
São Bernardo de Menton
(de Aosta)
+1081
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Bernardo viveu no século IX. Pouco se sabe sobre
sua origem, não é certo, mas parece que pertencia à família dos barões de
Menton, da corte francesa. Entretanto documentos da época confirmam que, na
Itália, Bernardo era o arcedecano da catedral de Aosta, conhecido pela oratória
nas pregações.
Ele será sempre lembrado como reconstrutor de um dos pontos mais destruídos da
Europa: a passagem de Monte Giove, atualmente chamada de Grande São Bernardo,
onde também havia um mosteiro. Essa região de vales era uma rota importante que
ligava Londres, na Inglaterra, a Perugia, na Itália, permitindo o trânsito de
mercadorias, pessoas e idéias.
Desde o final do século IX, esses vales e colinas passaram a viver um inferno.
Os exércitos árabes dominaram a região, achacando a população, provocando
seqüestros, matanças, incendiando mosteiros, igrejas e aldeias inteiras.
Até que Guilherme da Provença colocou um ponto final nessa situação. Destruiu a
base armada dos árabes, provocando a retirada de todos, mas, em conseqüência, a
região ficou completamente destruída.
Foi nesse contexto que apareceu Bernardo. Ele recuperou o mosteiro lá
existente, criando uma nova comunidade religiosa, que, sob a sua direção, com
determinação e competência, reorganizou a população e reconstruiu as aldeias e
vales. Assim, o paraíso voltou a reinar, pouco a pouco, com os habitantes
fixando-se na região.
Depois, os novos religiosos, com o tempo, converteram-se em cônegos regulares e
chegaram a formar uma congregação, a qual se dedicou a evangelizar as regiões
montanhosas da Ásia Central. Eles se tornaram também famosos por utilizarem
cães auxiliadores, conhecidos pelo nome de "São Bernardo", pois se
originaram nesse mosteiro, e que tanto serviços prestaram para resgatar os
alpinistas perdidos.
Este foi o outro Bernardo atuando, aquele evangelizador. Talvez a parte menos
comentada de sua vida. Em sintonia com a reforma interna da Igreja, Bernardo
era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos
fiéis e o comércio das coisas espirituais.
Pois foi trabalhando nessa causa que a morte o levou, em 12 de junho de 1081,
no Convento de Novara. A Europa conseguiu reerguer-se, após mil anos de
invasões de árabes, normandos, eslavos e húngaros, graças a homens como
Bernardo de Aosta. Seu corpo foi sepultado na catedral de Novara, na Itália.
Inscrito no Martirológio Romano em 1681, são Bernardo de Aosta foi proclamado
pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos
esquiadores.
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