quarta-feira, 12 de agosto de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/08/2015

ANO B


Mt 18,15-20

Comentário do Evangelho

O perdão e a reconciliação

Sem o perdão e o esforço de reconciliação, não é possível uma comunidade cristã. No trecho anterior do discurso sobre a Igreja, duas características da comunidade eclesial foram ressaltadas: o serviço e o cuidado de uns para com os outros, de modo especial por aqueles que se sentem, por algum motivo, desprezados. O evangelho de hoje é, por assim dizer, a aplicação prática do desejo de Deus de que nenhum membro da comunidade se perca. A atitude exigida para realizar o desejo de Deus é a iniciativa que cada um deve tomar no que diz respeito à reconciliação, tendo presente que a comunidade cristã é uma comunidade de irmãos. O pecado divide a comunidade. Se acontecer a alguém ser vítima do pecado de outro membro da comunidade, trata-se, aqui, de tomar a iniciativa de ajudar o pecador no seu processo de conversão, desde que ele aceite livremente. É Deus quem toma a iniciativa de vir em socorro de nossa humanidade e é ele quem oferece, gratuitamente, o seu perdão. A comunidade cristã é chamada a ser reflexo da misericórdia divina (Mt 5,48; Lc 6,36; 15). O amor fraterno e, consequentemente, a comunidade cristã são construídos através desse esforço permanente de reconciliação.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=12%2F08%2F2015

Vivendo a Palavra

Duas belas lições para a nossa vida: a correção fraterna e o poder da oração comunitária são ensinados aqui pelo Mestre. Correção – que não pode ser confundida com julgamento do irmão, mas visa a ajudá-lo em suas quedas – e o grande poder da oração feita em comunidade, a que tão poucas vezes sabemos dar o devido valor...
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A vida em comunidade é essencial para que possamos sentir a presença de Jesus no meio de nós e usufruir dessa presença, porém ela não é fácil, principalmente por causa das dificuldades de relacionamento. A comunidade, para ser realmente cristã, deve ser pautada na misericórdia, no perdão e na acolhida dos que erram, buscando não a punição, mas sim o reerguimento e a superação dos que erram, possibilitando-lhes a conversão e a vida nova em Cristo. É por isso que Jesus nos mostra, no Evangelho de hoje, as exigências da correção fraterna juntamente com a sua promessa de presença no meio de nós.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=8&dia=12

Meditando o Evangelho

CORRIGIR COM DISCERNIMENTO

É preciso agir com extremo discernimento, quando se trata de afastar um membro da comunidade do convívio fraterno. Em geral, as lideranças da comunidade são tentadas a deixar-se levar por critérios irrelevantes, revelando-se injustos contra quem cometeu uma falta. Uma decisão deste porte não pode depender de preconceitos ou do que pensam os líderes. Importa somente fazer a vontade de Deus.
A comunidade cristã deve rezar e refletir muito, antes de excomungar alguém. Sua decisão deve corresponder ao pensamento de Jesus. Por isso, é necessário evitar que a reunião onde se toma uma tal decisão se assemelhe a um tribunal onde se submete a pessoa a um juízo inclemente. O melhor lugar para se decidir isso é a assembleia eucarística. A ela se refere a afirmação do Senhor: "Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, estou ali, no meio deles". Neste caso, trata-se de uma reunião bem específica, na qual a comunidade põe-se de acordo para pedir a luz divina, antes de decidir sobre a sorte do membro que errou. Se a comunidade pede com sinceridade, poderá estar certa de ser atendida pelo Pai.
A decisão comunitária, se tomada seriamente, terá o aval de Deus. Ou seja, se o membro for desligado da comunidade terrestre, será também desligado da comunidade celeste. O Pai confirma o veredicto da comunidade que agiu com discernimento.
Oração
Espírito de seriedade, livra-nos da leviandade e, afastar da comunidade os membros que erraram. Pelo contrário, que o façamos após a devida ponderação diante do Senhor.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-8-12

HOMILIA DIÁRIA

Não há correção fraterna sem caridade

Não há correção fraterna sem caridade. Precisamos da humildade, da caridade e do bom senso nas nossas relações mútuas e ao corrigir uns aos outros.

“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão.” (Mateus 18, 15)

Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus hoje nos aponta uma necessidade fundamental para a nossa vida e nossa existência: a necessidade da correção. Todos nós, sem exceção, precisamos ser corrigidos. O problema é que a maioria de nós ou quase todos nós não gostamos da correção!
Como a nossa vida seria melhor e teria menos atropelos e mais ganho se soubéssemos aceitar as correções da vida! Primeiramente, porque a correção vem de Deus; Ele nos corrige pela Palavra d’Ele e nos aponta a direção da vida pela Palavra que sai do Seu coração. Ele não é um Pai que castiga, mas é um Deus que corrige aqueles a quem ama.
Nós somos corrigidos pelas circunstâncias da vida. Em tantas circunstâncias da vida caímos e passamos por situações difíceis, e como elas servem para nos corrigir! Só não aprende com as lições da vida quem é orgulhoso e não sabe se autoanalisar e se conhecer melhor.
Nós não podemos abrir mão das correções fraternas que recebemos uns dos outros. Como o pai e a mãe corrigem seus filhos; um irmão corrige o outro irmão; até um filho pode corrigir um pai (não há problema nisso); um superior corrige seu inferior, e quem está abaixo sabe que pode corrigir a quem está acima dele.
Nós precisamos da humildade nas nossas relações mútuas ao corrigir uns aos outros. Para isso, a primeira coisa necessária é aceitar ser corrigidos; pois nós somos muito orgulhosos, sabichões, nos achamos conhecedores de tudo e, por causa disso, muitas vezes, não aceitamos que ninguém nos corrija. Nesse caso, uma dose extrema de humildade é tudo de que precisamos!
Segunda coisa: precisamos saber corrigir; e não há correção fraterna sem um elemento fundamental: a caridade. Mesmo que você tenha a verdade, pois a verdade sem a caridade não é nada, é uma verdade que pode se esvair ou se perder. Se você tem a verdade para corrigir o seu irmão, faça-o na caridade; primeiro a sós, em particular.
Para isso é preciso autocontrole, porque se estamos no extremo dos nossos sentimentos, à flor da pele e machucados com o outro, a nossa correção não será fraterna. Por isso precisamos, primeiramente, corrigir os nossos sentimentos e os nossos afetos para, então, poder corrigir o nosso irmão, a sós, com muita sobriedade. Algumas vezes, será preciso dar tempo ao tempo, pois, num primeiro momento, talvez não tenhamos as melhores condições para fazer isso e poderemos até perder a quem deveríamos ganhar. Para isso é preciso paciência, prudência e saber ter bom senso e juízo ao fazê-lo.
No entanto, pode ser que, mesmo tendo toda humildade e bom senso ao corrigir o seu irmão, ele não lhe dê ouvidos e você tenha de entregá-lo à Igreja, pedir conselho a quem é mais sábio e orientação de quem pode ajudá-lo nessa tarefa e, muitas vezes, você vai apenas entregá-lo à misericórdia de Deus e dizer: “Eu fiz a minha parte! Eu procurei instruí-lo e amá-lo, mas ele não me deu ouvidos nem ouviu a sabedoria da Igreja!”. Então entregue-o à misericórdia divina.
Esta também é uma oportunidade para cada um de nós nos rever: Como eu aceito ser corrigido? Eu já agradeci a alguém por ter me ajudado, me corrigido, orientado e me mostrado o caminho? Ou eu sou aquele turrão, orgulhoso e soberbo que acha que sabe tudo, pode tudo e não se deixa corrigir nem por Deus, nem pelo irmão nem pela vida!?
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

http://homilia.cancaonova.com/homilia/nao-ha-correcao-fraterna-sem-caridade/

Oração Final
Pai Santo, envia tua Luz sobre nós, para que saibamos discernir a correção fraterna, que podemos oferecer ao próximo, da condenação, consequência de julgamentos que, infelizmente, não poucas vezes nós fazemos dele. Que a correção seja, realmente, uma ação de irmão e não de juiz. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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