
Sabemos que muitos cristãos sinceros e
devotos estão sofrendo muito, neste exato momento. Sabemos, também, que muitos
deles, ao vivenciarem tal experiência, começam a perguntar-se porque Deus
permite que sofram tanto, a ponto de se desesperarem da vida. A angústia do
cristão intensifica-se ainda mais quando se depara com doutrinas pseudocristãs
que exaltam o bem-estar material, que satanizam qualquer estado de provação ou
de privação, como se aqueles que sofrem estivessem banidos da aliança salvífica
com Deus.
1) O sofrimento, em dadas
circunstâncias, constitui prova de nossa filiação divina.
Fazendo referência a Provérbios 3:11, o
autor esclarece que não devemos desprezar a correção do Senhor, nem nos
desanimar quando por ele somos repreendidos. Isso significa que Deus às vezes
utiliza a instrumentalidade do sofrimento para conduzir o crente de volta ao
caminho da justiça e santidade. É como um pai que disciplina o filho. Se Deus
não agisse assim com os seus filhos, eles seriam como filhos bastardos. Se você
é filho de Deus, saiba que Ele não abrirá mão da possibilidade de aplicar a
disciplina sobre a sua vida, caso perceba que você está abandonando o caminho
da graça. Os que não são filhos Deus os abandona ao curso de seus próprios
desejos.
2) O sofrimento produz o
aperfeiçoamento espiritual do cristão.
É impossível existir um cristão maduro
que não tenha passado por inúmeros sofrimentos. É através do fogo que o metal é
purificado. Ciente dessa verdade, o escritor nos diz que, através do sofrimento
nos tornamos participantes da santidade de Deus, que o sofrimento produz em nós
um fruto pacífico de justiça nos que por ele têm sido exercitados.
Devemos encarar a correção de Deus do
ponto de vista de uma educação, de um ensinamento; não como castigo, como se o
Senhor fosse um carrasco. Somente aqueles que passaram pela escola do
sofrimento experimentaram um aperfeiçoamento espiritual verdadeiro. Os que a
evitam, infelizmente continuarão neófitos na fé, cegos num universo de
auto-ilusão. Segundo o apóstolo Paulo, o sofrimento representa o primeiro
elemento de uma cadeia de experiências que nos levam até o tesouro do amor de
Deus.
Conclusão: Tem uma citação
de um autor anônimo que gosto muito. "As pessoas mais bonitas que
conhecemos são aquelas que conheceram a derrota, o sofrimento, a luta, a perda;
e de ter encontrado seu caminho em direção à luz, longe das coisas ruins. Essas
pessoas têm uma paz, uma sensibilidade e uma compreensão da vida que nos enche
de compaixão, gentileza e um profundo cuidado amoroso. Pessoas bonitas não
acontecem apenas, de repente. Elas se constroem dia após dia". Agradeço
a Deus pelas provações que passei até hoje, em meus quase 20 anos de vida
cristã. Todas elas contribuiram incrivelmente para o meu amadurecimento
espiritual. Erros que cometi no passado, não os cometo mais. A minha forma de
ver o mundo e as pessoas também mudou profundamente. Como consegui esse
aperfeiçoamento? Através do sofrimento.
Não estamos aqui exaltando o sofrimento como se tivéssemos de sofrer
todos os dias, por toda a nossa vida. O cristão não é sadomasoquista. Queremos
apenas dizer que, em dados momentos de nossas vidas, devemos estar preparados
para receber algumas lições de Deus; lições que poderão ser dolorosas, mas
úteis para o nosso aperfeiçoamento espiritual. Uma coisa é certa: os que são
filhos de Deus, aproximam-se mais dele durante o sofrimento. Os que são filhos
do mundo, revoltam-se contra Deus quando sofrem, pois acham que devem sempre
experimentar o paraíso na terra.
Leituras bíblicas para serem meditadas:
· II Coríntios 4, 7-14
· Sabedoria 3, 1-9
· Apocalipse 12, 10-12
· Romanos 5, 1-5
· Romanos 8, 31-39
· II Coríntios 6, 4-10
· II Timóteo 3, 10-12
· Tiago 1, 2-4.12
· I Pedro 4, 12-19
· Mateus 10, 28-33
· Lucas 9, 23-26
Fonte: Cristiano Santana
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