

São Francisco Borja (ou
Bórgia)
1510-1572
1510-1572
Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família
dos Bórgia, em português Borja, no dia 28 de outubro de 1510, em Gáudia,
Valença. Teve o mérito de redimir completamente a má fama precedente desta
família desde a remota e obscura época medieval, notadamente em Roma. Ele era
parente distante do papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernando II,
de Aragão e Castela. Os Bórgias de então já eram muito piedosos e castos, o que
lhe garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos,
possibilitando o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente a
Deus.
Mesmo vivendo numa Corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco manteve-se
sempre firme na busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na
infância, foi pagem da Corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como
não gostava dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época,
cresceu entre os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura
clássica, principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele
repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus oito filhos.
Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos vinte,
recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas e
administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a
freqüentar os sacramentos e a unir-se nas orações diárias.
O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se
tornou vice-rei da Catalunha. A história mostra que a administração deste
príncipe espanhol foi justa, leal e cristã. Os seus súditos e serviçais o
consideravam um verdadeiro pai e todos tinham acesso livre ao palácio.
Entretanto, com as sucessivas mortes de seu pai e sua esposa, os quais ele
muito amava, decidiu entregar-se, totalmente, ao serviço de Deus. Em 1548,
abdicou de todos os títulos, passou a administração ao filho herdeiro, fez
votos de pobreza, castidade e obediência e entrou, oficialmente, para a
Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo também santo Inácio de Loyola.
Meses depois, o papa quis consagrá-lo cardeal, mas ele pediu para poder
recusar. Porém logo foi eleito superior-geral da Companhia.
Nesse cargo, imprimiu as suas principais características de santidade: a
humildade, a mortificação e uma grande devoção à eucaristia e à Virgem Maria.
Ativo, fundou o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro em sua terra
natal, Gáudia, e mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou, também, as
primeiras missões para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do
carisma original dos jesuítas, impondo a todos a hora de meditação cotidiana.
Morreu em 30 de setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a espiritualidade, além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, são Francisco Bórgia foi elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, por meio dele, que o nome da família Bórgia se destacou com uma glória nunca antes presumida.
São Francisco Borja (ou Bórgia) | |
Nascimento | 28 de outubro de 1510 |
Local nascimento | Gandia (Valência) |
Ordem | Jesuíta (Confessor) |
Local vida | Roma |
Espiritualidade | Pertencia a uma das famílias mais nobres da Espanha. Era duque de Gandia, sobrinho do papa Alexandre VI e do rei católico Fernando II de Aragão e de Castela, exerceu elevadas funções de vice-rei da Catalunha. Casou-se aos 19 anos de idade e foi pai de oito filhos. Certa vez recebeu a incumbência de acompanhar o transporte do cadáver da imperatriz Isabel, que falecera em Toledo, ao local onde se daria o sepultamento. O transporte foi longo, demorando 15 dias até chegar em Granada. No momento de sepultar a imperatriz, exigia-se que fosse aberto o caixão para que cadáver fosse reconhecido. Isabel, que fora admirada por sua deslumbrante beleza, estava reduzida a podridão. Diante daquela cena chocante, Francisco foi tocado pela graça: compreendeu a ilusão de toda a glória mundana, e decidiu que se algum dia enviuvasse, consagraria sua vida inteiramente a Deus. E isso aconteceu: tornou-se viúvo de Eleonora aos 40 anos de idade. Em 1546, renunciando a todos os seus títulos e bens, ingressou na Companhia de Jesus como filho espiritual de Santo Inácio de Loyola, tornando-se, depois, superior geral dessa família religiosa. |
Local morte | Roma |
Morte | No ano de 1572 |
Fonte informação | O Livro dos Santos |
Oração | Dai-nos, Senhor, por vossa imensa misericórdia, a graça da perseverança e da constância nas coisas do alto. Por Cristo, nosso Senhor, amém. São Francisco Borja, rogai por nós. |
Devoção | Aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola |
Padroeiro | Dos pais |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: São Paulino de York, Confessor, Maria Soledade (fund); Tomás de Vilanova (bispo); Eulâmpio e Eulânpia (virgem); (irs); Claro (bispo); Venâncio, Daniel, Samuel, Ángelo, Leão, Nicolau, Hugolino, Gereção, Alderico, Basiano, Vitor, Cássio e Florêncio (márts); Pinito, Paulino, Cerbônio (bispo); Teófilo (monge); Zacarias (conf), São Gereão. FONTE: ASJ |
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