
Precisamos ter sensibilidade e cuidado com a nossa vida
Perder a sensibilidade do coração é perder a atenção e o cuidado com a própria vida e com aqueles que nos cercam
“Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós” (Lucas 21,34).
A primeira coisa é não deixar que o coração, de fato, torne-se insensível, porque perder a sensibilidade do coração é perder a atenção e o cuidado com a própria vida e com aqueles que nos cercam. Não estamos sozinhos no mundo, precisamos ter sensibilidade com a dor, o sofrimento e para com a pessoa que está ao nosso lado ou para com as pessoas que encontramos nos caminhos da vida, mas é preciso cuidar da própria vida.
Perdemos o cuidado com a vida quando nos entregamos à gula, comemos demais, em demasia, mais do que podemos, vamos nos inchando com os alimentos e, simplesmente, nos tornamos insensatos.
Segundo, cuidado com a embriaguez, não preciso nem mencionar a quantidade de pessoas que se perdem na vida, seja pelos excessos que praticam no comer ou no beber. Os excessos no beber levam tantas pessoas a sofrerem na embriaguez, na dependência do álcool e, às vezes, são incentivadas por outros: “Toma mais uma. Toma mais essa”.
Há pessoas que bastam beber só um pouquinho, que perdem a sensibilidade do natural, perdem a sensibilidade da razão. Há outros que bebem bastante e, não é porque você tem a capacidade de beber pouco ou muito que você pode se entregar à bebida.
Quantas pessoas estão virando dependentes crônicas do álcool sem perceber, vão bebendo e não conseguem mais viver sem tomar álcool. A alegria de uma festa é só se tiver bebida alcoólica; a alegria de uma reunião de família é só se tiver bebida alcoólica.
Se o que dá alegria para a sua vida é o álcool, é porque você é dependente dele e, de uma forma ou de outra, depender de alguma coisa torna a nossa vida insensata, sobretudo, tratando-se de comida e bebida, quando nos entregamos a esses excessos.
E, em terceiro, tão importante quanto a embriaguez e a gula, são as preocupações desmedidas, são as preocupações da vida. Há pessoas que vivem à mercê de suas preocupações.
As preocupações não resolvem problemas, mas trazem problemas, elas não nos dão a direção da vida, mas nos tiram da direção. Porque o excesso de preocupação gera a ansiedade, faz com que nos coloquemos de forma deslocada do real sentido da vida.
Ocupar-se com as nossas obrigações, compromissos e responsabilidades é fazer cada coisa do no seu tempo e ter a confiança de que Deus nos ajuda a resolver aquilo que precisamos resolver, mas com preocupações abalamos a nossa fé.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova

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