segunda-feira, 5 de maio de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/05/2025

ANO C


3º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano C - Branco

“Simão, filho de João, você me ama?”

Jo 21,1-19

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHOS: Em nossa assembleia litúrgica, o Senhor se manifesta vivo, indicando-nos que quando os irmãos estão juntos, conseguem encontrar o lugar próprio de seu encontro com ele no cotidiano de vida, em meio aos seus afazeres honestos.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/104489/4-de-maio-2025---3-Domingo-da-Pascoa.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, fomos convocados pelo Senhor Ressuscitado para nos reunirmos em torno do altar e celebrar sua Páscoa, em ação de graças ao Pai, na força e no poder do Santo Espírito. Ele hoje nos convida a cear com Ele e a segui-lo com a disponibilidade do serviço que só experimenta quem ama de verdade. Hoje, nossa Arquidiocese peregrina ao Santuário Nacional de Aparecida: que a Virgem Mãe Aparecida nos ajude a sermos sempre peregrinos de esperança!
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/03/Ano-49C-31-3o-DOMINGO-DE-PASCOA.pdf

AMAR E SERVIR

Neste 3º Domingo da Páscoa, a liturgia nos convoca a refletir sobre a missão da comunidade cristã, a propósito da ressurreição de Jesus Cristo, que se faz presente em meio a seus apóstolos e à Igreja, iluminando e guiando a sua caminhada. O Evangelho nos traz a rica e significativa narrativa da pesca milagrosa e do diálogo entre Jesus e Pedro, que se revela como um convite à missão e à renovação da fé.
A pesca milagrosa, ocorrida após uma noite de frustrações, simboliza a forma poderosa da jornada do cristão. Enquanto os apóstolos confiavam apenas em suas próprias forças, seus esforços eram infrutíferos. Ao obedecerem à orientação de Jesus e lançarem as redes novamente, foram surpreendidos por uma abundância inesperada. Essa passagem nos ensina que uma missão de evangelização só pode ser verdadeiramente frutífera quando há plena confiança e dependência em Cristo. O testemunho da Igreja deve estar sempre alicerçado no Senhor, pois, sem Sua presença, até os esforços mais dedicados podem não gerar os frutos desejados.
A primeira leitura, do Atos dos Apóstolos, complementa essa reflexão ao afirmar que "se deve obedecer antes a Deus que aos homens". Isso nos provoca a questionar até que ponto estamos dispostos a proclamar nossa fé e a nos manter firmes na missão, mesmo diante das adversidades e do desprezo. Os apóstolos, cheios de coragem e ardor, testemunharam a ressurreição e a mensagem libertadora de Jesus, mostrando que a obediência divina é a verdadeira direção a ser seguida.
Na segunda leitura, do Apocalipse de São João, somos convidados a contemplar a sublime adoração ao Cordeiro, que também se relaciona com o nosso chamado à evangelização. "Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos." Esse louvor exalta a atividade missionária, que deve ser realizada com o olhar fixo em Cristo, a fim de que o Espírito Santo habite em nossas realizações e inspire as nossas palavras.
Ao voltarmos nosso olhar para o Evangelho, contemplamos o diálogo entre Jesus e Pedro, no qual Cristo, por três vezes, pergunta a Pedro se ele O ama. Nesse questionamento repetido, revela-se o centro da missão cristã: o amor. Diante da resposta afirmativa de Pedro, Jesus lhe confiou a tarefa de apascentar seus cordeiros e cuidar de seus rebanhos. Esse chamado nos ensina que o amor deve ser a força geradora de toda a ação evangelizadora, pois somente amando verdadeiramente, como Cristo nos amou, seremos capazes de cuidar e guiar o próximo no caminho da fé.
Somos chamados não apenas a pescar almas, mas a utilizar essa pesca como um ato de amor e serviço, sendo pastores que não apenas buscam o crescimento numérico, mas que se importam genuinamente pelo bem-estar espiritual dos outros. Como nos lembra o Papa Francisco, devemos cultivar o “cheiro das ovelhas”, mantendo sempre viva a atenção pela vida do outro.
Neste 3º Domingo da Páscoa, que possamos renovar nosso compromisso de seguir Jesus, tomando consciência de que a missão é um chamado a viver em comunhão, a partilhar a fé e a deixar que Cristo guie nossas ações. Que possamos nos deixar surpreender por Sua presença e por Sua palavra, levando assim adiante, o projeto que Ele inaugurou.
Dom Carlos Silva OFMCap
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal Região Brasilândia
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/03/Ano-49C-31-3o-DOMINGO-DE-PASCOA.pdf

Comentário do Evangelho

A Fé Cristã no Caminho do Ressuscitado


Neste 3º domingo da Páscoa, a liturgia nos apresenta uma nova aparição do Ressuscitado, que surpreende os apóstolos com sua presença inesperada. O dia a dia dos discípulos é marcado pela visita do Mestre, que se revela plenamente durante a fração do pão, simbolizando o Cordeiro imolado que venceu a morte. Este ato deve ser anunciado ao mundo, pois é o triunfo da vida sobre a morte.
A obediência à vontade de Deus se torna a chave para superar as dificuldades da missão, conforme vemos na primeira leitura. A experiência com o Ressuscitado e o Espírito Santo impulsiona os apóstolos a pregarem o nome de Jesus com ousadia. Mesmo diante da perseguição e do sofrimento impostos pelas autoridades judaicas, como as proibições e os açoites, os apóstolos permanecem firmes no anúncio do evangelho. Para eles, o testemunho de Cristo deve ser dado, pois a obediência a Deus prevalece sobre a obediência aos homens.
O poder de Cristo, que acompanha a missão dos apóstolos, também é revelado no livro do Apocalipse (segunda leitura). Ele é o Cordeiro digno de receber os sete atributos da vitória sobre o pecado e o mal. Esse poder é reconhecido por todas as criaturas do universo, que se prostram em adoração à sua soberania.
Apesar de sua ressurreição e glória, o Cristo ressuscitado não é facilmente reconhecido pelos discípulos. O impacto da sua morte na cruz foi profundo e transformador. Após sua partida, a vida precisava seguir. Sete discípulos, então, retornam ao mar para pescar, exatamente no lugar onde haviam sido chamados pela primeira vez. No entanto, suas tentativas de pescar durante a noite, um momento de escuridão, resultam em frustração. A abundância de peixes só se dá quando obedecem à ordem de Jesus ao amanhecer, momento de luz.
Esta experiência ensina que, na comunidade de Cristo, sempre que estivermos atentos à sua palavra e unidos a Ele, daremos frutos na missão. Quando o discípulo amado reconhece o Senhor, é Pedro quem corre para encontrá-lo, trazendo consigo a rede cheia de peixes. Apesar do temor e da surpresa com a presença do Mestre, os apóstolos se unem a Ele no banquete dos pães e peixes, que relembra o milagre da multiplicação dos pães. Este momento também aponta para o banquete eucarístico, onde os discípulos são alimentados para a missão.
Além disso, esta ocasião serve como um momento de reconciliação, especialmente para Pedro, que havia negado Jesus. O diálogo entre eles não só traz perdão a Simão, mas também confirma sua missão de cuidar do rebanho do Senhor. A negação de Pedro é superada pela nova oportunidade de seguir o Mestre e cumprir sua missão.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-fe-crista-no-caminho-do-ressuscitado/

Reflexão

O Ressuscitado aparece aos discípulos no trabalho de subsistência. Não podemos, porém, tomar o texto como uma crônica jornalística. O autor quer informar sobre a experiência que os apóstolos fizeram do Ressuscitado. O texto de hoje pode ser dividido em duas partes: a pesca abundante e a missão de Pedro. O relato da pesca pode demonstrar a crise que a comunidade está passando: pesca infrutífera numa noite. Ao amanhecer de um novo dia e a pedido do Ressuscitado, conseguem abundante pesca. A partir disso, reconheceram-no. O fruto da missão depende da presença e da adesão à Palavra de Jesus: joguem a rede à direita da barca. Assim como para os discípulos, para nós também não é fácil perceber a nova realidade da presença do Ressuscitado, mas é ela que dá sentido à nossa vida e à missão da comunidade. Para conhecer e seguir fielmente o Mestre, é indispensável o amor. A pergunta a Pedro é dirigida também a nós: vocês me amam? O amor é a prova de que somos discípulos de Jesus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-4-domingo-13/

Reflexão

«Jesus disse-lhes: ‘Vinde comer’»

Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós
(Barcelona, Espanha)

Hoje, terceiro Domingo da Páscoa, contemplamos ainda as aparições do Ressuscitado, este ano, segundo o evangelista João, no impressionante versículo vinte e um, todo ele impregnado de referências sacramentais, muito vivas para a comunidade cristã da primeira geração, a mesma que recolheu o testemunho evangélico dos próprios Apóstolos.
Eles, depois dos acontecimentos da Páscoa, parece que retornam às suas ocupações habituais, como se tivessem esquecido que o Mestre os tinha convertido em “pescadores de homens”. Um erro que o evangelista reconhece, constatando que —apesar de se terem esforçado— «não pescaram nada» (Jo 21,3). Era a noite dos discípulos. Apesar disso, ao amanhecer, a presença conhecida do Senhor dá a volta a toda a cena. Simão Pedro, que antes tinha tomado a iniciativa na pesca infrutuosa, agora recolhe a rede cheia: cento e cinquenta e três peixes foi o resultado, número que representa a soma dos valores numéricos de Simão (76) e de ikhthys (=peixe, 77). Significativo!
Assim, quando sob o olhar do Senhor glorificado e com a sua autoridade, os Apóstolos, com a primazia de Pedro —manifestada na tripla profissão de amor ao Senhor— exercem a sua missão evangelizadora, produz-se o milagre: “pescam homens”. Os peixes, uma vez pescados, morrem quando são sacados do seu meio. Assim também os seres humanos, morrem sem que ninguém os resgate da obscuridade e da asfixia, de uma existência afastada de Deus e envolvida no absurdo, lavando-os à luz, ao ar e ao calor da vida. De que vida? Da vida de Cristo, que ele mesmo alimenta desde a praia da sua gloria, figura esplêndida da vida sacramental da Igreja e, primordialmente, da Eucaristia. Nela o Senhor dá pessoalmente o pão e, com ele, dá-se a si próprio, como indica a presença do peixe, que para a primeira comunidade cristã era um símbolo de Cristo e, portanto, do cristão.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «E, tendo comido diante deles, pegou as sobras e as deu a eles. Para provar-lhes a veracidade da sua ressurreição, ele se dignou a comer com eles, para que vissem que ele havia ressuscitado de maneira real e não imaginária» (São Beda)

- «Qual é o olhar de Jesus sobre mim hoje? Como Jesus olha para mim? Com uma chamada? Com um perdão? Com uma missão? Estamos todos sob o olhar de Jesus. Ele sempre olha com amor. Ele nos pede algo e nos dá uma missão» (Francisco)

- «O encontro com Jesus ressuscitado transforma-se em adoração: ‘Meu Senhor e meu Deus’ (Jo 20, 28). Assume então uma conotação de amor e afeição, que vai ficar como própria da tradição cristã: ‘É o Senhor!’ (Jo 21,7)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 448)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-05-04

Reflexão

As aparições de Jesus ressuscitado aos Apóstolos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje chama a atenção que os discípulos não reconheçam a Jesus em um primeiro momento. Somente despois de que o Senhor teve que mandar sair de novo a pescar, o discípulo amado o reconheceu. É por assim dizer, reconhecer desde dentro o que fica sempre envolto no mistério.
Depois da pesca, quando Jesus os convida a comer, continuava havendo certa sensação de algo estranho ("Ninguém se atrevia a preguntar quem era sabendo que era o Senhor"). O modo de aparecer corresponde a esta lógica do "reconhecer" e "não reconhecer": Ele é plenamente corpóreo, e, no entanto, não está sujeito às leis da corporeidade, às leis do espaço e do tempo. Nesta surpreendente lógica, entre verdadeira corporeidade e liberdade das ataduras do corpo, se manifesta a essência peculiar, misteriosa, da nova existência do Ressuscitado.
—Jesus é o mesmo — um homem de carne e osso— e é também o "Novo", aquele que entrou em um gênero de existência diferente.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-05-04

Comentário sobre o Evangelho

Jesus ressuscitado aparece aos Apóstolos pela terceira vez


Hoje, os Apóstolos tinham estado toda a noite a tentar pescar. Não tinham conseguido nada. Ao amanhecer, um homem, a partir da margem, anima-os a lançar novamente a rede. E enche-se de peixes! Então João reconhece Jesus e Pedro lança-se ao mar para ir ao seu encontro. Depois, comem todos juntos.
- Sabeis descobrir Jesus como João e amá-lo com a força de Pedro?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-05-04

Meditação

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

O terceiro domingo pascal nos faz pensar em como respondemos ao apelo amoroso do Senhor que, ressuscitado, nos convida para continuar sua missão. Ele nos ensinou o caminho e agora nos chama a continuar a caminhada com Ele. As leituras que rezamos hoje nos apresentam as dificuldades em continuar dando sequência à missão de Jesus. Evangelizar não é tarefa fácil! Exige de nós muita dedicação, renúncia e amor.
É sobre isso que nos fala a Primeira Leitura. Os Atos dos Apóstolos nos relatam o quanto os discípulos sofreram para continuar a missão do Redentor. Porém, mesmo sofrendo, eles se sentiam felizes por serem injuriados por causa do anúncio. Eles se lembraram das palavras do Mestre no Sermão da Montanha: “Felizes sereis vós, quando os outros vos insultarem e perseguirem, e disserem contra vós toda espécie de calúnias por causa de mim. Alegrai-vos e exultai porque recebereis uma grande recompensa no céu. Pois foi assim que eles perseguiram os profetas que vos precederam!” (Mt 5,11-12).
Ser injuriados era para os discípulos um sinal de que estavam no caminho certo. Eles foram até as últimas consequências para serem fiéis a Jesus e seu Reino. A Segunda Leitura do livro do Apocalipse nos revela a plenitude que a morte e a ressurreição de Jesus traz ao coração de todos que nele acreditam. Ele é o Cordeiro imolado, e ao reconhecê-lo como nosso Salvador, encontramos a alegria plena da vida abundante que deseja nos oferecer. E essa mensagem se completa no Evangelho que ouvimos hoje.
Jesus, no Evangelho, aparece ao amanhecer do dia, depois de uma noite em que os discípulos viveram uma pesca sem sucesso. Ainda sem ser reconhecido, Ele pede algo para comer. Como não tinham, Ele sugere que lancem novamente as redes. Mesmo sem muita confiança, os discípulos lançam as redes e ao serem surpreendidos por tamanha quantidade de peixes, eles têm a certeza de que é o Senhor que os visita e, novamente, os chama para a ceia.
Depois de cear com eles, Jesus pergunta a Pedro se ele o ama, por três vezes. E a resposta de Pedro é positiva. A insistência de Jesus nos revela o quanto segui-lo é exigente. Pedro chegou a negá-lo por três vezes, mas agora dizendo que o ama, também por três vezes, se fortalece para continuar a missão de Jesus. Esse é o desafio do ser cristão: amar a Jesus e se comprometer com Ele. Não apenas segui-lo, mas continuá-lo. Eis a única exigência do nosso Salvador.
Pe. Lucas Emanuel Almeida, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=04%2F05%2F2025

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual. Alegrando-se com a restituição da glória da adoção divina, possa, com firme e grata esperança, aguardar o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. — Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=04%2F05%2F2025&leitura=meditacao

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