ANO B

Mt 9,32-38
Comentário do Evangelho
Jesus é o Senhor da vida
A impressão que o evangelho nos deixa é que os dias de Jesus eram marcados pela oração, por numerosos encontros, atividades, como o ensinamento e deslocamento de um lugar para outro (Mc 3,20-21). Depois da cura de dois cegos, vem o episódio da cura de um mudo, seguido de um sumário focalizado na compaixão de Jesus. O termo grego kofós pode significar incapacidade de falar, de ouvir, ou ambas as coisas, o que parece ser o caso do nosso texto, pois se diz que, curado, o homem começou a falar. Para a mentalidade da época, a mudez, como outras enfermidades, é atribuída a um demônio; por isso, a cura é precedida de um exorcismo. A cura do mudo é sinal dos tempos messiânicos (Is 35,5-6). O mal, de fato, impede de falar e de falar bem, assim como impede de escutar o Verbo de Deus. Chama a atenção o contraste entre a reação da multidão e a dos fariseus. Enquanto a multidão reconhece a novidade e o surpreendente do acontecido na cura do mudo, os fariseus, ícones da resistência a Jesus, afirmam que em Jesus não há nada de novo. Jesus é o Senhor da vida. Por onde passa, cheio de compaixão pela multidão, ele desperta a fé na vida e faz viver.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=07%2F07%2F2015
Vivendo a Palavra
O anúncio da chegada do Reino de Deus era a missão de Jesus. Não um reino futuro e distante, mas uma realidade que já mostrava os seus sinais, como a libertação dos homens de suas dificuldades de fala e escuta, da paralisia e, sobretudo, de seus pecados. Esta é a missão que Ele delega a nós, sua Igreja.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho evangelizador. O Evangelho de hoje nos mostra que não deve ser essa a atitude dos discípulos de Jesus. Quando Jesus realiza a expulsão de um demônio, é caluniado, pois afirmam que é pelo poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=7&dia=7
Comentário do Evangelho
UM FATO ADMIRÁVEL
A ação taumatúrgica de Jesus deixava as multidões estupefatas. Na opinião delas, jamais havia acontecido algo semelhante em Israel. Esta sensibilidade diante dos milagres de Jesus predispunha as pessoas a acolhê-lo na fé, e a aceitar tornar-se discípulo dele.
Onde se situava a admirabilidade dos milagres de Jesus? Quais eram suas peculiaridades? Ele agia com um poder vindo diretamente de Deus. Não pretendia chamar a atenção sobre si mesmo. Curava os doentes e expulsava os demônios por força de sua palavra cheia de autoridade, sem recorrer a gestos ou palavras mágicas. Seus milagres não eram feitos para agradar ou captar a benevolência de ninguém. Tudo se passava no âmbito de uma fé profunda. Evitava qualquer tipo de exibicionismo de poder, que transformaria seus milagres em verdadeiros shows. Os milagres de Jesus correspondiam às esperanças messiânicas, que atribuíam ao Messias o poder de realizar prodígios reveladores de sua identidade. Por fim, correspondiam, também, aos anseios humanos de vida, saúde e libertação.
Mesmo assim, os milagres não chegavam a convencer a quem estivesse fechado para Jesus. É por isso que os fariseus não hesitavam em atribui-los a um poder recebido do príncipe dos demônios.
Oração
Espírito de admiração, ao contemplar os milagres de Jesus, tenha eu sensibilidade para descobrir neles o poder divino atuando em favor da humanidade carente de vida.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-7-7
HOMILIA DIÁRIA
Que Jesus afaste de nós os espíritos impuros
Permitamos hoje que Jesus expulse de nós os espíritos impuros, os quais vão nos machucando e nos oprimindo ao longo da vida e, desse modo, nos tornamos mudos diante da Palavra de Deus.
“Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9, 36)
Apresentaram a Jesus um homem mudo, possuído por um demônio e, quando o Senhor toca nele e expulsa o demônio que estava nele, este começa a falar. É o mesmo que o Senhor deseja fazer conosco.
Sabem, meus irmãos, nós, muitas vezes, ficamos calados, amuados e só falamos em muitas situações o que não deveríamos falar; e sai da nossa boca o sentimento de revolta, de ressentimento e mágoa. Contudo, quando Jesus expulsa de nós estes demônios que, muitas vezes, nos ferem e nos machucam por dentro e quando permitimos que Ele expulse de nosso interior o ressentimento, a mágoa, a decepção e a frustração e muitas outras coisas negativas de nosso interior, a libertação acontece e a nossa boca se abre para que possamos proclamar as maravilhas de Deus.
Permita-me dizer: nossa alma frequentemente se encontra muito oprimida por muitas coisas negativas. “A boca fala daquilo de que o coração está repleto” (Mateus 12, 35). Muitas vezes, nós paramos para ouvir uma pessoa e só saem coisas ruins daquela boca, tanto pessimismo, tanto negativismo, tanta tragédia e tanta maldade, de maneira que sentimos vontade de dizer: “Fale alguma coisa boa, criatura!”. Mas esta só pode falar daquilo que ela tem, e se não tem nada de bom como é que ela vai falar de coisa boa?
Jesus hoje quer expulsar da nossa alma e do nosso coração todos os espíritos que atormentam o nosso interior e nos deixam presos e amarrados a tantas coisas negativas. Precisamos proclamar o Reino de Deus com a vida e com as palavras. É preciso, em primeiro lugar, expulsar do nosso coração aquilo que não é compatível com o Reino de Deus.
Se mergulhamos muito na tristeza que nos visitou, na decepção que um dia nos magoou, na raiva que um dia nos feriu e na ferida do ressentimento que foi crescendo e se prolongando, acabaremos nos fechando às pessoas e às situações. Eu me lembro de algumas pessoas sentadas à mesma mesa que não têm nem uma palavra para dizer umas às outras, e de pessoas que se encontram e não têm o que dizer uma à outra, cujos olhos fumegam de raiva, de rancor ou de desejo de enforcar o outro.
Deixemos Jesus expulsar a raiva e o mal de nossa vida! Deixemos que Ele cure aquela mágoa terrível que vai aniquilando nossa alma e nos tornando mudos, de modo que não podemos levar ao outro uma palavra de perdão, de misericórdia ou de reconciliação.
Permitamos hoje que Jesus expulse de nós os espíritos impuros, os quais, ao longo da vida, vão nos machucando e nos oprimindo e, desse modo, nos tornamos mudos diante da Palavra de Deus. Com o toque de Jesus em nossa alma e em nosso coração, nós queremos proclamar o Reino de Deus aonde formos enviados!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/que-jesus-afaste-de-nos-os-espiritos-impuros/
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que o melhor jeito de anunciar a presença do Teu Reino em nós não é pronunciando palavras, ainda que inspiradas e belas, mas é proporcionarmos aos peregrinos desta terra a libertação de seus males, em nome do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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