendo da cruz e impondo seu domínio e poder sobre os seus opositores que fugirão humilhados ao verem que haviam mandado para a morte o verdadeiro Messias...
Mas o Cristo agonizante da cruz revela o poder do amor de Deus e esta revelação só será compreendida por quem o aceita e nele professa a Fé. Isso depende de cada homem, seu desejo e sua vontade, sua decisão em nele crer e tornar-se um seguidor. Jesus, que conhece os corações profundamente, sabia que os Judeus não o aceitariam em nenhum momento nem mesmo na cruz, por isso vai dizer que para onde ele vai, eles não irão...
A entrada na Vida de Comunhão com Deus, em Jesus Cristo só é permitida para quem Crê, para quem alimenta no coração a esperança de algo que um dia virá, e que supera de longe qualquer sonho ou projeto humano...
2. O que ouvi dele é o que eu falo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O evangelista elabora teologicamente o que ouviu de Jesus e lhe foi transmitido por outros discípulos. Faz Jesus falar a partir de sua realidade preexistente. Quem o ouve, interpreta suas palavras a partir da realidade existente. “Eu me vou”, disse ele, “e para onde vou vocês não podem ir”. Entendem que ele vai se matar! “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que ‘eu sou’”. Jesus revela que é Deus, como o Pai é Deus. “Eu Sou” é o nome com o qual Deus se apresentou a Moisés ao dar-lhe a missão de tirar o povo do Egito. Os ouvintes não entendiam tudo, mas percebiam que Jesus se identificava com Deus.
HOMILIA
QUEM É JESUS PARA MIM?
A conversa que Jesus tem hoje, com os judeus,
acontece pouco depois do episódio da mulher adúltera, e é a continuação do
Capítulo 8 de São João, que estamos refletindo durante esta 5ª semana da
Quaresma. O tema principal é a revelação que Jesus faz de si próprio,
argumentando que foi enviado pelo Pai para trazer a mensagem da Salvação. Os
judeus e fariseus não entendiam bem o que Jesus estava dizendo, e o que
escutavam, interpretavam como queriam. Por exemplo: quando Jesus dizia que para
onde iria, eles não poderiam acompanhá-lo, os judeus pensaram que Jesus estava
dizendo que iria se matar! Quando Jesus falava d’Aquele que o enviou, os judeus
pensavam em uma pessoa humana, e não compreendiam que Jesus estava falando de Deus.
“Nós não somos deste mundo” Jesus mesmo foi quem
falou: “morrereis nos vossos pecados, se não acreditas que eu sou! ” Morrer no
pecado é desconhecer e rejeitar a salvação de Jesus. Portanto, só quem nos pode
tirar da morte do pecado é Jesus Cristo, Aquele que veio em nome do Pai para
revelar ao mundo a Sua misericórdia. Os fariseus não entendiam nada do que
Jesus falava porque não combinava com os seus interesses e o seu modo de
pensar. Naquele tempo muitos não acreditaram em Jesus. Por isso Ele falou que seria
elevado na Cruz, assim como Moisés elevou a serpente no deserto, e só assim
acreditariam Nele. A mentalidade do mundo é diferente do modo de pensar de Deus.
A intimidade com o Pai fazia com que Jesus
vivesse o que o Pai vivia. Hoje também há muitos que precisam de provas para
manter a fé e perdem tempo na incredulidade esperando que algo mais aconteça e,
por isso, não assumem o senhorio de Jesus, o Verdadeiro Salvador da humanidade.
Nós também não somos deste mundo, mas, podemos viver neste mundo com a
mentalidade do alto como Jesus vivia. O primeiro passo é a Fé. Fé em Jesus Cristo que já foi elevado, que já ressuscitou e já nos deu vida nova, vida em abundancia: agora é esperar e confiar.
Você também precisa de mais provas para crer que
Jesus é o Senhor? O que significa para você o Sinal da Cruz? A salvação de
Jesus tem causado efeito na sua vida? Para você o que significa viver na terra com os olhos voltados para o alto? Em que momento aqui na terra você sente o clima de céu? Você consegue explicar isto, a alguém?
Rezemos juntos a oração da Campanha da
fraternidade: Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza
e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida. Nesta Campanha
da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência
fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho. Ilumina, ó Deus, nossas mentes
para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha
entre todos nós, teus filhos e filhas. Reconhecemos nossos pecados de omissão
diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.
Pai reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja
morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia
da Palavra em 08/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
A murmuração nos afasta dos caminhos de Deus!
A vida em Deus vai morrendo dentro de nós quando
nos deixamos enveredar pelo veneno maldito da murmuração!
”Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável.” (Números 21, 5)
Nós, hoje, estamos refletindo, na liturgia, sobre
a riqueza maravilhosa da primeira leitura da Santa Missa de hoje, a qual fala
sobre o povo de Deus que caminha no deserto, rumo à Terra Prometida. E no meio
da caminhada, eles caem na terrível tentação de se revoltarem contra Deus.
Primeiro, são movidos por uma impaciência e, quando essa impaciência toma conta
do coração deles, eles começam a murmurar contra Deus e contra Moisés; e, na
murmuração, saem muitas palavras duras e pesadas de suas bocas. Reclamam e amaldiçoam o pão que estão comendo, sentem nojo do próprio alimento e começam a falar mal de tudo.
Deixe-me dizer-lhe uma coisa: A murmuração
daquele povo, a indignação daquele povo, a revolta daquele povo, a forma tão
ingrata com que se voltam contra Deus e contra Moisés lhes atrai o veneno da
serpente. E você sabe o que a serpente venenosa faz: onde ela pica a morte entra e, muita gente em Israel morreu porque se voltou contra Deus pela murmuração, pela reclamação, pela indignação e pela revolta.
A vida em Deus vai morrendo dentro de nós quando
nos deixamos enveredar por esse veneno maldito que se chama ”murmurar”. É
verdade que onde nós estamos existem sempre pessoas que nunca estão satisfeitas
com nada, estão sempre azedas e azedando os outros também; colocando uns contra
os outros, criando rebeldias em nossas comunidades. E o pior é colocar o veneno para que as pessoas se rebelem contra Deus e contra a Igreja!
Quantas pessoas, meu Deus, não saem mais de suas
casas, não vão mais para a igreja, não caminham mais no deserto da vida rumo à
“Terra Prometida”, que é o céu, porque pararam no meio do deserto, foram
contaminadas por esse veneno terrível da murmuração; porque escutaram outras
pessoas da Igreja falando mal de outras, fazendo fofocas e todas aquelas coisas malditas que existem no meio de nós, fruto da nossa revolta.
Deixe-me dizer a você: Moisés levantou a serpente
e todo aquele que olhava para ela ficou curado. Jesus foi levado à cruz para
curar a mim e a você de todo o espírito de rebeldia, que há dentro de nós.
Deus nos quer ver curados; Ele não nos quer ver
azedos, Ele não nos quer ver murmurando. Ele nos quer sadios e curados! Quando
conseguimos tirar esse azedume de dentro de nós e conseguimos olhar a vida, as
pessoas e, sobretudo, Deus, não pelo olhar negativo, mas pelo olhar vivo da fé, a vida nova brota dentro de nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção
Nova em 08/04/2014
Oração Final
Pai Santo, eu não peço que ilumines minha
inteligência para compreender o Mistério do Cristo, mas que me dês coragem para
fazer a experiência de sua presença amorosa dentro de mim, vivendo-a em
relações fraternas com os companheiros peregrinos. Pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese
BH em 08/04/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, conserva-nos discípulos alegres e
atentos de Jesus de Nazaré. Que jamais sejamos seduzidos pelos apelos do mundo
das riquezas, do poder e de prazeres falsos e enganosos, mas sejamos seguidores
fiéis do Caminho, da Verdade e da Vida que foram vividos e mostrados a nós pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2018
ORAÇÃO
FINAL
Pai Santo, o Mistério da Encarnação de teu Filho Unigênito transcende
infinitamente a nossa capacidade de compreensão. Mas a humanidade de Jesus de
Nazaré nos encoraja a amá-lo, mesmo assim, e a tentar segui-lo pelos caminhos
desta terra abençoada, rumo à Pátria Celeste. Dá-nos, amado Pai, sabedoria e
coragem para prosseguir na esperançosa jornada! Nós pedimos pelo mesmo Cristo
Jesus, na unidade do Espírito Santo.

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