
Ao ficar viúva, Ema discerniu e decidiu consagrar sua viuvez ao Senhor, numa vida de oração expressa na caridade. Muitos conventos e abadias foram construídas através de sua generosidade, porém, ela viveu no meio da sociedade, administrando seus bens para o beneficio do próximo.
Santa Ema passou os últimos momentos de sua vida numa abadia, após 40 anos de dedicação a Deus, falecendo em 1045.
Depois de muito tempo abriram seu túmulo, e encontraram o seu corpo todo em pó, exceto a sua mão direita estava intacta. Aquela mão que ela mais dava. Um sinal de que a santidade passa pela caridade.
Santa Ema, rogai por nós!
Santa Ema da Saxônia

Santa Ema da Saxônia
+1040
Ema da Saxônia morreu em 19 de abril de 1040. No
mosteiro de São Ludgero, na Alemanha, inexplicavelmente longe da Saxônia,
conserva-se uma relíquia desta santa: uma mão prodigiosamente intacta.
Ela, de origem alemã, nasceu no berço de uma família muito religiosa e cristã.
Era irmã de Meginverco, bispo da cidade de Paderborn, que também se tornou
santo. Muito nova foi dada em matrimônio para Ludgero, conde da Saxônia, que a
deixou viúva um ano depois do enlace. Muito devota, bonita, rica e sem filhos,
não desejou se casar novamente. E se manteve constante em seu novo projeto de
vida, que foi a total dedicação às obras de caridade.
"A mulher estéril", diz a Bíblia, "será mãe de muitos
filhos." Assim foi com Ema. Generosa nas doações e no atendimento ao
próximo, mas austera e intransigente consigo mesma, procurou a perfeição no
difícil estado de viuvez, uma condição bastante incômoda para uma mulher que
ficou só e muito rica.
Ela, entretanto, potenciou sua fecundidade espiritual e administrou seu
patrimônio em benefício dos pobres e órfãos por meio das instituições
assistenciais. Quarenta anos depois, por ocasião de sua morte, ela já não
possuía mais nada neste mundo, tendo transferido, por sua caridade, seus bens
ao tesouro do paraíso, onde, no dizer de Jesus, "As traças e a ferrugem
não consomem, nem os ladrões roubam" (Mt 6,20).
A escolha de Ema não foi uma fuga perante as responsabilidades familiares, mas
uma opção em favor de um serviço mais amplo aos necessitados, em nome de Jesus
Cristo, que nos deixou o exemplo de dar sua vida pela salvação dos seres
humanos. Aliás, o apóstolo Paulo louva a opção das viúvas que se dedicam
unicamente ao Senhor e ao serviço comunitário da diocese, de tal modo que, nos
primeiros séculos do cristianismo, existia uma espécie de associação de viúvas
que trabalhavam distribuindo as esmolas dadas aos pobres pela Igreja.
Ema havia escolhido esta maneira de servir a Deus, a mais difícil e rara. Sua
mão se conservou intacta, nove séculos e meio após sua morte, sem dúvida como
um sinal certo da sua mais característica virtude: a generosidade.
Esta verdadeira serva de Cristo auxiliou o seu esposo celestial com a oração e
a caridade, merecendo a devoção não de um marido, mas de milhões de cristãos. A
Igreja a declarou santa e oficializou o seu culto público, que já era celebrado
havia mais de nove séculos, no dia de sua morte. O corpo de santa Ema da
Saxônia, sem aquela mão de que se falou, repousa na catedral de Bremen,
Alemanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário