Santo Egídio
São poucos os dados que existem sobre a vida de
Egídio. Mas com certeza sabemos que ele era grego e pertencia a uma rica
família da nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais, decidiu ser um
ermitão, para viver na pobreza e totalmente dedicado a Deus. Para isso
distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu isolado
na oração e penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com os dons
especiais da cura, da sabedoria e dos milagres.
Um dos primeiros milagres a ele atribuídos diz que, certo dia, encontrou na
porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado. Penalizado com a
situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto e, naquele instante, um
prodígio aconteceu: o homem, que até então agonizava, levantou-se completamente
curado. Depois essas curas se repetiram e foram se multiplicando de tal forma
que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a procurá-lo com
freqüência, então Egídio decidiu partir.
Em 683, viajou para a França. Conta a tradição que ele salvou o navio repleto
de passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade teria desabado
sobre a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em
prece, ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras acalmaram-se na mesma hora
e todos desembarcaram com segurança.
Na França, viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja entrada
era escondida por um arbusto espinhoso. Na mais completa pobreza, alimentava-se
apenas de ervas, de raízes e do leite de uma corsa, que, segundo a tradição,
foi-lhe enviada por Deus.
Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos, foi caçar nas proximidades da caverna de
Egídio e, em vez de flechar uma corsa que se escondera atrás de um arbusto,
flechou a mão do pobre ermitão, que tentava proteger o animal acuado. Foi
descoberta, assim, a residência do eremita. O rei, para desculpar-se, passou a
visitá-lo com seus médicos até sua cura completa.
Depois disso, o rei continuou a visitá-lo com freqüência, presenciando vários
prodígios que divulgava na Corte. Assim, a fama de santidade de Egídio ganhou
vulto e ele passou a ter vários discípulos. O rei, então, mandou construir um
mosteiro e uma igreja, que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro
passou a ter uma disciplina própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu
redor surgiu o povoado que deu origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi
entregue aos beneditinos.
A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 1º de setembro de 720. Logo
após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de peregrinação.
O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o mundo cristão. Santo
Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos
quatorze "santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a
convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.
Santo Egídio
O nosso
Santo de hoje, é muito popular na França. A época em que viveu o abade Egídio
não sabemos com certeza, mas alguns historiadores acham que ele viveu no século
VI, outros porém situam-no no século VIII. Alguns datam sua morte entre 620 e
740. Entre os vários episódios da vida deste Santo, encontramos também o que é
ilustrado por dois vitrais e por uma escultura no portal da Catedral de
Chartres, na qual aparece Santo Egídio enquanto celebrava a missa e obtém o
perdão de um pecado que o imperador Carlos Magno não tinha ousado confessar a
nenhum sacerdote.
O Santo vivia num bosque longe de toda convivência humana e o que
mais contribuiu para a sua popularidade foi o fato de que era alimentado por
uma corça, que Deus lhe enviara para levar leite ao piedoso eremita
diariamente. Um dia a benéfica corça foi perseguida pelo rei que caçava na
região, perseguindo-a, mas no instante de atirar a flecha não percebeu que o
sinal amedrontado estava já aos pés do eremita, assim a flechada acabou ferindo
o Santo no lugar do pobre animal perseguido.
Depois do acidente, o rei tornou-se amigo de Egídio, obteve o perdão e deu-lhe
de presente aquele terreno, no qual mais tarde surgiu uma grande abadia que
prosperou uma ativa comunidade de monges, dos quais Santo Egídio tornou-se
abade. Numerosos são os testemunhos do seu culto na França, Bélgica e Holanda,
onde é invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.
Oremos: Pai, Deus nosso Pai, Jesus, vosso Filho, é o Caminho, a Verdade e a
Vida. Mostrai-nos a vossa face amiga, tornai-nos verdadeiros e abri os nossos
corações à vossa mensagem, Ó Deus de ternura e de bondade protegei-nos. Amém.
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