

Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/por-seus-frutos-os-reconhecereis/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/26-06-2024
Reflexão
O alerta de Jesus vale tanto para os membros da comunidade cristã quanto para os de fora. Tradicionalmente, profeta é quem fala em nome de Deus. O verdadeiro profeta se dispõe a dar a vida por Deus, a quem ele serve. O falso profeta, porém, pode até ser brilhante e convincente no modo de se comunicar, mas o faz em defesa dos próprios interesses. Como distinguir entre o falso e o verdadeiro profeta? Como evitar ser engambelado pelo falso profeta? A saída é conferir o modo de vida dele. Como trata a família; qual é a qualidade de sua relação com Deus; se habitualmente prejudica o empregador; se explora o empregado: esses são alguns critérios que mostram se ele é pessoa honesta e confiável. Cabe um exame de consciência para certificar-nos até que ponto somos profetas autênticos.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Reflexão
«Pelos seus frutos os conhecereis»
Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, apresenta-se perante o nosso olhar um novo contraste evangélico, entre as arvores boas e as más. As afirmações de Jesus a este respeito são tão simples que parecem quase simplistas. E é justo dizer-se que não o são em absoluto! Não o são como não o é a vida real de cada dia.
Esta ensina-nos que há bons que degeneram e acabam dando frutos maus e que, pelo contrário, há maus que acabam dando frutos bons. O que significa pois, em definitiva, que «toda árvore boa produz frutos bons (Mt 7,17)»? Significa que aquele que é bom o é na medida em que não desanima obrando bem. Obra bem e não se cansa. Obra o bem e não cede perante a tentação de obrar mal. Obra bem e persevera até ao heroísmo. Obra o bem e, se por acaso chega a ceder frente ao cansaço de atuar assim, de cair na tentação de obrar o mal, ou de assustar se perante a exigência inegociável, reconhece-o sinceramente, confessa-o de veras, arrepende-se de coração e… volta a começar.
Ah! E o faz, entre outras razões, porque sabe que se não dá bom fruto será cortado e deitado ao fogo (o santo temor a Deus guarda a vinha e as boas vides!), e porque, conhecendo a bondade dos outros através das boas obras, sabe, não apenas por experiência individual, mas também por experiência social, que ele só é bom e pode ser reconhecido como tal através dos feitos e não apenas das palavras.
Não basta dizer: «Senhor, Senhor!». Como nos recorda Santiago, a fé acredita-se através das obras: «Mostra-me a tua fé sem as obras que eu pelas obras te farei ver a minha fé» (Sant 2,18).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Ver Jesus na pessoa espiritualmente mais pobre requer um coração puro. Quanto mais desfigurada estiver a imagem de Deus numa pessoa, maior deve ser a fé e a veneração na nossa busca do rosto de Jesus» (Santa Teresa de Calcutá)
- «Recebemos [do Espírito] uma nova forma de ser; a vida de Cristo torna-se também nossa: podemos pensar como Ele, agir como Ele, ver o mundo e as coisas com os olhos de Jesus» (Francisco)
- «Quando vier; no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso há de revelar a disposição secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver aceite ou recusado a graça» (Catecismo da Igreja Católica, nº 682)
Reflexão
Fé com obras
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje Jesus Cristo nos fala sobre o caráter vital da fé, que não consiste na simples aceitação de determinados axiomas (ou princípios) teóricos, e sim que é uma "semente" de vida dentro de nós. Uma semente! Algo pequeno, mas vivo, que deve percorrer um caminho de crescimento.
Nossa fé não é uma teoria, mas um acontecimento: um encontro com Deus. Com certeza, a fé em Jesus é "conhecimento", mas é um conhecer que nos "compromete". A fé vai da palavra à ideia, mas tem sempre que voltar da ideia à palavra e à ação. A fé não pode ser demonstrada: é uma mudança do ser, e só quem muda a acolhe. É uma mudança que temos que fazer todos os dias.
—Jesus: conhecer-te me traz um presente: Deus está em minha direção. Ajuda-me a corresponder à exigência que este presente me sugere: ao acreditar em ti, devo caminhar contigo.
Comentário sobre o Evangelho
O Sermão do Monte: «Pelos seus frutos os conhecereis»
Hoje, ficamos vigilantes. Por quê? Há muito ruído à nossa volta! Sempre há pessoas que se armam em sábios e que dão lições rindo-se de Deus. Os seus temas preferidos: Deus, a Igreja, os padres, a família… Queres aplicar-lhes um teste? «Pelos seus frutos os reconhecereis», diz-nos Jesus.
- A esses profetas pergunta-lhes: tu, que família tens?, quantos filhos?, quantas vocações trouxeste?, que me dizes da eternidade? E comprovarás que «não se podem colher uvas dos espinheiros nem figos dos cardos».
Meditação
Sempre houve e haverá falsos profetas, mestres da mentira por ignorância ou maldade. E Jesus dá o critério para os reconhecer: basta olhar para os frutos que nascem de suas doutrinas. São bons profetas, falam em nome de Deus, se de sua doutrina brotam a justiça, a paz, a concórdia, a felicidade, a alegria, a esperança e tudo o que é bom. Por mais sedutora que seja a doutrina, vejamos os frutos.
Oração
Concedei-nos, Senhor, a graça de sempre temer e amar vosso santo nome, pois nunca cessais de conduzir os que firmais solidamente no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
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