ANO C

Mt 17,22-27
Comentário do
Evangelho
Jesus é maior que o Templo
Ante o segundo anúncio da
paixão-morte-ressurreição (o primeiro: 16,21-23), “os discípulos ficaram
extremamente tristes” (v. 23). Nós já observamos que os anúncios da paixão do
Senhor são acompanhados da incompreensão dos discípulos. Aqui se diz da “forte tristeza”.
De que tristeza se trata? Tristeza da incompreensão. Talvez se fixem somente
nas palavras paixão-morte e se esquecem de que a ressurreição passa pela paixão
e morte do Senhor.
O episódio do imposto devido ao Templo é próprio
do primeiro evangelho. A obrigação de pagar um imposto para o Templo se
encontra em Neemias 10,33ss: “Impusemo-nos como obrigação: dar uma terça parte
de um ciclo por ano para o culto do Templo de nosso Deus…” (ver também Ex
30,13). No entanto, a questão legal, aqui, é menos importante. Jesus amplia a
questão do v. 24, perguntando a Simão: “os reis da terra cobram impostos ou
tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” (v. 25). Ao que Pedro
respondeu: “Dos estranhos!” (v. 26). Jesus ultrapassa, assim, um primeiro nível
de sentido: os filhos, aqui, são filhos do Rei, isto é, os que reconhecem em
Jesus o Filho bem amado do Pai. Desse modo, os discípulos estariam liberados do
imposto. E Jesus? Ora, Jesus não é só maior que o Templo, mas onde aprouve a
Deus habitar com a plenitude de sua graça.
A moeda na boca do peixe é um modo de sugerir a
Simão pagar o imposto com o fruto do seu trabalho, isto é, a pesca.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 12/08/2013
Vivendo a Palavra
Jesus quer nos mostrar que o mundo não nos
reconhece como filhos, mas como súditos. Portanto, haverá dificuldades em nossas
relações. Ele mesmo seria entregue nas mãos dos homens e também nós, seus
seguidores, teremos sorte semelhante. Mas, ao terceiro dia, ressuscitaremos com
Ele!
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2013
VIVENDO A PALAVRa
Jesus nos alerta que o mundo não nos reconhece
como filhos, mas como súditos. Portanto, haverá dificuldades em nossas
relações. Ele mesmo, Jesus de Nazaré, seria entregue nas mãos dos homens.
Também nós, seus seguidores, teremos sorte semelhante. Mas, ao terceiro dia,
ressuscitaremos com Ele!
Reflexão
Uma coisa é termos direito sobre algo e outra
coisa é a conveniência do uso desse direito. No nosso dia a dia, muitas vezes
acontece que temos que renunciar a um direito em vista de um bem maior. O
próprio Jesus nos mostra essa necessidade no evangelho de hoje, quando renuncia
ao direito de não parar os impostos do templo para conseguir um bem maior que
está no fato de evitar escândalos. Assim, também nós devemos deixar de lado
determinados direitos, que podem até demonstrar mesquinhez,quando esses podem se
tornar causa de escândalos ou conflitos e fazer com que percamos um bem maior
como a paz e a tranqüilidade.
Fonte: CNBB em 12/08/2013
Reflexão
Jesus
é questionado pelos fiscais do Templo: vai pagar ou não o imposto anual ao
Templo? Consta que os sacerdotes e muitos mestres estavam isentos de pagar esse
imposto. Os fiscais querem saber se Jesus, que é chamado Mestre, está se
beneficiando da mesma mordomia. O fato de Jesus pagar mostra que ele não apoia
uma sociedade injusta em que os grandes têm privilégios à custa dos pobres.
Quanto ao imposto cobrado pelos reis, ou seja, as taxas cobradas pelos
estrangeiros, Jesus denuncia a exploração internacional que empobrece os povos
dominados e os faz viver na miséria. De qualquer forma, Jesus se serve da
generosidade da natureza (peixe) e satisfaz a exigência da lei. Quando não há
exploração do povo e acumulações de bens, a natureza supre a necessidade de
todos.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Você fica muito triste diante dos sofrimentos? -
Como consegue recobrar ânimo? - Há muita escravidão de seres humanos ainda hoje
e de vários tipos. Você teria algum exemplo para citar? - Faça algum comentário
de algum caso em que os impostos devidos não são pagos e também não são bem
gerenciados por quem teria obrigação disso. - Jesus paga o imposto devido para
evitar escândalo. Corremos o risco de escandalizar pessoas? Mencione alguma
situação.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 12/08/2013
Meditando o evangelho
OS FILHOS ESTÃO ISENTOS
Os cobradores do imposto para o Templo estavam de olho em Jesus. Os
sacerdotes e os rabinos julgavam-se isentos de pagá-lo. Será que Jesus, por ser
considerado mestre, imaginava gozar do mesmo direito? Afinal, todo judeu adulto
devia cumprir esta obrigação, a partir dos vinte anos. A resposta à pergunta
dirigida a Pedro seria uma forma de revelar a identidade de Jesus, ou melhor, o
que ele pensava de si mesmo.
Pedro responde afirmativamente. Com isso, deixa entrever seu modo de
entender a pessoa do Mestre: um Messias submisso às tradições de Israel,
cumpridor de suas obrigações. Um Messias sem novidades, afinado com as
expectativas populares.
A pergunta que Jesus dirigiu a Pedro tem um quê de censura. Ao falar de
"reis da Terra", "seus filhos" e de "estranhos",
Jesus tinha em mente o oposto disto: "o Rei do Céu" e seus
"filhos". É neste nível que ele se situa. Por conseguinte, sendo
filho do Rei do Céu, por direito estava isento de pagar taxas impostas aos
estrangeiros pelos reis da Terra.
A consciência de serem filhos, como Jesus, deveria fazer parte da vida
dos membros da comunidade. Por serem filhos de Deus os discípulos estão
dispensados de se submeter às imposições das instituições humanas, mesmo as
religiosas. Caso se submetessem, seria apenas por razões pastorais, para evitar
escândalos, não fechando às pessoas a possibilidade de serem tocadas pela
palavra de Jesus. Era preciso deixar uma porta aberta para a conversão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre
diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo
submeter-me.
Comentários do Evangelho
1 - ”Para não escandalizar.” - Helena Serpa
- 12 de Agosto - Postado por JOSÉ MARIA MELO
– Deuteronômio 10,12-22 – “– Instruções para a
felicidade”.
Moisés continua dando ao povo de Israel
instruções para que sejam felizes, com temor e seguindo os caminhos do Senhor.
Para nós também o caminho não mudou: amar e servir a Deus com todo o nosso
coração e com toda a nossa alma guardando os Seus preceitos.
“Abri, pois o vosso coração e não endureçais mais
vossa cerviz”, nos recomenda Moisés, “pois o vosso Deus é o Deus dos deuses e o
Senhor dos senhores”. Moisés também nos propõe a imitarmos o Senhor, fazendo
justiça ao órfão à viúva e ao estrangeiro, isto é, a todas as pessoas
indistintamente, mesmo a quem não gostamos ou admiramos. Todos nós somos
estrangeiros aqui na terra e de alguma forma, também carecemos e necessitamos
uns dos outros. Se tomarmos consciência das instruções de Moisés, mesmo na
nossa fragilidade e impotência diante dos desafios nós podemos manter a
tranquilidade e viver com serenidade sob a Luz da Palavra de Deus. Deus nos
deixou como herança a Sua Palavra que é fonte de felicidade e de justiça, para
que experimentemos desde já a santidade. Ele escolheu a nossos pais e a nós
também como Seu povo e promete abençoar a nossa descendência, pois se afeiçoou
de nós e nos amou desde sempre. Não podemos nos esquecer de que as Suas
promessas se cumprem no tempo hábil e a nossa felicidade está garantida pela
palavra que sai da Sua boca. – Você tem andando nos caminhos do Senhor? – Como
você tem perseguido a felicidade? – Você tem consciência de que é carente e
necessitado do amor de Deus e dos irmãos? - Nas coisas de Deus você tem seguido
mais o coração ou à razão? - Você é uma pessoa que sabe acolher aqueles que
encontra pela 1a vez?
Salmo 147 – “Glorifica o Senhor, Jerusalém!”
A Palavra do Senhor é o alimento para a nossa
alma e a segurança para a nossa caminhada. Ela é fonte de paz e mensageira das
promessas do Senhor, por isso, deve ser propagada e proclamada a todos a quem
encontrarmos. Anunciar a Palavra de Deus é nossa missão. Somos missionários do
Seu amor e glorificamos o Seu Nome quando revelamos ao mundo os Seus preceitos
e as Suas ordens. Por nosso meio o Senhor quer salvar todos os povos.
Evangelho – Mateus 17,22-27 – ”Para não
escandalizar.”
Os discípulos de Jesus ainda não tinham percebido
que neste mundo, todos nós estamos sujeitos às leis, às regras e exigências dos
homens, por isso ficaram tristes quando Jesus lhes falou que seria entregue nas
mãos dos homens. Não podemos nos esquivar das obrigações, dos compromissos e
até mesmo do sofrimento que o mundo nos impõe. Jesus deu o exemplo de
entregar-se por amor à humanidade e se deixar crucificar, mesmo sem ter nenhuma
culpa. Como homem, Jesus também nos ensinou que embora sejamos livres, filhos
de Deus, nós temos encargos e obrigações sociais as quais temos o dever de
cumpri-las, como pagar impostos e taxas. Algumas vezes quando estamos cheios de
razão batemos o pé e não aceitamos as imposições. Jesus, porém, diante da
cobrança dos cobradores do imposto do templo não se revoltou nem tampouco
alegou ser Ele Filho de Deus, mas humildemente, recebeu da providência divina a
“moeda” para cumprir com a Sua obrigação diante dos homens. O cristão
verdadeiro segue o modelo de Jesus: para não escandalizar, paga o que lhe é
cobrado para o bem estar social. A nossa fé também se manifesta por meio da
abertura do nosso “bolso”. Deus proverá para nós tudo de quanto precisamos para
cumprir com os nossos compromissos sociais. O seguimento a Jesus não nos isenta
de também participarmos do crescimento e conservação da obra criada por Deus. –
Você tem consciência de que mesmo sendo livre, filho de Deus, você tem
obrigações para com os homens? - Você costuma pagar os seus compromissos sociais
sem murmurar? - O que Jesus o (a) ensinou neste Evangelho?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo
Caminho
2 - Jesus anuncia a sua morte -José Salviano
- 12 de agosto - Evangelho - Mt
17,22-27
Jesus anuncia a sua morte, e tudo o que lhe
acontecerá. E porque Ele sabe o seu futuro? Primeiro porque tudo faz parte do
projeto do Pai que foi anunciado pelo Espírito Santo através das bocas dos
profetas.
Segundo, Jesus sendo Deus, sabia tudo o que iria
acontecer, até os pensamentos das pessoas em sua volta. Enxergava quilômetros
na sua frente.
Em seguida, Jesus disse: "Se alguém quer vir
após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me."
Talvez seja esta afirmação de Jesus, o
segundo motivo pelo qual os sacerdotes são celibatários. Negar a si mesmo. O primeiro
motivo talvez seja porque Jesus disse. "Quem deixar mulheres e filhos para
me seguir terá cem vezes mais nesta vida e mais a vida eterna, com direito a
perseguições"; e o terceiro motivo dos padres não se casarem talvez seja
pelo fato de Jesus não ter se casado. O sacerdote imitando a Cristo, não se
casa.
Por favor, se estou errado, se não é exatamente
isso, alguém que me corrija, mas me dê a resposta certa. Não faça somente
critica. Apresente a solução.
"Tome cada dia a sua cruz..." Que
dureza! Cada um de nós tem a sua cruz para carregar. É o cheiro da fumaça do
cigarro do marido, é a sogra monopolizando a família, é a esposa reclamando de
tudo e de todos que desarrumam a casa (mas ela está certa), é o cachorro do
vizinho que não pára de latir nos nossos ouvidos quando precisamos estudar, etc.
Temos vários tipos de cruzes. Algumas cruzes são
produzidas ou feitas por nós mesmo. Aquele jovem cheio de vida, apostando
corrida na madrugada com seus amigos, bateu com o carro e hoje tem de carregar
uma merecida cruz! Uma perna mecânica.
Ele é jovem, cheio de saúde, de boa aparência e
por isso vive rodeado de muitas garotas, bom emprego, arrasa nas madrugadas, e
na praia só dá ele, não tem pra ninguém... "peraí." Adianta a fita,
digo o DVD. Vamos ver como é o final desse filme, o final da vida deste campeão.
...Hoje, aposentado, ele tem de pagar 3 pensões
alimentícias para suas ex-esposas. Não é que ele fosse um mau marido, um
traidor, mas acontece que as garotas não o deixava respirar, dando em cima
dele, e exigindo que deixasse a sua esposa e se casasse com elas. E isso
aconteceu por três vezes.
Hoje esse ex-campeão mora sozinho na casa de sua
falecida mãe, e está carregando várias cruzes, pois o que ganha, já descontado
na fonte as pensões, mal dá para se alimentar. Como se não bastasse, agora
surgiu mais uma dolorosa cruz, uma DST (Doença Sexualmente Transmissível),
deixando-o magro, desanimado e sem os amigos das horas boas.
Depois de comentar algumas cruzes adquiridas,
vamos tentar examinar algumas cruzes acidentais. Aquelas em que dizemos que não
tivemos culpa de nada.
Ela ia passando pela praça, surge de repente um
tiroteio, uma bala atinge sua coluna, e hoje sua cruz é uma cadeira de
rodas. Porque aconteceu aquilo? Uma fatalidade? É muito complicado, e
apesar de que Jesus disse que não cai uma folha da árvore sem a vontade de
Deus, neste caso é bom a gente não emitir nenhuma opinião. Até que
ponto ela mereceu aquilo? Não nos cabe julgar. Simplesmente dizemos que
aconteceu, sem mais comentários.
As cruzes são importantes, pois elas nos
purificam e nos santificam, desde que não reclamamos do seu peso, e o pior,
desde que não nos revoltemos com elas, ou contra Deus, carregando-as com
paciência como o fez o Filho de Deus, e oferecendo diariamente aquele
sofrimento a Deus..
Cruzes injustas. É importante não generalizar,
atribuindo a todo tipo de sofrimento, a denominação de cruz.
Não confundir cruz com injustiça. O seu vizinho abusado e
injusto, para não dizer louco, começa a dar tiros da sua janela aterrorizando
os vizinhos. Alguém muito beata diz. Não chame a polícia.
É a nossa cruz...
Aí, realmente é um caso de injustiça que produz
conflito, e, portanto é um caso de polícia imediatamente.
Outro exemplo. Sua vizinha liga seu possante
aparelho de som na maior altura por volta de meia noite, e você precisa dormir.
Isso é uma cruz que você vai ter de engolir, digo, carregar? Acho
que não! Vai ter de tomar providências, reclamando os seus direitos.
Por ser cristão, não é ser bobinho.
Prezados irmão. Cruz é um assunto complicado e
longo, mas o espaço acabou. Vamos rezar para Deus perdoa os nossos pecados, nos
tornando assim, merecedores da redução do peso das nossas cruzes. Vamos pedir
também para Ele nos livre das cruzes acidentais e das cruzes injustas. Amém.
Sal.
3 - O
Dinheiro na boca do peixe-Alexandre Soledade - 12 de Agosto de 2013 -
Segunda - Evangelho - Mt 17,22-27 - Alexandre Soledade
Bom dia!
O que eu imaginaria ou faria, na posição de
Pedro, ao ouvir a estranha história de lançar o anzol, e na boca do primeiro
peixe estaria uma moeda? Voltarei nesse pergunta mais para frente.
“(…) Quem paga impostos e taxas aos reis deste
mundo? São os cidadãos do país ou são os estrangeiros”?
Nesse mundo em que vivemos somos também considerados
estrangeiros, pois ter fé, esperança e amor ao próximo parecem nos rotular como
tal. Tais “atributos” ou particularidades são vistos por muitos como empecilhos
a existência do hedonismo e do banalísmo, “reis” empossados dos nossos dias.
Jesus e Pedro passavam pela região. Não
incomodavam, não atrapalhavam, não causavam tumultos ou sequer perturbavam a
ordem. Nada faziam para que sua conduta os desabonasse, mas por que então a sua
presença incomodava os cobradores ao ponto de indagar a Pedro sobre os impostos?
Pessoas de fé e solidas em suas convicções cristãs também são e serão sempre
questionadas.
Quantos pais conheço que se sentem “profundamente
incomodados” ao ver seus filhos participando de um grupo de jovens na igreja?
Quantos colegas ainda hoje se empenham a nos fazer mudar de pensamento quando
trocamos um dia na semana para agradecer a Deus inseridos numa pastoral,
movimento da igreja ou da missa? Quantos programas de TV se empenham em tentar
transformar nosso jeito de viver em “coisas de gente” quadrada, retrógrada, que
parou no tempo?
Como é duro reconhecer que por vezes, os maiores
opositores a uma vida diferente estão em nossas casas ou em meio aos nossos
amigos? Bem da verdade creio que eles não queiram nosso mal, mas cada um deve
ser respeitado pela escolha que fez sendo assim errado também quando impomos
nosso jeito “diferente” de ser aos outros sem respeitar o livre arbítrio deles,
ou seja, sua liberdade termina onde começa a do outro.
Apesar de todo esse relato, não há o que temer ou
criar motivos para brigar. “(…) Isso quer dizer que os cidadãos não precisam
pagar. Mas nós não queremos ofender essa gente”.
Muitos filhos, esposas, maridos, (…) ao tomar um
caminho, seja ele qual for, passam a gerar em suas casas um local de guerra ao
invés de um antro de paz. A diferença de opinião ou de sentimento religioso
acaba pondo fogo num lugar tão inflamável: o sentimento humano de estar sempre
certo.
“(…) Sereis por minha causa levados diante dos
governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os
pagãos. Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que
haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á
inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o
Espírito de vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará seu irmão à morte. O
pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão. Sereis
odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim
será salvo“. (Mateus 10, 18-22)
Gente que nunca brigou passa a se digladiar; onde
havia beijos e fotos, aos poucos são substituídos por discussões banais e
intermináveis que geralmente terminam com frases do tipo “seu papa hóstia”,
“sua beata”, “você não vai pro céu”. Nesse momento então é prudente voltar na
primeira frase da reflexão de hoje e acreditar que dentro de um peixe
encontrarei a solução que pague o meu imposto e o seu.
Portanto, não discuta! Pesque! Que minha fé
encontre o peixe que salve a mim e ao meu irmão. Não percamos tempo com
discussões que não levarão a nada, pois as brigas revelam apenas o quanto quero
estar certo e desejo que tenho que o outro esteja errado, mas de fato ambos
estão equivocados quando optaram pela briga.
João um dia resumiu “DEUS É AMOR”
Não duvide, não questione, não duvide, apenas
lance o anzol!
Um imenso abraço fraterno!
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 12/08/2013
Liturgia comentada
Nas mãos dos homens... (Mt 17, 22-27)
Muitos teólogos têm realçado a “descida” do Filho
de Deus, o seu despojamento (sua kênosis) na encarnação. Na verdade, trata-se
de uma escolha divina que vem ultrapassar infinitamente nossa limitada
capacidade de compreensão: Deus se faz homem. O eterno se submete ao ciclo
temporal. O Infinito se deixa conter no seio da Mulher. O Imortal se entrega à
morte.
Neste Evangelho, ao anunciar pela segunda vez a
sua Paixão e Morte, Jesus frisa que tal “entrega” se faz “nas mãos dos homens”.
Logo ele, o Filho de Deus, que prefere apresentar-se como o FILHO DO HOMEM! O
Verbo de Deus, segunda Pessoa da Trindade, abre mão, por um tempo, da glória,
do poder e da alegria de ser Deus, assumindo uma natureza humana igual à nossa
em tudo, exceto o pecado. Trata-se de um “presente”, um dom do Pai à
Humanidade, tendo como resposta uma terrível rejeição, que iria culminar com o
drama do Calvário. Tal como registra o Evangelho de São João, “Ele veio para o
que era seu, e os seus não o acolheram”. (Jo 1,11.)
Se nós contemplamos atentamente a Paixão de Jesus
Cristo, vemos como Ele “rolou de mão em mão”, de Herodes a Pilatos, dos algozes
aos carrascos, tendo como pano de fundo as vaias e apupos da turba e a cínica
zombaria dos soldados romanos. Em todos estes casos, eram mãos humanas. Humanas
como as nossas, que também pecamos e, de certo modo, confirmamos a morte do
Senhor.
É bem verdade que, em sua experiência na terra,
Jesus Cristo passou por muitas outras mãos. As mãos maternas de Maria, que o
acariciaram. As mãos paternas de José, que ajudaram o Menino a andar. As mãos
impuras da hemorroíssa, que tocaram a franja de seu manto, obtendo a cura de
sua enfermidade crônica. As mãos prestativas de Marta, que lhe preparavam a
refeição. As mãos misericordiosas do Cireneu, que sustentaram parte do peso da
cruz. As mãos piedosas do rico Nicodemos, que embalsamaram o corpo de Jesus em
mirra e aloés. As mãos trêmulas de Tomé, que lhe tocaram as feridas.
Seremos ainda capazes de admiração e espanto
diante de um Deus que se entrega nas mãos de homens? Caso positivo, olhemos
para o altar: ali – em cada missa – Jesus Cristo se entrega de novo. Mais uma
vez, o homem ergue as mãos (o sacerdote) e, sob as humildes aparências do Pão,
é o mesmo Corpo que se entrega. Na figura sensível do Vinho, é o mesmo Sangue
que se derrama.
E nós? Quando nos entregaremos nas mãos
de Deus?
Orai sem cessar: “Terei confiança no Senhor!”
(Is 8,17)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 12/08/2013
HOMILIA DIÁRIA
Temos de ser livres
Nós temos de ser livres para
proclamar o Reino de Deus. No entanto, a liberdade não tira as nossas responsabilidades.
E Jesus disse: “Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao
mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali
encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e
por ti” (Mt 17,27).
Os homens estavam incomodados, querendo saber se
Jesus pagava o imposto do templo, por isso perguntaram a Pedro: “O vosso mestre
não paga o imposto do Templo?”. Pedro disse: “Sim, paga”.
Jesus então disse a Simão: Os reis da terra
cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?”. Pedro
respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres”.
Jesus, hoje, está chamando a nossa atenção, pois,
muitas vezes, as leis humanas são criadas para nos prender e não para fazer de
nós homens livres. Não devemos nos conformar com leis injustas, com leis que
não estão corretas, as quais, muitas vezes, exploram o nosso povo, a nossa
gente e cada um de nós. Impostos altos, pedágios pesados… São tantas as
situações que nós enfrentamos que não é simplesmente dizer: é isso mesmo.
Primeira coisa, nós não podemos escandalizar; nós
temos de dar o exemplo. Se as leis existem, sendo justas ou injustas,
precisamos cumpri-las, nem que tenhamos de fazer como Jesus e ir na boca do
peixe pegar a moeda para pagar os impostos, os pedágios e tantas coisas que
nessa vida são injustas.
Mas nós precisamos ser livres, ou seja, não
concordar com muitas das coisas que fazem os homens, muitas leis que se criam e
que não favorecem a vida, não favorecem a boa convivência dos filhos de Deus.
Temos de ser livres para dizer o que o Evangelho
ensina, o que o Mestre vem nos ensinar. Temos de ser livres e não presos a essa
ou aquela ideologia, a esse ou aquele partido. Nós temos de ser livres para
proclamar o Reino de Deus. No entanto, a liberdade não tira as nossas
responsabilidades. Vamos dar o exemplo e cumprir as leis, mas ser livres para
dizer quando elas não estão corretas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, nos nossos momentos de desencontro com
o mundo, dá-nos o discernimento para que nos lembremos de que não temos aqui
morada permanente, mas vivemos já agora os sinais do teu Reino de Amor,
anunciado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina
na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/08/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nos nossos momentos de desencontro
com o mundo, dá-nos discernimento e coragem para nos lembrarmos que não temos
aqui morada permanente, mas estamos caminhando em busca de nossa futura morada.
E já vivemos, desde agora, os sinais do teu Reino de Amor, anunciado pelo
Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do
Espírito Santo.

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